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Nucleovet anuncia programação científica do 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura
Evento acontece entre os dias 05 e 07 de abril no formato híbrido e debaterá sobre mercado, abatedouro, sanidade, manejo e nutrição.
O Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) concluiu a programação científica do 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que ocorrerá no período de 05 a 07 de abril. Paralelamente, terá a 13ª Brasil Sul Poultry Fair. Os eventos serão híbridos, com realização em Chapecó (SC) e transmissão on-line ao vivo.
A programação científica inicia no dia 05 de abril, às 13h45. A palestra de abertura ocorrerá no mesmo dia, às 18h30, com preleção de Marcos Sawaya Jank sobre “O agronegócio brasileiro frente ao novo cenário mundial”. Professor sênior de agronegócio no Insper e coordenador do centro Insper Agro Global, Marcos Jank é engenheiro agrônomo, mestre em política agrícola, doutor em Administração e livre docente. É membro do conselho de administração da Rumo Logística e dos conselhos consultivos da COMERC Energia e da AGROTOOLS. É também membro do comitê de sustentabilidade e inovação da Minerva Foods e do painel global da Cargill para sustentabilidade e proteção de florestas.
Considerado um dos maiores eventos do setor avícola latino-americano, o SBSA apresentará as últimas tendências do mercado mundial da avicultura. A programação científica está dividida em quatro módulos: mercado, abatedouro, sanidade e manejo e nutrição. “Os temas das palestras foram pensados de acordo com feedbacks dos últimos Simpósios e com sugestões que recebemos do público envolvido”, comenta o presidente da Comissão Científica, Guilherme Lando Bernardo.
Ele ressalta o papel do Nucleovet em difundir conhecimento para quem atua na cadeia avícola. “Ao eleger os temas e elaborar a programação, levamos em consideração os anseios dos profissionais do setor e sua aplicação prática. Nossa intenção é proporcionar informações com a melhor qualidade possível para que os profissionais multipliquem o que vão aprender e transformem isso em ações”.
Novidades
Neste ano, o Simpósio trará ainda mais inovação, interação e tecnologia. O presidente do Nucleovet, Lucas Piroca, adianta que o local da realização presencial do SBSA mudará do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes para o Parque de Exposições Tancredo Neves. “O espaço será mais amplo, com estacionamento, e permitirá inovarmos”, frisa.
Uma novidade será o espaço chamado Granja do Futuro, uma estrutura onde as empresas poderão expor máquinas, equipamentos e tecnologias, demonstrando tudo o que uma granja necessita para ser eficiente, sustentável e produtiva. Os participantes também poderão conferir a feira de negócios e os eventos paralelos que tradicionalmente são realizados junto com o Simpósio.
Inscrições
As inscrições para o 22º SBSA estão abertas. O investimento para o primeiro lote, até o dia 10 de março, é de R$ 440 para o evento presencial e R$ 400,00 para o virtual para profissionais, R$ 330 (presencial) e R$ 300 (virtual) para estudantes. A partir do dia 11 de março inicia a venda do segundo lote com reajuste no valor das inscrições. Até o dia 30 de março os valores serão de R$ 530 (presencial) e R$ 440 (virtual) para profissionais e R$ 400,00 (presencial) e R$ 340 (virtual) para estudantes. Após essa data e durante o evento o investimento será de R$ 600,00 (presencial) e R$ 500 (virtual) para profissionais e R$ 460 (presencial) e R$ 400 (virtual) para estudantes.
Na compra de pacotes a partir de dez inscrições serão concedidos códigos-convites. Nessa modalidade há possibilidade de parcelamento em até três vezes. O acesso para a 13ª Poultry Fair é gratuito, tanto presencial quanto virtual, assim como para o pré-evento.
O 22º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).
Confira a programação científica do 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura
05 de abril
13h45 – Abertura
Bloco Mercado
14 horas – “Mercado de carnes no mundo”
Palestrante: Osler Desouzart
(15 minutos de debate)
15 horas – “Logística e custo Brasil: como manter-se competitivo”
Palestrante: Ricardo Souza
(15 minutos de debate)
16 horas – Intervalo
16h30 – “Dificuldades da comunicação entre o agro e a sociedade”
Palestrante: Eveline Pôncio
(15 minutos de debate)
18h30 – Palestra de Abertura
“O agronegócio brasileiro frente ao novo cenário mundial”
Palestrante: Marcos Sawaya Jank
19h30 – Coquetel de Abertura
06 de abril
Bloco Abatedouro
08 horas – “Sistema de inspeção através do autocontrole”
Palestrante: Liris Kindlein
(15 minutos de debate)
09 horas – “Qualidade de pintos na primeira semana: reflexos no abatedouro”
Palestrante: Andrew Bourne
(15 minutos de debate)
10 horas – Intervalo
10h30 – “Manejo pré-abate: jejum x abate”
Palestrante: Hirã Azevedo Gomes
(15 minutos de debate)
11h30 – “Problema respiratório a campo: bronquite X E. Coli”
Palestrante: Alberto Back
(15 minutos de debate)
12h30 – Intervalo almoço
Bloco Sanidade
14 horas- “Alternativas aos antibióticos e promotores de crescimento para a saúde das aves”
Palestrante: Mariano Miyakawa
14h45 – “Impacto econômico da retirada dos antimicrobianos”
Palestrante: Inês Andretta
15h30 – Mesa redonda
15h45 – Intervalo
16 horas – “Adenovírus aviário: uma doença emergente?”
Palestrante: Haroldo Toro
(15 minutos de debate)
16h45 – “Vacina e saúde intestinal”
Palestrante: Michael Kogut
(15 minutos de debate)
19 horas – Happy Hour
07 de abril
Bloco manejo e nutrição
08 horas – “Aquecimento e qualidade de ar na fase inicial”
Palestrante: Rodrigo Tedesco
(15 minutos de debate)
09 horas – “Empenamento em frangos de corte – impactos econômicos e produtivos”
Palestrante: Steve Leeson
(15 minutos de debate)
10 horas – Intervalo
10h30 – “Qualidade de água: sustentabilidade x crise hídrica”
Palestrante: Antônio Mário Penz Junior
(15 minutos de debate)
11h30 – “Bem-estar e aspectos relacionados à saúde intestinal”
Palestrante: Ibiara Correia de Lima Paz
(15 minutos de debate)
Colunistas
Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.
A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.
O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.
Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.
Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.
Notícias
A importância da pesquisa agropecuária
A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.
Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.
Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.
A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.
A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.
Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).
As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.
Notícias Atenção produtor rural
Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc
Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.
O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.
A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.
O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.
A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).
O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).
No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.
A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.
O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.