Conectado com

Notícias

“O Brasil quer estar presente em toda Ásia”, afirma presidente da ApexBrasil 

Declaração foi dado em encontro que reuniu Secoms, Sectecs e adidos agrícolas para aprofundar as relações do Brasil com o Sudeste Asiático e a Oceania. A região possui mais de 2,7 mil oportunidades para exportações brasileiras.

Publicado em

em

Fotos: ApexBrasil/Divulgação

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) realizaram, em Bangkok, na Capital da Tailândia, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, o Encontro dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (Secoms) e dos Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs) e Adidos Agrícolas da ASEAN e Oceania para discutir novas estratégias e ações pragmáticas para expandir e aprofundar as relações econômicas do Brasil com os países da região. “Foram três dias de debates com o objetivo de potencializar o Brasil, do ponto de vista do fluxo de comércio exterior, numa região que hoje é o centro de disputa no mundo. O Brasil quer estar presente em toda a Ásia e também na Oceania”, afirmou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), integrada por Brunei, Camboja, Singapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Tailândia e Vietnã, foi o terceiro principal destino das exportações brasileiras em 2023, à frente do Mercosul. O Brasil exporta mais hoje para cinco economias da ASEAN (Singapura, Malásia, Tailândia, Indonésia e Vietnã) do que o total que vende para parceiros tradicionais do G7, como Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália.

O encontro buscou explorar as mais de 2.700 oportunidades de exportação para produtos brasileiros mapeadas pela ApexBrasil no bloco ASEAN e na Oceania, em mercados que somam US$ 322,2 bilhões. “Essa foi a reunião mais objetiva de trabalho, focada nas oportunidades, nos desafios”, assinalou Laudemar Aguiar, secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do MRE.

Para Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o evento trouxe a sinergia de trabalho pelo país. “Quero agradecer essa parceria e parabenizar a organização do evento, de altíssimo nível, como aliás têm sido todas as ações da Apex. Estamos nessa sinergia, de braços dados, para que o Brasil ocupe posição de destaque no mundo”, ressaltou.

O encontro contou também com a participação de empresários. “A gente exporta 95% da nossa produção e metade disso vem para a Ásia”, disse o representante da JBS Couro no Vietnam, Edinilson do Nascimento. “A presença aqui na Ásia é muito importante. A gente oferece mais que o produto, o serviço”, destacou.

“Nós temos muitos desafios pela frente e contamos com a ApexBrasil e com as embaixadas. Vocês são muito importantes para nós, para a gente poder fazer essa comunicação”, disse o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Marcelo Duarte, se referindo às exigências dos consumidores da região.

“There should be no border for food”, ou, “Não deveria existir fronteiras para alimentos”, disse o presidente da Associação Brasileira de Proteínas Animal (ABPA), Ricardo Santin, também presente no encontro. “É isso que eu gostaria que as embaixadas e os Secoms defendessem”, reforçou.

Potencial do bloco além de adidos agrícolas
Até setembro de 2024, as vendas brasileiras para o bloco tiveram crescimentos de 8,8% quando comparado ao mesmo período de 2023. “O potencial é tão grande para o fluxo de comércio exterior do Brasil que nós vamos reforçar a presença da ApexBrasil na China, criando a casa Brasil em Xangai, levando algumas entidades brasileiras do setor produtivo para dentro dessa casa – como os que trabalham com as proteínas, com o algodão – e trabalhar a abertura do escritório da ApexBrasil em Singapura, que é o centro logístico de toda essa região importantíssima do mundo, que concentra, pelo menos, 1/3 do comércio que ocorre no mundo”, destacou Viana

Segundo levantamento realizado pela Agência dentre as mais de 2.700 oportunidades mapeadas, destacam-se setores como combustíveis, produtos alimentares e artigos manufaturados no bloco ASEAN; e setores como máquinas e equipamentos, veículos rodoviários e moda, que podem ser explorados na Oceania.

“Esse trabalho que estamos fazendo aqui também é preparatório para quando inaugurarmos a exposição universal em Osaka, no Japão, no ano que vem. Serão seis meses de promoção da imagem do Brasil, dos produtos do Brasil e é um projeto executado 100% pela ApexBrasil. Mas é óbvio que é em nome do governo brasileiro e em nome do nosso país como um todo”, destacou Viana.

