Sanidade vegetal
Novo boletim aponta Distrito de Novo Três Passos com a menor população de cigarrinhas pela terceira semana consecutiva
Informativo apresenta que 79,4% das propriedades monitoras já passaram o estádio V8 e estão fora de risco.
Boletim destaca ainda: Número médio de cigarrinhas (Dalbulus maidis) 62,5 por armadilha no período de 28 de março a 03 de abril (sem alteração); A Sede Municipal apresenta a maior média de cigarrinhas capturadas por armadilha (média 86,1); Esses destaques fazem parte do Boletim Técnico N11 – Alerta Cigarrinha. O período dessa avaliação foi de 27 de março a 03 de abril de 2023.
As condições climáticas no período com média de precipitação pluvial acumulada no município foram de 14,8 mm, com variação na distribuição das chuvas sendo registrado média de 5 mm em Porto Mendes e 20 mm nos distritos de Novo Três Passos e São Roque. A temperatura média no período foi de 24,3 °C, máxima de 31,1 ºC; mínima de 19,3 ºC e a umidade relativa do ar média de 71% com máxima de 89% e mínima de 47%.
O manejo químico da cigarrinha tem sido adotado por todos os produtores, dos quais 3,4% fizeram manejo com apenas uma aplicação, 6,9% duas aplicações, 31% três aplicações, 25,9% quatro aplicações, 6,9% cinco aplicações e 22,4% já manejaram por no mínimo seis vezes. O uso de controle biológico também tem sido opção adotada pelos produtores, dos quais 22,4% já realizaram pelo menos uma aplicação de produtos biológicos concomitante com inseticidas químicos.
Quanto a população de cigarrinhas, todas as armadilhas capturaram cigarrinhas do milho, que contabilizaram um total de 4250 cigarrinhas, sendo que 2 armadilhas (2,9%) capturaram até 5 cigarrinhas (pontos cor amarela); 14 armadilhas (20,6%) de 6 a 20 cigarrinhas (pontos cor laranja claro), 20 armadilhas (29,4%) capturam entre 21 e 50 cigarrinhas (pontos cor laranja escuro), 19 armadilhas (27,9%) capturaram entre 51 e 100 cigarrinhas (pontos cor vermelho claro), 10 armadilhas (14,7%) capturaram entre 101 e 200 cigarrinhas (pontos cor vermelho escuro) e 3 armadilhas (4,4%) capturaram entre 201 e 400 cigarrinhas (pontos cor roxa).
A Figura 3 mostra a quantidade de armadilhas por categoria e em relação à leitura anterior, as armadilhas contendo de 51 a 100 cigarrinhas (cor vermelho claro) permaneceu estável em relação a última leitura e a faixa de 101 a 200 cigarrinhas (cor vermelho escura) apresentou crescimento de 5,2%, contudo o número de armadilhas na faixa de 201 a 400 cigarrinhas (cor roxa) saltou de uma para 3 armadilhas. Essa situação mantém o avermelhamento do mapa (Figura 1), mas com evolução para alguns pontos roxos.
O município apresentou média de 62,5 cigarrinhas por ponto de avaliação, situação sem alteração significativa em relação à semana anterior. Nesta semana observou-se que o Distrito de Novo Três Passos, apresentou menor presença do inseto (27,8 cigarrinhas) pela terceira semana consecutiva com aumento de 5% em relação a avaliação anterior. Por outro lado, a Sede Municipal apresentou a maior presença, com média de 86,1 cigarrinhas capturadas por armadilha, significando aumento de 18,8% em relação à semana anterior. Na sede municipal das 16 propriedades avaliadas 12 já estão no pendoamento e não receberam mais aplicação de inseticidas, situação que favorece o crescimento populacional e coloca a região em evidência.
O Distrito de São Roque, junto com Porto Mendes, apresentou o segundo e terceiro maiores valores (72,8 e 71,7 cigarrinhas respectivamente), redução na média da população capturada de 22,4% e 21,8% respectivamente em relação à semana anterior. Na sequência, está o Distrito de Margarida com média de 61,2 cigarrinhas por armadilha (aumento de 19,8%). O Distrito de Novo Horizonte apresentou captura de 49,9 cigarrinhas por armadilha, apresentando aumento de 18,5%. Por fim, o Distrito de Iguiporã apresentou 47,3 cigarrinhas capturadas em média (redução de 21,3%), sendo a segunda semana consecutiva com redução populacional.
