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Nova geração de mulheres que está mudando a cara do campo

A atuação das mulheres rurais, em especial nos últimos anos, vem ganhando cada vez mais força no campo. Antes vistas meramente como ajudantes, hoje as mulheres têm se tornado protagonistas dos seus negócios.

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Fotos: Divulgaçaõ/Acrimat

A atuação das mulheres rurais, em especial nos últimos anos, vem ganhando cada vez mais força no campo. Antes vistas meramente como ajudantes, hoje as mulheres têm se tornado protagonistas dos seus negócios. E a nova geração de mulheres ligadas as atividades do agronegócio está na lida diária da fazenda transformando a realidade no campo.

Jovem e com um futuro promissor na pecuária, Melissa Freitas é um exemplo de como a realidade no campo vem mudando.  Formada em engenharia agrônoma, ela conta que seu amor pelo campo e pelo trabalho com a terra vem desde o berço. Ela é a quarta geração de pecuaristas e hoje participa da condução dos negócios da família.

“Meus pais trabalham com pecuária e desde criança nos levavam, eu e minha irmã, para a fazenda e incentivaram para que gostássemos e tivéssemos amor por esse trabalho, embora nunca tivessem nos obrigado a seguir nessa profissão. Sempre nos deram liberdade para escolher. Tanto eu quanto minha irmã optamos por nos formar nas faculdades de agrárias por esse amor que desenvolvemos desde criança e esse compromisso com a produção de alimentos”, disse.

Apesar da vivência do campo, segundo Melissa, a sucessão familiar na atividade pecuária se iniciou somente em 2015, quando passou a trabalhar oficialmente com a família, assumindo uma propriedade que conduzia com a ajuda dos pais. Mas nem o fato de ser uma sucessora do negócio a blindou de todas as adversidades que uma mulher em posição de liderança sofre, o que, neste caso, a atingiu dentro de sua própria propriedade.

“Por ser uma pessoa nova e com pouca experiência, às vezes, as pessoas te pouco valorizam, tanto os funcionários, as pessoas da família e do mercado com quem eu negocio. Enquanto sucessora, tive dificuldade no sentido de que as pessoas estavam acostumadas a lidar com meu pai. Então, elas demoraram um tempo até entender que eu também me tornei uma liderança, que negocia e dá direções dentro da propriedade. Também tive desafios por ser mulher, pois um dos funcionários não gostava de trabalhar comigo por não gostar de ter uma líder mulher”, relatou.

No entanto, essas dificuldades foram sendo superadas e ficando para trás com o tempo, estudo, conhecimento técnico e os bons resultados que ela vem obtendo em seu negócio.  Aspectos que a fizeram ser reconhecida dentro da família, de sua propriedade e do mercado, de acordo com Melissa.

“Foi uma construção que, com muita técnica, resultado e desenvolvimento, consegui realizar. Nesse processo, muitas vezes, até me esquecia que eu tinha algumas fragilidades pelo fato de ser mulher, falando sob o aspecto físico. Como sempre fui incentivada pelo meu pai a fazer tudo e resolver todas as coisas, cheguei a ter problema de saúde porque me esqueci que tenho algumas limitações no âmbito físico mesmo. Mas essas são barreiras superadas e hoje tenho a maturidade que me proporciona a enfrentar as dificuldades e obter um resultado positivo”, garantiu.

E é de novas Melissas que o segmento da pecuária está sendo formado.  As mulheres têm crescido dentro desse mercado e a expectativa é de conquistarem cada vez mais espaço, especialmente devido à união de muitas delas em prol do fortalecimento da atividade no campo. Um exemplo dessa convergência de esforços é o movimento da Agroligadas, que reúne mais de 500 mulheres, inclusive Melissa, unidas pelo propósito de transformar a sociedade rural e urbana em uma só.

“As mulheres se sentem felizes no agronegócio, se sentem orgulhosas. Tivemos problemas e barreiras, mas cada dia mais as portas têm sido abertas para que ocupemos lugares dentro das propriedades, tanto na gestão, como nas atividades diretamente no campo. As mulheres têm papel essencial e têm conquistado espaço com esse perfil de agregador, no sentido de contribuir e somar nos negócios, somar com a equipe, família, gestão e profissionalização da empresa rural. A mulher tem muito a contribuir”, concluiu.

Fonte: Assessoria Acrimat

Colunistas

Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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Notícias

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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IFC

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