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Nutrição de precisão estará em debate no 13º Simpósio de Suinocultura

Palestra sobre o tema será no dia 12 de agosto, às 13h35, com o engenheiro agrônomo e PhD em Nutrição, Mário Penz

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As necessidades nutricionais estão ligadas ao bem-estar dos animais e, na produção industrial de suínos, a alimentação está diretamente relacionada ao desempenho dos animais. A alimentação é o componente mais oneroso da produção e trabalhar de forma eficiente contribui para otimizar o retorno econômico ou até mesmo a sustentabilidade da atividade. Neste contexto, a nutrição de precisão compreende o uso de técnicas que permitem o fornecimento diário adequado de nutrientes para os suínos.

Para aprofundar as discussões sobre esse tema, o 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) traz a palestra “Nutrição de precisão: em busca da máxima eficiência”. O tema será abordado no dia 12 de agosto, no Painel Nutrição, pelo engenheiro agrônomo Antônio Mário Penz Junior, às 13h35.

O presidente da Comissão Científica do SBSS, Paulo Bennemann, frisa que o tema merece atenção dos profissionais. “Cada vez mais se leva em consideração, para definir uma dieta, as interações do ambiente no qual o animal está e as características do suíno em relação a seu estado de saúde, crescimento, estado hormonal e metabólico, entre outros aspectos. Essa palestra trará importante atualização sobre o assunto. Mário Penz tem amplo conhecimento e compartilhará suas experiências com o público do Simpósio”.

O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e está programado para o período de 10 a 12 de agosto. Paralelamente ocorrerá a 12ª Brasil Sul Pig Fair virtual. Os dois eventos serão realizados totalmente on-line, com geração e transmissão a partir de Chapecó.

A edição deste ano terá 11 palestras, divididas em cinco blocos que abordarão tendências de futuro, biosseguridade, uso prudente de antimicrobianos, nutrição e sanidade. As palestras serão transmitidas em alta definição, com tradução simultânea do português para o espanhol, e ficarão disponíveis para acesso após o evento durante 30 dias.

Além da programação científica, haverá um pré-evento no dia 9 de agosto e eventos paralelos de empresas parceiras nos dias do Simpósio. Os inscritos somente para a Pig Fair virtual também poderão acessar esses eventos.

Sobre o palestrante

Mário Penz é mestre em Agronomia, Área de Concentração Zootecnia, é PhD em Nutrição e pós-doutor em Nutrição de Aves. Foi professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, orientador, com teses concluídas, de 28 alunos de mestrado e nove de doutorado. Apresentou 505 palestras em 30 países. É autor e co-autor de 394 trabalhos e sumários científicos publicados no Brasil e no exterior, foi presidente da Sociedade Brasileira de Zootecnia e recebeu homenagens de diversas entidades pela sua atuação profissional.

Foi diretor técnico da Nutron Alimentos, empresa brasileira de nutrição animal, de 1995 até 2008; diretor técnico da Provimi América Latina, empresa latino-americana de nutrição animal, de 2008 até 2010; e diretor mundial de aves da Provimi, de 2010 até 2011. Desde 2012 é diretor mundial para Contas Estratégicas da Cargill Animal Nutrition.

Inscrições 

A venda do segundo lote das inscrições para o 13º SBSS segue até o dia 4 de agosto, com os seguintes valores: R$ 440 para profissionais; R$ 340 para estudantes; R$ 200 para associados do Nucleovet; R$ 330 para agroindústrias e órgãos públicos, com pacotes a partir de dez inscrições; e R$ 300 para universidades, também com possibilidade de pacotes. O terceiro lote será comercializado a partir do dia 5 de agosto e durante o evento. Os pacotes podem ser parcelados em até três vezes.

As inscrições podem ser feitas no site https://nucleovet.com.br/.

O 13º SBSS tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, da Unochapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria

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Prazo para o preenchimento da plataforma Contabilizando Resíduos é prorrogado até julho

Entidades privadas também ganharam mais tempo para apresentação de relatório sobre planejamento de logística reversa.

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Foto: Divulgação/AEN

O Governo do Paraná prorrogou por meio da Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 004/2024 publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (27) os prazos para o preenchimento da Plataforma Contabilizando Resíduos, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que se encerrariam domingo (31). Agora, municípios podem preencher o módulo de “Resíduos Sólidos Urbanos – RSU” até 31 de julho de 2024.

Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo também têm até 31 de julho de 2024 para apresentação, de forma individual ou coletiva, do Relatório Comprobatório dos Planos de Logística Reversa. Este relatório deve conter as informações e resultados, tendo como base o ano anterior (janeiro a dezembro) a fim de que seja avaliado e aprovado, e emitido documento que ateste sua aprovação pela Secretaria. A plataforma e os manuais de utilização podem ser acessados no site da Sedest.

