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Novas tecnologias na criação de suínos em debate no 13º SBSS
Gustavo Lima explanará sobre o tema no dia 10 de agosto, às 16h45, no Painel Tendência de Futuro

A previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) é que a população mundial alcance o número de 9,7 bilhões em 2050. Um dos principais desafios desse avanço populacional será a alimentação, pois até lá, de acordo com a ONU, a demanda global de alimentos deve crescer mais de 50%. Para suprir essa necessidade, o emprego de tecnologias será fundamental, em todos os setores da cadeia de produção. A automatização, por exemplo, pode proporcionar redução de custos, ganho de produtividade e aumento da eficiência operacional.
Esse tema estará em evidência no dia 10 de agosto, no 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), no Painel Tendência de Futuro. O zootecnista Gustavo Freire Resende Lima palestrará, às 16h45, sobre “Novas tecnologias que estão sendo aplicadas na criação de suínos (robotização, automação), seus custos e possíveis retornos”.
Gustavo Lima possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (2010) e mestrado em Produção e Nutrição de Monogástricos (2018). Trabalhou na empresa LB PORK INC Minnesota (EUA) no setor de Wean-to-Finish. Foi gerente de suinocultura do núcleo genético e consultor técnico comercial na Agroceres PIC. Atualmente, é supervisor de serviços técnicos e validação de produtos pela mesma empresa, com ênfase em consultorias técnicas nas fases de creche e terminação, ambiência, modelos de crescimento, estatística e validações de campo.
Para o coordenador de mobilização do público do SBSS, Denis Rech, debater novas tecnologias e a automatização do setor suinícola é fundamental. “Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína e o Brasil é referência mundial. Muitas agroindústrias estão empregando novas tecnologias, com aplicativos, drones e robotização, desde as propriedades até a industrialização e transporte. Conhecer, ampliar e aperfeiçoar esse sistema é fundamental para continuarmos crescendo e atendermos as demandas do mercado, com segurança, qualidade e sanidade. A palestra com certeza trará subsídios importantes para avançarmos nesse quesito”, argumenta.
Simpósio de Suinocultura
O 13º SBSS é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e é considerado um dos principais fóruns de discussão do setor na América Latina. O evento está programado para o período de 10 a 12 de agosto. Paralelamente ocorrerá a 12ª Brasil Sul Pig Fair virtual. Os dois eventos serão realizados totalmente on-line, com geração e transmissão a partir de Chapecó.
A edição deste ano terá cinco blocos que abordarão tendências de futuro, biosseguridade, uso prudente de antimicrobianos, nutrição e sanidade, com 11 palestras, que serão transmitidas em alta definição, com tradução simultânea do português para o espanhol. Também ficarão disponíveis para acesso após o evento durante 30 dias.
Inscrições
O primeiro lote de ingressos encerrou. A comercialização do segundo lote segue até o dia 4 de agosto, com os seguintes valores: R$ 440 para profissionais; R$ 340 para estudantes; R$ 200 para associados do Nucleovet; R$ 330 para agroindústrias e órgãos públicos, com pacotes a partir de dez inscrições; e R$ 300 para universidades, também com possibilidade de pacotes. O terceiro lote será comercializado a partir do dia 5 de agosto e durante o evento. Os pacotes podem ser parcelados em até três vezes.
Além da programação científica, haverá um pré-evento no dia 9 de agosto e eventos paralelos de empresas parceiras nos dias do Simpósio. Os inscritos somente para a Pig Fair virtual também poderão acessar esses eventos.
As inscrições podem ser feitas no site https://nucleovet.com.br/.
O 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, da Unochapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

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Mobilização do setor rural retira de pauta PL que aumentaria custos extrajudiciais no Paraná
Pressão do Sistema Faep, sindicatos e produtores garante suspensão do projeto que poderia elevar em até 532% taxas essenciais para atividades rurais e impactar o preço dos alimentos no estado.

O Projeto de Lei (PL) 1016/2025, referente ao aumento dos valores de referência aos atos extrajudiciais no Paraná, foi retirado da pauta de votação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A ação é resultado da mobilização do Sistema Faep, com apoio dos sindicatos e produtores rurais, que também envolveu o G7 (grupo que reúne sete entidades representativas do setor produtivo paranaense), os deputados estaduais e o governo estadual. O projeto de lei havia sido protocolado na Alep pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR).
