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“O agro eleva o patamar do país em relação ao mundo”, afirma presidente da FPA

FPA reuniu nesta semana lideranças do setor e autoridades em Brasília para discutir as perspectivas para 2023. 

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Foto: Maria Cristina Kunzler/OP

Com a presença de autoridades, entidades do setor, parlamentares e novos integrantes do Congresso Nacional, eleitos para a 57ª Legislatura, o Encontro de Lideranças – Perspectivas 2023, promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), marcou as boas-vindas aos deputados e senadores que, a partir de 1º de fevereiro, integrarão o Poder Legislativo e as perspectivas para os próximos anos do agro brasileiro.

O presidente da FPA, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), abriu os discursos e enalteceu a força do setor agropecuário que ajudou o país a alcançar o protagonismo ambiental em caráter mundial. O parlamentar lembrou, igualmente, da importância do Brasil como principal exportador de alimentos e peça-chave para erradicar a insegurança alimentar.  “O setor agropecuário brasileiro tem as próprias pautas, que são essenciais para um país ainda mais forte e para levar comida mundo afora. Lutamos pela redução de custo de produção e alimento mais barato na mesa do brasileiro. Esse é o poder do agro, que produz alimentos e eleva o Brasil ao patamar econômico e mundial que merece”, enfatizou.

Sérgio destacou que o agro é o setor que mais gera emprego e renda, e traz estabilidade e desenvolvimento. “Nós somos os grandes responsáveis pelas conquistas alcançadas pelo país nas últimas décadas. O Brasil pode esperar do nosso setor e da FPA, hoje e sempre”.

O vice-presidente da FPA no Senado Federal, senador Zequinha Marinho (PL-PA), destacou a necessidade de estabelecer uma plataforma de ações para que a próxima legislatura alcance resultados ainda mais positivos. Mencionou, também, a importância da união entre parlamentares. “Temos projetos importantes que precisam avançar e são frutos do trabalho da FPA. Se tirarmos o agro, o Brasil não vai caminhar. Por isso, torna–se cada dia mais fundamental o diálogo. Queremos abraçar os que estão chegando e mostrar a importância da união. É compartilhar para construir e acreditar no que defendemos, nos doando para o melhor”, enfatizou.

Também presente no evento, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), lembrou um pouco do que viveu quando chegou em 2011 ao Congresso Nacional, e do desejo de se tornar vice-presidente da FPA. Para Lira, o diálogo dentro do Congresso, assim como na Frente Parlamentar da Agropecuária, deve prevalecer em qualquer situação. “Aprendi muito quando cheguei e fui recebido por grandes líderes da bancada do agro. Aprendi a respeitar o diálogo e a nunca exercer minha vontade acima do grupo de líderes. Vemos avanços na Câmara dos Deputados e conseguimos honrar os compromissos que tínhamos com a FPA. Nunca vamos abrir mão da discussão democrática e de lembrar a importância da Frente para o Brasil e o mundo”, destacou.

Para o ministro de Relações Exteriores, embaixador Carlos França, o setor agropecuário brasileiro é referência mundial de produção, preservação e desenvolvimento de tecnologia. “Nós somos respeitados em todo o mundo. Ao longo desses quatro anos se conseguiu criar condições para elevar o Brasil ao terceiro país que mais atrai investimentos, atrás dos Estados Unidos e China. Diante do pior cenário da pandemia, o agro não parou e honrou contratos para alimentar um bilhão de pessoas”, frisou.

A ex-ministra da Agricultura e senadora eleita, Tereza Cristina (PP-MS), lembrou da importância da FPA em sua escolha como ministra da Agricultura. “Foi essa bancada que me colocou no Mapa e me fez crescer dentro do Congresso Nacional. O Brasil precisa correr para alcançar o agro. Estamos à frente de todos os outros segmentos do país”, ressaltou.

O atual ministro da Agricultura, Marcos Montes, ex-presidente da FPA, destacou que os últimos três anos e meio de sucesso do MAPA devem ser repassados, também, ao trabalho da Câmara dos Deputados, Senado Federal e demais entidades do setor. “Hoje é uma festa do agro brasileiro. A oportunidade dada ao Ministério da Agricultura de colocar o agro como protagonista do país mundo afora é inédita. O agro jamais havia sido tratado conforme é hoje, como pauta principal. Que sigamos assim”, exclamou.

Entidades do setor 

O Instituto Pensar Agropecuária (IPA) foi representado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nas figuras dos presidentes Márcio Lopes e João Martins, respectivamente.

O presidente da OCB, Márcio Lopes, afirmou que o setor produtivo nunca andou tanto como agora, e fez agradecimentos ao trabalho dos deputados e senadores, e entidades que compõem o Instituto Pensar Agro. “Me perguntaram esses dias se alguma pauta do cooperativismo precisaria ser aprovada, e respondi que tudo o que nós precisamos na base foi cumprido. O agro está andando e vai andar cada vez mais”, disse.

João Martins, presidente da CNA, afirmou que os problemas do agro ainda são grandes e precisam ser resolvidos. Segundo ele, ainda existem Projetos de Lei no Congresso, que podem fazer o trabalho oposto, e travar o crescimento do setor. “O destino da agricultura será decidido nos próximos anos, pois a incompreensão a respeito do agro brasileiro é um traço presente e precisa ser combatido. O agro brasileiro pode continuar criando riqueza, mas não pode ser um campo de batalha para conflitos de ideias já sepultadas no resto do mundo”, explicou.

Painel do Agro

O ex-ministro Roberto Rodrigues apresentou uma palestra acerca da perspectiva do agro brasileiro no curto e médio prazo. De acordo com ele, o Brasil é um país capaz de produzir e servir ao mundo inteiro.  “Podemos nos transformar no grande agente responsável por alimentar o planeta. Somos o horizonte de produção de alimentos e somos o líder na tecnologia, desenvolvimento e informação. Somos capazes e precisamos assumir essa responsabilidade”, finalizou o ex-ministro.

Fonte: Ascom FPA

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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