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Novas tecnologias focam bem-estar animal e melhor desempenho nos incubatórios

Novas tecnologias ganham cada vez mais espaço para atender exigências como bem-estar animal, melhor desempenho e eficiência produtiva no campo

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Artigo escrito por Eduardo Costa, médico veterinário e diretor de Produção de Incubatório da Cobb-Vantress na América do Sul

Todas as pesquisas e novas tecnologias voltadas para os incubatórios seguem o irreversível caminho do atendimento a demandas como bem-estar animal, melhor desempenho e eficiência produtiva no campo. As novas tecnologias ganham cada vez mais espaço para atender essas exigências. Neste artigo listo tendências e mudanças que já estão em curso nos incubatórios.

Um dos entraves na produção de pintinhos de um dia está com os dias contados. Nas chamadas incubadoras de estágio múltiplo, ainda bastante populares no Brasil, a mesma máquina é incubada diversas vezes em dias alternados, apresentando ovos de diferentes idades de incubação dentro do mesmo equipamento, impossibilitando fornecer as condições ideais às distintas necessidades de cada fase do desenvolvimento embrionário. Aos poucos, os equipamentos de estágio múltiplo vêm sendo substituídos pelas incubadoras de estágio único, onde toda a carga é incubada em um mesmo momento. Dessa forma é possível atender por completo as exigências dos embriões em cada fase de desenvolvimento até o nascimento.

Incubadoras de Estágio Único

Essa tecnologia nos permite controlar aspectos como CO2, temperatura ambiental e dos ovos, além de possibilitar trabalhar perfis de incubação fornecendo estímulos desses parâmetros em determinadas fases do desenvolvimento embrionário a fim de produzir pintos com capacidade de expressar todo o seu potencial genético. Essas e outras cinco fronteiras da avicultura começam a ser ultrapassadas por ciência e muita tecnologia empregada desde o início da cadeia produtiva.

Os incubatórios vivem uma fase de migração de incubadoras de estágio múltiplo para incubadoras de estágio único. Esta tecnologia já vem sendo usada com inúmeros benefícios. Ao trabalhar em estágio único as incubadoras estão trabalhando para atender as necessidades de requerimentos do embrião com benefícios como melhor nascimento, principalmente em lotes mais velhos e também melhor qualidade de pintinho, com impacto em melhor performance desta ave no campo.

Sexagem In Ovo

A sexagem in ovo está no campo das novas tendências. Muitas empresas estão investindo bastante no desenvolvimento de diferentes métodos de sexagem in ovo e as primeiras máquinas já começam a aparecer no mercado, focando no segmento de poedeiras comercias com a finalidade de atender a demanda de bem-estar animal, pois com ela se descarta os ovos sem a necessidade de descartar os machos. O avanço dessa tecnologia e o surgimento de novos métodos deve baratear os custos do equipamento, que deve chegar em incubatórios de matrizes pesadas e de frangos de corte em escala comercial. O uso da sexagem in ovo vai trazer uma redução muito relevante de mão-de-obra, além de atender ao bem-estar animal.

Automação

No Brasil estamos passando por uma transformação bastante interessante no que diz respeito a automação dos incubatórios. A automação já atua em diferentes frentes, como na vacinação em ovos. No entanto, ainda há desafios.

Quando uma empresa busca a automação, mais do que a redução do quadro de funcionários, ela procura também aumento da produção, padronização, melhor qualidade, redução de erros, maior produtividade e flexibilidade. No final, esses fatores significam redução do custo de produção, maior eficiência e lucro. Outra grande vantagem dos sistemas automatizados é a melhor ergonomia e satisfação dos colaboradores, ou seja, menor rotatividade, proporcionando melhor especialização da equipe.

Nutrição In Ovo

A nutrição in ovo está no campo das novíssimas tendências. Temos muitas pesquisas em campo, mas nada concreto no mercado. Trata-se da injeção de micronutrientes in ovo para o embrião já começar com aporte de aminoácidos e vitaminas antes de nascer. O objetivo é melhorar o sistema inume das aves e a performance no campo. Estudos demonstram que a técnica se traduz em uma ave mais robusta e com melhor eficiência produtiva no campo. Uma das barreiras é o volume de nutrientes necessários a ser aplicado no ovo e sua capacidade limitada de comportar esses micronutrientes.

