Suínos
Nova edição de Suínos evidencia os impactos da PSA na suinocultura chinesa e iniciativas sustentáveis no Brasil
A publicação também destaca o início de um estudo fundamental para o futuro da suinocultura brasileira: o Projeto Suinocultura Sustentável do Brasil, liderado pela Embrapa Suínos e Aves.

A mais recente edição de Suínos de O Presente Rural já está disponível na versão digital, trazendo à tona temas de grande relevância para o setor agropecuário global. A matéria de capa oferece uma análise detalhada sobre como a Peste Suína Africana (PSA) está transformando o cenário da suinocultura na China, o maior produtor e consumidor de carne suína do mundo. O país, responsável por mais de 50% da produção mundial de carne suína, depende fortemente da suinocultura para garantir a segurança alimentar de sua população de 1,4 bilhão de pessoas.
Embora a China esteja investindo em tecnologias de ponta e métodos de alta eficiência em algumas áreas, a reportagem expõe uma realidade contraditória, onde muitas fazendas ainda operam de maneira tradicional e, por vezes, rudimentar. Essa disparidade acentua os desafios enfrentados pelo país em um momento de choque causado pela PSA, doença que já devastou parte significativa da produção chinesa, provocando um abalo nas cadeias de abastecimento globais.
A edição também destaca o início de um estudo fundamental para o futuro da suinocultura brasileira: o Projeto Suinocultura Sustentável do Brasil, liderado pela Embrapa Suínos e Aves. A iniciativa visa padronizar a mensuração da sustentabilidade no setor, oferecendo métricas adequadas à realidade nacional. A importância desse estudo reside na crescente demanda por práticas sustentáveis, tanto por parte dos consumidores quanto dos mercados internacionais, e o Brasil busca se posicionar como um exemplo global de sustentabilidade na produção de carne suína.
Além disso, a publicação traz uma série de reportagens sobre as agroindústrias de carne suína que já estão adotando práticas sustentáveis. Em Minas Gerais, por exemplo, uma fazenda conseguiu neutralizar suas emissões de gases do efeito estufa e ainda capturar carbono, um modelo que pode servir de inspiração para outras propriedades do setor.
O conteúdo desta edição também explora debates de alto nível ocorridos no Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), onde grandes indústrias da carne suína nacional compartilharam suas perspectivas e desafios. A publicação apresenta ainda uma análise do mercado de rações no Brasil, com previsão de um crescimento de 2,4% na produção em 2024 em comparação com o ano anterior.
Há ainda artigos técnicos escritos por profissionais de renome do setor falando sobre manejo, inovação, produtos, bem-estar e as novas tecnologias existentes no mercado. A publicação conta ainda com matérias que trazem novidades das principais e mais importantes empresas do agronegócio nacional e internacional.
O acesso é gratuito e a edição Suínos pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Suínos
Suíno vivo segue estável no fim de novembro
Mercado ajustado, oferta controlada e demanda pré-festas garantem sustentação aos preços, que avançam de forma moderada no mês.

O mercado do suíno vivo mantém certa estabilidade nos preços nesta reta final de novembro, segundo os indicadores do Cepea/Esalq. Na comparação diária, praticamente não houve mudanças relevantes nas praças acompanhadas, mas o acumulado do mês mostra avanços moderados e generalizados.
Em Minas Gerais, o animal posto foi negociado a R$ 8,46/kg na quinta-feira (27), sem variação no dia, mas com a maior alta mensal entre os estados, de 2,79%. No Paraná, o suíno a retirar fechou a R$ 8,41/kg, recuando 0,12% no dia, porém acumulando 0,72% de valorização em novembro.
No Rio Grande do Sul, o preço permanece estável em R$ 8,38/kg, com avanço mensal de 1,21%. Já em Santa Catarina, a cotação também não registrou variação diária, ficando em R$ 8,28/kg, leve alta de 0,36% no mês.
Entre as principais praças, São Paulo segue na liderança dos valores, com o suíno posto negociado a R$ 8,78/kg, estável no dia e com discreto ganho mensal de 0,11%.
Os números refletem um mercado ajustado, com oferta controlada e demanda alinhada ao período pré-festas, mantendo sustentação nos preços mesmo sem movimentos bruscos no curto prazo.
Suínos
Programa de ideias da Coopavel impulsiona inovação e engaja colaboradores no frigorífico de suínos
Segunda edição registra 159 sugestões, 62 aprovadas e dez já implantadas, reforçando competitividade, participação interna e cultura de melhoria contínua.

