Avicultura
Novas normas do sistema de inspeção entra em vigor nos frigoríficos de frango
Dentre as mudanças estão a participação proativa das empresas na identificação e controle dos riscos para a saúde do consumidor, presença de pelo menos um médico-veterinário no abatedouro dedicado exclusivamente ao processo de abate, durante todos os horários de processamento que envolvam atividades de avaliação e classificação de aves vivas, aves depenadas, carcaças, partes de carcaças e vísceras.
Nos últimos 25 anos, a produção brasileira de carne de frango cresceu mais de 613%, saltando de 647 mil toneladas produzidas em 1997 para 4.610 milhões de toneladas em 2022, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Para alcançar esse resultado, a estrutura da produção avícola nacional e os desafios de saúde pública veterinária e da segurança da carne passaram por grandes e importantes transformações, as quais garantiram a sanidade, a qualidade dos processos produtivos e asseguraram níveis competitivos de produtividade, tornando a cadeia cada vez mais especializada, com melhorias em biosseguridade, em genética, em bem-estar animal, em manejo sanitário e nutricional, além de programas de erradicação e controle de doenças atrelados à legislação brasileira e a padrões internacionais de produção de alimentos.
As plantas frigoríficas que abatem e processam frango de corte adotam procedimentos operacionais e sistemas de gestão de qualidade alinhados a normas internacionais de segurança dos alimentos e exigências de compradores que demandam cada vez mais de uma legislação moderna, que atenda às necessidades de todos os elos envolvidos no setor.
Com a modernização dos procedimentos para adesão dos abatedouros avícolas registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao sistema de inspeção ante e post-mortem com base em risco, a zootecnista e diretora técnica da ABPA, Sula Alves, foi uma das convidadas do Painel “Atualizações e tendências regulatórias” para palestrar sobre os desafios e oportunidades da nova norma durante a 6ª edição do Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat), realizada em novembro, na cidade de Porto Alegre, RS.
A Portaria SDA nº 736/2022 que trata da nova norma foi aprovada no fim de 2022 e está restrita ao abate de frango, não se aplicando as plantas frigoríficas de matrizes, galinhas poedeiras e aves de outras espécies. A nova regra entrou em vigor nesta quarta-feira (1º).
Dentre as mudanças estão a participação proativa das empresas na identificação e controle dos riscos para a saúde do consumidor, presença de pelo menos um médico-veterinário no abatedouro dedicado exclusivamente ao processo de abate, durante todos os horários de processamento que envolvam atividades de avaliação e classificação de aves vivas, aves depenadas, carcaças, partes de carcaças e vísceras, auditorias no abate e avaliações microbiológicas para medir a eficiência da higiene no processamento dos animais, ações executadas mediante supervisão dos auditores fiscais federais agropecuários (affas). “Em constante evolução, as mudanças do setor avícola ocorrem de forma contínua como resultado de inovações tecnológicas, novas informações científicas sobre os riscos aos consumidores, bem como novas abordagens para a legislação e os controles sanitários, porque temos cada vez mais a necessidade de conhecer os processos para fins de controle, principalmente para tomada de decisões a respeito do processo de abate”, enfatiza Sula.
De acordo com a especialista é preciso alinhamento e sinergia entre as áreas de produção e qualidade, médico-veterinário responsável, granjas de aves, indústrias, affas e equipes de trabalho, porque não se trabalha com gestão de risco sem comunicação ou sem fazer trocas de informações. “Neste aspecto, a qualificação de todos os atores envolvidos nos processos é essencial, porque vai prepará-los para tomadas de decisões mais assertivas”, frisa a zootecnista.
Conforme Sula, o médico-veterinário responsável nas plantas frigoríficas terá que ter uma grande capacidade de articulação e interação com o setor e com o governo, uma vez que vai ter autonomia na tomada de decisões dentro do abatedouro. “É preciso preparar muito bem esses profissionais, porque decisão só se faz conhecendo processos e trabalhando bem com pessoas. Comunicação do risco, treinamentos e promoção de trocas de informação são estratégias importantes para melhorar a performance de segurança de alimentos. Todos os envolvidos na produção de alimentos devem estar devidamente capacitados para exercer seu papel na cadeia”, evidencia a diretora técnica da ABPA.
Outro ponto destacado pela especialista, que vai ser um desafio mais também uma oportunidade, é a integração de processos, uma vez que as informações da cadeia são fundamentais para avaliação de potenciais perigos apresentados pelos animais destinados ao abate como parte dos sistemas de gestão baseados em Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). “Sistemas de dados integrados e trabalhos internos precisam ser muito bem desencadeados para que os procedimentos sejam realizados com precisão”, aponta Sula.
