Conectado com

Empresas

Novos trigos de ciclo precoce podem ampliar a produtividade

Filhos de TBIO Toruk têm ciclo precoce e superprecoce, além de proporcionar maior qualidade e segurança para a lavoura. Cultivares foram apresentadas no Seminário Técnico de Trigo, nesta quinta-feira (04), em Carazinho/RS

Publicado em

em

O sistema de produção de um agricultor tem como objetivo rentabilizar ao máximo a área durante o ano. Uma das alternativas é semear diferentes culturas com menor ciclo durante o mesmo ano, onde o trigo entra como estratégia. Duas novas linhagens de trigo que atendem a esta demanda do produtor e da indústria moageira foram apresentadas na última quinta-feira (4), durante o Seminário Técnico de Trigo, realizado em Carazinho/RS. O evento também trouxe posicionamentos para a próxima safra de trigo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como a importância de acompanhar o clima para reduzir a incidência de doenças e da escolha do material genético para potencializar a produtividade, além de novidades para o setor da pecuária. Cerca de 300 pessoas participaram do evento, entre produtores de sementes, cerealistas, recomendantes, representantes do setor moageiro e todos aqueles envolvidos na cadeia produtiva do trigo.

Produzir mais em menos tempo, sem perder qualidade, ajuda a garantir uma lavoura mais rentável. Segundo o diretor de negócios da Biotrigo Genética, André Cunha Rosa, os lançamentos apresentados foram os primeiros filhos do TBIO Toruk, linhagens que, além de trazer melhorias na resistência a doenças e mais produtividade, possuem ciclo mais precoce. Ambas as cultivares possuem características melhores que o TBIO Toruk, facilitando o manejo em relação a doenças. “O TBIO Toruk está sendo um grande sucesso pela produtividade e a qualidade que vem apresentando e será o mais plantado em 2017 no país. Essas duas linhagens, pelo conjunto de características que possuem, também devem estar entre os cinco mais plantados no Brasil até 2019”, projeta.

Filhos do TBIO Toruk

A linhagem BIO 131364, que tem como nome sugerido TBIO Sonic, é um trigo Melhorador com ciclo superprecoce: ciclo 20 dias mais curto que o TBIO Toruk. Esta linhagem possui alto vigor de planta, elevada produtividade e resistência à diversas doenças, especialmente à brusone, bacteriose e mosaico. A superprecocidade do TBIO Sonic permitirá que culturas intercalares, como o nabo forrageiro, sejam mais eficientes tendo em vista um maior tempo disponível para desenvolvimento de biomassa e reciclagem de nutrientes. “É uma grande ferramenta para o produtor, pois oferece uma combinação de ciclo curto, qualidade e produtividade, inéditos para o campo” explica André.
A linhagem BIO 131450, cujo nome sugerido é TBIO Audaz, é um trigo de ciclo precoce (com aproximadamente 10 dias a menos que o TBIO Toruk) e com uma qualidade industrial Melhorador. Segundo o melhorista e diretor da Biotrigo Ottoni Rosa Filho, o TBIO Audaz será um grande aliado de cultivares já consolidadas como o TBIO Sinuelo, TBIO Toruk e TBIO Sossego. “É um material precoce que vem para melhorar ainda mais a qualidade industrial do trigo produzido no país, oferecendo ainda maior segurança na lavoura e elevada produtividade”, comenta Ottoni. A linhagem apresenta boa resistência às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, mosaico, brusone, giberela e bacteriose.