Segunda rodada na Ásia
A missão de trabalho na Ásia terá novo evento nesta semana, entre segunda (04) e quarta-feira (06), em Tóquio. Desta vez, o Encontro dos Secoms, Sectecs e Adidos Agrícolas será focado no Leste Asiático.

Durante o Encontro, a ApexBrasil vai lançar o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-Japão. Fruto da parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Japan External Trade Organization (JETRO) e a Embaixada do Brasil em Tóquio, a primeira edição do “Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos – Brasil e Japão” apresenta uma análise abrangente das relações econômicas entre os países.

“O Leste Asiático é destino de cerca de 1/3 das exportações brasileiras e de parte importante do superávit comercial brasileiro, mas temos o desafio de diversificar nossas exportações, ainda muito concentradas em poucas commodities. Por isso, o encontro dos Secoms, Sectecs e Adidos Agrícolas, com diálogo estreito com os empreendedores brasileiros, é estratégico para definirmos as ações que podem tornar as relações comerciais ainda mais benéficas para o Brasil”, comentou Viana.

Fonte: Assessoria ApexBrasil 

Notícias Regularização e diálogo

Saiba como a cadeia da carne no Brasil caminha para atender às demandas globais

Do TAC da Carne à rastreabilidade, 2ª edição dos Diálogos Boi na Linha tratou dos desafios e oportunidades na trajetória para uma pecuária sustentável.

Publicado em

em

Representando o Sindifrigo, Paulo Bellincanta ressaltou a importância de critérios de rastreabilidade factíveis, sem prejudicar a competitividade no setor - Fotos: Divulgação/Imaflora

Promover uma cadeia produtiva da carne mais transparente, com foco em rastreabilidade e na amplitude dos compromissos da pecuária é essencial para que o setor atenda tanto às demandas ambientais e sociais quanto às exigências do mercado internacional, facilitando a adaptação às novas regulamentações e evitando o surgimento de barreiras comerciais.

As crescentes exigências de mercados como a União Europeia — que demandam rastreabilidade completa — evidenciam a importância desse esforço. Segundo a

Danielle Schneider, da Abiec, informou que o Brasil já exporta cerca de 28,5 milhões de cabeças de gado por ano

coordenadora de Rastreabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Danielle Schneider, o Brasil já exporta cerca de 28,5 milhões de cabeças de gado por ano, com 54% do total destinado à China e uma parcela significativa em cortes nobres para a Europa.

A especialista da Abiec foi uma das palestrantes da 2ª edição dos Diálogos Boi na Linha, realizada em Cuiabá (MT), no dia 23 de outubro. No encontro, as estratégias para manter a pecuária brasileira como referência em produtividade e qualidade estiveram em pauta. Realizado pelo Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, o evento busca explorar os desafios e oportunidades da bovinocultura, oferecendo um espaço para troca de experiências e construção coletiva de soluções.

Rastreabilidade e sustentabilidade

O Programa Boi na Linha, lançado em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e o Imaflora, tem avançado como ferramenta para fortalecer a governança e a transparência na cadeia da carne e do couro bovinos no Brasil. Desde 2019, o programa tem estimulado o cumprimento do que determina o Código Florestal e a implementação de práticas de rastreabilidade e sustentabilidade, fundamentais para o cumprimento de exigências internacionais e o combate a irregularidades socioambientais.

Gerente em Cadeias Agropecuárias do Imaflora, Lisandro Inakake: “Cabe a nós ampliarmos a implementação das iniciativas e conseguir contar uma história positiva”

O gerente em Cadeias Agropecuárias do Imaflora, Lisandro Inakake, destacou durante os Diálogos que a pecuária é extremamente importante para o crescimento do Brasil e, ainda assim, a sua relação com os aspectos ambientais ainda é vista como negativa. “Temos um potencial enorme e muito o que ajustar. No entanto, projetos e iniciativas como o Boi na Linha já demonstraram o quanto o gado pode ter um impacto neutro, positivo ou de baixo carbono dentro dessa agenda. Cabe a nós ampliarmos a implementação dessas iniciativas e conseguir contar uma história positiva”, resumiu.

