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Suínos

Nucleovet divulga programação científica do 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura

Evento será realizado entre os dias 12 a 14 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

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Foto: Divulgação/Nucleovet

Evolução dos programas de bem-estar animal nas agroindústrias, uso racional de recursos, desafios em recrutar e reter talentos, potencial genético no campo, influência nutricional na resposta imune dos animais, banimento do óxido de zinco, equilíbrio sanitário, risco da influenza aviária na suinocultura, saúde respiratória de leitões e protocolos vacinais. Esses são alguns dos assuntos que compõem a grade científica do 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), que será realizado entre os dias 12 a 14 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento é considerado um dos mais importantes encontros técnicos da suinocultura na América Latina. A iniciativa reunirá médicos veterinários, zootecnistas, produtores rurais, consultores, estudantes, pesquisadores e demais profissionais da agroindústria dessa importante cadeia produtiva.

Em paralelo também acontecerá a 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair, feira técnica voltada ao setor, que conta com empresas do Brasil e da América Latina, além da Granja do Futuro, com os principais lançamentos e tecnologias para os produtores.

“Com o propósito de difundir conhecimentos técnico científicos para toda essa cadeia produtiva elencamos os temas mais atuais para compor a programação científica desta edição. Com ênfase em compartilhar inovações que contribuam para o incremento da produtividade e em avanços palpáveis no campo, seja em eficiência nutricional, genética ou sanitária. Isso porque produzir mais carne com menos recursos resulta diretamente em redução de custos e representa um importante passo rumo à sustentabilidade ambiental e econômica dessa atividade”, analisa o presidente do Nucleovet, Tiago José Mores.

Programação científica

Terça-feira (12)

14h – Abertura da Programação Científica

14h05 às 15h45 – Evolução dos programas de Bem-Estar Animal nas Agroindústrias (mesa-redonda)

Palestrantes: Josiane Busatta (BRF), Luana Torres (Frimesa), Fabrício Murilo Beker (Pamplona) e Vamiré Sens (JBS)

Moderadora: Charli Ludtke

15h15 às 16h15 – Debate

16h15 às 16h45 – Coffee break

16h50 às 17h30 – Uso racional de recursos: Os tipos de bebedouros podem afetar o desempenho dos leitões?

Palestrante: Gustavo Schlindwein

17h30 às 17h45 – Debate

17h50 às 18h05 – Lançamento Cartilha Bem-Estar Animal ABCS

18h10 – Solenidade de Abertura Oficial do SBSS

19h – Palestra de Abertura: “Construindo valor no agronegócio”

Palestrante: Marcos Fava Neves

20h – Coquetel de Abertura na PIG FAIR

Painel Gestão de Pessoas (mesa-redonda)

Quarta-feira (13)

8h às 9h20 – Por que ainda temos tanta dificuldade em recrutar e reter talentos? O que fazer para tornar a atividade mais atrativa?

Palestrantes: Alexandre Weimer, Eduardo Basso e Erno Menzel

09h20 às 09h40 – Debate

09h40 às 10h10 – Coffee Break

Painel Genética (mesa-redonda)

10h10 às 11h10 – Hiperprolificidade: como a genética está trabalhando para que o potencial genético aconteça no campo

Palestrantes: Amanda Siqueira, Marcos Lopes, Geraldo Shukuri e Thomas Bierhals

Moderadores: Cícero Tecchio e Evandro Nottar

11h10 às 12h – Debate

12h às 14h – Intervalo para almoço

12h às 13h30 – Eventos paralelos

Painel Imunidade

14h às 14h40 – Influência nutricional na resposta e desenvolvimento imune dos suínos

Palestrante: Alex Hintz

14h45 às 15h25 – A vida após o banimento do Óxido de Zinco. O que podemos aprender com a experiência europeia?

Palestrante: Leandro Hackenhaar

15h25 às 15h45: Debate

15h45 às 16h15 – Coffee break

Painel Imunidade

16h15 às 16h55 – Em busca do equilíbrio sanitário: como desenvolver e avaliar ferramentas para a obtenção de uma imunidade robusta de plantel: custo imunológico e impacto ao longo da cadeia de produção.

