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Suínos

O excesso de minerais nas rações e sua interferência no desempenho natural dos peixes e na contaminação ambiental

Hoje há uma tendência quanto à superdosagem de minerais em rações comerciais para garantir um fator de segurança aos animais.

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Foto: Divulgação/De Heus

Dentre os nutrientes essenciais para a manutenção das atividades fisiológicas e metabólicas dos peixes estão os minerais. Os minerais são importantes para diversas funções do metabolismo dos peixes, entres elas se destacam a rigidez dos ossos, a manutenção do equilíbrio osmótico com o meio aquático e a manutenção do sistema nervoso e endócrino, além de serem componentes de enzimas envolvidas nos processos metabólicos. Mesmo com a baixa inclusão destes nutrientes nas rações, sua importância deve ser destacada.

Os peixes, diferentemente das demais espécies, adquirem significativa quantidade de minerais do ambiente em que vivem, a partir da filtragem da água pelo aparelho branquial e pela absorção via pele.

Hoje há uma tendência quanto à superdosagem de minerais em rações comerciais para garantir um fator de segurança aos animais. No entanto, essa é uma preocupação para as populações naturais de animais aquáticos, sendo que o excesso de certos elementos metálicos nos tecidos pode trazer potenciais impactos à saúde dos animais e à saúde humana.

Cobre

O cobre é um importante princípio enzimático essencial para diversas enzimas e apresenta-se em altas concentrações em órgãos vitais. Com relação aos peixes, destacamos no presente artigo não a sua necessidade e deficiências em dietas, mas sim o seu uso desacerbado e toxicidade para estes animais.

Necrose de rins e fígado, retardo no crescimento e deficiência de zinco são alguns indicativos de alto índice de cobre na água ou na dieta. Em relação à água, a contaminação ambiental devido ao uso excessivo deste mineral em dietas é um ponto a ser levado em consideração – em função do cobre na água ser mais tóxico aos animais do que na própria dieta.

Ferro e manganês

Assim como o cobre, o uso de ferro e manganês em doses elevadas precisa ser levado em consideração devido à toxicidade e interferência no desempenho do animal. No caso do manganês, há prejuízo na absorção e metabolismo de cálcio e o comprometimento da resposta imune, fatores observados por excesso deste mineral tanto na dieta quanto na água.

Cálcio e fósforo

A relação entre os níveis de cálcio e fósforo deve ser cuidadosamente ajustada em rações para peixes, uma vez que o excesso de fósforo e/ou cálcio na dieta interfere negativamente na disponibilidade de alguns minerais como o zinco, magnésio e ferro. Já em relação ao fósforo, deve-se levar em consideração que a prevalecente causa de inclusão deste mineral no meio ambiente ocorre em função das rações comerciais e excretas dos animais suplementados com altas doses de mineral.
A excreção do excesso de fósforo prejudica os efluentes da piscicultura e compromete a qualidade da água, causando altas taxas de eutrofização e produção de compostos tóxicos aos peixes.

Dietas evitam degradação de ambientes aquáticos

A degradação de ambientes aquáticos também produz uma série de impactos econômicos, como o aumento dos custos de tratamento de água, danos às atividades, como à própria aquacultura, e danos à saúde humana em decorrência de doenças de veiculação hídrica.

Neste contexto, a adequada formulação e suplementação das dietas é fator crucial afim de evitar transtornos com a superdosagem destes nutrientes, tanto para os animais como para o meio ambiente e saúde humana.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor aquícola acesse gratuitamente a edição digital de Aquicultura. Boa leitura!

Fonte: Por Tatiane Vincunas, Zootecnista com especialização em Gestão do Agronegócio Supervisora Técnica e Comercial Aqua e Matéria-Prima na De Heus Brasil

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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