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Novo presidente do CRMV-SP fala sobre as prioridades da sua gestão

A chapa Integração foi eleita com 63,6% do total de votos registrados na eleição realizada nos dias 09 e 10/03

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Odemilson Donizete Mossero, presidente eleito do CRMV-SP / Divulgação

A paixão pela Medicina Veterinária começou cedo para Odemilson Donizete Mossero. De origem rural, cresceu convivendo com animais de produção e ajudando o pai em suas rotinas de trabalho em fazendas. “Cheguei a avaliar áreas correlatas, como Agronomia e Zootecnia, mas me identifiquei com a profissão de médico-veterinário”, conta o presidente eleito do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) para a gestão do triênio 2021-2024.

Formado pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal), Mossero carrega em seu currículo 35 anos de experiência profissional no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Atuei em diversas frentes, como no controle do trânsito nacional e internacional de produtos de origem animal e no desenvolvimento de iniciativas sanitárias, como o Programa de Erradicação da Febre Aftosa, o Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, registro e controle de produtos veterinários, entre outros”, explica.

Envolvido com a área de quarentena de animais desde os primeiros anos de atividade no Mapa, Mossero lembra com carinho as experiências e aprendizados.  “Em 1982, fui designado Chefe da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), local de parada obrigatória de animais que são exportados ou importados de países que têm acordo bilateral com o Brasil. Na época, havia interesse de algumas nações em importar bovinos de origem zebuína vivos para fins de produção. Durante este período, convivi com profissionais renomados da área, brasileiros e estrangeiros, que me fizeram compreender a importância deste trabalho para o País”, relata.

Mossero também foi responsável por desenvolver uma ação sanitária emergencial com o objetivo de coibir a entrada da Doença de Newcastle, causada por um vírus altamente patogênico diagnosticado em avestruzes importados, em 1997. “Naquela época, o Brasil já se destacava mundialmente na produção aviária e exportação de seus produtos. Uma doença de alta capacidade de difusão entre os plantéis poderia gerar suspensão imediata de compras pelo mercado internacional, prejuízo econômico e desemprego”.

Ainda na EQC, elaborou amplo estudo sobre os processos de entrada de animais no Brasil e coordenou os trabalhos de reestruturação da Estação. “O local passou a oferecer cursos e treinamentos para estudantes e médicos-veterinários que desejavam conhecer ou atuar com a Defesa Sanitária Animal”, lembra.

Em 2006, Mossero passou a integrar a equipe do CRMV-SP, sob a presidência de Francisco Cavalcanti de Almeida, tendo exercido o cargo de secretário-geral durante dois mandatos. Em 2015, foi convidado por Mário Eduardo Pulga para ser candidato a vice-presidente pela Chapa Valorização, cargo que ocupou por dois mandatos e agora, em março 2021, foi eleito presidente do CRMV-SP.

Nesta entrevista, Mossero fala sobre os principais desafios e metas da nova diretoria responsável pela gestão da entidade pelo próximo triênio.

Qual será seu maior desafio à frente do CRMV-SP?

Como parte de uma equipe que atua na gestão do Conselho desde 2006, nosso trabalho visa dar continuidade ao processo de modernização e valorização profissional junto à sociedade em suas diferentes frentes, como saúde animal, saúde pública e meio ambiente.

Como foi a sua experiência como membro da Diretoria Executiva do CRMV-SP nos últimos anos? 

O trabalho  inicial foi de RECONSTRUÇÃO  do Conselho e, na sequência, a proposta de VALORIZAÇÃO profissional foi implantada, ou seja, uma sequência de atos e ações relevantes e necessários para que se alcançasse o objetivo principal: o fortalecimento das nossas profissões, da Medicina Veterinária e a Zootecnia,  diante de toda a sociedade.