Palestrante: Luiz Felipe Caron

17h às 17h40 – Preparando o leitão para os desafios sanitários: microbiota, biorremediação, treinamento do sistema imune, o que realmente faz sentido?

Palestrante: Álvaro Menin

17h40 às 18h –  Debate

18h às 19h30 – Eventos paralelos

19h30 – Happy Hour na PIG FAIR

Quinta-feira (14)

Painel Desafios Virais e suas ameaças

8h às 8h40 – A influenza aviária chegou ao sistema de produção: que risco corre a suinocultura?

Palestrante: Janice Reis Ciacci Zanella

8h45 às 9h25 – Programa de controle da PSC e PSA no Brasil: visão geral, impacto das ações e riscos para a nossa suinocultura

Palestrante: Dra. Lia Treptow Coswig

9h25 às 9h45 –  Debate

9h45 às 10h05 – Coffee Break

Painel Sanidade

10h10 às 10h50 – Saúde respiratória de leitões após o desmame: compreendendo os patógenos endêmicos

Palestrante: Dra. Maria Jose Clavijo Michelangeli

10h55 às 11h35 – Desafio por Mycoplasma hyopneumoniae: nossos protocolos vacinais atendem o desafio? Uma terceira dose de vacina seria a solução?

Palestrante: Luis Guilherme de Oliveira

11h35 às 11h55 – Debate

12h – Sorteio de brindes e encerramento

Inscrições

O 1º lote para o 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) e a 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair está disponível até 24 de junho, com valor de R$ 580 para profissionais e R$ 400 para estudantes. Após essa data iniciará a comercialização do 2º lote, com valor de R$ 720 para profissionais e R$ 450 estudantes, até 24 de julho. Para participar apenas da 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair o investimento é de R$ 100, até 24 de julho.

Grupos com dez ou mais participantes podem parcelar os valores em até três vezes, desde que a primeira parcela seja até a data anunciada para o valor na tabela. Pacotes adquiridos por agroindústrias, órgãos públicos e universidades (instituições de ensino superior) serão faturados para o CNPJ da instituição. As inscrições podem ser realizadas pelo site oficial do evento, clicando aqui.

Inscrições de associados ao Nucleovet devem ser feitas por meio do WhatsApp (49) 99806-9548 ou pelo email financeiro@nucleovet.com.br.

Fonte: Assessoria Nucleovet

Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Colunistas

Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

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Foto: Claudio Pazetto

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.

O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock

Reposicionar para crescer

Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.

Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.

O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.

Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.

Digital: o novo campo do agro

As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels

compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.

Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.

Promoções e estratégias de varejo

Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.

Marketing como elo da cadeia produtiva

A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.

Fonte: O Presente Rural com Felipe Ceolin
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Suínos Imunização inteligente

Gel comestível surge como alternativa para reduzir estresse e melhorar vacinação de suínos

Tecnologia permite imunização coletiva com menos manejo, mantém eficácia contra Salmonella e ganha espaço como estratégia para elevar bem-estar animal e eficiência produtiva.

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Fotos: Divulgação/American Nutrtients

Artigo escrito por Luiza Marchiori Severo, analista de P&D na American Nutrients do Brasil e acadêmica do curso de Farmácia; e por Daiane Carvalho, médica-veterinária e coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil.

A suinocultura enfrenta desafios complexos na busca por eficiência produtiva, controle sanitário, escassez de mão de obra e bem-estar animal. Doenças infecciosas, como a salmonelose, ainda figuram entre as principais preocupações sanitárias em granjas comerciais, exigindo estratégias de imunização compatíveis com práticas alinhadas a maior eficiência na aplicação e menos estresse aos animais. Nesse contexto, o debate sobre métodos alternativos de vacinação ganha cada vez mais força.