Caso o PL 1016/2025 fosse aprovado, o impacto financeiro seria significativo na agropecuária estadual. Isso porque os produtores rurais teriam que pagar, por exemplo, até 532% a mais para averbação sem valor econômico, 351% para emissão de certidões e 82% para pedidos de escrituras com valor acima de R$ 750 mil. Com o aumento dos custos dentro da porteira, o valor dos alimentos para a sociedade paranaense sofreria reajuste.
“A retirada de tramitação do projeto é uma vitória do setor rural e também da sociedade paranaense, já que teria impacto para todos os cidadãos. O momento em que vivemos, principalmente no meio rural, é delicado, com altos custos de produção, margens apertadas e problemas extras, como as intempéries climáticas. Essa vitória é coletiva, resultado da mobilização de diversos elos da cadeia produtiva rural”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “O Sistema Faep, nossos sindicatos e produtores rurais agradecem a sensibilidade dos deputados estaduais, principalmente do presidente da Alep, Alexandre Curi, e do governador, Carlos Massa Ratinho Junior”, complementa.
A retirada do PL da pauta da Alep evita que os produtores rurais tenham que pagar a mais em operações de registro, averbação, retificação de área, georreferenciamento, regularização ambiental e ratificação de área em faixa de fronteira. Esses documentos são necessários para o financiamento, regularização fundiária, crédito rural, registro de propriedades, regularização ambiental e, até mesmo, a obtenção de financiamentos bancários.
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Centro de Excelência em Fertilizantes lidera debate sobre inovação na AgriZone
Painel do Mapa apresenta novo modelo de governança para desenvolver fertilizantes eficientes e tecnologias adaptadas aos biomas brasileiros, fortalecendo a segurança alimentar e a sustentabilidade.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, na quinta-feira (20), o painel “O Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas e a Nova Governança para Inovação Aberta no Agro”, na AgriZone, para debater como o CEFENP promoverá a ponte para a inovação em fertilizantes adaptados às condições tropicais. O Centro será formado por uma rede de hubs em nove estados do Brasil, com cinco países parceiros. Open labs e plantas-piloto transformarão ativos de P&D em produtos e tecnologias em fertilizantes eficientes, da bancada ao campo, sob a orientação da ciência, das políticas públicas e da sustentabilidade.
Na ocasião, representantes do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP) apresentaram os modelos de governança, financiamento de projetos e estímulo ao mercado, que permitem inovação em fertilizantes eficientes, otimizando ativos públicos e acelerando demonstrações de campo com foco em adaptação climática e inclusão produtiva. Eles também destacaram como as diretrizes do CEFENP se alinham às do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF).

Foto: Mapa
O assessor especial da Secretaria-Executiva, José Carlos Polidoro, explicou que o centro de excelência em fertilizantes e nutrição de plantas consiste na criação de uma instituição público-privada representada por organismos nacionais e internacionais, setor privado e governos federal e estaduais, para promover inovação e negócios voltados ao desenvolvimento de tecnologias de ponta para a produção de fertilizantes no país e garantir a segurança alimentar. “Nós agora temos uma iniciativa de Estado, cujo desafio até 2050 é resolver essas questões. Temos prioridades muito claras para transformar o Brasil em um grande produtor de fertilizantes”, ressaltou Polidoro.
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Indústrias Produtoras de Matéria-Prima de Fertilizantes destacou que o Brasil tem condições de desenvolver tecnologias para a produção de fertilizantes apropriadas para cada bioma brasileiro. “O Brasil tem centros de pesquisa e desenvolvimento, tem pesquisadores, tem uma agricultura pujante, tem uma indústria que investe no país. Então, entendemos que o Brasil tem total condição de cumprir os objetivos do Plano Nacional de Fertilizantes e reduzir nossa dependência”, afirmou.
A missão essencial do CEFENP é demonstrar que a cooperação interinstitucional e o uso compartilhado de ativos de P&D são mecanismos eficientes para reduzir custos, democratizar o acesso à inovação e consolidar a soberania tecnológica nacional.