Trigo como alimento para o gado de leite e de corte

O trigo para a produção de silagem, além de ser uma alternativa de alimento de qualidade no inverno, aumenta a produtividade de leite. O produtor Antônio Carlos Bordignon, de Sertão/RS, tem 180 animais em lactação e obteve no início deste ano um crescimento na produção de leite de cerca de 10%, com a silagem produzida a partir da cultivar TBIO Energia I. Agora, os pecuaristas de outras regiões irão ter a oportunidade de gerar mais renda na propriedade. A linhagem BIO 112049, que leva como nome sugestivo TBIO Energia II, também destinada para produção de pré-secado e silagem vem para contemplar as demais regiões onde o TBIO Energia I ainda não está presente. De acordo com o zootecnista da Biotrigo, Ederson Luis Henz, os principais destaques da linhagem são a ausência de aristas, a elevada produção de matéria verde e a sanidade foliar, além de ser 20 dias mais precoce que o TBIO Energia I. A linhagem vai acessar inicialmente as regiões mais quentes do Brasil, do Norte e Oeste paranaense até o até o Cerrado, atendendo essas regiões que têm uma grande bacia leiteira e de corte.
Além do TBIO Energia II, outra alternativa para produção animal lançada durante o seminário é o primeiro trigo para pastejo desenvolvido com genética Biotrigo. Posicionada exclusivamente para pastagem, a cultivar, cujo nome proposto é TBIO Lenox, visa atender a demanda dos criadores de gado leiteiro e de corte. A linhagem, com bom manejo pós-pastejo, é capaz de superar 4 cortes com alta carga animal em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo. Entre as características da cultivar está a alta palatabilidade, excelente sanidade foliar, elevada produção de biomassa e a alta capacidade de rebrota.
 
 

Reguladores de crescimento na cultura do trigo

A utilização de regulador de crescimento na cultura do trigo contribui no manejo do acamamento. Os ganhos com produtividade para as cultivares suscetíveis podem chegar a 30%, com reflexos positivos sobre a qualidade. O manejo de trigo com regulador de crescimento foi o assunto da palestra do engenheiro agrônomo e gerente técnico da Fundação ABC do Paraná, Luís Henrique Penckowski. Segundo o pesquisador, um dos primeiros efeitos após a aplicação do regulador de crescimento (Moddus) é a mudança de arquitetura das plantas. “As folhas ficam eretas, isto implica em melhor aproveitamento da radiação solar pelas plantas principalmente pelos perfilhos”. Outro benefício da mudança na arquitetura é que a deposição da calda de pulverização, principalmente dos fungicidas, melhora, facilitando o manejo de doenças na cultura de trigo.
 
 

Clima 2017 e as doenças do trigo

Em 2017 o clima deve ser mais frio até o mês de agosto, com uma distribuição de chuvas normais. Esta condição, de frio e umidade de solo na semeadura, favorece a ocorrência do Mosaico Comum nas fases iniciais da lavoura de trigo. Já na primavera, as previsões apontam para uma temperatura acima da média e um maior volume de chuva, o que alerta para a possibilidade da ocorrência da Giberela. Segundo o fitopatologista da Biotrigo Genética, Dr. Paulo Kuhnem, o produtor precisa estar preparado para escolher bem o material genético e aplicar o fungicida no momento certo para garantir uma lavoura com sanidade. “A ocorrência das doenças é influenciada pelas condições climáticas da safra de trigo, mas a intensidade em uma lavoura pode ser reduzida pelas medidas integradas de manejo que nós vamos adotar”. 
O fitopatologista também alertou ainda que em fevereiro de 2017, a ANVISA regulamentou o limite máximo tolerável de DON (micotoxina produzida pelo fungo da giberela) nos grãos de trigo em 3 ppm, o que faz com que o produtor precisa estar ainda mais preparado para escolher bem o material genético e aplicar o fungicida no momento certo para garantir uma lavoura com qualidade de grãos que atendam esta nova legislação.
 
 
Projeções positivas para o mercado

O analista sênior da Consultoria Trigo & farinhas, Luiz Carlos Pacheco, explicou como é o comportamento das cotações do trigo. Segundo ele, a redução de área no Brasil e o volume e a qualidade do trigo produzido no mercado internacional são fatores de influência no preço interno. A previsão de uma redução na área de trigo nesta safra deve fazer com que o preço pago pelo cereal aumente. “Deve haver uma oferta menor de produto por conta dessa redução de área no Brasil. Externamente, os fundos de investimento excessivamente vendidos e problemas de clima nas áreas de produção de trigo de inverno nos Estados Unidos tendem a valorizar quem plantar trigo nesta próxima safra”. Para Pacheco, é preciso que o produtor, além da área agronômica, domine as questões mercadológicas. “Os produtores sempre dizem que o trigo não dá lucro, mas é o contrário. Eles não usam todas as ferramentas de comercialização. Não é por culpa deles, mas da própria estrutura do mercado. O mercado está estruturado para desenvolver uma produção grande e boa e não está estruturado para uma boa comercialização”.

 

Fonte: Ass. de Imprensa

Continue Lendo

Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

Publicado em

em

Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
Continue Lendo

Empresas

Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
Continue Lendo

Empresas

Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

Publicado em

em

Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.