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Nutrição animal e o avanço tecnológico na produção de alimentos de qualidade

Os avanços tecnológicos nas últimas décadas transformaram radicalmente as práticas de alimentação animal. As dietas personalizadas, desenvolvidas com base em pesquisas científicas avançadas, asseguram que aves, suínos e bovinos recebam os nutrientes adequados para seu desenvolvimento saudável.

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Foto: Arte/OP Rural

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da alimentação para a saúde humana, é imperativo que direcionemos nossa atenção não apenas para os alimentos que consumimos, mas também para o processo de produção que está por trás de cada refeição que chega à nossa mesa. Hoje, focaremos na notável evolução da nutrição animal e nas tecnologias avançadas que impulsionam a qualidade dos produtos de origem animal, como carnes, ovos e leite.

A criação de aves, suínos e bovinos é uma peça fundamental na cadeia alimentar global, fornecendo proteínas essenciais para bilhões de pessoas. Entretanto, a qualidade desses produtos está intrinsecamente ligada à saúde e ao bem-estar dos animais durante o processo de criação. É nesse ponto que a nutrição animal desempenha um papel crucial.

Os avanços tecnológicos nas últimas décadas transformaram radicalmente as práticas de alimentação animal. As dietas personalizadas, desenvolvidas com base em pesquisas científicas avançadas, asseguram que aves, suínos e bovinos recebam os nutrientes adequados para seu desenvolvimento saudável. O uso de ingredientes balanceados e a precisão na dosagem de suplementos e aditivos são características que destacam o cuidado e a atenção dedicados à nutrição animal moderna.

A saúde e a produtividade dos rebanhos estão intrinsecamente ligadas à qualidade da alimentação que recebem. A incorporação de tecnologias como a nutrigenômica, que estuda a interação entre os nutrientes e os genes dos animais, permite ajustes precisos nas dietas para otimizar a expressão genética e, consequentemente, melhorar a qualidade dos produtos finais.

O resultado desse investimento em nutrição animal avançada é evidente nos produtos que chegam às prateleiras dos mercados. Carnes mais magras, ovos mais ricos em nutrientes e leite de alta qualidade são reflexos diretos das práticas modernas de alimentação animal. Além disso, a melhoria na eficiência alimentar reduz a pegada ambiental da produção animal, contribuindo para práticas agropecuárias mais sustentáveis.

É crucial reconhecer e apoiar as inovações na nutrição animal, pois elas desempenham um papel essencial na promoção do bem-estar dos animais e na entrega de produtos de alta qualidade aos consumidores. À medida que a demanda por alimentos de origem animal continua a crescer em escala global, a responsabilidade recai sobre a indústria e os consumidores para garantir que essa expansão ocorra de maneira ética, sustentável e centrada no bem-estar animal.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na Nutrição e Saúde Animal clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Notícias De janeiro a novembro

Brasil reforça presença global com US$ 155,25 bilhões em exportações do agronegócio

Tecnologia ganha papel estratégico diante do avanço das exportações, do clima instável e das novas exigências sanitárias dos principais compradores internacionais.

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Fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná

Novembro trouxe um sinal importante para o agronegócio brasileiro. Mesmo com preços internacionais mais moderados, as exportações do setor atingiram US$ 13,4 bilhões, alta de 6,2% sobre o ano anterior, impulsionadas pelo maior volume embarcado (+6,5%). Os dados, divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), reforçam que o país segue ampliando sua presença global, mas também evidenciam um ponto crítico: sustentar resultados em um cenário de clima instável e pressão crescente de doenças depende de uma eficiência cada vez maior dentro da lavoura.

De janeiro a novembro de 2025, o Brasil alcançou US$ 155,25 bilhões em exportações do agro, o maior valor já registrado para o período. A China lidera as compras, com US$ 52,02 bilhões, seguida pela União Europeia (US$ 22,89 bilhões) e pelos Estados Unidos (US$ 10,48 bilhões). Mercados estratégicos como Índia (+11%) e México (+8,5%) ampliaram aquisições, enquanto a abertura comercial dos últimos anos, responsável por 500 novos mercados desde 2023, segundo o MAPA, impulsiona produtos que antes tinham menor participação internacional.