De degrau em degrau todo esse trabalho foi sendo construído e alicerçou os passos seguintes. Agora, encontramos uma situação mais confortável, considerando a qualidade e a seriedade das gestões adotadas nesse longo período pelos nossos presidentes e dos demais integrantes e apoiadores.

Quais foram as principais conquistas do Conselho nos últimos anos?

Com a construção desse trabalho de base,  foi necessário o direcionamento de muitos recursos para cobrir tais despesas, porém, imprescindíveis para a reestruturação pretendida  para o  Conselho.

Entre tantos fatos importantes ocorridos podemos citar: a  contratação, por concurso público, de novos fiscais médicos-veterinários e outros funcionários de apoio para as diversas áreas,  cuja demanda de trabalho aumentou; a atualização e adequação da frota de veículos e equipamentos para as fiscalizações; a compra de imóvel para acomodar adequadamente todo o corpo funcional e melhor atender nossos profissionais;  as melhorias nas Unidades Regionais de Fiscalização de Atendimento; a reforma e atualização das instalações do prédio central do CRMV-SP, em São Paulo; além do forte investimento nas áreas de comunicação e divulgação, Tecnologia da Informação, entre outros.

O objetivo da nova gestão é dar continuidade aos trabalhos que vinham sendo realizados?

Agora, estamos vislumbrando uma nova fase, na verdade, totalmente integrada às anteriores, sendo apenas uma sequência natural dentro do processo de evolução das etapas já implantadas.

Assim,  buscamos manter todos os processos estabelecidos, importantes para a sequência dos trabalhos no Conselho, bem como a contínua busca de melhorias. E, agora, procurando uma maior aproximação junto aos nossos colegas médicos-veterinários e zootecnistas, em todo o Estado de São Paulo, conforme apresentamos durante a campanha nossas propostas de trabalho.

Quais são suas propostas e como a sua equipe irá ajudá-lo?

Temos um conjunto de propostas amplamente divulgadas durante a campanha eleitoral  onde apresentamos nossas ideias e ações que serão executadas. Resumidamente são elas:

  1. Intensificar a aproximação com as classes – Medicina Veterinária e Zootecnia;
  2. Levar às diversas regiões do Estado, de forma estratégica, a presença do CRMV-SP;
  3. Fortalecer as Entidades Representativas, entre elas as Associações Regionais;
  4. Criar a figura dos Representantes Regionais;
  5. Como função prioritária e legal do Sistema CFMV/CRMVs fazer com que o serviço de fiscalização seja cada vez mais aprimorado e qualificado;
  6. Abrir frentes de trabalho aos profissionais, seja na saúde animal, saúde pública ou ambiental, com destaque às ações junto ao Núcleo de Apoio e Saúde da Família (Nasf);
  7. Ampliar a aproximação com os Cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia do estado de São Paulo, como órgão orientador e consultivo;
  8. Transparência de todas suas ações administrativas, financeiras e técnicas à comunidade, conforme manda a legislação vigente;
  9. Investir no campo da comunicação com os profissionais em todo o estado de São Paulo;
  10. Aprimorar a prestação de serviços do CRMV-SP a todos os usuários;
  11. Incrementar novas ações junto às Unidades Regionais de Fiscalização e Atendimento (Urfas);
  12. Dar continuidade às melhorias e à modernização do CRMV-SP visando cada vez mais atender com eficiência nossos profissionais, bem como todos os demais interessados e visitantes. Ênfase no novo sistema de cadastro que oferecerá maior agilidade nas buscas, registros, protocolos, dados e respostas para nossos profissionais e demais interessados da sociedade;
  13. Ampliar as parcerias do clube de serviços;
  14. Intensificar a presença do CRMV-SP nas questões políticas em âmbito municipal, estadual e federal;
  15. Intensificar as ações junto aos órgãos oficiais ligados à Saúde e ao Agronegócio;
  16. Manter adequada sintonia com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, acompanhando suas ações e propondo mudanças legais, regimentais e/ou de procedimentos operacionais do interesse das classes;
  17. Fomentar as ações que garantam o bem-estar aos animais de produção, aos animais de companhia e silvestres, em apoio às ações técnicas profissionais dos médicos-veterinários e zootecnistas e às entidades de classe de proteção aos animais.
  18. Defender a Medicina Veterinária e a Zootecnia em todos os seus estágios buscando ampliar suas participações no mercado e impulsionando sua representatividade e reconhecimento como profissões de vanguarda, nos níveis municipal, estadual e federal.

