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Notícias Começam dia 16

Nova Ferroeste lança site e redes sociais para as audiências públicas; veja como participar

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) será apresentado em sete audiências públicas híbridas de 16 a 27 de maio. Canais de comunicação estão no ar para tirar dúvidas e informar a população dos 49 municípios interceptados pelo empreendimento que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos.

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José Fernando Ogura/AEN

As audiências públicas da Nova Ferroeste começam na próxima segunda-feira (16) em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e no dia 18 aportam em Guaíra para começar o diálogo com a população paranaense. Para ampliar a participação social, o Governo do Estado disponibiliza um site, criado especialmente para as audiências públicas, bem como redes sociais e uma central telefônica para informar e tirar dúvidas sobre o projeto da Nova Ferroeste.

Através do site é possível enviar mensagens e agendar a participação nas audiências públicas híbridas, principalmente para pessoas que não moram nas cidades que receberão os eventos (além de Dourados e Guaíra, serão em Cascavel, Paranaguá, São José dos Pinhais, Guarapuava e Irati). Quem se interessar vai poder acompanhar a realização ao vivo pelo site www.audienciasnovaferroeste.com.br ou presencialmente.

As audiências são uma das etapas da obtenção da Licença Prévia Ambiental (LP) requerida junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nestes encontros, o resultado do Estudo de Impacto Ambiental, executado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) no ano passado, será apresentado para os moradores dos municípios do traçado.

A Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, num traçado de 1,3 mil quilômetros, por isso da participação do estado vizinho. Há previsão da construção de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina.

Cada audiência terá uma área de abrangência, definida pelo Ibama, de acordo com a proximidade do município escolhido como sede. O Governo do Paraná vai disponibilizar o transporte para os moradores das cidades vizinhas, contidas no traçado do empreendimento, que desejarem ir pessoalmente à audiência. Ônibus e vans vão levar e trazer os grupos aos pontos de encontro informados no site oficial. O agendamento é feito diretamente na plataforma.

No portal também está o cronograma, os locais, horários e endereços de todas as audiências. No momento da audiência, o auditório virtual vai ter acesso à transmissão ao vivo do encontro. Quem optar pela participação remota, terá a opção de enviar perguntas em tempo real, que serão respondidas durante a audiência ou posteriormente, dependendo do volume total de questões e da sua complexidade.

Os comentários, críticas e sugestões já podem ser registrados em qualquer canal de comunicação. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA), com mais de 3 mil páginas e o Relatório de Impacto Ambiental, também estão na plataforma e podem ser baixados integralmente.

A construção e operação da Nova Ferroeste vão mudar a rotina de milhares de pessoas em oito municípios do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná. Uma equipe composta por dezenas de profissionais dos governos do Paraná e Mato Grosso do Sul, biólogos, engenheiros e técnicos do Ibama vai explicar detalhes dos efeitos da instalação da ferrovia.

Para Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário, esse é um momento chave para que a sociedade possa fazer suas contribuições. “Estamos dando amplo acesso à sociedade civil, que vai poder participar de forma virtual ou presencial das audiências públicas. No site disponibilizamos todos os estudos e os relatórios. Existem vários meios pelos quais as pessoas já podem eliminar dúvidas sobre o tema. É fundamental que a sociedade estude, avalie e pense sobre o tema nesse momento”, afirmou.

Acessibilidade

Os locais das audiências também foram pensados para terem acessibilidade. Eles possuem rampas e banheiros que atendem aos participantes com essas necessidades. No momento do evento, haverá ainda uma versão do material informativo em braile, bem como serviço de auxílio para pessoas com deficiência. Durante a realização, será feita a tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais.

O site também disponibiliza a tradução do conteúdo para Libras. Um software gratuito auxilia cegos ou pessoas com baixa visão a navegar pelo conteúdo com auxílio de uma voz sintética. Outro dispositivo transforma o texto escrito em áudio.