O coordenador de Gestão Econômica e Territorial da Sedest, Filipe Dalboni, afirma que havia necessidade de prorrogar o prazo para garantir a qualidade dos dados recebidos. “Aumentamos o prazo para que tivéssemos tempo hábil de fornecer uma formação online para quem está com dificuldades de preenchimento da plataforma, a fim de que possamos obter dados mais fidedignos”, explica.

A formação online ainda não possui data marcada, mas está prevista para ocorrer ainda em abril e buscará trazer informações aos gestores municipais sobre o preenchimento adequado da Plataforma Contabilizando Resíduos – Módulo RSU. Os municípios serão informados do dia da formação por meio do Grupo R-20.

Outros prazos

Dentro deste contexto, a Sedest definiu 31 de outubro de 2024 como o prazo aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo sujeitos à logística reversa submeterem o Plano de Logística Reversa referente ao ano de 2025. A razão desta definição é garantir que os empreendimentos sujeitos à logística reversa entrem no ano de 2025 com seus planos devidamente aprovados.

Para aqueles que que iniciarem suas atividades entre 01/11/2024 e 31/12/2024, será admitida a apresentação de seus respectivos Planos de Logística Reversa dentro deste período.

Dalboni reiterou a importância de municípios e entidades privadas estarem em dia com os prazos legais de preenchimento da Plataforma. “Queremos que os municípios estejam em dia com suas obrigações referentes aos resíduos sólidos urbanos, e lembramos que as empresas que não enviarem suas comprovações poderão ter dificuldade em renovar algumas licenças”, pontua.

Sobre a plataforma

O Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos do Estado do Paraná, a plataforma digital Contabilizando Resíduos, é uma ferramenta de gestão e planejamento sobre os resíduos sólidos do Estado, a qual foi instituída pela Lei Estadual nº 20.607, de 10 de junho de 2021, e teve seus critérios e procedimentos regulamentados pelas Resoluções Conjuntas Sedest/IAT n° 20, de 20 de julho de 2021, e n° 22, de 28 de julho de 2021.

Fonte: AEN-PR
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Embrapa e Agricampanha realizam giro técnico do projeto Integra Pampa

Evento teve como objetivo mostrar alguns dos resultados do primeiro ano do Integra Pampa, iniciativa das duas instituições que visa avaliar os melhores arranjos para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta no bioma Pampa, a partir de diferentes desenhos envolvendo a produção de grãos, carne e madeira.

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Foto: Fernando Goss

A Embrapa Pecuária Sul e a Associação de Agricultores da Região da Campanha (Agricampanha) realizaram o primeiro giro técnico sobre as atividades do projeto Integra Pampa, nesta quinta-feira (28), nos campos experimentais da Embrapa em Bagé (RS). O evento teve como objetivo mostrar alguns dos resultados do primeiro ano do Integra Pampa, iniciativa das duas instituições que visa avaliar os melhores arranjos para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no bioma Pampa, a partir de diferentes desenhos envolvendo a produção de grãos, carne e madeira.

O presidente da Agricampanha, Gesiel Porciúncula, ressaltou a importância da parceria com a Embrapa por aproximar mais os produtores rurais da instituição de pesquisa. “A Região da Campanha é delicada para a agricultura pelo regime de chuvas e características de solos e a parceria visa justamente buscar respostas para que o agricultor tenha melhores resultados no campo”. Já para o Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, um dos grandes méritos do projeto é abordar sistemas de produção como um todo. “Estamos trabalhando com diferentes atividades que podem compor um sistema de produção na propriedade, sempre tendo em vista a sustentabilidade da agrocupecuária”.

O coordenador do projeto, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Naylor Perez, apresentou em linhas gerais as diferentes pesquisas que estão sendo desenvolvidas no escopo do projeto. Segundo ele, o Integra Pampa vai desde a avaliação e desenvolvimento de cultivares de soja adaptados à região e para sistemas integrados, sistemas integrados de pecuária-lavoura e pecuária-lavoura-floresta, uso de adubação, agricultura de precisão, uso de bioinsumos, entre outros aspectos. “Nosso objetivo é gerar informações sólidas que possam ser utilizadas pelos produtores, tanto em relação aos sistemas de produção como no uso de novas tecnologias já desenvolvidas ou em desenvolvimento”.

