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O caso Heineken. A saideira e a conta, por favor

Este anúncio, pequeno no tamanho, mas grande no barulho que causou, despertou a ira de pessoas ligadas à pecuária e de apreciadores de carne

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Artigo escrito por Ricardo Nicodemos, diretor de planejamento da RV Mondel Comunicação, líder do movimento Todos A Uma Só Voz e vice presidente da ABMRA

Se você é uma pessoa que não tem paciência para a leitura e que tira as conclusões “numa passada de olhos”, adianto-lhe que este texto é um pouco extenso, mas que vale a pena a sua leitura. Porque, assim como vale a pena esperar o tempo de assar uma boa costela na brasa, aqui também compensará a sua leitura com calma até o final.

Estamos vivendo momentos muito difíceis em razão das crises socioeconômicas que foram agravadas pela pandemia e pelo momento extremamente polarizado. Diante de uma situação como essa, as pessoas tornam-se mais sensíveis e a tolerância se esvai muito rapidamente.

O stress ao qual estamos sendo expostos há meses tem levado nossos nervos à flor da pele diante de fatos que, em outras épocas, passariam até despercebidos.

Um bom exemplo desta explosão desproporcional de ânimos exaltados é o caso do post da cerveja Heineken publicado nas redes sociais, fazendo alusão ao “Dia Mundial sem Carne”.

A peça publicitária mostra um copo da cerveja sobre lúpulo verde e traz o texto: “20 de Março. Neste Dia Mundial Sem Carne, que tal comer e beber mais verde? A cerveja feita com água, malte, lúpulo e nada mais é a opção perfeita para o acompanhamento de hoje”.

Este anúncio, pequeno no tamanho, mas grande no barulho que causou, despertou a ira de pessoas ligadas à pecuária e de apreciadores de carne, provocando uma avalanche de manifestações negativas e críticas, motivando mais de 28 mil comentários na rede social da Heineken.

É importante esclarecer que o objetivo deste texto que você está lendo é trazer à luz uma visão ponderada e amistosa do fato. É bom avaliar por outro prisma que não apenas o da “lacração”, como se refere uma nova geração que tem eliminado as possibilidades de diálogo.

O “Dia Mundial Sem Carne” surgiu em 1985 nos Estados Unidos e foi criado por uma ONG chamada FARM.

Portanto é um movimento que existe há muito tempo e desde seu início divulga e incentiva as pessoas a passarem um dia sem comer carne, inclusive aqui no Brasil. Mas nunca houve tamanha critica a quem mencionasse este dia como aconteceu no caso da Heineken.

No dia a dia do marketing das empresas, muitas ações e peças de comunicação têm sido delegadas a profissionais sem muita experiência ou sem uma visão sobre qual a extensão do impacto das mensagens. Um post, por exemplo, pode passar despercebido, gerar bom engajamento ou não agradar.

O caso da Heineken revela ou deixa evidente uma falha no processo de construção da comunicação adotado pelos profissionais de marketing das empresas: eles não têm se atentado a pontos importantes, como o ambiente ao qual a comunicação das suas marcas estará inserida ou não conhecem as diversas tribos que consomem os seus produtos. Se o fizessem se livrariam de comemorarem uma data que afronta e ofende um segmento como é o da pecuária, que emprega cerca de 2 milhões de brasileiros, movimentou em 2020 cerca de R$ 620 bi e representa algo como 8,5% do PIB do Brasil.

No ranking de momentos de consumo de cerveja certamente o churrasco deve figurar entre os primeiros. E não existe churrasco sem carne, assim diz o dicionário quando define que churrasco é “pedaço de carne (bovina, suína, de aves, embutidos, etc.) assada sobre brasas.”

Aliás, este é um ponto interessante a levantar: não há churrasco sem carne, e carne é sinônimo de proteína animal. Portanto, não existe “carne de planta”, aqueles alimentos plant-based que imitam carne definitivamente não são carne. Esta sim parece ser uma boa discussão e deveria unir o segmento da pecuária para reivindicar que os produtos plant-based não utilizem a denominação “carne”.

Os profissionais de marketing e comunicação falharam por não conhecerem, não pesquisarem e não se atentarem ao fato de que o “Dia Mundial Sem Carne” incomoda um público apaixonado pela proteína, especialmente as pessoas ligadas à pecuária. Se dedicassem mais tempo em avaliações de cenários para dar bases à sua estratégia de comunicação, notariam que uma das suas maiores concorrentes, não à toa, investe muito em festas de peão e no universo relacionado à pecuária.

