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Nova diretoria do Sindiavipar se reúne com governo e entidades representativas do agronegócio
Ao todo, nove instituições foram visitadas nas três primeiras semanas de atuação da gestão
A nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) concluiu, na sexta-feira (25), agenda de trabalho desde a posse, em 1º de setembro. Neste primeiro ciclo de trabalho algumas instituições empresariais e organizações públicas relacionadas ao setor avícola foram visitadas para expor os planos da atual gestão. “Concluímos um giro com as entidades que possuem uma aderência maior com nossa atividade. Nove instituições foram visitadas nas três primeiras semanas”, afirma o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.
Este trabalho teve início logo depois da cerimônia de posse da nova diretoria do Sindiavipar, que foi recebida pelo governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Júnior, em audiência no Palácio Iguaçu. No encontro, Ratinho Júnior destacou que a avicultura é um setor fundamental para o Estado. “Temos muito interesse em ampliar a produção, em receber novos investimentos. É uma cadeia que gera milhares de empregos. Queremos ajudar na instalação de novas plantas e no acesso ao crédito”, afirmou o governador.
As visitas institucionais tiveram sequência com a participação de comitiva formada pelo presidente do Sindiavipar Irineo da Costa Rodrigues, do tesoureiro Roberto Kaefer e do diretor-executivo Inácio Kroetz, que estiveram com o superintendente Federal de Agricultura no Paraná no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Cleverson Freitas, com o presidente do Sistema Ocepar José Roberto Ricken, com o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (Sedest) Márcio Nunes, e com o Secretário de Saúde do Estado do Paraná (Sesa) Carlos Alberto Gebrim Preto.
O grupo também teve agenda com o Secretário da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná (Seab) Norberto Ortigara, com o Presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) Otamir Cesar Martins, com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) Carlos Valter Martins Pedro, com o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) Ágide Meneguette e com o vice-presidente e diretor de operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) Wilson Bley Lipski.
Primeiras Movimentações
De acordo com o presidente do Sindiavipar, as primeiras movimentações de trabalho com os principais atores da economia paranaense visam uma prioridade que será a marca registrada da nova gestão: fomentar a atividade avícola, aproximação com os associados e defesa dos interesses de toda a cadeia produtiva que integra o setor avícola. Rodrigues destaca que a avicultura paranaense concentra 20% do Valor Bruto da Produção (VPB) do Estado (Deral), o equivalente a 1/5 de tudo o que é gerado de riqueza no Paraná e gera 68 mil empregos diretos e cerca de 1 milhão de outros postos de trabalho de forma indireta, conforme estimativa do Sindiavipar com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Hoje, a avicultura do Paraná é a maior produtora e exportadora de carne de frango do Brasil, tendo abatido 1,87 bilhão de cabeças em 2019 (Sindiavipar). Esta produção foi responsável por cerca de 40% das exportações brasileiras em volume, com o Paraná respondendo por 1,58 milhão de toneladas, e 37,23% da soma das receitas, com US$ 2,56 bilhões no período segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex).
Neste sentido, a nova gestão do Sindiavipar vai apresentar propostas que visem atender a demandas que permitam o desenvolvimento da economia estadual, do setor e da sociedade, entre elas, questões de infraestrutura, envolvendo energia elétrica e vias de transporte. “O alcance social do setor avícola é muito grande. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no entorno das plantas de produção é diferenciado”, exemplifica Rodrigues a respeito da importância estratégica do setor para a economia e o desenvolvimento dos municípios.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.
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Dados do IBGE confirmam baixo crescimento da produção e preço da carcaça suína bate recorde nominal
Movimento de alta atingiu a marca histórica de R$ 15,00 por quilograma de carcaça no dia 19 de novembro de 2024, acumulando uma média de R$ 14,66 no mesmo mês.