Já a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado e especialista em melhoramento genético da soja, Ana Cláudia Barneche de Oliveira apresentou alguns experimentos que estão sendo realizados nesse primeiro ano de trabalho. Ana destacou que em diversas parcelas estão sendo testadas diferentes cultivares já disponíveis no mercado, além de linhagens que vão ser utilizadas no desenvolvimento de uma variedade adaptada para a região da Campanha. Também estão sendo testados o uso de dois bioinsumos nas lavouras e o controle de plantas indesejadas. “Desde que comecei a visitar a região recebo dos produtores a demanda por cultivares de soja mais resistentes à seca. Nosso objetivo é entregar uma cultivar que atenda a essa demanda, sempre com o grande desafio de ser altamente produtiva”, destacou.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sul
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Mundo joga fora mais de um bilhão de refeições por dia, diz ONU

O desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar as mudanças climáticas, a perda da natureza e a poluição. Índice de Desperdício de Alimentos estimado em 94 kg per capita, ao ano, o desperdício de alimentos na etapa de consumo familiar no Brasil.

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Fotos: Gustavo Porpino

Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar. O desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar as mudanças climáticas, a perda da natureza e a poluição. Estas são as principais conclusões de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA), coordenado pela WRAP, publicado na quarta-feira (27), durante evento do Dia Internacional do Resíduo Zero. A Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió – AL) colaborou na revisão do novo levantamento global sobre desperdício de alimentos nas etapas de varejo e consumo.

O Índice de Desperdício de Alimentos estima em 94 kg per capita, ao ano, o desperdício de alimentos na etapa de consumo familiar no Brasil. A estimativa leva em conta apenas o consumo doméstico de alimentos e é resultante de um estudo piloto realizado, em 2023, em cinco regiões distintas da cidade do Rio de Janeiro.

Este estudo realizou análises de resíduos orgânicos, por meio de gravimetria, em regiões do Rio com diferentes perfis socioeconômicos. “Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro (RJ), os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos. A metodologia do PNUMA não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, por que consideram relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo”, comenta Gustavo Porpino, pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios que atuou como revisor do Índice.

Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores. Do total de alimentos desperdiçados em 2022, 60% aconteceram no âmbito doméstico, com os serviços de alimentação responsáveis por 28% e o varejo por 12%. “O desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo”, salienta Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. “Além de ser uma questão importante de desenvolvimento, os impactos desse desperdício desnecessário estão causando custos substanciais para o clima e a natureza. A boa notícia é que sabemos que, se os países priorizarem essa questão, eles poderão reverter significativamente a perda e o desperdício de alimentos, reduzir os impactos climáticos e as perdas econômicas e acelerar o progresso das metas globais.

Desde 2021, houve um fortalecimento da infraestrutura de dados com um número maior de estudos rastreando o desperdício de alimentos. Globalmente, o número de dados em nível domiciliar quase dobrou. No entanto, muitos países de baixa e média renda continuam a carecer de sistemas adequados para acompanhar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3 de reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, particularmente no varejo e serviços de alimentação.

Foto: Divulgação/Frepik

Apenas quatro países do G20 (Austrália, Japão, Reino Unido, EUA) e a União Europeia têm estimativas de desperdício alimentar adequadas para acompanhar os progressos até 2030. Canadá e Arábia Saudita têm estimativas adequadas no nível de domicílios, enquanto no Brasil estão em andamento atividades para desenvolver uma linha de base robusta até o final de 2024. Neste contexto, o relatório serve como um guia prático para os países medirem e comunicarem consistentemente o desperdício alimentar.

Os dados confirmam que o desperdício de alimentos não é apenas um problema de “país rico”, com os níveis de desperdício de alimentos domésticos diferindo nos níveis médios observados para países de renda alta, média-alta e média-baixa em apenas 7 kg per capita. Ao mesmo tempo, os países mais quentes parecem gerar mais desperdício de alimentos per capita nos domicílios, potencialmente devido ao maior consumo de alimentos frescos com partes substanciais não comestíveis e à falta de cadeias de refrigeração adequadas.

De acordo com levantamentos recentes, a perda e o desperdício de alimentos geraram de 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) – quase 5 vezes mais do que o setor de aviação – e uma perda significativa de biodiversidade ao ocupar o equivalente a quase um terço das terras agrícolas do mundo. Segundo o Banco Mundial, o custo da perda e do desperdício de alimentos na economia global é estimado em cerca de US$ 1 trilhão.

A expectativa é que os esforços para fortalecer a redução do desperdício de alimentos e a circularidade beneficiem especialmente as áreas urbanas. As áreas rurais geralmente têm menor desperdício, com maior direcionamento de restos de alimentos para animais de estimação, animais de criação e compostagem doméstica como explicações mais prováveis.

