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Nova companhia da Cosan promete aumentar competitividade logística
O aumento de capitalização da nova empresa do grupo Cosan, fruto da fusão entre a América Latina Logística (ALL) e a Rumo, é um dos principais motivos que tende a aumentar a competitividade entre modais no escoamento de grãos pelos portos do Sudeste e do Arco Norte.
A incorporação das ações da ALL pela Rumo, do grupo Cosan Logística, foi aprovada ontem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com restrições que, em um primeiro momento, agradaram parte do segmento agrícola. O temor era que houvesse uma concentração, e até favoritismo, nos terminais portuários que têm participação das companhias envolvidas – uma vez que a ALL já é detentora das principais malhas ferroviárias do País – além da manipulação de tarifas.
"Nosso objetivo é aumentar a eficiência da operação ferroviária para a captação da maior quantidade possível de cargas, firmando contratos de longo prazo com os clientes e melhorando o nível do atendimento dos serviços", afirma o CEO da Cosan, Marcos Lutz, em nota.
No setor
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk, disse ao DCI que "se as restrições forem colocadas em prática, a fusão vai permitir maior concorrência não só no modal ferroviário, mas também entre os outros modais", considerando as hidrovias e rodovias. Mesmo sem detalhes sobre as condições da aprovação, o executivo do maior estado produtor da safra de grãos adianta que a medida tende a ser benéfica.
Na avaliação do assessor técnico e econômico, especializado em logística, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, nada impede que outras companhias se constituam para que a concorrência de preços seja equiparada.
"A possibilidade de operadores independentes foi um dos pleitos que solicitamos durante a etapa de análise do processo", lembra Camargo.
Conforme publicado no DCI, o coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, acredita que um possível aumento de preços nos embarques pelo porto de Santos, poderia desencadear uma expansão na demanda por escoamento pelo Arco Norte, como nas unidades portuárias paraenses de Santarém e Vila do Conde. Neste caso, a Cosan precisaria se adequar às condições do mercado, o que implicaria até em redução de frete.
Do outro lado
Uma das principais entidades que levantou os prejuízos que a fusão poderia causar no processo de escoamento de granéis, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), informou, por meio de nota, que não comentaria o resultado do julgamento antes que este fosse avaliado em conjunto com seus associados e a consultoria jurídica e "se pronunciará sobre os fatos oportunamente".
No setor sucroenergético, o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, manifestou preocupação em relação à união e teme que a logística paranaense seja prejudicada.
"Nos preocupa por causa do impacto econômico que isso geraria. No Paraná, 85% do açúcar produzido é exportado. E 90% desses 85% são transportados por ferrovia", comenta Tranin. A Alcopar foi a primeira a se posicionar contra a fusão das companhias.
Em linhas gerais, apesar da aprovação do Cade ter sido bem vista no setor, ainda existe uma preocupação sobre a aplicação prática das restrições e a fiscalização do processo.
Temor
Dentre as restrições estabelecidas na aprovação, o conselho decidiu determinar a liberação de espaço na ferrovia para concorrente da Cosan nos mercados de transporte de açúcar e combustíveis, sendo que o tratamento para a carga de terceiros deverá ser igualitário. Isto inclui a criação de um painel informando horário, velocidade e entrada da carga na ferrovia operada para evitar "furadas de fila" que favoreçam a companhia.
Segundo o relator do caso, conselheiro Gilvandro Vasconcelos, a ideia é que os próprios concorrentes fiscalizem a empresa. Ficou definido também que em dois terminais de açúcar no porto de Santos, pelo menos 40% da capacidade de armazenamento deverá ser cedida a terceiros.
Na ocorrência de atitudes discriminatórias por parte da nova companhia, serão aplicadas multas a partir de R$ 5 milhões. Se a falta for grave, a Cosan poderá ser impedida de transportar cargas.
"Agora a fiscalização é o segundo passo. A maneira que isso vai ser colocado em prática precisa ser bem vigiada para que as delimitações não fiquem apenas no papel e caiam naquela centralização que temíamos no início", destaca o presidente da Aprosoja-MT.
A responsabilidade de fiscalização, como ação comportamental do Cade, é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), porém, as lideranças do setor agrícola já admitiram que pretendem auxiliar no processo de monitoramento, mesmo que informalmente. "Nossos advogados ainda não tiveram acesso integral ao caso, portanto é cedo para dizer quais procedimentos poderemos tomar", diz Camargo.
Fonte: DCI
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.