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O frio intenso atinge os peixes?

Se a temperatura da água estiver fora da faixa de tolerância da espécie os peixes irão alterar seu comportamento, na tentativa de sobreviverem

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Artigo escrito por Luís Antônio Kioshi Aoki Inoue e Tarcila Souza de Castro Silva, pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste

Ondas de frio têm chegado no Brasil, com registros de temperaturas negativas. Para os agricultores, a preocupação é se houve danos nas lavouras de milho safrinha. E para pecuaristas, se a pastagem foi afetada. Com a piscicultura não é diferente, pois os peixes são animais que não regulam sua temperatura corporal. Ela varia de acordo com a temperatura da água. Assim, se a temperatura da água estiver fora da faixa de tolerância da espécie, que pode variar entre 16 oC a 30 oC, os peixes irão alterar seu comportamento, na tentativa de sobreviverem. Porém, se as condições do ambiente forem críticas, o resultado será a morte de animais.

As espécies de peixes mais produzidas pela piscicultura no Brasil são a tilápia, o tambaqui, os híbridos de peixes redondos e os híbridos de bagres. Cada região apresenta características climáticas particulares que favorecem ou não a criação de cada grupo de peixes. De maneira geral, regiões do Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste apresentam temperaturas relativamente elevadas e constantes durante os 12 meses do ano, o que permite o crescimento ininterrupto dos animais.

Condições de inverno, como as observadas nas regiões Sul, Sudeste e parte da Centro-Oeste, prejudicam o crescimento dos peixes. Com temperaturas da água mais baixas, os animais se alimentam menos e, consequentemente, crescem menos. Além disso, a amplitude térmica, em um único dia, pode ser de 20 oC, por exemplo. Essa variação também é observada na água, em menor escala, mas suficiente para prejudicar o bem-estar dos animais. De maneira geral, o estado de saúde dos peixes é caracterizado pelo equilíbrio dos fatores: o próprio peixe, o ambiente e os patógenos. Nestas situações de estresse, é comum os animais apresentarem parasitos e até bacterioses, necessitando, assim, da intervenção de um técnico.

Os problemas mais frequentes durante as épocas frias nas unidades de piscicultura são a diminuição no consumo de ração pelos peixes e as mudanças de comportamento As mudanças comportamentais mais preocupantes são as que levam os peixes a ficarem na superfície “boquejando” e/ou à letargia, caracterizada por falta de reação de fuga quando estimulados por atos como bater palmas ou jogar uma pequena pedra na água.

As formas mais comuns para evitar os problemas do frio nas unidades de piscicultura são o aumento do volume de água nos tanques e não deixar a água muito transparente. A maior profundidade impede mudanças bruscas de temperatura; e a menor transparência reduz a perda de calor para o ambiente, além de proteger os peixes contra as queimaduras, que podem ocorrer quando o sol estiver muito intenso. Refúgios com plantas, como aguapés, podem ser feitos. Para criações de peixes em tanques-rede, em reservatórios de lagos e rios com águas muito transparentes, é necessário colocar sombrite.

O peixe procurará o local com melhor conforto térmico. Todo manejo dos tanques deve ser feito para evitar mudanças bruscas de temperatura. Por isso, deve-se regular a vazão da água de abastecimento, porque geralmente essa água é mais fria que a dos tanques. Algumas espécies podem não ser recomendadas para certas regiões por razões das ondas de frio, especialmente espécies oriundas de lugares quentes.

Para prevenir esses problemas, é importante fazer o planejamento da criação, desde a construção dos tanques, a escolha da espécie adequada para a região, até o manejo ideal (densidade, quantidade e qualidade de ração fornecida, manutenção da qualidade de água, etc.). Em todos os casos, o indicado é interromper a alimentação e o manejo dos peixes nos dias de frio mais intenso, como os típicos dias de geada. Assim, a tendência é que resistam e voltem gradativamente à normalidade.

Fonte: Embrapa

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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