Municípios com transporte gratuito para as audiências:

16/05 – Dourados

Maracaju, Itaporã, Caarapó e Amambai

18/05 – Guaíra

Iguatemi, Eldorado, Mundo Novo, Nova Santa Rita e Terra Roxa

19/05 – Cascavel

Maripá, Toledo, Assis Chateaubriand, Tupãssi, Vera Cruz do Oeste, Santa Tereza do Oeste, Medianeira, Matelândia, Céu Azul, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Catanduvas, Campo Bonito, Ibema, Nova Laranjeiras e Guaraniaçu

23/05 – Paranaguá

Morretes

24/05 – São José dos Pinhais

Balsa Nova, Contenda, Lapa, Araucária, Mandirituba e Fazenda Rio Grande

26/05 – Guarapuava

Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Marquinho, Goioxim, Candói e Inácio Martins

27/05 – Irati

São João do Triunfo, Fernandes Pinheiro e Porto Amazonas

Lista dos municípios, datas e locais das audiências públicas:

16/05 – Dourados

Local: Sindicato Rural de Dourados

Endereço: Rua Valério Fabiano, 100, Jardim Alhambra

Horário: 19 horas

18/05 – Guaíra

Local: Salão Navegantes

Endereço: Avenida Coronel Otavio Tosta, s/n, Centro

Horário: 19 horas

19/05 – Cascavel

Local: Unioeste

Endereço: Rua Universitária, n° 2069, Bairro Universitário

Horário: 19 horas

23/05 – Paranaguá

Local: Complexo Turístico Mega Rocio

Endereço:  Praça Thomas Shehan, s/n, Bairro Rocio

Horário: 19 horas

24/05 – São José dos Pinhais

Local: Ginásio de Esportes Max Rosenmann

Endereço: Avenida Rui Barbosa, nº 4.997, Bairro Afonso Pena

Horário: 19 horas

26/05 – Guarapuava

Local: Centro de Eventos Cidade dos Lagos

Endereço: Avenida dos Lagos, nº 2.750, Bairro Cidade dos Lagos

Horário: 19 horas

27/05 – Irati

Local: Pavilhão de Exposições Parque Aquático

Endereço: Rua Adão Panka, n° 250, Bairro Rio Bonito

Horário: 19 horas

Fonte: AEN Paraná

Notícias Meio Ambiente

Reposição de estoque do Aquífero Guarani é insuficiente, mostra estudo

Problema causa preocupação em áreas de grande produção agrícola.

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Foto: Divulgação

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro percebeu que a reposição de águas do Aquífero Guarani está abaixo do necessário para garantir a manutenção da quantidade disponível no reservatório, que se estende por áreas do Sul e Sudeste do país, além de Paraguai, Uruguai e Argentina. O reservatório atende 90 milhões de pessoas, sendo responsável pela manutenção do nível de rios e lagos em algumas áreas do interior paulista durante o período de seca. 

Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador Didier Gastmans, do Centro de Estudos Ambientais da Unesp Rio Claro, explicou que a pesquisa buscou entender a importância da chuva na entrada de águas novas no aquífero, nas áreas de afloramento (superfície), e que foi possível confirmar esse papel. Ele acompanha o tema desde 2002, em seu doutorado, e todas as pesquisas desde então apontam que os efeitos de superexploração do reservatório são constantes, contínuos e tem piorado com a mudança de distribuição das chuvas na área de afloramento, que alimenta o aquífero. O problema causa preocupação em áreas de grande produção agrícola e população, como Ribeirão Preto, no norte paulista, onde os primeiros efeitos são sentidos desde a década de 1990. “Agora começou a aumentar muito o número de poços e isso começa a dar sinais em diversas regiões do interior”, disse Gastmans.

O geólogo afirmou que os indícios de superexploração estão claros no monitoramento dos poços e do nível dos reservatórios, atingindo aqueles próximos das regiões de afloramento, que têm níveis de dois a três metros mais baixos, em média, mas também os grandes poços de exploração para indústria e agronegócio, nos quais o rebaixamento atinge médias de 60 a 70 metros em dez anos. Nessa dinâmica “a água tem uma determinada profundidade no poço e vai baixando, o que demanda poços mais profundos e bombas mais potentes. Na porção oeste (do estado de São Paulo) a gente fala de grandes produtores e sistemas para abastecimento público. Pequenos produtores já sentem esse impacto em algumas regiões próximas da área de afloramento”, esclareceu.