O CRMV-SP, na sua gestão, irá buscar algum tipo de apoio político?

Vamos buscar apoio político sempre, visando defender os interesses das nossas profissões e da sociedade.  Isso é sempre importante e necessário. Por outro lado, nossas classes ainda têm pouca participação política no Estado. Nosso desejo é que um número maior de colegas participem mais ativamente das políticas municipais, estaduais e federais.

Temos  prefeitos e vereadores eleitos, porém,  até hoje nenhum profissional médico-veterinário ou zootecnista foi eleito a deputado estadual ou federal pelo estado de São Paulo. E precisamos de colegas dispostos a encarar esse desafio e defender os interesses profissionais na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

Nessa linha, um passo importante já foi dado na última eleição para prefeitos e vereadores. Foi criado um grupo de discussão, com  médicos-veterinários e zootecnistas candidatos no estado de São Paulo, em que foram abordados  temas relacionados às classes, buscando sermos contributivos  para com os trabalhos nos municípios.

Além da nossa importância técnica já amplamente reconhecida, e os esforços das nossas entidades representativas, precisamos também nos fortalecer politicamente, dando maior celeridade nas soluções legais necessárias nas diferentes esferas da política.

Como o senhor vê a Medicina Veterinária daqui a alguns anos?

A Medicina Veterinária continuará crescendo numericamente, considerando o grande número de escolas criadas atualmente, e outras que virão. É  preciso que os alunos  tenham uma boa formação profissional, pois o mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Precisamos investir numa maior aproximação também com as universidades, com os alunos,  buscando incentivá-los,  desde o começo, a participarem dos principais temas ligados  à profissão, iniciando com a ética profissional.

Nossos profissionais terão cada vez mais formação técnica especializada,  com  aplicação da  tecnologia de ponta, na área da Tecnologia da Informação, que avança dia a dia.

Qual a mensagem que o senhor deixa para o médico-veterinário e para o zootecnista?

Vamos  acreditar nas nossas profissões e nas nossas instituições. Precisamos de união, de integração entre todos nós. Assim, o caminho da valorização das nossas profissões e o reconhecimento cada vez maior por toda a sociedade será mais fácil.
A Chapa Integração é composta por profissionais de reconhecida capacidade e credibilidade, e vamos nos dedicar com muita força e disposição nessa jornada à frente do CRMV-SP.

Fonte: Assessoria.

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Plantio de milho em Santa Catarina entra na fase final com boas perspectivas

Controle fitossanitário segue ativo e produtores monitoram impacto das chuvas na germinação.

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Foto: Gilson Abreu

A semeadura do milho de verão em Santa Catarina entra na fase final, com 92% da área estimada já plantada, segundo os dados mais recentes do Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Até o momento, 93% das lavouras apresentam condição considerada boa, reforçando a expectativa de um início de ciclo favorável no estado.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ritmo da safra é descrito como adequado, com bom estabelecimento das plantas e condições climáticas favoráveis, o que tem permitido avanço dentro do calendário previsto pelo zoneamento agroclimático.

O controle fitossanitário segue ativo, especialmente no monitoramento da cigarrinha-do-milho, praga que preocupa produtores nos últimos anos. Até agora, porém, a incidência registrada é baixa. No litoral catarinense, técnicos observaram falhas de germinação em algumas áreas, atribuídas ao excesso de chuvas no período de emergência das plantas.