Alimentação Precoce ou Early feeding

A alimentação precoce também está em destaque entre as novas tendências. A ave passa a ter acesso a água e ração imediatamente após o nascimento. Em alguns países da Europa isso já uma exigência de clientes (redes de supermercado, fast food, etc) e governos para atender diretrizes de bem-estar animal.

A alimentação precoce também pode trazer benefícios zootécnicos. Com o estímulo precoce, o sistema digestivo tem um melhor desenvolvimento, trazendo melhor performance das aves no campo. O fornecimento de água ou alimentos com altos níveis de umidade também ajudam a prevenir a desidratação das aves, impactando a mortalidade de primeira semana.

Nascimento na granja ou On farm hatching

O nascimento na granja é uma linha de trabalho que vem ao encontro com a essência da nutrição precoce. No caso desta inovadora forma de criação, ao invés de ir para o nascedouro, os ovos vão diretamente para a granja.

Essa prática traz vantagens de biosseguridade para o incubatório por não ter aves ou plumas dentro da unidade, mas também pode ser bastante desafiadora. Ela vai exigir um controle de ambiência muito mais preciso nos caminhões de transporte desses ovos embrionados e nos galpões, além de aumentar o ciclo de cada lote para o produtor e subir o seu custo com dificuldade de realizar a seleção das aves e o controle preciso do número de aves alojadas em cada aviário, entre outros. Essa é uma tendência que ainda pode demorar um pouco a chegar no Brasil, mas deve chegar.

O bem-estar animal tem papel fundamental nos avanços de tecnologias. Nos avanços e pesquisas de todo o setor, basicamente, as novas tecnologias e automações estão buscando redução de custo, melhor produtividade e bem-estar animal, além de melhor desempenho das aves em nível de campo. Somando todas estas tecnologias com os constantes ganhos genéticos, o frango do futuro será um animal mais eficiente, trazendo melhores resultados zootécnicos desde a conversão alimentar no campo até o rendimento das aves no abatedouro.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de setembro/outubro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Produtor de ovos enxerga na energia fotovoltaica mais uma forma de reduzir custos

“Estamos muito contentes com esse bom momento na avicultura, esperamos que continue assim nos próximos anos”

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Foto: Divulgação/Família Weber

O setor do agronegócio tem impulsionado o crescimento da energia solar no Brasil, encontrando nessa fonte uma solução para minimizar os custos na produção de alimentos. Com despesas mensais de energia elétrica variando entre R$ 1,2 mil a R$ 2 mil, o casal de agricultores Wilfried e Lídia Weber, que atua de forma independente desde 2016 na avicultura de postura em sua propriedade localizada em Nova Santa Rosa, no Oeste do Paraná, tem planos de implementar um sistema de geração de energia solar até o final de 2024. “Ainda não realizamos a instalação devido aos preços baixos da soja e do milho neste momento. Optamos por aguardar uma valorização desses grãos antes de comercializá-los, possibilitando, assim, a implementação do sistema de energia solar, que hoje é a nossa principal prioridade”, menciona Wilfried.

De acordo com o produtor, para atender às demandas energéticas da propriedade será necessário a instalação de aproximadamente 50 placas fotovoltaicas, implicando em um investimento que pode chegar a R$ 100 mil. “É um investimento significativo, mas que a curto prazo se paga. Estimo que após a instalação teremos que pagar apenas a taxa de energia elétrica rural e o valor que hoje gastamos podemos investir em melhorias tanto no aviário como na produção de grãos”, expõe.

Com uma produção entre 1,5 mil a 1,8 mil ovos/dia, a família Weber entrega duas vezes por semana cerca de 150 dúzias no comércio local do município, ao preço de R$ 8 cada bandeja com 12 unidades. “Temos duas mil galinhas poedeiras, mas apenas em torno de 90% produzem ovos, por isso essa variação. As entregas são programadas todas as segundas e quintas-feiras em supermercados, panificadoras e lanchonetes de Nova Santa Rosa, dificilmente temos ovos para vender direto para o consumidor”, afirmam os produtores.

O ano de 2023 foi positivo para o setor de poedeiras no Brasil. O custo de produção diminuiu significativamente, devido à queda dos preços dos insumos, como milho e soja. As vendas também aumentaram, impulsionadas pelo crescimento do consumo, tanto no mercado interno quanto no externo.