Esse rebaixamento dos níveis chega, em determinados pontos, a até 100 metros, considerável até para as dimensões do Aquífero, que tem níveis com 450 metros de espessura do reservatório, chegando a até 1 quilômetro de profundidade. A maior parte do consumo do Guarani é para o abastecimento urbano, e ao menos 80% dela se concentram no estado de São Paulo.

Um dos fatores que preocupa no curto prazo é que a chuva nas regiões de superfície, a partir das quais há recarga no aquífero, são muito concentradas, situação na qual apenas uma pequena parcela de chuva infiltra para o subsolo e ocorre um escoamento maior e infiltra menos. Também há impacto do aumento da evaporação nas áreas de superfície, causado pelo aumento da média de temperatura nas regiões.

Gastmans criticou a falta de um conjunto claro de ações por parte dos órgãos públicos, afirmando que a primeira ação necessária é conhecer os usuários. “É necessária a implantação de um sistema de monitoramento em tempo quase real, para conhecer e dimensionar os atendimentos e as políticas de curto e médio prazo”. O segundo é consorciar água subterrânea e água superficial, para usar de maneira integrada de acordo com a disponibilidade sazonal. “Também se faz necessário pensar no planejamento futuro: sempre se fala em desenvolvimento, mas os gestores parecem ignorar que não existe desenvolvimento plenamente sustentável, pois todo desenvolvimento tem um impacto e essas pessoas precisam começar a se antecipar aos problemas”. O pesquisador da Unesp defendeu ainda a necessidade de pensar no uso de águas de melhor qualidade para abastecimento público e de águas de menor qualidade para outros usos, como irrigação de áreas extensas do setor sucroalcooleiro e de cítricos e uso industrial.

Procurada pela reportagem,  a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informou que monitora todos os estudos relacionados à recarga do Aquífero Guarani e dos demais corpos d’água do estado. Segundo o órgão “a gestão do aquífero é realizada de maneira integrada com outros recursos hídricos, visando garantir o equilíbrio entre as demandas de uso e a preservação ambiental”. A maior parte da captação de água no estado de São Paulo se concentra em fontes superficiais (rios e lagos), sendo a captação em poços profundos, que acessam o Aquífero Guarani, a menor parcela do total dos recursos hídricos. “Toda captação de água no estado está sujeita à outorga, concedida somente após criteriosa análise técnica”.

Origem das águas

A pesquisa conduzida pela Unesp, com o apoio da Fapesp, agência paulista de amparo à pesquisa, usou o monitoramento de isótopos estáveis de hidrogênio e oxigênio como marcadores para identificar a origem das águas que compõem o reservatório, o que permitiu perceber as áreas de superfície que colaboram para a manutenção dos níveis do Aquífero Guarani. Também usaram um processo de datação com isótopos dos gases criptônio e hélio para datar a água de alguns poços, o que permitiu detectar idades variando de 2.600 anos, em Pederneiras, até 127 mil anos em Bebedouro, 230 mil anos em Ribeirão Preto e 720 mil anos no Paraná.

A pesquisa How much rainwater contributes to a spring discharge in the Guarani Aquifer System: insights from stable isotopes and a mass balance model pode ser acessada aqui.

Fonte: Agência Brasil
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Notícias

VBP do Paraná triplica em 10 anos e irradia desenvolvimento pelo Estado

Crescimento consistente do VBP permite que ganhos dentro da porteira se reflitam em melhorias no meio urbano. Hoje, 35 municípios registram resultado acima de R$ 1 bilhão.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

Soja, frango de corte, suíno, milho e leite foram os principais produtos do agronegócio paranaense em 2023. Juntos representam 54% do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), que, no ano passado, totalizou R$ 198,8 bilhões. Esse montante reflete a força da agropecuária na economia estadual, que cresce de forma expressiva ano após ano. O valor registrado em 2023 representa um crescimento nominal de 3% em relação ao levantamento anterior (2022) e 11% considerando a inflação do período.