O boletim também alerta para as chuvas intensas na região Sul, que podem exigir maior atenção no manejo de doenças e na aplicação de adubação de cobertura, etapas cruciais para o desenvolvimento das lavouras.

Apesar dos pontos de atenção, o cenário até o momento é favorável. A Epagri/Cepa mantém perspectiva positiva de produtividade, condicionada à continuidade de clima e sanidade adequados nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Caminho Verde recebe R$ 30 bilhões e inicia recuperação de 1,3 milhão de hectares no país

Primeiro aporte do Mapa viabiliza crédito com juros reduzidos para converter áreas degradadas em produção sustentável, com meta de restaurar 40 milhões de hectares em dez anos.

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Foto: Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na segunda-feira (17), o primeiro aporte de recursos da ordem de R$ 30 bilhões para o Programa Caminho Verde, com foco nos investimentos voltados para a conversão de áreas degradas para a produção de alimentos. O programa será financiado por bancos, com juros abaixo do mercado, entre eles o Banco do Brasil, o BNDES, o BTG, o Itaú, Caixa Econômica, entre outros. Os recursos começarão a ser acessados a partir de 2026 e conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Fazenda para o financiamento. A meta inicial é recuperar, com este montante, cerca de 1,3 milhão de hectares nesta primeira rodada.

A meta geral do programa é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. Este foi o debate do painel “Programa Caminho Verde Brasil: avanços, desafios e oportunidades”, realizado nesta segunda-feira em um dos auditórios da AgriZone, espaço da Embrapa e parceiros, também conhecido como “Casa da Agricultura Sustentável” na COP30. O evento técnico foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), a Embrapa e o Banco do Brasil.

Para o assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin, o Caminho Verde reforça a posição estratégica do País na agenda global e destaca as práticas regenerativas como solução para garantir segurança alimentar e estabilidade climática.

“O programa cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas”, explica. “Dessa forma, promove simultaneamente a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente”.

Dados do Mapa indicam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens, sendo que aproximadamente 82 milhões de hectares estão em algum grau de degradação. A proposta do programa é a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade ao longo dos próximos dez anos, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem a necessidade de desmatamento.

O recurso que será aportado no valor de R$ 30 bilhões representa o início do programa, mas o Mapa está em busca de novas parcerias. O programa Caminho Verde faz parte da carteira de financiamento do Ministério da Fazenda – O Eco Invest Brasil, parte do Novo Brasil,  criado para impulsionar investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo, oferecendo instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Com mecanismos financeiros inovadores, o programa viabiliza projetos estratégicos para a indústria verde, recuperação de biomas, infraestrutura para lidar com os efeitos das mudanças do clima e de inovação tecnológica para a Transformação Ecológica. Serão R$16,5 bilhões do Tesouro e os outros R$ 16 bilhões das instituições financeiras.

Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou que as áreas degradadas oferecem um potencial forte de recuperação para a produção de grãos, fibras e biocombustíveis, aumentando a capacidade brasileira de fornecimento de alimentos em um cenário global, de forma sustentável.

Na perspectiva da sustentabilidade, o Programa Caminho Verde inclui o uso de boas práticas recomendadas pela Embrapa. No caso de produção de alimentos, plantio conforme recomendação do ZARC, plantio direto, uso de bioinsumos e inoculantes, uso de sementes certificadas ou salvas legalmente, plantio de cobertura, gestão de embalagens de agroquímicos. No caso de pecuária o uso de sementes de forrageiras, divisão das pastagens e manejo do pastejo, proteção aos corpos d´água, taxa de lotação de acordo com a capacidade de suporte das pastagens e rastreabilidade. Para florestas plantadas a Embrapa sugere as seguintes recomendações: uso de bioinsumos, manejo de solos, manejo integrado de pragas, plano de combate a incêndios e proteção dos corpos d´água.