O IBGE publicou no último dia 12 dados preliminares de abate referente ao terceiro trimestre de 2024. Cruzando os dados de produção e exportação das três carnes (bovina, frango e suína) entre janeiro e setembro/24, e comparando com o ano passado (tabela 1), é possível observar que, enquanto a carne bovina aumentou sua oferta no mercado doméstico em significativos 15,3% (781,3 mil toneladas a mais) e o frango subiu 107,23 mil toneladas (1,65%), a carne suína praticamente manteve a mesma disponibilidade interna no período, reduzindo apenas 12 mil toneladas (-0,38%) nestes nove meses em relação ao mesmo período de 2023. Tudo indica que o recorde de consumo per capita das três carnes somadas será novamente quebrado este ano.
Analisando especificamente o abate de suínos (tabelas 2 e 3), no acumulado de janeiro a setembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, houve um crescimento do abate de apenas 0,8% em toneladas de carcaças e 1,12% em cabeças. Se considerarmos ganhos de produtividade, principalmente relacionados a genética, é possível afirmar que a suinocultura tecnicamente se manteve do mesmo tamanho, em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do crescimento de quase 2% do abate (em cabeças) do terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023 (tabela 3), os números dos meses de agosto e setembro/24 indicam que ainda não existe uma reversão de tendência para retomada de crescimento significativo do abate no curto prazo.
Esta limitação de oferta de carne suína, aliada ao crescimento das demandas interna e externa, têm determinado alta contínua das cotações tanto do suíno vivo, quanto das carcaças. Desde o início de junho a bolsa de suínos de Belo Horizonte (BSEMG) não apresenta recuo nos valores publicados (tabela 4).
O movimento de alta contínua observado no mercado mineiro de suíno vivo para abate, se replicou em outras importantes praças do país, conforme o gráfico 1, atingindo cotações máximas no mês de novembro/24.
Quando se analisa o preço da carcaça suína especial em São Paulo (gráfico 2), o movimento de alta atingiu a marca histórica de R$ 15,00 por quilograma de carcaça no dia 19 de novembro de 2024, acumulando uma média de R$ 14,66 no mesmo mês (gráfico 3); desde setembro/24 as cotações ultrapassaram o valor de 13 reais/kg, valor nominal (sem correção da inflação) que só havia sido atingido em novembro de 2020, no auge de consumo de carne da pandemia de Covid-19.
Competitividade da carcaça suína melhora em relação ao boi, mas piora frente o frango
Quando comparamos com outras proteínas, mesmo com o aumento contínuo das cotações da carcaça suína no atacado, observa-se que a competitividade dela foi recuperada em relação à carne bovina, aumentando o spread para próximo de 50% nos últimos dois meses, quando o mínimo observado foi em agosto/24, com diferença de somente 26,2% (tabela 5). Por outro lado, em relação a carcaça de frango resfriado, em novembro/24, a competitividade da carne suína diminuiu, com spread ultrapassando os 80% (tabela 5). Cabe lembrar que quanto maior a diferença da carcaça suína em relação a bovina e menor a diferença em relação a de frango, mais competitiva ela é.
A propósito da carne bovina, é importante destacar a movimentação recente do mercado de boi gordo, com as cotações subindo quase 30% em menos de 2 meses (gráfico 4). Alguns fatores determinaram esta alta significativa, tais como, no curto prazo, maior demanda internacional pela carne bovina brasileira, devido à escassez de oferta por parte de importantes players (EUA, Argentina e UE), redução nos abates devido à sazonalidade da oferta de animais a pasto, com o aumento da dependência da oferta de animais confinados e a desvalorização do real frente ao dólar; e, no médio/longo prazo, uma aproximação de “virada” de ciclo pecuário, se encaminhando para a fase de escassez de animais para abate, o que deve se agravar a medida que avançarmos no ano de 2025.