“Os números comprovam aquilo que já sabíamos: a grande força motriz da nossa economia vem do campo. O setor agropecuário do Paraná prova que é possível subir ainda mais a régua da produção e produtividade, mantendo a sustentabilidade, com resultados expressivos a cada ano”, destaca o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

“Sem agricultura não tem desenvolvimento. Se os municípios conseguem produzir seu alimento localmente, eles ficam menos expostos a oscilações de preços e escassez de alimentos. Só isso já gera uma estabilidade social e econômica”, complementa Junior Ruiz Garcia, coordenador do grupo de estudos em macroeconomia ecológica da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Em 2023, pelo segundo ano consecutivo, o setor pecuário foi responsável pela maior fatia do VBP, com participação de 48,8%. A agricultura respondeu por 46,6% da composição do índice, com destaque para os grãos, que tiveram resultado 17% superior ao do ano anterior, impulsionados pelo bom desempenho das lavouras. A soja respondeu por 25% da composição do VBP 2023. Já as florestas plantadas reduziram a participação devido à desvalorização dos preços, para 4,7%.

Para efeito de comparação, há 10 anos, o VBP paranaense totalizava R$ 69,1 bilhões. Ou seja, em uma década o VBP paranaense quase triplicou (R$ 198,8 bilhões). Em termos reais, descontado o efeito da inflação para o período, o VBP avançou 29%. Ainda, enquanto em 2013 apenas três cidades registravam VBP acima de R$ 1 bilhão, hoje 35 municípios registram resultados bilionários vindos do campo.

R$ 198,8 bi – Este foi o montante do Valor Bruto de Produção Agropecuária do Paraná em 2023

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Toledo, na região Oeste, se destaca como maior VBP do Estado, com resultado acima de R$ 4,5 bilhões em 2023. A produção de suínos de corte totalizou, sozinha, mais de R$ 1,3 bilhão. Esses montantes têm reflexos no bolso da classe produtora e também em outros setores da economia local. Afinal, quando o campo vai bem, os outros setores também são beneficiados.

“Com certeza, esse recurso [da agropecuária] é revertido em qualidade de vida. Esse dinheiro circula e se multiplica várias vezes dentro do município. Não à toa que Toledo tem despontado como uma das melhores cidades para se viver”, aponta Cristiano Dall’oglio da Rocha, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit).

De fato, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede indicadores como expectativa de vida, escolaridade e renda do município do Oeste paranaense é de 0,768, acima da média paranaense (0,749) e também da média nacional (0,765). “Esses resultados sucessivos vêm mostrando a força do agricultor e a visão estratégica dos gestores rurais”, complementa Dall’oglio da Rocha.

A conclusão do dirigente da Acit tem respaldo também no fato de que o VBP é um dos critérios para o cálculo do repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios. No índice final a ser aplicado sobre a arrecadação do ICMS, que resulta na cota-parte destinada a cada cidade, o VBP tem participação de 8%. “Quanto maior o VBP do município, maior será a parcela do ICMS. Esses [municípios] que têm VBP acima de um bilhão vão receber repasses maiores”, explica o professor Junior Ruiz Garcia.

Riqueza que se irradia

Dessa forma, a produção agropecuária tem relação direta com o desenvolvimento dos municípios. Além da fatia do repasse do ICMS, ocorre a transferência direta de renda da agropecuária para outras atividades econômicas. “Hoje, Ubiratã é um canteiro de obras, tanto públicas quanto da iniciativa privada. Tudo isso se deve ao fato de o agro estar indo bem.

Nossa economia é baseada na agropecuária”, revela Thiago Munhoz D’Alécio, secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O município foi responsável pelo maior VBP da regional de Campo Mourão, com R$ 1,3 bilhão em 2023. “Percebemos essa força da agricultura junto ao comércio. Quando as lavouras vão bem, gira um volume maior de dinheiro, as pessoas consomem mais, compram mais”, observa o secretário.