É difícil acreditar que o post da Heineken tenha sido pensado ou que faça parte de uma estratégia. Parece muito mais que esta peça preencheu um calendário de postagens e quem o definiu viu que havia uma data que comemorava algo que daria a chance de fazer uma “gracinha”, nada além disso. Como não temos uma declaração da empresa, este raciocínio, assim como aqueles que acham que tudo foi feito “de caso pensado”, são meras especulações. O fato é que houve uma falha na comunicação da marca que não agradou um importante segmento da economia e milhares de consumidores. Embora entenda-se que os profissionais falharam, ainda assim é preciso ponderar sobre a pena que está sendo imposta à marca Heineken.

Em setembro de 2019, o programa Papo de Segunda, do canal GNT, provocou indignação em muita gente. Foi um programa inteiro com os apresentadores falando dados irreais e conceitos inexistentes, inventados por eles, levando o público à compreensão equivocada e, inclusive, muita coisa errada foi dita a respeito da pecuária.

Este foi um episódio que tinha tudo para suscitar uma ação mais enérgica das pessoas envolvidas com a pecuária, tal qual está acontecendo com este post da Heineken, mas não foi o que aconteceu à época.

A ação enérgica partiu da ABMRA – Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio – que tomou para si a iniciativa de pleitear o direito de resposta à emissora. Veja este episódio no link: www.oterritoriodacarne.com.br/artigo/direito-de-resposta.

Então precisamos nos perguntar: será que as críticas e o castigo que estão tentando impor à Heineken são proporcionais? Será que promover o boicote à marca e fazer vídeos despejando a cerveja no chão trarão algum resultado benéfico à pecuária nacional?

Trazendo à esta avaliação um outro dado: a Pesquisa ABMRA constatou que, para 58% dos produtores rurais entrevistados, a sua imagem perante a população urbana é regular ou péssima. Uma percepção bastante preocupante, se pensarmos que o produtor é o nosso provedor de alimentos e de matérias-primas que abastecem muitos outros setores da economia.

Foi para conectar toda a cadeia produtiva do Agro, especialmente o campo à cidade e para estimular a empatia da população urbana pelos produtores que recentemente foi lançado o movimento Todos A Uma Só Voz. Uma inciativa inédita que se propõe mostrar para toda a população tudo o que o Agro e a nossa pecuária têm de melhor. Este movimento tem ajudado a colocar por terra os mitos e as fake news. Também tem estimulado as crianças a respeitarem e a admirarem todo o trabalho realizado pelos produtores no campo.

Como o próprio nome diz, o movimento Todos A Uma Só Voz é uma ação de conexão, que pretende unir forças para criar admiração e empatia.

Mas, como podemos gerar empatia se não tivermos o diálogo como principal plataforma?

Um arcebispo chamado Desmond Tutu, consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984, certa vez comentou: “não levante a sua voz, melhore os seus argumentos”.

O que não faltam são argumentos e fatos que comprovam que a pecuária nacional é grande, é responsável e é inovadora, basta conhecer iniciativas como as promovidas pelo GTPS – Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável ou pelo Grupo ETCO, que promovem a sustentabilidade e o bem-estar animal. Mas precisamos contar toda esta história para a população brasileira.

Parece ter chegado a hora do segmento se organizar para estruturar uma consistente e profissional campanha de comunicação para mostrar a todos os brasileiros o que é de fato a pecuária do nosso País. É preciso sair da posição reativa, de responder às fake news, para assumir uma posição de comunicação que posicione corretamente um dos segmentos que têm sustentado a economia do Brasil.

Voltando ao caso da cerveja e para finalizar, não há dúvida de que a melhor forma é o diálogo e a troca de ideias.

Porque não parece razoável tentar cancelar uma marca que cometeu uma gafe na sua comunicação e que isto abale um casamento que há tempo tem dado tão certo. Afinal, um bom churrasco sempre será acompanhado por uma boa cerveja.

Por isso, propomos um brinde à boa prosa, à amizade e a tudo o que podemos construir juntos, Todos A Uma Só Voz, tornando a pecuária brasileira ainda mais forte.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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