Segundo o PNUMA, em 2022, apenas 21 países incluíram a perda e/ou redução do desperdício de alimentos em seus planos climáticos nacionais (NDCs). O processo de revisão das NDCs de 2025 oferece uma oportunidade fundamental para aumentar a ambição climática, integrando a perda e o desperdício de alimentos. O relatório sublinha igualmente a urgência de abordar o desperdício alimentar, tanto a nível individual como sistêmico.

Linhas de base robustas e medições regulares são necessárias para que os países mostrem mudanças ao longo do tempo. Graças à implementação de políticas e parcerias, países

Foto: Roberto Dziura Jr

como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente.

“Com o enorme custo para o meio ambiente, a sociedade e as economias globais causado pelo desperdício de alimentos, precisamos de uma ação coordenada maior em todos os continentes e cadeias de suprimentos. Apoiamos o PNUMA ao pedir que mais países do G20 meçam o desperdício de alimentos e trabalhem em direção ao ODS 12.3”, comenta Harriet Lamb, CEO da WRAP. “Isso é fundamental para garantir que os alimentos alimentem as pessoas, não os aterros sanitários. As Parcerias Público-Privadas são uma ferramenta fundamental para a obtenção de resultados, mas requerem apoio: sejam filantrópicas, empresariais ou governamentais, os atores devem se unir em torno de programas que abordem o enorme impacto que o desperdício de alimentos tem na segurança alimentar, em nosso clima e em nossas carteiras”.

O PNUMA continua acompanhando o progresso em nível nacional para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, com um foco crescente em soluções além da medição para a redução. Uma dessas soluções é a ação sistêmica por meio de parcerias público-privadas (PPPs): fomentar cooperações entre governos, setor privado e o terceiro setor para identificar gargalos, desenvolver soluções e impulsionar o progresso. O financiamento adequado pode permitir que as PPP proporcionem reduções do desperdício alimentar da produção agrícola à mesa, reduzam as emissões de gases com efeito de estufa e o estresse hídrico, partilhando simultaneamente as melhores práticas e incentivando a inovação para uma mudança holística a longo prazo. As PPP sobre perda e desperdício de alimentos estão crescendo em todo o mundo, incluindo Austrália, Indonésia, México, África do Sul e no Reino Unido, onde ajudaram a reduzir mais de um quarto do desperdício domiciliar de alimentos per capita em 2007-18.

Perspectiva brasileira

Se levado em conta apenas partes usualmente comestíveis dos alimentos, o desperdício anual per capita, com base no estudo piloto no Rio de Janeiro, é de 29 kg. Deste montante, 21% são formados por produtos de panificação (11%) e frutas e hortaliças (10%). “A metodologia para quantificação do desperdício em famílias do Rio foi bastante robusta, por que analisa todos os resíduos gerados pelos domicílios, mas caso a família tenha o hábito de compostar sobras das refeições ou destinar para animais de estimação, esta parcela dos alimentos não consumida por pessoas não é captada pelo estudo”, analisa Porpino.

Foto: Geraldo Bubniak

“Evitar o desperdício de alimentos nas famílias brasileiras requer implementar ações desde a produção, por que as hortaliças que estragam rápido na geladeira, por exemplo, por vezes são descartadas em função do manejo inadequado de pragas, deficiências no manuseio pós-colheita ou uso de embalagens inapropriadas para armazenagem e transporte”, comenta Porpino. “Por fim, a educação nutricional é essencial para mudar hábitos de consumo enraizados na cultura brasileira que ainda valoriza muito a fartura na mesa”, complementa.

Para o especialista da Embrapa, nas etapas finais da cadeia produtiva de alimentos, o Brasil pode incrementar a quantificação e a implementação de soluções para melhorar a gestão dos resíduos orgânicos, por exemplo, em centrais de abastecimento (Ceasas), feiras livres e supermercados. Em recente estudo da Embrapa em parceria com a Abreme, por meio dos Diálogos União Europeia – Brasil, quantificou-se o desperdício em feiras livres de Curitiba, Recife e Rio Branco (https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1156846/cidade-e-alimentacao-relatorio-de-pesquisa-dialogo-uniao-europeia—brasil-sobre-sistemas-alimentares-urbanos-sustentaveis). O tomate foi o alimento mais descartadao nas feiras livres analisadas. “As soluções podem envolver implementação de programas de colheita urbana para que alimentos seguros sejam destinados, por exemplo, a bancos de alimentos, e incremento da compostagem para os resíduos orgânicos não comestíveis. Os resíduos das feiras livres, por exemplo, podem virar adubo para hortas urbanas e escolares”, destaca Porpino.

Fonte: Assessoria Embrapa Alimentos e Territórios
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