A flutuação populacional da cigarrinha do milho pode ser visualizada na Figura 4, apresentado dados desde o início das avaliações em 16 de janeiro até o momento atual, a qual demostra a explosão populacional generalizada ocorrida nas últimas semanas e alguns distritos já em queda nesta semana. Na Tabela 1 contém todos os dados do monitoramento para cada ponto, com data, número de cigarrinhas e infectividade, pode ser conferida no Boletim Técnico N11 – Alerta Cigarrinha. O resultado laboratorial da oitava avaliação (14 a 20/03) não havia sido disponibilizado e será divulgado no próximo Boletim Técnico.
Na primeira quinzena de março os distritos de Iguiporã, São Roque e Porto Mendes vivenciaram uma explosão populacional ocasionada possivelmente pela migração das cigarrinhas (Figura 4), contudo, no momento atual, essas populações estão em declínio, possivelmente até estabilizar o nível populacional.
Já a Sede Municipal apresentou a explosão populacional na segunda quinzena de março e espera-se uma redução nas próximas semanas. Por outro lado, os distritos de Margarida, Novo Horizonte e Novo Três Passos não demonstraram explosão populacional, mas um crescimento populacional mais lento, indicando que pode estar mais associado a multiplicação interna da praga do que chegada de revoadas. As revoadas favorecem a distribuição dos patógenos causadores de enfezamentos e viroses, ao passo que crescimento lento distribui apenas os patógenos presentes internamente.
Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas nas armadilhas que capturaram o maior número de cigarrinhas, para analisar se elas estão ou não contaminadas com os molicutes (Candidatus Phytoplasma asteris e Spiroplasma kunkelii) e o Vírus da risca do milho (Maize Rayado Fino Virus – MRFV). Os resultados da sexta (21-27/02), sétima (28/02 a 06/03) e oitava (06-13/03) avaliações referentes a captura de cigarrinhas no período de 21 de fevereiro a 13 de março podem ser visualizadas na Tabela 1.
Na décima primeira avaliação da flutuação populacional de cigarrinhas no milho a precipitação pluvial tem sido baixa (média na semana 14,8 mm), permitindo que o cartucho do milho esteja isento de água livre e o ambiente propício para multiplicação das cigarrinhas, favorecendo o aumento da população. Nesse momento, 20,6% das propriedades avaliadas estão entre a quinta e a sétima folha expandida (V5- V7), período em que as plantas infectadas pelos molicutes ainda apresentam algum potencial de redução da produtividade, principalmente em cultivares mais sensíveis, sendo importante adotar o manejo recomendado pelo Engenheiro Agrônomo que presta assistência técnica. Por outro lado, 79,4% das lavouras já atingiram ou passaram do estádio de 8 folhas expandidas (V8), estádio no qual poucos danos são registrados pela inoculação de molicutes, ou seja, estão saindo ou saíram da fase de maior risco e, caso não tenham sido contaminadas pelos patógenos, apresentam baixo risco de perda de produtividade
nestas fases.
A Figura 5 mostra o número de lavoura de milho safrinha monitoradas em cada estádio fenológico da cultura na semana do dia 28 de março a 03 de abril de 2023.
Acompanhamento do Alerta Cigarrinha
O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e é o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos.
Para acompanhar os resultados e informações do último monitoramento clique no Boletim Técnico N11 – Alerta Cigarrinha.
Alerta Cigarrinha
Adapar apresenta relatório final do Projeto Alerta Cigarrinha
A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.
O Projeto Alerta Cigarrinha é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho composta por 68 pontos de monitoramento distribuídos estrategicamente em sete regiões (Distritos) do município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, com objetivo de monitorar a flutuação populacional das cigarrinhas do milho e sua infectividade antes e durante o cultivo do milho safrinha 2023. A iniciativa é endossada pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento à pesquisa e ensino superior, pelas instituições públicas e privadas ligadas a assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária.
A iniciativa desenvolvida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), contou com a participação de 66 produtores rurais da região, que abriram suas propriedades para a execução do projeto. Esse engajamento demonstra a importância atribuída pelos agricultores ao monitoramento e controle da cigarrinha do milho, uma praga que pode causar prejuízos significativos nas lavouras.