Monitoramento microbiológico
Os abatedouros frigoríficos de aves para serem considerados aptos a adesão ao sistema de inspeção com base em risco prevista na Portaria SDA nº 736/2022, devem incluir em seus autocontroles o monitoramento microbiológico do desempenho higiênico-sanitário do processo de abate, que consiste em fazer o mapeamento higiênico-sanitário do processo por meio de indicadores, conhecimento total do desempenho microbiológico das etapas de abate, correlacionando resultados de eficiência de processo, desempenho de equipamentos e embasamento para uso em defesas diversas diante de desvios microbiológicos oficiais, como dos autos de infração e do sistema de alerta rápido para alimentos e rações (RASSF).
Os abatedouros frigoríficos devem cumprir a amostragem em todos os dias e turnos em que houver abate, mantendo a rastreabilidade das coletas para que seja possível o controle higiênico-sanitário do processo. Sula explica que a amostragem é feita com uma carcaça coletada na saída de cada sistema de pré-resfriamento a cada hora de operação. “Para fins de avaliação higiênico-sanitária do processo será utilizada janela móvel aplicada sob os resultados cumulativos de cinco semanas consecutivas. A cada semana, o profissional deve registrar um parecer quanto ao controle higiênico-sanitário do abatedouro frigorífico, considerando a totalidade dos resultados referentes ao período de cinco semanas, conforme os padrões definidos pelo Dipoa”, afirma.
Desempenho higiênico-sanitário insatisfatório
Se o abatedouro frigorífico apresentar desempenho higiênico-sanitário insatisfatório, além do mapeamento higiênico-sanitário do processo e da amostragem, o estabelecimento deve estudar e reavaliar seus processos de autocontroles, bem como é recomendado a coleta antes e depois das etapas ou conjunto de etapas do processo de abate para realizar o mapeamento higiênico-sanitário. “Caso o resultado no final do pré-resfriamento seja insatisfatório, devem ser avaliadas as etapas anteriores, sendo no mínimo após a lavagem inicial, após a máquina evisceradora, após a linha do DIF e do chuveiro de lavagem de carcaças (PCC1B), com amostragens a cada uma hora durante os turnos de produção por cinco semanas consecutivas”, expõe Sula.
O investimento total da planta frigorífica com a coleta de amostragem dentro de cinco semanas em todas as etapas do processo será em torno de R$ 42,5 mil além da logística laboratorial, conforme é demonstrado no quadro Adesão do Sistema com base em risco. “Isso mostra o quanto é importante conhecer bem as etapas e os processos realizados em cada uma, pois quanto mais conhecer, menores serão as chances de o frigorífico apresentar desempenho higiênico-sanitário insatisfatório”, reforça Sula.
Desempenho higiênico-sanitário satisfatório
Em apresentando desempenho higiênico-sanitário satisfatório, após cinco semanas o abatedouro pode reduzir a coleta de amostragem. Considerando que uma empresa tenha 12 médias amostrais por semana, na redução vai passar a trabalhar com três médias amostrais, cerca de 27 carcaças por semana.
Oportunidades
Entre as oportunidades para os estabelecimentos que aderem ao sistema de inspeção com base em risco, Sula elenca a interação e a troca de informações contínuas entre campo e indústria, o que contribui para atuar preventivamente na avaliação das informações de campo/fomento/agropecuário, realizar a classificação dos produtores e lotes de aves e fazer o planejamento estratégico da sequência de abate. “Isso garante maior segurança sanitária e manutenção da cadência de processo, com menor risco de perda de controle de processo”, menciona.
Outro ponto que a zootecnista destaca se refere a maior assertividade e a gestão de processos para fazer a avaliação de aves vivas, de carcaças e de partes de carcaças e vísceras; possibilidade de deslocamento de pessoas dos pontos tradicionais (Linhas A,B,C); treinamento, gestão e supervisão de avaliadores e classificadores; mapeamento de alterações e autonomia para adoção de medidas corretivas visando a redução de contaminação visível (visual e micro). “A partir destas ações vamos melhor o fluxo da manutenção da cadência de processo, reduzindo risco de perdas de controle”, salienta Sula.
A diretora técnica da ABPA afirma que o sucesso dos sistemas de inspeção de carne vai depender da capacidade e da vontade dos abatedouros de mudar para uma abordagem baseada no risco. “Essa nova abordagem exige que decisões, padrões e atividades de inspeção sejam baseadas no conhecimento científico dos riscos, de forma quantitativa e qualitativa e um nível estabelecido de proteção à saúde, que vai exigir responsabilidade compartilhada, integração de princípios de autocontrole e abordagem em toda cadeia de valor”, assegura Sula.
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Avicultura
Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas
Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.
O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.
Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.
Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.
Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.
O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.
Destaques
A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.
O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.
De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.
“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.
Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.
“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.
Metodologia
A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.
Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.
Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.
Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.
Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024
Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.
Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.
A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.
Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.
Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.
Avicultura
Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos
Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.
Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.
De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.
Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.
Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.
E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.
Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.