Esse crescimento, porém, ocorre em um ambiente produtivo desafiador. Estudos da Embrapa indicam que a incidência de doenças agrícolas deve intensificar 46% até 2100, especialmente em culturas como soja, café, hortaliças e frutas. O agrônomo, especialista em Gestão e Tecnologias Agrícolas, Thiago Grimm, enfatiza que em anos de maior pressão sanitária, falhas de manejo e deriva podem comprometer em até 90% a produtividade. “Eventos climáticos extremos intensificam o ciclo de pragas e doenças, exigindo maior precisão no uso de insumos e na proteção de áreas produtivas”, salienta.

O desempenho de novembro reforça essa leitura. A soja em grãos somou US$ 1,83 bilhão (+64,6%), enquanto o café verde alcançou US$ 1,5 bilhão (+9,1%), ambos com forte aumento de volume. A celulose registrou US$ 939,2 milhões (+8,6%) e 1,85 milhão de toneladas exportadas (+14,3%), e o algodão atingiu US$ 640,1 milhões (+18,6%) e 402,5 mil toneladas (+34,4%), segundo o Mapa.

Feijões, pulses e gergelim também seguem em trajetória de expansão, impulsionados pela entrada em mercados como Rússia, Líbano, Costa Rica, Peru, China, Coreia do Sul, Malásia e África do Sul. Em novembro, o gergelim teve recorde histórico, com US$ 70,9 milhões exportados e 72,3 mil toneladas embarcadas.

Embora atuem em segmentos distintos, todas essas cadeias compartilham a mesma dependência de regularidade, qualidade e conformidade sanitária para sustentar competitividade. “É nesse ponto que a engenharia de aplicação se torna determinante, mesmo sendo um elo pouco visível no processo produtivo. Quando há falhas na formação de gotas, subdosagem ou cobertura limitada, a eficiência dos tratamentos fitossanitários cai, aumentando a deriva, elevando custos com reaplicações e ampliando a pressão de resistência nas lavouras”, ressalta Grimm.

Essa busca por eficiência se torna ainda mais relevante em um momento em que novos compradores impõem padrões mais rígidos e ampliam a demanda por rastreabilidade, regularidade de oferta e produtos com menor variabilidade sanitária. Para competir globalmente, o Brasil precisa reduzir perdas no campo, otimizar o uso de insumos e fortalecer tecnologias que permitam enfrentar o clima e a pressão crescente de doenças.

A engenharia de aplicação se consolida como uma das bases estruturais do agronegócio brasileiro. É ela que, de forma quase invisível, garante que cada tonelada exportada cumpra os requisitos técnicos que sustentam o lugar do país entre os maiores fornecedores de alimentos, fibras e energia do mundo.

Fonte: Assessoria Hydroplan-EB
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Corte em incentivos fiscais acende alerta no campo

Entidade do setor avalia que a redução de benefícios federais pode elevar custos de produção, pressionar a renda dos produtores e afetar a competitividade em um momento já marcado por dificuldades no meio rural.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

O Sistema Faep vê com preocupação a aprovação do PLP 128/2025, pelo Congresso Nacional, que promove a redução mínima de 10% dos benefícios federais de natureza tributária, financeira e creditícia. A diminuição prevista se refere aos incentivos e benefícios que já incidem sobre os seguintes tributos federais: PIS/Pasep; PIS/Pasep-Importação; Cofins; Cofins-Importação; IPI; IRPJ; CSLL; imposto de importação; e contribuição previdenciária do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada.

“Esses benefícios são importantes para a gestão no meio rural, com impacto significativo nas contas do produtor rural. Num momento complicado como o atual, onde as intempéries climáticas têm gerado perdas no campo e o endividamento do setor está alto, não podemos aceitar uma medida como essa”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “Vamos continuar trabalhando para tentar reverter essa decisão ou, ao menos, procurar uma saída que possa compensar a redução”, complementa.