Na vasta extensão da região Oeste do Paraná, a presença da cigarrinha do milho tem se destacado como um desafio constante para os agricultores, especialmente durante o período de safra de soja. O monitoramento contínuo revela uma elevada população desses insetos, exigindo medidas rigorosas para garantir a saúde das plantações e a maximização da produtividade.
Ao longo do processo de monitoramento, ficou evidente a necessidade de manutenção do controle químico para combater a cigarrinha do milho. Mesmo no início da janela de semeadura, a população média permaneceu em níveis relativamente baixos até 15 de fevereiro. Contudo, a partir desse ponto, observou-se um aumento exponencial, demandando ação imediata por parte dos agricultores.
Uma estratégia eficaz que emergiu durante a análise dos dados foi o cultivo antecipado, realizado até meados de fevereiro. Essa prática revelou-se crucial para
mitigar a incidência e severidade dos enfezamentos, resultando em menor ocorrência de danos e, consequentemente, em uma maior produtividade. O timing preciso da semeadura parece ser um fator-chave na gestão dessa praga, conferindo aos agricultores uma vantagem na busca por colheitas mais saudáveis e abundantes.
Destaca-se ainda a importância da aplicação de inseticidas durante o período crítico, compreendido entre as fases VE (emergência) e V8 (oito folhas). Essa prática se revelou fundamental para a manutenção da baixa incidência e severidade dos enfezamentos, contribuindo diretamente para altas produtividades. O manejo integrado, combinando a utilização de inseticidas no momento certo com práticas culturais adequadas, emerge como uma abordagem eficiente na luta contra a cigarrinha do milho.
Em suma, os desafios impostos pela cigarrinha do milho na região Oeste do Paraná demandam uma abordagem abrangente e proativa. A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.
Confira aqui os resultados finais do Projeto Alerta Cigarrinha.
Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)
Nova legislação sobre milho voluntário e resultados do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados amanhã pela Adapar
Evento terá início às 13h30 no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Inscrições são gratuitas e podem ser feitas online. A reunião técnica também será transmitida ao vivo.
Os resultados dos trabalhos de monitoramento das 68 armadilhas, instaladas antes da semeadura do milho safrinha 2023 nos seis distritos e na sede de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura, serão apresentados nesta terça-feira (05), a partir das 13h30, em Reunião Técnica do Projeto Alerta Cigarrinha, promovida pela Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar).
Durante cinco meses foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar; e manejos e ações realizados pelos agricultores na lavoura como a época de semeadura, adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários entre outros.
“O evento técnico pretende apresentar todos os resultados produzidos por este trabalho para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, afirma o fiscal agropecuário da Adapar e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.
No período reprodutivo da cultura, o setor de Fitopatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e o trabalho de campo foi finalizado com a coleta das informações de produtividade.
Eliminação do milho voluntário
Além dos resultados alcançados com o Projeto Alerta Cigarrinha, o evento ainda terá uma palestra da Adapar sobre a nova legislação da obrigatoriedade de eliminação do milho voluntário nas áreas agrícolas do Paraná, que entrou em vigor neste ano e os agricultores precisam ficar atentos a norma.
Inscrição
Para participar de reunião, os interessados devem se inscrever clicando aqui ou podem acompanhar a transmissão do evento pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon. “O acesso é gratuito ao evento. Estamos pedindo para que os interessados façam sua inscrição prévia devido a capacidade de acomodação”, ressalta Lemiska.
Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)
Resultados do projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica na próxima semana
Evento será realizado em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.
Os resultados da Rede de Monitoramento do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica, na próxima terça-feira (05), na Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Para participar do evento faça sua inscrição aqui. O Jornal O Presente Rural foi parceiro do projeto, sendo o canal oficial de divulgação dos resultados de cada levantamento.
A equipe do Projeto iniciou os trabalhos de monitoramento com a instalação de 68 armadilhas antes da semeadura do milho safrinha 2023, as quais foram distribuídas em sete regiões em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura.
Neste período foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar, além de levantamento dos períodos de semeaduras, manejos utilizados pelos agricultores (adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários), entre outros.
No período reprodutivo da cultura, o setor de fitopatologia da Unioeste, campus de Marechal Rondon, realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e finalizando com a coleta das informações de produtividade em cada área. “Durante o evento técnico serão apresentados todos os resultados produzidos por este trabalho, desde o monitoramento das cigarrinhas até os dados de produtividade para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, expõe o fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.
A reunião será realizada em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.
Confira a programação da Reunião Técnica