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Suínos / Peixes

Novo frigorífico da Frimesa entra em operação em março

Indústria vai gerar 8,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos e cerca de R$ 600 milhões em impostos, com faturamento previsto de R$ 5,7 bilhões.

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Foto: Divulgação/Frimesa

A maior indústria de processamento de carne suína da América Latina foi inaugurada no último dia 13 de dezembro, na cidade de Assis Chateaubriand. O empreendimento é de propriedade da central Frimesa, constituída pelas cooperativas agroindustriais Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato. A obra levou três anos para ser totalmente construída e envolveu 200 empresas parceiras.

O tamanho do projeto pode ser medido pelo valor investido na planta industrial: R$ 1,3 bilhão. A gigantesca indústria vai gerar 8,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos e aproximadamente R$ 600 milhões em impostos, com faturamento previsto de R$ 5,7 bilhões.

Líderes cooperativistas e políticos estiveram presentes na inauguração do frigorífico, no dia 13 de dezembro – Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Ainda que todas as instalações estejam concluídas, a operação na nova indústria deve iniciar somente em março próximo. É necessária a conclusão de ajustes nos equipamentos adquiridos.

Com a nova indústria, a Frimesa pretende triplicar a produção de suínos nas cooperativas filiadas. Outro aspecto considerado é que a nova estrutura permitirá a diminuição das distâncias percorridas pelos animais a serem levados para o abate, com a consequente diminuição dos custos de transportes.

Na primeira etapa, a capacidade de operação da indústria deverá chegar a 3,7 mil suínos por dia. Já na segunda etapa, que deve acontecer entre 2026 e 2028, serão abatidos 7.880 animais por dia, o que perfaz uma média de 550 por hora, alcançando 1,8 mil tonelada/dia. Para 2032 o objetivo é fazer com que este número suba para 15 mil suínos processados por dia.

Planejamento das etapas de operação

1ª etapa entre 2023 e 2025: 3,7 mil cabeças/dia
2ª etapa entre 2026 e 2028: 7,8 mil cabeças/dia
3ª etapa entre 2029 e 2031: 11 mil cabeças/dia
4ª etapa no ano de 2032: 15 mil cabeças/dia

O diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, destacou, por ocasião da solenidade de inauguração, o complexo industrial. “Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira e Palotina. À medida que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand”, enalteceu.
Ainda que o foco de ação da Frimesa seja o mercado nacional, já começam a despontar, também, as exportações. “Nos últimos anos cresceu de 5% para 25% a quantidade de vendas que a Frimesa promoveu para o exterior”, ressaltou Vanzella.

Padrão mundial

Alguns aspectos relevantes nos novos padrões mundiais para plantas frigoríficas foram implantados na unidade, como a priorização pela produção mais sustentável. O frigorífico possui sistema de aproveitamento de águas e eficiência energética. Serão utilizadas soluções para garantir o bem-estar e diminuir o estresse animal. E será a primeira planta industrial de suínos do Brasil a utilizar biometano na flambagem dos suínos.

Com mais esta planta, a Frimesa se coloca como a quarta maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos.

Produtividade com qualidade

O diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial Copagril, Ricardo Silvio Chapla, lembrou que quando o frigorífico foi planejado não se vivia uma crise da suinocultura. “Mesmo assim, o projeto foi executado e concluído. A Copagril tem sua participação na Frimesa e continuará a suprir parte da produção necessária de suínos”, afirmou.

Conforme Ricardo, o setor vive um momento de instabilidade, o que, na opinião dele, força maiores desafios para a cooperativa. “Temos que equilibrar a balança dos custos com os resultados. Como cooperativa, vamos atuar para que o suinocultor seja fortalecido, mas sem jamais colocar em risco a integridade financeira da Copagril”, frisou.
Diante do quadro, o diretor-presidente defende ajustes e readequações. “O modelo da Copagril é um tanto quanto diferente das demais cooperativas parceiras e precisamos de adaptações. Não há dúvida que o melhor caminho é a produtividade com qualidade, e é isso o que precisamos levar para os nossos associados”, concluiu.

Fonte: O Presente Especiais

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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