Um fator importante a se considerar na dinâmica de mercado da carne bovina é que o spread entre o preço do varejo e o atacado, em outubro/24, foi o menor dos últimos anos, superior somente ao observado em novembro de 2019, conforme o gráfico 5, a seguir. Esta redução do spread indica que o varejo tem absorvido a alta do boi gordo, reduzindo margens na sua comercialização, uma situação que não deve durar muito tempo, pois o varejo provavelmente buscará maiores margens neste final de ano.
Exportações crescentes, tendo Filipinas como principal destino
Sobre as exportações de carne suína, o Brasil segue batendo recordes de embarques. Pelo quarto mês consecutivo (de julho a outubro/24) os embarques de carne suína in natura brasileira ultrapassaram as 100 mil toneladas mensais e, tudo indica, que novembro deve superar esta marca novamente (tabela 6). No acumulado do ano os volumes embarcados de carne suína in natura superam em 8,6% as exportações do mesmo período do ano passado (tabela 6).
Sobre os destinos das exportações da nossa carne suína in natura é nítida a retração das compras chinesas e o crescimento dos embarques para as Filipinas que, desde julho assumiram a ponta como principal destino (gráfico 6).
Se compararmos os dados de 2021, quando a China mais comprou nossa carne suína, com 2024 (tabela 7), é possível perceber, além da redução da participação do gigante asiático, uma maior distribuição entre outros destinos: em 2021, em torno de 80% dos embarques eram destinados aos seis maiores compradores, já em 2024 este percentual está distribuído entre nove países. No mesmo comparativo é possível concluir que a carne suína brasileira expandiu suas vendas para mercados mais exigentes, com o aparecimento de grandes importadores como México e Coréia do Sul entre os dez principais destinos de 2024 e o aumento da participação do Japão.
Segundo a ABPA, o total exportado quando se considera todos os produtos, entre in natura e processados, no acumulado do ano (de janeiro a outubro) atingiu 1,121 milhão de toneladas, alta de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado (1,013 milhão de toneladas). Ainda, segundo a ABPA, quando se considera os processados, as Filipinas, em outubro, assumiram a liderança nas exportações de carne suína do Brasil no acumulado do ano, com total de 206 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro de 2024, ultrapassando a China, com 199,9 mil.
Custo de produção continua subindo, mas ainda permite margens satisfatórias
A contínua alta da cotação do milho (gráfico 7), aliada ao real desvalorizado, tem determinado aumento nos custos de produção, atingindo seu máximo no mês de outubro (tabela 8).
A CONAB publicou, no último dia 14, o segundo levantamento da safra 2024/25. Praticamente não houve alterações nos números esperados de produção de milho e no balanço deste cereal em relação ao levantamento do mês anterior. Segundo o CEPEA, o afastamento de alguns compradores limitou as altas de preços do milho na terceira semana de novembro. O centro de pesquisa atribui este recuo a melhora do clima, as exportações em ritmo lento e as quedas dos contratos externos, levando o mercado a apostar em enfraquecimento das cotações do milho.
Considerações finais
Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o ano de 2024 na suinocultura brasileira deve terminar com a produção estável, praticamente sem crescimento, exportações recorde (crescendo ao redor de 8%) e com demanda bastante aquecida no mercado interno, o que determinou alta considerável nas cotações do suíno desde maio, com valores máximos no último trimestre. “Apesar da alta do milho nos últimos meses, o custo médio de produção ao longo do ano permitiu margens bastante satisfatórias, um alívio depois de um longo período de crise. Para 2025 esperamos uma retomada do crescimento da produção, mas em níveis relativamente baixos que, aliado a um crescimento das exportações, deve determinar uma oferta ainda insuficiente para atender a demanda do mercado doméstico. Isto deve manter as cotações em alta ao longo do ano que vem. Sobre os custos é preciso acompanhar o desenvolvimento da safra 2024/25, mas a não existe até o momento expectativa de quebra considerável, ou seja, o setor deverá ter no ano de 2025 mais um período de margens positivas”, concluiu.