Adaptação e responsabilidade do setor

Essa movimentação rumo a uma produção mais transparente e sustentável exige colaboração entre os diversos elos da cadeia produtiva e a inclusão dos produtores é um dos pontos cruciais no debate. O diretor Comercial do Grupo Frialto e presidente do Sindifrigo, Paulo Bellincanta ressaltou a importância de critérios de rastreabilidade factíveis, sem prejudicar a competitividade. No mesmo sentido, o diretor de Operações do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Bruno de Jesus Andrade pontuou que, ao excluir pequenos produtores do mercado formal, o setor perde oportunidades de agregar valor e incentivar melhores práticas. “Eles acabam vendendo para empresas sem controle, o que dificulta o investimento em melhorias”, explicou Andrade.

Nesse contexto, o setor busca unir rastreabilidade sanitária e ambiental, como destacou o diretor de Parcerias da The Nature Conservancy (TNC), Fábio Medeiros, reforçando a garantia de que o investimento em monitoramento seja balanceado com incentivos ao produtor. “O custo da rastreabilidade é pequeno frente ao valor que agrega e precisamos olhar para o longo prazo”, afirmou Medeiros, frisando a importância de incentivos especialmente para pequenos pecuaristas.

Para o procurador da República e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Amazônia Legal, Rafael da Silva Rocha, se faz necessário manter um diálogo constante. “É por meio dessa troca e da melhoria contínua que vamos atingir objetivos comuns”, destacou Rocha, reforçando a importância da expansão do Termo de Ajustamento de Conduta da Carne (TAC da Carne), fundamental na regularização de frigoríficos na Amazônia Legal.

Ampliando o diálogo

Lisandro Inakake salientou a importância de o evento “Diálogos Boi na Linha” proporcionar um espaço em que todos os elos da cadeia produtiva possam construir uma visão compartilhada sobre os desafios e necessidades da pecuária sustentável. “Este segundo encontro teve como principal objetivo criar pontes entre as instituições e os produtores de Mato Grosso, promovendo um ambiente de discussão aberto e focado no aprendizado e na escuta ativa das demandas regionais. A partir desse entendimento, conseguimos adaptar os referenciais do Programa Boi na Linha para apoiar o Ministério Público Federal com um olhar mais próximo da realidade local,” enfatizou.

Inakake sublinhou que, ao longo dos últimos cinco anos, o Programa Boi na Linha tem permitido uma visão mais clara de como algumas práticas de exclusão, por exemplo, podem gerar distorções na cadeia. Por isso, é essencial que o diálogo constante e de longo prazo contemple alternativas para produtores que precisam se adequar às normas socioambientais. “O evento consolida o papel do programa em apoiar tanto a inclusão quanto o desenvolvimento sustentável, engajando todos os participantes em uma agenda positiva para o futuro da pecuária no país”, enfatizou.

Fonte: Assessoria Imaflora
Continue Lendo

Notícias

Brasil fortalece cooperação com México em seguro rural

Memorando de Entendimento assinado entre o Mapa e o Alasa prevê, entre outras ações, a realização do 18º Congresso Internacional da Alasa, previsto para ocorrer entre os dias 07 e 10 de abril de 2025, em Brasília.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

Entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), liderada pelo secretário-executivo adjunto Cléber Soares, o secretário de Política Agrícola Guilherme Campos e o assessor para Programas Estratégicos da Secretaria Executiva, José Carlos Polidoro, esteve no México para reforçar a colaboração entre os países latino-americanos no setor de seguro agropecuário. O momento foi marcado pela assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com a Asociación Latinoamericana para el Desarrolo del Seguro Rural Agropecuário (Alasa), com vistas ao fortalecimento de políticas de proteção para o setor.

