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No Dia do Rio, Paraná destaca soltura de 2,6 milhões de peixes e proteção de nascentes

Repovoamento da fauna aquática é uma das atividades de preservação das bacias hidrográficas do Estado, que somam 196 mil quilômetros de extensão. Há também programas de educação ambiental, limpeza de rios e plantio de mudas de árvores.

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Alessandro Vieira/SEDEST

O Governo do Paraná destaca nesta quarta-feira, 24 de novembro, Dia do Rio, a aquisição de mais de 2,6 milhões de peixes nativos que contribuirão com o repovoamento das bacias hidrográficas do Estado. Os novos peixes, junto com ações de educação ambiental, refletem a proteção da biodiversidade dos rios paranaenses, por onde correm mais de 1 milhão de litros de água por segundo.

A ação é desenvolvida pelo programa Rio Vivo, executado pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), por meio da Superintendência de Bacias Hidrográficas do Paraná, com apoio do Instituto Água e Terra (IAT).

O repovoamento dos rios com peixes nativos, regulamentado pela Resolução Conjunta Sedest/IAT número 10/2021, envolve a comunidade em atividades de educação ambiental para preservação e recuperação das nascentes. Entre as atividades estão palestras sobre a importância dos recursos hídricos, com o plantio de mudas de árvores nativas, através do programa Paraná Mais Verde, e recolhimento de lixo.

“O programa é completo na questão da educação ambiental, pois além de garantirmos espécimes de peixes para as gerações futuras, estamos mobilizando a sociedade para cuidar da qualidade das águas e do entorno dos rios. São ações simples, mas que ajudam a colocar o Paraná em destaque no Ranking de Competitividade dos Municípios”, destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.

Ele também lembra que o envolvimento dos apaixonados pela pesca, em todas as suas modalidades, e da comunidade em geral, são fundamentais para que as políticas públicas de conservação dos rios sejam efetivas.

Rio Vivo

O Estado investe R$ 978 mil em aquisição de peixes. Dos 2,6 milhões de peixes adquiridos, 670 mil já foram soltos desde o mês de setembro e contribuem com o repovoamento da fauna aquática das Bacias Hidrográficas Iguaçu, Paraná, Paranapanema e Ivaí.

O programa também incentiva torneios de pesca com o objetivo de garantir a preservação dos rios, com os participantes fazendo recolhimento de lixo no entorno e nas águas. O superintendente de Bacias Hidrográficas do Paraná, Francisco Martin, destaca que os torneios contribuem também para a arrecadação dos municípios.

“Cada torneio incentivado pela Sedest oferece retorno aos municípios em diversas frentes. Seja pela limpeza dos rios e plantio de árvores nativas, seja pelo retorno financeiro em alimentação, hospedagem, entre outros”, destaca.

Só neste ano, em oito torneios de pesca realizados com apoio do órgão ambiental do Estado, o impacto financeiro aos municípios chega a R$ 4,8 milhões. Considerando apenas os torneios em águas interiores, exclusivamente de pesca, foram seis edições com parceria da superintendência, onde participaram 664 embarcações, com geração de R$ 2,3 milhões em receita para os municípios.

O Paraná possui 16 bacias hidrográficas ricas em belezas naturais e fontes de recursos para subsistência, turismo, geração de energia entre outras atividades. Juntas, somam 196 mil quilômetros quadrados de extensão.

O Estado possui Comitês de Bacias Hidrográficas que, regionalmente, colaboram nas atividades de gestão, como conservação das espécies aquáticas e semiaquáticas, através de programas de educação ambiental e fiscalização para o combate de atividades ilegais.

Vinculados ao Instituto Água e Terra (IAT), os comitês são colegiados com atribuições normativas, consultivas e deliberativas no âmbito da bacia hidrográfica e suas decisões influenciam na operacionalização do setor produtivo do Estado.

“Os Comitês têm papel fundamental na Política de Gestão de Recursos Hídricos no Paraná e tomam decisões importantes para que possamos fazer com que a quantidade e a qualidade das águas do Estado sejam preservadas”, disse o diretor-presidente do IAT e presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Paranapanema, Everton Souza.

Todas as ações dos comitês devem seguir o Plano Estadual de Recursos Hídricos, um instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos, instituída pela Lei Estadual nº 12.726/99, e que deve estar alinhado com a Plano Nacional de Recursos Hídricos.

Fonte: AEN/Paraná

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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