A iniciativa busca instituir um novo paradigma de governança para o agronegócio brasileiro: um modelo capaz de escalar fertilizantes inteligentes, bioinsumos e práticas regenerativas, garantindo segurança alimentar, descarbonização da produção e resiliência climática.
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Fim das tarifas extras dos EUA sobre produtos agrícolas brasileiros reforça relação bilateral
Ministro Carlos Fávaro destaca que a retirada das sobretaxas garante competitividade ao agronegócio brasileiro e marca a retomada do diálogo técnico entre Brasil e Estados Unidos.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quinta-feira (20), que a retirada das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros, como carne bovina, café e frutas, representa um avanço significativo na relação bilateral. Para o ministro, o anúncio feito pelo governo norte-americano confirma que o diálogo técnico e institucional retomou seu curso natural.
Segundo Fávaro, a medida é uma notícia tranquilizadora tanto para o agronegócio brasileiro quanto para os mercados internacionais. Ele destacou que a decisão demonstra maturidade nas tratativas e reduz tensões criadas nos últimos meses. “Como diz o presidente Lula, não tem assunto proibido. Tudo é possível no diálogo de alto nível”, afirmou. “A relação Brasil–EUA não podia ficar em fofocas e intrigas. A partir do momento em que os dois líderes dialogaram, as coisas vieram para a normalidade”, pontuou o ministro.
Com o fim da sobretaxa, produtos brasileiros voltam a acessar o mercado norte-americano em condições mais competitivas, reforçando o papel do país como um dos principais fornecedores globais de alimentos.
Fávaro reiterou que o momento marca a superação de ruídos e a consolidação de uma postura técnica entre os dois países. “Quem ganha com isso são os brasileiros, são os norte-americanos, a América e a relação comercial mundial”. “O diálogo continua. Ainda há muito a negociar, mas, para a agropecuária brasileira, esta decisão foi excelente”, finalizou o ministro Carlos Fávaro.
Produtos brasileiros beneficiados com o fim do tarifaço:
1. Carnes bovinas – o anexo traz todas as categorias de carne bovina — fresca, refrigerada ou congelada — incluindo:
- Carcaças e meias-carcaças
- Cortes com osso
- Cortes sem osso
- Cortes de “high-quality beef”
- Miúdos bovinos
- Carne salgada, curada, seca ou defumada
2. Frutas e vegetais – grande lista, incluindo:
- Tomate (por sazonalidade)
- Coco (fresco, desidratado, carne, água de coco)
- Lima Tahiti / Lima da Pérsia
- Abacate
- Manga
- Goiaba
- Mangostim
- Abacaxi (fresco e processado)
- Papaya (mamão)
- Diversas raízes tropicais: mandioca
3. Café e derivados
- Café verde
- Café torrado
- Café descafeinado
- Cascas e películas de café (“husks and skins”)
- Substitutos contendo café
4. Chá, mate e especiarias – inclui diversas categorias de:
- Chá verde
- Chá preto
- Erva-mate
- Pimentas (piper, capsicum, paprika, pimenta-jamaica)
- Noz-moscada
- Cravo
- Canela
- Cardamomo
- Açafrão
- Gengibre
- Cúrcuma
- Misturas de especiarias
5. Castanhas e sementes
- Castanha-do-pará
- Castanha de caju
- Macadâmia
- Nozes pignolia e outras
- Sementes diversas (coentro, cominho, anis, funcho etc.)
6. Sucos de frutas e derivados
- Suco de Laranja (várias classificações)
- Suco de limão / lima
- Suco de abacaxi
- Água de coco
- Açaí (polpas e preparados)
7. Produtos de cacau
- Amêndoas de cacau
- Pasta de cacau
- Manteiga de cacau
- Pó de cacau
8. Produtos processados
- Polpas de frutas (manga, banana, papaya etc.)
- Geleias
- Pastas e purês
- Palmito
- Tapioca, féculas e amidos
- Produtos preservados em açúcar ou vinagre
9. Fertilizantes (importante para o Brasil como exportador/importador)
- Ureia
- Sulfato de amônio
- Nitrato de amônio
- Misturas NPK
- Fosfatos (MAP/DAP)
- Cloreto de potássio (KCl)



