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O desafio da alimentação de fêmeas suínas em lactação

Durante a fase de maternidade o desafio é ainda maior, pois é nesse período que o animal tem mais demanda por nutrientes para a produção de leite

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Por Hélio Silva e Tiago Mores, Consultores Técnicos de Suínos da Cargill Nutrição Animal

A alimentação de matrizes é um ponto-chave na produção de leitões, seja durante a gestação, seja na maternidade. Durante a fase de gestação, o desafio é fornecer quantidade adequada de nutrientes para a manutenção e a recuperação de eventuais perdas de reservas corporais ocorridas na lactação anterior e para o desenvolvimento dos tecidos fetais. Além disso, é preciso evitar o excesso de nutrientes, com o objetivo de minimizar os custos de produção e impactos ambientais.

Durante a fase de maternidade o desafio é ainda maior, pois é nesse período que o animal tem mais demanda por nutrientes para a produção de leite. Os principais desafios são desmamar um número elevado de leitões com alto ganho de peso, minimizar as perdas corporais da matriz para que tenha um período de intervalo desmame-estro reduzido e, consequentemente, um número elevado de ovulações no próximo ciclo.

De maneira geral, o consumo das matrizes durante a lactação é estimado, pois não são realizadas pesagens da quantidade real de ração ingerida por elas. Portanto, o primeiro passo para se certificar de que as porcas estão se alimentando adequadamente é mensurar o consumo efetivo, desconsiderando o desperdício. Os métodos de avaliação em algumas granjas são baseados apenas na quantidade entregue pelo caminhão (desaparecimento de ração) em determinado período de tempo – e, por isso, deve-se ter muito cuidado ao analisar esse tipo de informação, que não considera o desperdício.

A partir do momento em que se conhece o consumo real, é possível realizar ajustes nas concentrações dos nutrientes de maneira a atender a todas as demandas nutricionais. Esses ajustes são fundamentais, pois o consumo de ração pode variar entre algumas genéticas e também pode ser influenciado por outros fatores, como, principalmente, a temperatura ambiental da instalação.

Recomenda-se que a quantidade de alimento durante a lactação seja liberada a partir do terceiro dia pós-parto. Dessa forma, as fêmeas tendem a comer mais, desde que as demais condições (ambiente, tipo de comedouro e fornecimento de água) não sejam limitantes (Bortolozzo & Wentz, 2005). A maior vantagem do consumo à vontade é percebida em fêmeas de primeiro parto e durante o verão (Van Eechoud, 1994).

É de conhecimento geral que a ingestão de ração está diretamente ligada à produção de leite e, consequentemente, ao desempenho dos leitões. Experimentos demonstraram que leitegadas amamentadas por matrizes que apresentaram queda no consumo de, no mínimo, 1,6 quilo por pelo menos dois dias tiveram menor peso ao desmame em relação àquelas provenientes de matrizes que apresentaram consumo estável durante a lactação (Koketsu, 1996).

O efeito da nutrição sobre a produção de leite torna-se mais evidente de acordo com a progressão da lactação, ou seja, à medida que ela avança, o impacto do aumento no consumo alimentar torna-se mais importante. Koketsu (1997) demonstrou que um incremento de 1 quilo de ração por dia durante a primeira semana de lactação resultou em um aumento de 330 gramas no peso da leitegada ao desmame, enquanto que na segunda e na terceira semanas propiciaram um incremento de 510 e 740 gramas, respectivamente.

A demanda energética da matriz para a produção de leite pode chegar até 100% do total da energia consumida. Por exemplo: uma fêmea que ingere 20.700 Kcal por dia pode utilizar tudo isso em apenas um dia para produzir leite. Essa característica demonstra a grande necessidade energética da matriz.  Fica claro, dessa forma, que esse processo é prioritário e que os demais tecidos ficam em segundo plano. Mesmo ocorrendo um consumo adequado de energia, ocorre uma mobilização de reservas corporais.

Outro ponto importante é o efeito da ingestão proteica e energética no crescimento e no desenvolvimento do aparelho mamário. A ingestão de 16,9 Mcal de energia metabolizável e de 55 gramas de lisina por dia é positiva para o desenvolvimento das glândulas mamárias. Ao longo da lactação, com o aumento do consumo, há um maior crescimento dessas glândulas. Fisiologicamente, o consumo de ração é menor após o parto e aumenta com o passar do tempo.

A alimentação pode ser afetada por alguns fatores, dos quais a temperatura ambiental é o mais importante. Nos períodos quentes do ano, a alta temperatura é responsável por grande parte dos problemas relacionados à ingestão de ração na maternidade pelas matrizes. Segundo Bortolozzo & Wentz (2005), para cada grau acima da zona de conforto o consumo diminui de 300 Kcal a 400 Kcal de energia digestível por dia. Além disso, as altas temperaturas interferem na produção de leite.

A ingestão de água também sofre influência do calor. Animais sob estresse térmico podem aumentar a relação litros de água por quilos de ração ingeridos de 3:1 para 5:1. Quando as porcas são submetidas a ambientes com diferentes temperaturas, é possível notar diferenças nos pesos dos leitões desmamados, bem como diferença na quantidade de alimento consumido por elas (Messias de Bragança et al, 1998). 

Fonte: Cargill

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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