O MoU prevê, entre outras ações, a realização do 18º Congresso Internacional da Alasa, que ocorrerá de 07 e 10 de abril de 2025, em Brasília. O evento reunirá seguradoras, resseguradoras, brokers, autoridades governamentais, agricultores, organizações do setor agropecuário, instituições financeiras e representantes internacionais, abordando temas como os desafios climáticos, compliance e seguros verdes, avanços nos seguros paramétricos e catastróficos, e o uso de inteligência artificial para inovações tecnológicas na área.

A missão também visou a análise das políticas públicas de seguro rural no México, país que é referência na implementação e uso de seguros agropecuários, incluindo modelos paramétricos e catastróficos. Durante a visita, a comitiva do Mapa realizou reuniões com a nova equipe do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (SADER), fortalecendo as relações bilaterais e explorando possibilidades de cooperação em áreas de interesse mútuo.

Outro ponto importante da agenda foi o encontro com representantes do Ministério da Fazenda e Crédito Público (SHCP) para tratar sobre o mercado de crédito e seguro agropecuário mexicano. Em reunião com o Diretor Geral dos Fideicomisos Instituidos en Relación con la Agricultura (FIRA), foi discutida a atuação da instituição como facilitadora de acesso ao crédito, por meio de operações de crédito e concessão de garantias para projetos ligados à agricultura, pecuária, agroindústria, pesca e atividades rurais.

A comitiva também teve a oportunidade de conhecer o exemplo bem-sucedido do Estado de Veracruz no uso de seguros paramétricos e catastróficos, uma estratégia adotada pelo governo local para proteger regiões e produtores vulneráveis aos impactos climáticos. Para ampliar o diálogo com o setor de seguros, houve ainda uma reunião com o presidente da Associação Mexicana de Instituições de Seguro, além de representantes de fundos de seguro, bancos e empresas do setor. Todas as reuniões foram acompanhadas pela adida agrícola no país, Adriane Cruvinel.

“Com essa missão, reafirmamos o papel do Brasil como líder na promoção de soluções para a segurança agropecuária em nossa região. O compromisso do ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa é assegurar que políticas de seguro rural robustas estejam ao alcance de nossos produtores, reforçando a resiliência do setor e estabelecendo parcerias sólidas na América Latina”, destacou o secretário-executivo adjunto Cléber Soares.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias Energia renovável:

BRF reduz emissões de carbono com uso de biomassa

Somente em 2023, a companhia investiu R$ 8,4 milhões em projetos voltados para otimizar o aproveitamento energético em suas operações

Publicado em

em

Foto O Presente Rural

A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, já conta com 90% de sua matriz energética composta por fontes renováveis. Entre elas, a biomassa se destaca como uma das principais contribuições, sendo obtida a partir de reflorestamento de Eucalyptus. É utilizada principalmente para a geração de vapor nos processos produtivos, o que ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A BRF possui cerca de 27 mil hectares de ativos florestais destinados à produção de biomassa, distribuídos por oito estados brasileiros e mais de 190 fazendas. 95% dessas fazendas são próprias ou arrendadas. Espécies do gênero Eucalyptus ocupam 96% dessas áreas, com pequenas parcelas destinadas a Pinus (1,1%) e outras espécies, como araucária, bambu e mimosa (0,5%).

“Estamos comprometidos em utilizar fontes de energia renováveis e reduzir ao máximo nosso impacto ambiental, sempre buscando inovação e eficiência na produção de alimentos”, afirma Cicero Suzin, diretor CIEX Engenharia e Meio Ambiente da BRF. Somente em 2023, a empresa investiu R$ 8,4 milhões em projetos voltados para otimizar o aproveitamento energético em suas operações.

 

Sustentabilidade: O uso de energia renovável faz parte do pilar de mudanças climáticas da plataforma de sustentabilidade da BRF, que inclui também agronegócio de baixo carbono, eficiência operacional e a compra sustentável de grãos que são utilizados na produção de ração. A BRF encerrou o ciclo de 2023 com redução de 21% nas emissões totais atreladas aos Escopos 1 e 2 quando comparado com a baseline 2019, motivada majoritariamente pela priorização do consumo de energia renovável. A companhia tem o objetivo de ser contar com 50% de energia de fontes limpas até 2030.

Fonte: Assessoria
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.