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Bovinos / Grãos / Máquinas Cultivo consorciado de milho

Nova braquiária para ILP permite aumentar lotação de animais em 20%

A prática mantém o solo coberto por mais tempo, proporciona maior umidade com a formação de palha e/ou pasto e contribui consideravelmente na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas. Além de proporcionar maior retorno econômico para a sucessão soja-milho safrinha.

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Divulgação/Embrapa

Através da Integração Lavoura-Pecuária (iLP), o cultivo consorciado de milho segunda safra com braquiária tornou-se uma prática comum no Brasil. O sistema foi reconhecido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2010, porém já era praticado muito antes, dentro das possibilidades e conhecimentos da época.

Entretanto, ao longo dos anos, com os avanços em estudos e pesquisas, a implantação de forrageiras em consórcio com milho safrinha tem se mostrado cada vez mais eficiente, especialmente em tempos de escassez hídrica, em que se aproveitar ao máximo a umidade do solo tornou-se fundamental.

A prática mantém o solo coberto por mais tempo, proporciona maior umidade com a formação de palha e/ou pasto e contribui consideravelmente na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas. Além de proporcionar maior retorno econômico para a sucessão soja-milho safrinha.

Dentro desse contexto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveu a BRS Integra, uma nova cultivar de Brachiaria ruziziensis específica para integração lavoura-pecuária.

Difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte, Haroldo Queiroz: “As pessoas que ainda não acreditavam no sistema integração Lavoura-Pecuária (iLP) ou na importância de se ter uma boa cobertura durante o período de seca, perceberam que o vizinho teve mais sucesso” – Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

Segundo Haroldo Queiroz, difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte, a Integra pode ser instalada na sequência de uma lavoura de soja, para formação de palhada, pastejo ou em consórcio com o milho safrinha. “Após colher o milho o produtor terá uma ótima pastagem para os períodos de seca ou inverno”, menciona.

Uma das características da nova cultivar, de acordo com Queiroz, é a eficiência nutricional por conta das folhas mais largas, o que permite uma lotação 20% maior de animais em comparação a ruziziensis Kenedy. “Ela tem uma produção de folhas em relação a talos, melhor do que ruziziensis já existente no mercado”, explica.

De acordo com Queiroz, a cultivar Integra aumenta a produtividade do rebanho de 12% a 25%. “A massa maior de folhas aumenta a ingestão diária de forragem, fornece mais proteína e favorece a produção de leite”, ressalta.

Recuperação de nutriente

Segundo Queiroz, a cultivar auxilia na recuperação de nutrientes que seriam perdidos, uma vez que a soja utiliza apenas 40% do potássio aplicado no solo para se desenvolver. “As raízes amplas e profundas da Integra recuperam esse nutriente, o trazem para as folhas e quando elas apodrecem o potássio é liberado novamente para a soja.

Raízes profundas da Brachiaria ruziziensis Integra auxilia na recuperação do potássio, um dos nutrientes mais requerido pelas plantas, e que exerce papel fundamental na forma com que elas controlam a entrada de água

Cobertura de solo

Para Queiroz, a estiagem registrada principalmente em parte da região Sul evidenciou a importância da implantação e manejo de forrageiras em consórcio com milho safrinha, sobretudo pelo fato do sistema aumentar a capacidade de retenção de água no solo.

De acordo com ele, a quebra em áreas com o sistema de integração foi 30% menor do que em lavouras com soja “solteira”, ou seja, sem planta de cobertura. “Não é comum termos uma seca como essa, e os produtores que já vinham usando o sistema obtiveram melhores resultados”, salienta Queiroz.

Olhar do produtor

O pecuarista e produtor de silagem Edimar Eleodoro, da cidade de Santo Antônio da Platina, Norte do Paraná, cultiva braquiária e presta serviço de plantio, pulverização e assistência de campo em outros 300 hectares em propriedades da região.

Pecuarista e produtor de silagem, Edimar Eleodoro: “O solo fica compactado quando não tem braquiária, a água escorre, não é absorvida. É muito melhor plantar braquiária do que fazer a descompactação da terra”

Eleodoro planta milho em consórcio com a variedade comum da braquiária ruziziensis em 40 hectares de sua propriedade. “Fazemos a integração para cuidar do solo, mas como temos gado, aproveitamos para soltar os animais no pasto”, relata. Segundo ele, apesar de estar satisfeito com a variedade comum da ruziziensis, afirma que pretende fazer um experimento com a cultivar Integra, principalmente por conta do maior número de animais por área na área de pastejo. “Não dá para ir plantando uma área grande, primeiro temos que ver como vai se adaptar, pois cada região tem características diferentes, como solo, clima e altitude, mas acredito que não teremos problema”, comenta.

Uma das dúvidas do agricultor é se o maior sombreamento da nova cultivar prejudica, ou não, o desenvolvimento da cultura. “A preocupação é que as folhas mais largas abafem o milho”, comenta.

Mas, segundo o difusor de tecnologia da Embrapa, Aroldo Queiroz, os experimentos mostraram que em condições iguais, tanto o milho BRS 3046 instalado com a braquiária, quanto o mesmo milho plantado sem o cultivo da ruziziensis Integra, se desenvolveram igualmente. “A única diferença é o espaçamento. O volume de espiga e a altura da planta são os mesmos em ambas situações”, pontua Aroldo.

Outra dúvida do produtor rural Edimar é sobre a capacidade de enraizamento da nova cultivar, mas segundo o profissional da Embrapa, essa característica é similar à ruziziensis comum.

Outra característica da nova ruziziensis da Embrapa que chamou a atenção do produtor é a alta produção de raízes, que é similar à da cultivar comum.

Segundo ele, essa característica é importante especialmente em razão da estiagem em algumas regiões do país. “Em um ano que chove pouco e fazemos o plantio em uma área de braquiária a diferença é visível. Aquilo que veio de chuva você conseguiu captar e armazenar o máximo possível, e isso reverte lá na frente”, menciona Edimar.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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