O projeto prevê redução em 10% dos benefícios tributários, impactando a produção, com aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre insumos, e a venda de produtos agropecuários (corte do crédito presumido). Ainda, a medida reduz o crédito presumido da indústria de alimentos e rações e o lucro presumido.

“É preciso que os setores produtivos sejam ouvidos. A agropecuária, principal pilar da economia do país, será severamente atingida com essa medida, pois vai penalizar quem produz, desestimular o investimento, comprometer a competitividade e colocar ainda mais pressão de custos sobre a produção de alimentos”, afirma Meneguette.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Pesquisador do IPVDF integra missões internacionais da FAO para controle do carrapato

Atuação técnica na Tanzânia, África do Sul e Colômbia fortalece estratégias globais de diagnóstico e manejo da resistência a carrapaticidas em sistemas pecuários.

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Foto: Divulgação/Seapi

O pesquisador do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), Guilherme Kafke, retornou na última sexta-feira (19) de uma missão técnica na Tanzânia e África do Sul para o fortalecimento de estratégias de controle do carrapato e manejo da resistência a carrapaticidas em sistemas pecuários. As ações são coordenadas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

As missões fazem parte do Estudo Multicêntrico Global da FAO para Harmonização dos Diagnósticos de Resistência a Carrapaticidas, que reúne laboratórios de referência de diferentes regiões do mundo com o objetivo de padronizar protocolos laboratoriais, reduzir a variabilidade interlaboratorial e estabelecer e validar ensaios diagnósticos recomendados internacionalmente. As viagens ocorreram entre os dias 14 e 17 de dezembro em Arusha, na Tanzânia, e entre os dias 9 e 12 de dezembro em Hilton, África do Sul. O pesquisador do IPVDF também esteve na Colômbia na última semana de novembro.

Guilherme Klafke, que é especialista da FAO em resistência a carrapaticidas, participou diretamente das missões técnicas, atuando na capacitação presencial de equipes laboratoriais, harmonização de procedimentos, avaliação de cepas suscetíveis de referência e apoio técnico a instituições de pesquisa, universidades e serviços veterinários oficiais. Sua atuação incluiu, entre outras atividades, visitas técnicas à AGROSAVIA (Colômbia), que vem se consolidando como centro de referência regional no diagnóstico e manejo da resistência a carrapatos, conforme destacado pela própria instituição.

Durante as missões na América Latina e na África, também foram discutidos aspectos críticos para a vigilância da resistência, como consistência na preparação dos pacotes de bioensaio, análise de respostas dose–resposta, comparabilidade de resultados entre laboratórios e integração dos dados gerados em sistemas nacionais e regionais de monitoramento.

De acordo com o pesquisador, além do impacto técnico-científico, as missões reforçam a cooperação Sul–Sul, promovendo o intercâmbio de experiências entre América Latina e África. “Estas missões ampliam a formação de recursos humanos especializados, em consonância com os objetivos globais de sustentabilidade, segurança alimentar e resiliência dos sistemas produtivos”, destaca Guilherme.

A iniciativa contribui diretamente para a implementação das Diretrizes para o controle sustentável de carrapatos e manejo da resistência a acaricidas em animais de criação (“Guidelines for sustainable tick control and acaricide resistance management in livestock”), recentemente publicadas pela FAO, e fortalece a capacidade dos países participantes em tomar decisões baseadas em evidências para o uso sustentável de acaricidas, reduzindo riscos de falhas terapêuticas e perdas produtivas.

A participação do IPVDF, vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), e do pesquisador nesse esforço internacional consolida o papel do instituto como referência em diagnóstico de resistência a carrapaticidas, vigilância epidemiológica e apoio técnico à formulação de políticas públicas em saúde animal, ampliando sua inserção em redes globais de pesquisa aplicada coordenadas pela FAO.

Fonte: Assessoria Ascom Seapi
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