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O agro é multiplataforma

Se o público está cada vez mais envolvido com a produção no interior, ele também está cada vez mais conectado e usando uma grande diversidade de recursos tecnológicos para se comunicar

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Artigo escrito por Julio Cargnino, diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA)

A crise econômica que atinge o Brasil nos últimos anos gerou uma corrida na busca por novas fontes de receita, em ambientes de prosperidade. O agronegócio, com suas super safras, crescimento acima da média do PIB e a capacidade de geração de riqueza nos lugares mais distantes do país, passou a ser visto como uma boa alternativa para fugir da recessão e buscar resultados.

O desafio é que falar com o agronegócio ou sobre o agronegócio exige cuidados de linguagem, uso adequado de signos, quebra de estereótipos e conhecimento sobre o ambiente. Neste campo, qualquer estratégia de comunicação precisa do entendimento de que o agro é formado por dezenas de tribos e cada uma delas tem suas próprias personas, com culturas, hábitos e modos de vida completamente diferentes. Assuntos e causas altamente relevantes para alguns podem ser vazios para outros ou até antagônicos. Além disso, o agro não é formado apenas pelos produtores rurais. O sistema que envolve o setor tem empresários, trabalhadores, profissionais liberais e operadores de mercado que fazem parte das diversas cadeias produtivas. Conversar com esse público não é tarefa simples e exige uma efetiva abordagem de comunicação integrada, ajustando mensagens por regiões, culturas e interesses específicos. 

Para entender alguns elementos que impactam o consumo de mídia deste segmento, podemos analisar a Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA). Ela mostra que os jovens de 26 a 35 anos estão voltando ou permanecendo no campo, assumindo rapidamente funções de liderança. Outro dado importante é que as mulheres já estão presentes na gestão de um terço das propriedades rurais e que mais da metade dos produtores (56%) reside basicamente no campo. Em 2013, por exemplo, esse número era de 47%. 

Se este público está cada vez mais envolvido com a produção no interior, ele também está cada vez mais conectado e usando uma grande diversidade de recursos tecnológicos para se comunicar. Informação para ele significa melhorar os negócios e é um item básico para a sua sobrevivência. Os números da ABMRA mostram que 61% dos produtores estão conectados à internet e, deste total, 81% possuem smartphones. Quase a totalidade do público com celulares conectados está nas redes sociais e usa especialmente o Whatsapp para se comunicar com seus grupos de contatos. Mas para quem acredita na tese de que um meio de comunicação substitui o outro, os números da ABMRA mostram um cenário bem diferente. Especialmente no campo, 92% do público dizem seguir assistindo televisão aberta e 54% acompanham a programação das TVs especializadas em agronegócio. O rádio também segue forte, com audiência de 75%. Isso revela que o produtor rural agregou o consumo de mídias eletrônicas e cada vez mais seleciona o meio pela relevância quem tem para ele.

Uma pesquisa do final do ano passado, feita no Reino Unido pela ViewersLogic com 4,500 pessoas, estudou se a eficiência das mensagens na televisão estaria diminuindo em função do uso da segunda tela. O resultado foi que em 75% dos casos as pessoas têm maior probabilidade de acompanhar uma oferta ou conteúdo se impactadas por mais de uma mídia. Os autores do estudo concluíram que o uso de múltiplas telas na transmissão de uma mensagem reforça a eficiência e o impacto das mídias. Para o ambiente do agronegócio, no qual as mídias tradicionais têm peso muito relevante, a chegada dos meios digitais precisa ser encarada como mais um elemento para estabelecer engajamento, conexão e entendimento profundo do público, mas jamais uma substituição de meios. 

No último ano, surgiram diversas estratégicas de lançamento de produtos com foco essencialmente nas mídias sociais. Esses planos provavelmente não avaliaram o complexo sistema de mídia do agronegócio e a opinião dos produtores rurais quanto aos seus hábitos e à disponibilidade para receber ofertas e mensagens. Planos que focaram essencialmente em ações de Whatsapp, por exemplo, deveriam estar atentos ao que dizem os produtores na pesquisa da ABMRA. No estudo, o serviço de mensagens é líder de adesão pelos produtores, mas aparece na décima sexta posição quando o assunto é o uso de canais para envio de informações sobre ofertas e lançamentos de produtos.

O produtor rural é crítico por natureza e age movido pela confiança nas informações que recebe da mídia especializada, entidades, consultores e empresas que o ajudam no seu trabalho. Por isso, é também fiel nestas relações. Em um ambiente de alta pressão por métricas na conversão de vendas, é preciso ter cuidado com as ações que buscam apenas vendas frias e estabelecer estratégias de relacionamento de longo prazo, criando contato nas diversas telas e oportunidades de relacionamento direto em eventos. Quem desejar acessar esse público precisa conhecer em profundidade o perfil destas personas e falar a linguagem delas desde o primeiro contato, pois poderá não haver uma segunda chance de cativá-las.

Fonte: Assessoria

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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