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Nutrição de precisão é estratégia para melhor rentabilidade na avicultura

Fonte de metionina 100% disponível contribui para atender requerimentos nutricionais das aves em metionina e cisteína.

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Fotos: Divulgação/Evonik

Melhorar a eficiência produtiva, o desempenho no campo e otimizar custos fazem parte do desafio do dia a dia da avicultura. E isso acontece mesmo em cenários de custos mais baixos dos grãos porque a atividade trabalha com margens sempre apertadas e a nutrição representa cerca de 70% dos custos de produção. Neste cenário, uma estratégia que vem se mostrando eficiente é o conceito de nutrição de precisão.

Redução de perdas de nutrientes, maior saúde das aves e eficiência da produção com menor impacto ambiental são alguns dos benefícios deste conceito já amplamente discutido em nossa cadeia e que consiste em estudar os requerimentos nutricionais precisos dos animais e fornecê-los de maneira a evitar quantidades subestimadas ou superestimadas. Se empresas de nutrição e até a agroindústria trabalham com este conceito há décadas por que ainda falamos de precisão na avicultura?

O desafio de ser preciso na dieta das aves está no fato de que cada propriedade tem sua realidade de produção, com características próprias e necessidades de mercado especificas, o que torna desafiador chegar em um número exato das exigências de cada plantel, já que é um processo dinâmico. Outro ponto que devemos considerar é evolução genética contínua das aves e, na medida em que ela ocorre, estes novos animais têm novas exigências e cabe a nutrição acompanhar estes avanços com novos requerimentos.

As perdas que ocorrem durante o processo de produção da ração, o armazenamento de ingredientes e até variações nutricionais dos ingredientes também são entraves para atingir a precisão da dieta. Isso tudo exige atualizações constantes e desenvolvimento contínuo de pesquisas e investimentos robustos em ciência para entender as características dos animais e dos ingredientes.

Uma produção mais rentável exige precisão na dieta em função do impacto econômico que ela tem sobre o negócio e porque em nosso mercado cada centavo faz diferença no final do dia. Uma nutrição precisa se traduz em maior eficiência e uso de nitrogênio, além de maior retenção de nutrientes de uma forma geral, levando a um menor impacto ambiental da atividade. E, para isso, precisamos da ciência. É ela quem vai nos tornar mais sustentável e contribuir para atendermos a demanda mundial de proteína animal.

Estudos conduzidos no Brasil e no exterior mostram que é possível formular uma dieta considerando exatamente a quantidade necessária de cada ingrediente, evitando assim desperdícios ou até mesmo perda de desempenho no campo por algum nutriente subestimado. Nesta linha, precisamos falar da formulação com metionina, que é o primeiro aminoácido limitante em dietas para as aves. Se 70% deste requerimento vem da soja e do milho, os outros 30% devem vir de fonte suplementar.

Uma maneira de otimizar a fonte de metionina é através da biodisponibilidade, que contribui para atender esta exigência de forma mais econômica. Para isso, é necessário estar atualizado com relação aos requerimentos das aves e entender as condições atuais de produção, de mercado, dos custos da dieta para atingir maior eficiência alimentar e melhor conversão alimentar. Assim, precisamos estar atentos aos requerimentos primeiro, depois aos ingredientes e a biodisponibilidade.

DL-metionina

Uma série de estudos realizados em diversos países mostra que, entre as fontes disponíveis de metionina, a DL-metionina é 100% disponível para cobrir os requerimentos de metionina e de cisteína, o que é especialmente importante. Aves em desafios terão uma necessidade maior de cisteína e antioxidantes e, neste caso, esta fonte de metionina já atende esta necessidade.

Outro benefício da cisteína é que ela contribui para um bom empenamento das aves. Considerando que a pena protege a pele do animal, ela ainda contribui para redução de perdas por lesões de pele. Quando trabalhamos com bioeficácia, a DL-metionina nos permite saber com precisão o requerimento de metionina e cisteína porque estudos comprovam que ela é 100% disponível.

Desafios

Uma ferramenta que contribui com a precisão na formulação é a análise da qualidade nutricional de rações e matérias-primas. Saber a variabilidade de matéria-prima de cada fornecedor e a volatilidade de preços traz benefícios para o nutricionista. Da mesma maneira, a qualidade de mistura na fábrica de ração é importante para estimar se houver perdas neste processo.

Assim podemos dizer que os desafios de uma zootecnia de precisão vão muito além da formulação, eles passam pelas constantes evoluções da genética, das tecnologias na fábrica de ração, pela análise dos ingredientes e informação, já que os estudos são alterados constantemente. Em nosso segmento, as mudanças ocorrem o tempo todo. E sem parar.

