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Nutrição pré-parto potencializa produção e protege a saúde de vacas leiteiras
Uma forma importante de reduzir as desordens metabólicas e evitar ao máximo as doenças após o parto é cuidando bem da vaca pré-parto para que ela desempenhe todo o seu potencial de produção e tenha saúde durante a lactação seguinte.
O período de transição é a fase mais crítica para as vacas leiteiras. É um intervalo que compreende as 3 semanas antes e as 3 semanas após o parto. Durante esta fase a vaca deixa de estar gestante, não lactante (pré-parto) e passa a estar vazia (não gestante) e lactante (produzindo leite). O que desencadeia toda esta mudança é o parto. Durante este período as vacas passam por intensas variações hormonais, o sistema imune está sensível e tem um alto desafio metabólico para lidar. Cerca de 70% das doenças de vacas leiteiras vão acontecer no início da lactação.
Uma forma importante de reduzir as desordens metabólicas e evitar ao máximo as doenças após o parto é cuidando bem da vaca pré-parto para que ela desempenhe todo o seu potencial de produção e tenha saúde durante a lactação seguinte.
O que é o período pré-parto?
• Compreende as 3 últimas semanas antes do parto
• Período de descanso da vaca leiteira em que há intensa renovação das células secretoras de leite
• É uma fase de intensas modificações hormonais nas vacas de leite
• A vaca precisa de nutrientes para dar suporte ao crescimento final do feto, colostrogênese (produção de colostro) e para a produção de leite que se inicia após o parto.
• É fundamental a vaca ter acesso à água, sombra e espaço de cocho suficiente para que o consumo de alimentos esteja garantido
A importância do cálcio (Ca)
• O Ca está envolvido com o sistema imune das vacas de leite e é necessário para a contração da musculatura lisa (canal do teto, útero, abomaso).
• Quando as concentrações sanguíneas de Ca estão baixas no pós-parto, a vaca pode ter hipocalcemia clínica (febre do leite) e hipocalcemia subclínica
• A hipocalcemia clínica atualmente ocorre com baixíssima frequência, no entanto é muito comum vacas com hipocalcemia subclínica
• A hipocalcemia subclínica é uma doença que predispõe a diversas outras doenças no pós-parto de vacas de leite e, caso ocorra, aumenta muito as probabilidades de retenção de placenta, endometrite, cetose, mastite e deslocamento de abomaso. Vacas hipocalcêmicas têm de 3 a 5 vezes mais chance de desenvolver alguma doença pós-parto que vacas com a os níveis de cálcio normal.
Nutrição da vaca pré-parto.
Além de todo o conforto necessário, desde a década de 70 pesquisadores vêm relatando melhora nos índices de saúde quando as vacas pré-parto consomem uma dieta com predominância de ânions em relação aos cátions. A estratégia de utilizar dietas aniônicas no pré-parto é amplamente comprovada cientificamente e é fundamental a sua adoção em fazendas leiteiras.
O objetivo de utilizar dietas aniônicas no pré-parto é acidificar levemente o sangue das vacas leiteiras para que o hormônio paratormônio (PTH) tenha uma resposta mais rápida no pós-parto. Desta forma, o PTH consegue disponibilizar cálcio para a corrente circulatória com mais eficiência, ocorre um aumento na absorção e diminuição da excreção do cálcio fazendo com que a vaca tenha mais Ca disponível para a produção de colostro e leite.
Os alimentos utilizados em dietas de vacas leiteiras, como silagem de milho, feno, pré-secado, milho, farelo de soja, caroço de algodão, farelo de trigo, aveia e outros, têm o balanço de íons positivo, por isso a necessidade de se utilizar um núcleo mineral aniônico ou uma ração pré-parto aniônica que vá tornar a dieta aniônica.
A diferença cátion-aniônica (DCAD) das dietas é influenciada pelos níveis de sódio (Na), potássio (K), cloro (Cl) e enxofre (S) dos alimentos.
Além da dieta aniônica, é fundamental fornecer níveis adequados de microminerais, principalmente selênio e zinco, além das vitaminas A, D e E. As novas recomendações para vacas holandesas ficam entre 100 a 120.000 UI de vitamina A; 30.000 UI de vitamina D e 2.000 UI de vitamina E para cada vaca por dia.
Como monitorar as vacas no pré-parto?
Medir o pH urinário das vacas após 4 a 5 dias de fornecimento de dietas aniônicas. Fazer uma amostragem do lote ou coletar de todos os animais para avaliação naqueles casos em que o lote tenha poucos animais (fazendas pequenas e médias).
Avaliar o nível de K dos alimentos volumosos em laboratório (análise química).
Recomendações práticas:
- Separar as vacas em um lote específico para o pré-parto 30 a 28 dias antes do parto
- Fornecer uma dieta suficientemente aniônica
- Trabalhar com níveis adequados de proteína metabolizável, amido, macro, microminerais e vitaminas
- Trabalhar com espaço de cocho adequado de 80 cm por animal.
Para finalizar
A utilização de dietas aniônicas só é possível se adicionarmos intencionalmente os ânions na dieta. Para isso, precisamos de um núcleo mineral vitamínico ou uma ração pré-parto que tenha qualidade e seja suficientemente aniônica.
A dieta aniônica funciona, tem comprovação científica e deve ser utilizada em fazendas que visam uma boa produção leiteira, animais saudáveis e longevos.
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran