Suínos / Peixes Desafios da piscicultura
O futuro da nutrição nas fases iniciais de peixes
O metabolismo acelerado e o rápido crescimento do animal refletem na necessidade de matérias-primas de alta qualidade, oriundas de fontes que facilitem a absorção dos nutrientes pelo animal, a fim de otimizar o gasto energético no processo de digestão.
O crescimento da demanda mundial por alimentos saudáveis não dá sinais de arrefecimento. Está associada ao aumento da expectativa média de vida no mundo todo, graças aos avanços na medicina e ao maior conhecimento sobre a qualidade dos alimentos e importância de hábitos de vida saudáveis.
Para os cenários futuros de produção de proteína para a população global, a aquicultura está presente em todos os estudos como uma das principais opções de produção de alimentos saudáveis, já que a pesca de captura apresenta crescimento estagnado há vários anos. Além de poder crescer de forma sustentável, uma vez que a área de oceanos e corpos de água doce ao redor do mundo está amplamente subutilizada pela atividade, ou seja, com capacidade de produção ociosa.
Assim como em outras atividades, o crescimento da aquicultura está associado a novas áreas de produção e ao aumento de produtividade decorrente da intensificação da produção, passando a ser cada vez mais sustentável se desenvolvida de forma correta, com base em novas técnicas de manejo e melhoramento genético. Todos estes fatores, por sua vez, estão intrinsicamente ligados a uma nutrição adequada para cada fase da criação e para cada espécie cultivada.
Falando especificamente de nutrição inicial e comparando com o impacto da nutrição no desenvolvimento de outras espécies, podemos reafirmar a importância do correto atendimento nos diversos níveis nutricionais para um adequado desenvolvimento de órgãos, tecidos, além da performance de crescimento no longo prazo. Nos suínos por exemplo, o tamanho obtido à época do desmame do leitão influencia diretamente no peso final da engorda e na composição da carne.
Outros estudos descrevem alteração no desenvolvimento neuro-motor decorrente das variações da nutrição em fases iniciais, neste caso podemos utilizar o exemplo do próprio ser humano, que tem seu desenvolvimento cerebral impactado pela qualidade da nutrição nos primeiros 1000 dias após o nascimento e cujos efeitos perduram ao longo de toda a vida. Retornando para os animais de criação, temos o exemplo da truta. Estudos indicam que a relação entre proteína e gordura na primeira dieta, nos primeiros 75 dias de vida desta espécie de peixe, impacta no crescimento do animal e desenvolvimento da estrutura muscular observada no final do ciclo de engorda.
Há um grande desafio em atender a demanda nutricional das fases iniciais de peixes, pois o metabolismo acelerado e o rápido crescimento do animal nesta fase refletem na necessidade de matérias-primas de alta qualidade, oriundas de fontes que facilitem a absorção dos nutrientes pelo animal, a fim de otimizar o gasto energético no processo de digestão.
Além disso a sanidade do animal nas fases de larvicultura, alevinos e juvenis é colocada à prova a cada dia, pois são cultivados em ambientes mais desafiadores devido a maior estocagem e o seu manejo necessita maior manuseio, que ocasiona estresse. Por isso, cada vez mais as empresas de nutrição animal utilizam aditivos e suplementação para preparar os animais para lidar melhor com tais desafios.
A cada ano novas opções de blends de aditivos, desenvolvidas com base em inúmeros estudos de digestibilidade e performance em centros de pesquisa ao redor do mundo, aparecem como opções que atualizam as soluções nutricionais que o produtor tem a disposição.
Apesar de parecer que a nutrição em fases iniciais tem a ver apenas com a criação de formas jovens, índices técnicos importantes que podem fazer a diferença entre um ciclo lucrativo ou de prejuízo ao produtor, começam a ser construídos nos primeiros 100 dias de vida do peixe. Resultados como: sobrevivência, ganho de peso diário (GPD), uniformidade de lote, rendimento de carcaça ou de filé, quantidades de ciclo por ano e fator de conversão alimentar, são utilizados por produtores altamente tecnificados para medir seus resultados e são resultado do tripé Genética-Manejo-Nutrição. Com o maior interesse pelo mercado externo, devido ao câmbio favorável, a otimização de custos através de melhores resultados já é uma realidade para espécies como a tilápia e no futuro será cada vez mais exigida para peixes nativos, sejam onívoros ou carnívoros.
Muitos perguntam se a nutrição de peixes disponível no Brasil está à altura do que é encontrado em outros países. Costumo responder que temos a vantagem de possuir disponibilidade de inúmeras matérias-primas (MPs) para a produção, mesmo que em épocas mais difíceis seja necessário brigar com os preços de exportação ou disponibilidade dos grãos para a produção de ração. Mas temos sim a qualidade de conhecimento técnico-científico, equipamentos de última geração e mão-de-obra qualificada para a produção, além MPs de qualidade.
Estamos em pé de igualdade com qualquer país em termo de qualidade e a indústria de nutrição está pronta para trilhar os próximos passos do desenvolvimento de acordo com a demanda do mercado produtor.
Suínos / Peixes
Marcos Sipp celebra 30 anos dedicados à suinocultura
Atual gerente das UPLs da Coopavel conquistou recentemente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade no Programa Open Farm AWARDS.
Em uma trajetória marcada por dedicação e paixão pelo campo, Marcos Jovani Sipp, atual gerente das Unidades de Produção de Leitões (UPLs) da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, reflete sobre suas três décadas de contribuição para o setor. “Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos”, recorda.
Técnico em Agropecuária e Administrador, Sipp iniciou sua carreira profissional em 28 de março de 1994 como extensionista na suinocultura da BRF. Esses anos foram repletos de aprendizado e conquistas para Marcos, que destaca: “Como extensionista tive a oportunidade de conhecer, aprender e levar muita informação para a tomada de decisão dos produtores por onde passei, sempre com muita dedicação, competência, inconformismo e resiliência”, enfatiza.
Ao longo de sua carreira, o profissional acumulou diversos prêmios, sendo o mais recente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade em um projeto da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) no Programa Open Farm AWARDS, no qual a Coopavel concorreu com outros cinco projetos.
O técnico em Agropecuária ressalta a importância da gratidão e da reflexão sobre os erros e acertos que moldaram sua trajetória. “Carrego na bagagem muita história boa para contar. De acertos e erros que nos fazem corrigir rapidamente o rumo que deve ser seguido, com muita gratidão a Deus, que sempre me acompanha a cada passo. Sei que ainda tem muito a ser feito”, pontua.
Entre os desafios da atual função que exerce na Coopavel, Sipp diz que estão planejar, executar e desenvolver novos talentos, destacando a importância de profissionais com capacidade de organização, planejamento e entrega de resultados superiores. “Sinto-me realizado, vitorioso e muito feliz com as conquistas alcançadas e com as vitórias que ainda estão por vir. Aprendi que sozinho vou mais rápido, mas que juntos vamos mais longe. Com essa reflexão, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento a cada um que fez parte dessa história, sejam produtores, empresas parceiras, amigos e, em especial, ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, pela confiança. Agradeço também à minha família e aos meus colegas de trabalho e parceiros da cadeia produtiva”, ressalta.
Suínos / Peixes
Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024
Cotas foram limitadas por dois ministérios
Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.
Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.
Espadarte
A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.
As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.
Suínos / Peixes
Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!
De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil
De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.
A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.
É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.
Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.
A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.
O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.