O custo de produção de um ovo no Brasil é estimado em cerca de R$ 0,80. Com a queda dos preços dos insumos, o custo caiu para cerca de R$ 0,50. “Comercializamos a dúzia de ovos a R$ 8, o que gera um lucro médio de R$ 5,60. É uma margem muito boa, estamos bem satisfeitos porque tem uma demanda bastante grande, inclusive se tivesse mais ovos iríamos vender tudo”, enfatiza.

Como a renda da população diminuiu no ano passado levou as pessoas a buscar alimentos com preços mais acessíveis, como o ovo, fator esse que levou ao crescimento de 6,5% do setor, com o consumo per capita atingindo 242 ovos no Brasil. “Resultados que revelam o quanto a nossa atividade cresceu em 2023, reflexo da queda dos principais insumos usados na produção de ração animal ao mesmo tempo em que as vendas e o consumo aumentaram. Estamos muito contentes com esse bom momento na avicultura, esperamos que continue assim nos próximos anos”, anseiam.

Produtores de grãos e aves de postura, Wilfried e Lídia Weber: “Comercializamos a dúzia de ovos a R$ 8, o que gera um lucro médio de R$ 5,60”. Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Selo de certificação

Os produtores contam que trabalham de forma independente na avicultura de postura e apesar das adequações feitas na propriedade ainda não conseguiram o selo de certificação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) para comercializar os ovos para outros municípios do Paraná. “É muito difícil se enquadrar dentro de todos os requisitos de sanidade exigidos pelo Ministério da Agricultura para conseguir a autorização para vender em outros municípios. Já estamos neste processo há mais de dois anos”, salienta Wilfried, enfatizando: “Sem o Susaf só podemos vender dentro de Nova Santa Rosa, o que também dificulta o nosso crescimento”.

Fábrica de ração própria

Em uma área de 180 hectares produzem milho e soja, grãos que utilizam para produção própria de cinco toneladas de ração por semana e o excedente dos grãos são comercializados nas cooperativas Coamo e Primato. “Fomos por 32 anos produtores independentes de suínos, por isso temos uma fábrica própria de ração, que estava parada, quando iniciamos na avicultura de postura reativamos a fábrica e com isso conseguimos reduzir nosso custo com a alimentação das aves e obter uma melhor rentabilidade com a venda dos ovos”, aponta Wilfried.

Falta de chuvas e calor afeta produção da soja

Chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas influenciaram de maneira negativa tanto no plantio como no desenvolvimento das lavouras de soja no Brasil. “Quem plantou a soja logo que a janela de plantio começou não terá uma redução tão expressiva, porém, para quem plantou mais tarde, já se fala de uma quebra em torno de 40% nas lavouras de soja”, lamenta Wilfried.

No levantamento divulgado em janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de 4,2% em relação às 162 milhões de toneladas de soja das primeiras projeções. “A atual safra tem a característica de ser uma das mais complexas para a estimativa de área, produtividade e produção nos últimos tempos. As dificuldades podem ser resumidas nos problemas climáticos, que geram incertezas e prejudicam a tomada de decisão pelos produtores”, pondera o superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Aroldo Antonio de Oliveira Neto.

No Paraná, o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido, afirma que a cultura poderá ficar abaixo de 20 milhões de toneladas. Pelo último relatório, o Deral observou que 97% dos 5,8 milhões de hectares plantados ainda estavam no campo. Desse total, apenas 64% estavam classificados como em boas condições. “Já há perdas consolidadas. O mercado está apreensivo, mas precisamos ter cautela, porque isso influencia no preço”, ponderou Garrido.

Wilfried diz que deve registrar em sua propriedade um volume menor de grãos colhidos em relação a última safra, mas o que o preocupa agora é o preço da saca de soja. “Em meio a colheita verificamos uma queda no preço da soja, o que nos deixa ainda mais apreensivos. Esse é um período em que concluímos a venda da soja do ciclo anterior para poder armazenar a nova safra. Além disso, o alto custo de produção impõe a necessidade de comercialização, porque a falta de espaço para armazenagem impede que a gente segure o produto por mais tempo”, relata o produtor.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola do Brasil acesse a versão digital do jornal Avicultura Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

24º SBSA debate prevalência de dermatose em frangos de corte

Essa temática é estratégica para a competitividade do setor avícola porque impacta no valor do produto final, encarece a mão de obra no frigorífico e reduz a velocidade do processo industrial.