Victor Naranjo

O eterno desafio de custos do produtor de aves passa para o nutricionista, que precisa levar a máxima rentabilidade através de uma dieta com melhor desempenho. Este ciclo é muito dinâmico porque é impactado pela variabilidade de preços das matérias-primas e do frango. Então, optar por uma fonte de metionina 100% disponível contribui com redução de perdas, aumento da eficiência deste aminoácido e também a cobrir de forma precisa os requerimentos dinâmicos de aminoácidos.

E ser eficiente nesta fonte de aminoácido é especialmente importante se considerarmos que a metionina representa entre 2% e 4% do custo da formulação e é o primeiro aminoácido limitante, mas tem um alto impacto no nível de desempenho e saúde das aves. Cobrir este requerimento de forma precisa permite otimizar os custos de produção.

Conclusão

Se a nutrição das aves é tema que tira o sono de produtores e nutricionistas pelos seus impactos nos negócios, adotar uma estratégia de nutrição de precisão em aminoácidos, especialmente falando da metionina, contribui com uma boa caracterização dos níveis de aminoácidos, e a adoção de fonte 100% disponível é um caminho na direção de uma dieta precisa e eficiente para o seu plantel.

 

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: Por Victor Naranjo, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Nutrição de Monogástricos Diretor de Serviços Técnicos da Evonik nas Américas

Avicultura Em Porto Alegre

Asgav promove evento sobre prevenção de incêndios nas indústrias

Encontro contou com especialistas do Corpo de Bombeiros.

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Presidente Executivo da O.A.RS, José Eduardo dos Santos - Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Na última terça-feira (19), a Asgav realizou um importante evento via web, onde participaram integrantes das indústrias de aves e suínos de diversos estados do Brasil, com mais de 150 participantes inscritos.

O evento abordou o tema “Prevenção de Incêndios: Regras e Práticas de Prevenção na Indústria” e contou com uma palestra especial do Tenente Coronel Éderson Fioravante Lunardi do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

A inciativa da Asgav também contou com apoio da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, propiciando a participação de indústrias e cooperativas de aves e suínos de diversos estados do Brasil.

“Nos últimos anos, temos registrado diversos incêndios em indústrias do setor e buscar informações atualizadas com especialistas, discutir leis e procedimentos e a troca de informações entre diversas indústrias do setor também é uma forma de intensificar a prevenção”, comentou José Eduardo dos Santos – Presidente Executivo da O.A.RS (Asgav/Sipargs).

Na apresentação do representante do corpo e bombeiros foram abordados alguns registros de incêndios em outros países e no Brasil, as causas, falhas e fatores que propiciaram os sinistros.

As regras e leis dos programas de prevenção contra incêndios também foram amplamente abordadas e dialogadas com os participantes.

Segundo o representante da Asgav, o tema também será objeto de encontros presenciais e troca de informações entre estados, principalmente na área de Segurança e Saúde do Trabalho, contado com a participação dos especialistas do corpo de bombeiros.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Avicultura

Conbrasfran 2024 começa nesta segunda-feira (25), com governador em exercício do Rio Grande do Sul Gabriel Souza e outras autoridades

Na palestra de abertura, Souza vai discutir os desafios deste ano, medidas de enfrentamento e a superação.

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Governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza - Fotos: Divulgação/Asgav

A cidade de Gramado, na serra gaúcha, vai sediar a Conbrasfran 2024, a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango, evento promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). O encontro, que acontece a partir de segunda-feira, dia 25, vai reunir líderes políticos, empresariais e investidores de destaque de todo o país para debater oportunidades e desafios da cadeia produtiva e suas perspectivas para 2025 e além.

A Asgav propõe que durante três dias Gramado seja a sede da avicultura brasileira, afirma o presidente Executivo da Asgav e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “Porque todas as atenções estarão voltadas para a Conbrasfran 2024, evento de expressão que vai acontecer no Hotel Master. Lá vamos reunir empresas do setor, agroindústrias, órgãos oficiais e líderes de diversos segmentos da cadeia produtiva”, disse Santos.

Entre os nomes confirmados, estão o governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que vai abrir a programação, a partir das 18h30, com um debate sobre os desafios enfrentados pelo estado neste ano e a superação durante a palestra O desafio que a natureza nos trouxe: Como estamos superando, como evoluímos e os caminhos para o fortalecimento. Após a palestra de abertura, haverá um coquetel de boas-vindas aos participantes.

A programação da Conbrasfran segue nos dias 26 e 27 com programações técnicas no período da manhã, tratando temas como a reforma tributária e seus impactos na avicultura, estratégias para uma produção mais sustentável, nutrição e saúde animal, os desafios de logística e seus impactos na atividade e estratégias comerciais para a carne de frango, entre outros temas. No período da tarde, debates conjunturais tomarão conta da programação com análises exclusivas e discussões sobre o ambiente de negócios no Brasil e no exterior.

Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav
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Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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