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Novas raças que vão brilhar na Expointer deste ano

Das 89 raças inscritas na Expointer deste ano, entre ovinos, bovinos, zebuínos, bubalinos, equídeos, caprinos e pequenos animais, duas são novas no Parque e uma estava ausente fazia bastante tempo.

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Raça Savana - Foto/Arquivo Pessoal/Renato Moreira

Raça Merino Australiano Naturalmente Colorido – Foto: Arquivo Pessoal/Everson Bravo

Asinino da Raça Pega – Foto: Arquivo Pessoal/Martin Herman

Entre os ovinos, a raça Merino Australiano Naturalmente Colorido vai estar pela primeira vez em Esteio. O criador Éverson Bravo, de Glorinha, destaca que esta raça foi selecionada para produção de lã fina, com qualidade, sedosidade e suavidade. É a raça de melhor qualidade de lã que existe para alta costura, afirma.

“Existe uma demanda de mercado muito grande aqui na região sul, tanto para a lã das ovelhas naturalmente coloridas, que podem ser destinadas para a alta costura e para o artesanato, quanto para as peles naturalmente coloridas, utilizadas na produção de pelegos para arreios, para rodeios, para o homem do campo, entre outros”, destaca o criador.

Éverson cria também ovinos da raça Texel, Texel Naturalmente Coloridos e Merino Australiano. “A ovelha está presente na minha vida desde criança e hoje tenho meus animais, além de assistir muitos outros”, declara.

Os ovinos vêm aumentando a sua participação na Expointer a cada ano. Neste ano de 2023 são 980 animais de 15 raças, no ano passado foram 892, um aumento de 9,87%.

Os caprinos também têm raça nova desfilando na feira. É a Savana, originária da África, e que vai estar com dois exemplares. “Depois de investir na raça Kalahari e obter grandes resultados em rusticidade, características essenciais para o Rio Grande do Sul, passei a estudar a raça Savana que também se destaca pela rusticidade, mostrando ser muito eficiente no ganho de peso em sistemas de fazenda campo”, destaca o produtor Renato Moreira, de Santana da Boa Vista. Segundo ele, as expectativas são de aumentar o número de negócios em relação a 2022, que já foi muito bom. Além da Savana, Renato cria Boher e Kalahari, além de bovinos e ovinos.

“Esta raça está se difundindo bastante, é uma raça nova no Brasil”, destaca Jônatas Breuning, presidente da Associação dos Caprinocultores do Rio Grande do Sul (Caprisul). Ele destaca que a carne de cabrito está em alta, com possibilidade de exportação para o mercado árabe, o que tem estimulado bastante os criadores. “Temos perspectiva de fazer uma boa Expointer”, avalia.

Nesta Expointer participam 115 animais das raças Anglonubiana, Boer, Kalahari e Savana.

De volta

“É um sonho muito antigo já nosso vir aqui expor na Expointer. No ano passado a gente foi no Parque assistir o Freio de Ouro e ver como era para participar e neste ano estaremos aí nesta festa maravilhosa”, afirma Martin Herman, criador de jumentos da raça Pêga, introduzida no Brasil por volta de 1534.

São 10 exemplares presentes na feira, que não vão participar de julgamento, apenas de apresentação da raça na pista. A raça esteve na Expointer pela última vez em 1989. “Nós queremos mostrar para todo o povo gaúcho uma realidade da equideocultura que não faz parte exatamente da tradição sulina de hoje, mas que existe há muito tempo, desde a época do tropeirismo”, afirma Herman. Ele conta que no início da colonização, por cerca de 300 anos, as mulas só podiam vir do Rio Grande do Sul e eram tributadas no Passo de Santa Vitória.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga, existem 1151 criadores no Brasil, sendo os estados de maior destaque Minas Gerais e São Paulo. “O mercado está crescendo bastante, tanto para marcha quanto para o trabalho em fazendas”, destaca Ronan do Carmo, coordenador institucional da ABCJPêga.

Os equídeos participam desta Expointer com 819 animais de 11 raças, aumento de 1,24% em relação a 2022, quando foi registrado 809 animais na feira. E são o segundo maior em número de animais, estando apenas depois dos ovinos.

A Expointer 2023 vai contar neste ano com 3.480 animais de 89 raças na modalidade de argola. Apenas as aves e pássaros não vão estar presentes por causa da influenza aviária. “A gente espera que para o ano que vem este momento de emergência sanitária seja superado e que estes animais possam novamente participar da feira”, destaca Pablo Charão, comissário-geral da Expointer.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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