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Médica-veterinária Luiza Fernanda da Silva Sabino vai tratar do assunto no dia 10 de abril, às 09 horas, no Bloco Abatedouro e Nutrição - Foto: Arquivo pessoal

Evitar as lesões cutâneas no manejo de aves de corte representa assegurar a qualidade da carcaça, manter os rendimentos do lote ao empresário rural e afastar prejuízos aos abatedouros. Por isso é imprescindível difundir conhecimentos sobre as estratégias para minimizar a manifestação dessas ocorrências e, consequentemente, contribuir para que o desempenho produtivo seja superior a cada ano.

Essa temática é estratégica para a competitividade do setor avícola porque impacta no valor do produto final, encarece a mão de obra no frigorífico e reduz a velocidade do processo industrial. Em vista disso, estar atento ao manejo adequado, ao bem-estar animal, as condições das estruturas, a alta densidade populacional e o desempenho das linhagens é primordial nessa cadeia produtiva.

Pela relevância do assunto, que desperta o interesse da indústria avícola mundial, o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) trará a médica-veterinária Luiza Fernanda da Silva Sabino. A especialista em Defesa Sanitária e Inspeção de Produtos de Origem Animal com ênfase em Legislação ministrará a palestra “Prevalência de dermatose em frangos de corte e sua relação com o manejo pré-abate”, no dia 10 de abril (quarta-feira), às 09 horas, no Bloco Abatedouro e Nutrição.

Luiza iniciou sua trajetória profissional como auxiliar de controle de qualidade em um abatedouro de bovinos e suínos. Nessa função foi encarregada de monitorar e verificar os autocontroles do abate e seus anexos, acompanhar os processos e realizar as condenações junto ao órgão fiscalizador (IMA). Com essa oportunidade assumiu responsabilidade pela garantia da qualidade dos produtos e assegurou o cumprimento das legislações sanitárias vigentes.

Atualmente, Luiza atua como analista de performance em um frigorífico de aves e fábrica de produtos industrializados. Seu foco é identificar oportunidade de melhoria, eliminar falhas e buscar resultados superiores. Possui MBA em Agronegócios e publicação de artigo com ênfase em dermatose em frangos de corte e manejo pré-abate. Participou de projeto de iniciação científica com ênfase em Pesquisa de Salmonella spp. em carcaças de suínos nas etapas de abate, projetos e publicações de resumos expandidos em anais de eventos voltados para a área de inspeção de alimentos e contaminação alimentares.

Simpósio

Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento ocorrerá no período de 9 a 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). O SBSA é referência na disseminação do conhecimento, na inovação tecnológica e no intercâmbio de experiências. A programação reunirá profissionais qualificados de renome nacional e internacional. Entre os temas que serão abordados na programação científica estarão tendências, inovações e o futuro da avicultura, o que proporcionará conhecimento e networking, sempre com base em uma abordagem prática com embasamento científico.

Como participar

As inscrições para o 24º SBSA e 15ª Poultry Fair estão no segundo lote, que segue até 21 de março. O investimento é de R$ 680,00 para profissionais e de R$ 420,00 para estudantes. Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 100,00.

Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Apoio

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

 

Fonte: Assessoria Nucleovet
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Avicultura

Carne de frango perde competitividade frente a concorrentes

Valores que vinham em alta desde meados de janeiro passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida

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Foto: Divulgação/IDR-PARANÁ

Os preços da carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo têm caído em março, mas em menor intensidade frente às concorrentes (bovina e suína), resultando em perda de competitividade da proteína avícola.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os valores da carne de frango, que vinham em alta desde meados de janeiro, passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida.

Em relação ao abate, apesar da estratégia do setor em reduzir o alojamento de aves a partir do segundo trimestre de 2023, o número do ano passado foi recorde, levando-se em consideração a série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

Foram 6,2 bilhões de animais abatidos, incremento de 2,8% frente ao ano anterior. Vale lembrar que 2023 foi marcado por forte queda dos preços da carne de frango e do vivo, em decorrência da oferta doméstica elevada.

Fonte: Cepea
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Imeve Suínos março

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