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Nota de conjuntura da Embrapa CiLeite apresenta desafios globais complexos à cadeia do leite

No mercado de lácteos, os preços internacionais do leite em pó tiveram quedas consecutivas iniciadas no começo de 2022, mas que parecem estar em processo de reversão, ainda que lento.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O cenário econômico global segue complexo e a cada momento surge um novo desafio. Há quase quatro anos o mundo conviveu com a pandemia da Covid, em um ambiente de extrema incerteza e que gerou maiores gastos governamentais, inflação e posteriormente, enfraquecimento da demanda. A China, que também enfrenta problemas no mercado imobiliário, viu sua economia crescer menos, reduziu importações e contribuiu para queda no preço das commodities. Em fevereiro de 2022, veio a Guerra entre Rússia e Ucrânia, que ainda se arrasta. São países importantes nos mercados de fertilizantes, combustíveis e alimentos. Em um mundo já repleto de adversidades surge o conflito entre Israel e Palestina, que se complica a cada dia, podendo inclusive desencadear conflitos maiores, envolvendo outros países. O mundo tem carência de lideranças e instituições fortes, o que dificulta a solução de conflitos. Diante deste contexto, tem-se ainda taxas de juros mais altas nos Estados Unidos e Europa, que estão lidando com inflação elevada.

No mercado de lácteos, os preços internacionais do leite em pó tiveram quedas consecutivas iniciadas no começo de 2022, mas que parecem estar em processo de reversão, ainda que lento. A piora na rentabilidade das fazendas ao redor do mundo reprimiu a oferta nos grandes exportadores de lácteos.

No Brasil, a queda na rentabilidade do setor de produção de leite também vem ocorrendo. Produtores menores já recebem pelo leite vendido preços inferiores a R$1,80/litro em diversos estados, o que não remunera a atividade. Em 2023, não houve entressafra nos preços, já que a queda de produção foi suprida pelas importações, resultando em maior oferta de leite. De janeiro a setembro deste ano, enquanto a produção cresceu 1,4% em relação ao mesmo período de 2022, a disponibilidade subiu 5,3%. De janeiro a outubro, as importações brasileiras de lácteos somaram 1,766 bilhão de litros de leite equivalente, ou seja, uma média mensal de 176 milhões de litros.

Os principais derivados lácteos no mercado atacadista registraram queda de preços ao longo do ano e aparentemente atingiu-se o piso. No leite UHT, as cotações saíram de quase R$5/litro no início de abril para R$3,60/litro em outubro. Nas últimas semanas houve ligeira alta, com preço próximo de R3,80/litro (Boletim de Preços do CILeite). Para o queijo muçarela, o movimento foi parecido, com preços recuando de R$33/kg para R$27/kg. As margens industriais estão ruins, com diversos laticínios amargando prejuízo nas principais commodities. O mix de vendas, neste momento, faz muita diferença no resultado da empresa.

No campo, a consequência da queda na rentabilidade do produtor já reflete no volume de produção, com a oferta enfraquecendo marginalmente nos últimos meses. O crescimento da produção de leite no terceiro trimestre foi de apenas 0,8% em relação ao ano passado (Figura 1). É provável que essa produção siga fraca também no último trimestre e início de 2024, o que poderá voltar a sustentar os preços. É possível que a queda de preços esteja próxima do fim, por algumas razões: 1) desaceleração da produção interna; 2) ligeira recuperação nos preços internacionais; 3) decreto 11.732/2023, que entrará em vigor em janeiro/2024 tende a limitar a importação de leite. Mas, existem outros fatores em curso que ainda não refletiram na demanda e que devem ajudar a alavancar o consumo, mesmo que de forma modesta. O PIB brasileiro deve fechar 2023 com crescimento próximo a 3%, o que é positivo.

As taxas de desemprego, número de pessoas ocupadas e massa de salários estão em patamares favoráveis. Além disso, os preços dos lácteos mais baixos e o grande volume de recursos do Bolsa Família contribuem para uma expansão nas vendas. Portanto, esse balanço de perspectivas de oferta versus demanda sugere um mercado bem mais equilibrado no final de 2023 e início de 2024, lembrando que, em abril, já se inicia novamente a entressafra brasileira. Mas, é importante tirar lições da crise. Uma delas é trabalhar para o aumento do consumo per capita. Os crescimentos de renda e população têm sido tímidos, necessitando de mais inovações que impulsionem o consumo e que atendam as diferentes faixas etárias brasileiras, inclusive a dos idosos, que ganha espaço na pirâmide etária do país. Além disso, a cadeia produtiva precisa seguir em busca de maior eficiência e escala, reduzindo custos, para se tornar mais resiliente às crises.

Fonte: Assessoria Embrapa CiLeite

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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