Vacinas orais compostas por microrganismos vivos podem ser administradas aos suínos tanto individualmente, utilizando o método de drench, quanto coletivamente por meio da água de bebida. A aplicação coletiva via bebedouros apresenta a vantagem de reduzir significativamente o estresse dos animais e dos operadores, pois é um procedimento rápido e que demanda pouca mão de obra. Por outro lado, a administração oral individual, como o drench frequentemente empregado em leitões na maternidade, exige contenção um a um para garantir a ingestão adequada, tornando o processo mais trabalhoso e potencialmente mais estressante para os suínos.

Neste contexto, a aplicação oral de vacinas exige soluções tecnológicas que assegurem maior praticidade, estabilidade do imunógeno, homogeneidade da distribuição e, principalmente, aceitação espontânea pelos animais. É neste ponto que o conhecimento dos aspectos relacionados à fisiologia sensorial dos suínos é fundamental no desenvolvimento de produtos que possam atuar como veículos de alta atratividade para vacinas via oral, garantindo maior eficiência nos processos vacinais, bem-estar animal e praticidade.

Gel Comestível

O gel comestível é uma matriz semissólida, palatável e nutritiva, que contém componentes seguros e atrativos ao consumo dos suínos. Esse veículo possibilita a administração coletiva da vacina diretamente em comedouros auxiliares – sem a necessidade de manejo individualizado. Ao ser disponibilizado em áreas acessíveis das baias, o gel é consumido de forma espontânea pelos leitões, respeitando seu comportamento natural e reduzindo drasticamente o estresse associado ao processo de vacinação.

Em estudo conduzido em 2024 avaliou-se a eficácia da vacinação oral contra Salmonella Typhimurium por meio da aplicação através do gel, comparando-se os resultados com a administração tradicional por drench oral. Os leitões vacinados com o gel apresentaram desempenho zootécnico semelhante ao grupo que recebeu a vacina por drench. Além disso, os animais vacinados com o gel apresentaram menor incidência de lesões intestinais após o desafio com cepa virulenta do agente patogênico. Estes resultados comprovam a eficiência do processo de vacinação com a utilização do gel palatável. Da mesma forma, outros pesquisadores, ao avaliar a eficiência de acesso a um gel comercial comestível, evidenciaram que de 10 leitegadas avaliadas, 92% dos animais acessaram o gel, sendo 89% em até 6 horas. Como conclusão os autores afirmaram que o alto percentual de leitões consumidores observados neste estudo demostrou ser uma via de aplicação promissora na vacinação na suinocultura.

Além de favorecer o bem-estar animal, o gel comestível oferece benefícios operacionais significativos: economia de tempo, redução de mão de obra e maior biosseguridade, visto que que se reduz consideravelmente a necessidade de uma equipe externa de vacinadores.

Qualidade, Eficiência e Sustentabilidade

Para que a vacinação via gel comestível seja efetiva, é essencial garantir a homogeneidade da distribuição da vacina no veículo, assegurando que todos os animais recebam uma dose adequada. Ensaios realizados em laboratórios e granjas já demonstram que essa tecnologia é capaz de manter a viabilidade do imunógeno por períodos compatíveis com a recomendação de consumo de vacinas via oral após diluídas, mantendo sua eficácia mesmo em condições ambientais variáveis.

Além disso, o uso de veículos comestíveis está alinhado às boas práticas de fabricação e aos princípios de biosseguridade preconizados por legislações nacionais e internacionais. Com isso, a alternativa se mostra viável tanto técnica quanto economicamente, oferecendo à suinocultura uma ferramenta inovadora para o controle sanitário.

Considerações Finais

A adoção de métodos alternativos à vacinação tradicional representa um avanço estratégico para a suinocultura brasileira, ao aliar eficiência imunológica a práticas mais humanizadas e sustentáveis. Soluções como a vacinação oral, os dispositivos sem agulha e o uso de veículos comestíveis – como o gel – permitem reduzir significativamente o estresse animal, simplificar rotinas de manejo e minimizar riscos operacionais. Investir nessas tecnologias é essencial para fortalecer um modelo de produção alinhado aos princípios do bem-estar animal, da biosseguridade e da competitividade no mercado global.

As referências bibliográficas estão com as autoras. Contato: cq@americannutrients.com.br

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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