Talvez por isso, o PIB per capita de Ubiratã seja um dos mais robustos do Estado: R$ 82,3 mil, enquanto a média paranaense é de R$ 49,9 mil e a brasileira R$ 42,2 mil.

“O valor que gira na propriedade rural vai para a cidade. Se tem que fazer melhorias na propriedade, aumentar um barracão, comprar material de construção ou uma máquina agrícola, contratar o serviço de um veterinário: é tudo na cidade”, aponta o presidente do Sindicato Rural de Castro, Eduardo Medeiros.

Historicamente, o município da região dos Campos Gerais sempre está entre os maiores VBPs do Estado. Em 2023, Castro ocupou o segundo lugar com R$ 3,9 bilhões. Conhecido como a capital nacional do leite, o produto lácteo é a maior fonte de renda com participação de 50% do VBP. Reflexo dessa atividade, a produção de silagem (de milho e sorgo) figura como terceira colocada na composição do VBP do município.

“A produção leiteira de Castro atrai capital humano para a região, impulsionando setores como o imobiliário, serviços, lazer e educação. Sempre que um setor econômico tem um bom desempenho, ele impulsiona outros, que são necessários para sustentar a população beneficiada, melhorando a qualidade de vida local”, observa Luiz Caetano Magro, gerente de agência do Sicredi em Castro.

Além do repasse de impostos e da receita circulante na economia local, a pujança agropecuária traz outros impactos positivos para as cidades. “Se o agro vai bem, o município no qual o agro se desenvolve também vai. Se eu tenho produção acontecendo, eu tenho empregos sendo ofertados nesse município. Mesmo na agricultura que utiliza mão de obra familiar, também vai demandar mão de obra externa” considera a coordenadora do curso de AgroDigital da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Maria Fernanda Lopes de Freitas.

Não por acaso, entre os 35 municípios que despontam com VBP acima de R$ 1 bilhão, apenas dez deles possuem percentual de pessoas empregadas na agropecuária abaixo da média paranaense (3,53% dos empregos). O restante apresenta percentual acima deste valor, com alguns com boa parte da população local atuando na atividade agropecuária, como Tibagi, nos Campos Gerais, que tem 42% da sua força de trabalho atuando nesse setor.

Divisão do VBP por atividade

“Os números comprovam aquilo que já sabíamos: a grande força motriz da nossa economia vem do campo”  – Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP

VBP dos municípios do Paraná

VBP não é PIB

Quando se fala de Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) é comum confundir este termo com o Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto o primeiro consiste no volume dos produtos multiplicado pelo preço, o segundo é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos ao longo de um ano.
“São duas formas diferentes de olhar para uma mesma realidade. O PIB vê objetivamente o que a agropecuária produziu e vendeu. No caso do PIB não entra os produtos que sofreram processamento, pois observa apenas o setor primário”, afirma o professor Junior Ruiz Garcia, coordenador do grupo de estudos em macroeconomia ecológica da UFPR.
Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o PIB paranaense em 2023 totalizou R$ 665,6 bilhões, sendo que o setor agropecuário foi responsável por uma fatia de R$ 73,6 bilhões. Já o VBP foi calculado no mesmo ano em R$ 198,8 bilhões.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Notícias

Preço dos ovos reage no início de outubro, já as exportações avançam 20% em setembro

O impulso veio da menor oferta do produto tipo extra e da recuperação da demanda. 

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Foto: Divulgação

Os preços dos ovos, que vinham em queda desde abril deste ano, reagiram na última semana, com aumentos expressivos na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo este Centro de Pesquisas, o impulso veio da menor oferta do produto tipo extra e da recuperação da demanda.

Colaboradores do Cepea relataram que o descarte de poedeiras mais velhas influenciou na redução da oferta doméstica dos ovos tipo extra, que esteve elevada nos últimos meses.

Do lado da demanda, a antecipação de cargas para o feriado de Nossa Senhora Aparecida contribuiu para aumentar a liquidez do mercado, elevando as cotações.

Quanto às exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, cresceram 20% de agosto para setembro, totalizando 1,485 mil toneladas no último mês – dados Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
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