O Programa de Ideias realizado pelo Frigorífico de Suínos da Coopavel encerrou sua segunda edição com resultados importantes e forte engajamento dos colaboradores. Em 45 dias, foram registradas 159 ideias, das quais 62 foram aprovadas e dez já implementadas. No total, 66 colaboradores participaram ativamente do processo. O evento de encerramento, com 40 pessoas, contou com a presença do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, que destacou a importância da contribuição, do compartilhamento de experiências e da participação dos funcionários no contínuo crescimento da cooperativa.
Conforme Dilvo, iniciativas como essa fortalecem a competitividade da Coopavel, transformam boas sugestões em melhorias reais e ampliam o sentimento de pertencimento entre as equipes. O programa segue o conceito de inovação definido pelo Comitê de Inovação da cooperativa, que considera inovador todo produto, serviço ou processo novo ou melhorado e capaz de gerar benefícios diretos ou indiretos para a Coopavel. O projeto foi realizado pelo frigorífico de suínos em conjunto com o setor de inovação da cooperativa, a Universidade Coopavel (Unicoop) e o Itaipu Parquetec.
Critérios
A iniciativa busca identificar oportunidades em diferentes áreas, promover o intraempreendedorismo e incentivar melhorias industriais, operacionais, administrativas e gerenciais. As ideias foram avaliadas por critérios como impacto, viabilidade, relação custo-benefício, nível tecnológico e contribuição para a competitividade da cooperativa. As sugestões foram divididas em quatro categorias.
Vencedores
Na categoria Administração, Comercial, Contabilidade, Expedição/Estocagem e Industrializado, os vencedores foram Fábio Julio Cansi (1º), Álvaro José Rodriguez Cordero (2º), e Sirlene Maciel Vigano e Adenilda Gomes da Silva (3º). Na categoria Fomento, Recebimento, SIF, Abate/Salas Anexas, Higienização e Subproduto, a vencedora foi Ada Rubia Wandscher. Na categoria Qualidade, P&D, Desossa, Resfriamento de Carcaça e Manutenção, os destaques foram Izaias de Oliveira Antunes (1º), Leandro Victor Schwambach (2º), e Sirlene Maciel Vigano e Leonildo Callegari (3º).
Já na categoria PCP, RH, Almoxarifado, Paletização, Túneis e Secundária, os premiados foram Ana Lúcia Tadioto, Eloir da Silva Ortiz e Cezimundo Ferreira Bento Biazin (1º), Ritamara Bertucci (2º), e Marcelo Huk Soares (3º). A primeira edição do Programa de Ideias foi realizada no frigorífico de aves em 2023, e a edição recém-concluída no frigorífico de suínos consolida o projeto como uma ferramenta de inovação interna e valorização dos colaboradores, comenta o gerente do Frisuínos, Mauro Turchetto.
A etapa final contou também com palestra do gerente do Centro de Empreendedorismo do Itaipu Parquetec, Eduardo Montenegro Bortoleto. Ele falou sobre Intraempreendedorismo. Todo programa teve apoio do Itaipu Parquetec, que contou com Alexandre Pastre, Analista de Inovação do Parque, que participou da banca de avaliação das ideias. Uma das premiações de reconhecimento aos que tiveram ideias aprovadas será uma visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Suínos
Produção, exportações e consumo avançam e consolidam força da suinocultura nacional
Com custos competitivos e demanda asiática aquecida, setor projeta crescimento firme em 2025 e reforça planejamento para manter resiliência frente a oscilações externas.

Impulsionada por custos de produção mais baixos e por uma demanda internacional aquecida, a suinocultura brasileira caminha para encerrar 2025 como um dos melhores anos de sua história. A combinação de milho e farelo de soja em patamares favoráveis garantiu ao setor margens robustas, estimulando a expansão da produção e o avanço dos abates ao longo do ano.
De acordo com análises da Consultoria Agro do Itaú BBA, o ambiente de custos controlados tem sido decisivo para acelerar o ciclo de crescimento da atividade e ampliar a competitividade da proteína no mercado global.
O cenário externo seguiu igualmente favorável. A demanda asiática, que responde por cerca de 65% das exportações brasileiras, manteve o ritmo acelerado e foi determinante para mais um recorde anual. Filipinas, Japão e Vietnã ampliaram expressivamente suas compras, compensando a retração observada na China. Nas Américas, mercados como Chile, México, Argentina e Uruguai também reforçaram o desempenho brasileiro e despontam como destinos estratégicos para 2026.
As projeções indicam que a produção nacional deve crescer 5% em 2025, enquanto as exportações devem avançar 15%. Mesmo com o aumento dos embarques, o consumo interno também deverá alcançar um novo patamar histórico, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado doméstico.
A expectativa para a próxima safra é de custos de ração equilibrados, apesar de eventuais ajustes no milho, o que deve sustentar a competitividade da proteína e prolongar o ciclo de margens favoráveis que já dura três anos. Esse ambiente estimulante já se reflete no ritmo de produção, superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Apesar do cenário positivo, especialistas alertam que o momento é oportuno para o setor reforçar sua resiliência frente a possíveis oscilações, especialmente no mercado externo. Avaliação criteriosa de investimentos e manutenção de liquidez serão essenciais para enfrentar a tradicional volatilidade da suinocultura e preservar a estabilidade conquistada nos últimos anos.