A Embrapa também elaborou um conjunto de indicadores métricas para aplicação no programa. Entre elas: metodologia de Bioanálise dos Solos (BioAs), metodologia de determinação de estoques de carbono no solo, metodologia de balanço de emissão de gáses, dentre outras. Além de calculadoras como o RenovaCalc, ABC+Calc, Zarc, Plataforma de Saúde do Solo, Carne Baixo Carbono, entre outras.

Para o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, o tema da sustentabilidade é uma das suas prioridades. Ele explicou que o primeiro estímulo para que o produtor entre no programa é a expectativa efetiva de rentabilidade com a recuperação de suas áreas degradadas. “Este convencimento é o primeiro argumento para a tomada de decisão de recuperar a pastagem”, explicou. Ele acrescentou que o incentivo, via crédito e tecnologias, deve vir junto com o controle do estado brasileiro contra o desmatamento ilegal. Por fim, o acesso ao crédito será fundamental com pagamento a longo prazo. “As três ações serão determinantes para o acesso ao crédito para o Caminho Verde”.

Para ele, o Caminho Verde é uma das soluções que traz vários elementos positivos, mas para o agricultor familiar, o ideal ainda é o Pronaf. O Caminho Verde se aplicará melhor aos médios e grandes produtores rurais. Mas a grande vantagem deste financiamento é sua veiculação à uma área que usará boas práticas para a sua recuperação. “Um programa de governo com um compromisso mensurável do ponto de vista de área recuperada e o compromisso de não desmatar e um monitoramento que soma qualitativo e quantitativo”.

Saiba mais sobre o Programa Caminho Verde acessando aqui

Fonte: Assessoria Ascom
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Brasil lidera integração inédita entre clima, natureza e uso da terra na COP30

No principal painel das três Convenções da ONU, o Mapa apresentou políticas públicas que recuperam áreas degradadas, reduzem emissões e fortalecem a produção sustentável, alinhando agendas globais.

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Foto: Eufran Amaral

Pela primeira vez, as três Convenções da ONU reuniram suas agendas de clima, natureza e uso da terra em um mesmo debate, e o Brasil foi protagonista. No painel realizado nesta terça-feira (18), na COP30, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou como políticas públicas já implementadas pela pasta integram essas frentes e transformam áreas degradadas em solos produtivos, resilientes e de baixa emissão.

O encontro destacou a necessidade de alinhar agendas globais de clima, natureza e uso do solo, reforçando soluções que reduzam emissões, restaurem ecossistemas e ampliem a segurança alimentar. O representante do Mapa no painel, Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, afirmou que há caminhos concretos capazes de entregar resultados simultaneamente para as três convenções — e o Brasil já demonstra isso com políticas públicas consolidadas.

“Eles estão falando das sinergias e das complementaridades entre os objetivos das três convenções e que existem investimentos custo-eficientes do ponto de vista do clima, da natureza, da segurança alimentar e do desenvolvimento socioeconômico. Um bom exemplo é a recuperação de áreas agrícolas degradadas com boas práticas, como vemos no Plano ABC, no ABC+ e no Caminho Verde Brasil”, afirmou.

Durante sua intervenção, Bruno reforçou que o país chega ao debate com programas robustos, ampla experiência técnica e capacidade de escalar iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável. “O Brasil já possui políticas públicas de destaque nesse sentido, como as que mencionei. E esperamos continuar trabalhando em parceria com os países anfitriões das COPs de biodiversidade, combate à desertificação e do clima no próximo ano, de forma a atrair novos investimentos”, destacou o diretor.

O painel também marcou a preparação para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature, iniciativa que orientará esforços conjuntos das três convenções para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas, fortalecer meios de vida sustentáveis e integrar agendas globais de adaptação, biodiversidade e produção agrícola.

A sessão reuniu representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando que o avanço na restauração de paisagens depende de cooperação, ciência, financiamento adequado e do protagonismo de produtores, comunidades rurais e povos tradicionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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