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Nova calculadora da pegada de carbono estima e ajuda a mitigar a emissão de GEE na pecuária de corte

A nova ferramenta calcula a intensidade da emissão de gases de efeito estufa dos animais a partir de índices zootécnicos. Com o uso do app web, é possível dimensionar o quanto a emissão de gases pode ser reduzida com a melhoria desses índices.

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Foto: Leonardo Hostin

A Embrapa Pecuária Sul (RS) apresenta, na 47ª edição da Expointer, a CarbonGado, uma calculadora inovadora que auxilia na estimativa e mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) do rebanho bovino de corte, com base nos índices zootécnicos da propriedade pecuária. O desenvolvimento do app web foi realizado pela Embrapa, a partir de um algoritmo elaborado em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) para sistemas pecuários de ciclo completo. Esse modelo estabelece a conexão entre os indicadores das fazendas e as emissões de gases. A iniciativa visa qualificar o potencial de sustentabilidade da pecuária brasileira, oferecendo ao setor produtivo mecanismos de controle, avaliação e aprimoramento da atividade.

Segundo o pesquisador Vinicius Lampert, responsável pelo trabalho, o objetivo da CarbonGado é estimar a pegada de carbono dos bovinos, em sistemas de ciclo completo para a pecuária de corte, a partir de informações disponíveis dentro das fazendas. “Uma das vantagens do uso da nova calculadora é a capacidade de identificar quais indicadores zootécnicos possuem maior potencial para mitigar a emissão de gases em cada fazenda de ciclo completo avaliada, como, por exemplo, o impacto do aumento da taxa de desmame na redução da intensidade da emissão de gases. Com essa ferramenta, é possível direcionar esforços e recursos para as áreas mais promissoras em termos de redução das emissões de metano e óxido nitroso, promovendo uma pecuária mais sustentável e eficiente”, destaca.

Foto: Felipe Rosa

Entram no cálculo fatores como a taxa de desmame, idade de abate, idade de acasalamento, mortalidade, peso, categorias de animais das diferentes épocas do ano, suplementação usada, tipos e qualidade das pastagens usadas na propriedade e uso ou não de adubação nitrogenada, entre outros. “Assim, a partir da combinação dessas informações, a calculadora CarbonGado consegue estimar, primeiramente, a produtividade da propriedade, e, a partir desse indicador, calcula a emissão de CO2 equivalente por quilo de peso bovino produzido, oferecendo ao produtor uma referência para avaliação dos pontos que podem ser melhorados”, explica Lampert.

A ferramenta é mais uma estratégia disponibilizada ao setor produtivo para aferir índices de sustentabilidade da atividade. Estudos prévios da Embrapa já demonstram que a pecuária tem grande potencial para mitigar a emissão de gases de efeito estufa com a melhoria do desempenho de sua produção e, assim, apresentar um balanço favorável de carbono, a partir do bom manejo dos rebanhos e da função que as pastagens cumprem na geração de matéria orgânica e fixação de carbono.

A Embrapa Pecuária Sul, em parceria com as associações das raças Angus, Charolês e Hereford e Braford, também realiza provas de desempenho, visando selecionar animais mais eficientes na conversão alimentar e que emitam menos metano por quilo de carne produzida.

Prospecção de parcerias e acesso ao público
O objetivo do lançamento na 47ª Expointer é a prospecção de parceiros para colocar a tecnologia no mercado, na perspectiva de que em breve possa ser disponibilizada definitivamente ao setor produtivo e ao público em geral. A versão beta é uma fase de desenvolvimento de software em que a aplicação está funcional, mas ainda em testes e ajustes finais. A finalidade desta fase é coletar feedback de usuários reais para identificar possíveis melhorias e correções antes do lançamento oficial. No caso da CarbonGado, a versão beta busca:

– Prospectar investidores e parceiros de pesquisa;

– Testar a eficácia da ferramenta, avaliando a precisão e a utilidade da calculadora em diferentes contextos de produção pecuária;

– Incorporar novas variáveis que possam ser incorporadas ao sistema, inclusive em questões sobre o balanço de carbono, auxiliando técnicos e produtores na escolha de sistemas de produção com maior potencial de mitigação de gases de efeito estufa.

“O objetivo do lançamento beta da CarbonGado é buscar parceiros de pesquisa ou investidores que possam contribuir para a finalização da versão atual e a inserção de novas funcionalidades previstas. A perspectiva futura é definir outras variáveis que poderão ser incorporadas ao sistema, auxiliando técnicos e produtores na escolha de desenhos de sistemas de produção com maior potencial de mitigação de gases de efeito estufa na produção de bovinos de corte. Essa colaboração é essencial para aprimorar a ferramenta e expandir seu impacto positivo na sustentabilidade da pecuária brasileira”, finaliza Lampert.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sul

Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

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Foto: Divulgação/Pixabay

Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.

Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.

Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

Fonte: Assessoria Cepea
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