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Nepar comemora resultados de equipe paranaense em competição latino-americana de solos
Alunos de Dois Vizinhos e Santa Helena, que representaram o Paraná, mostraram talento e competência, conquistando o segundo lugar, entre as equipes participantes.

O Núcleo Paranaense da Ciência do Solo (Nepar-PR) tem muito a comemorar com a participação de alunos do Paraná na Competição Latino-Americana de Classificação de Solos, que aconteceu nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2023, em São Joaquim, em Santa Catarina, dentro das atividades do XXIII Simpósio Latino-Americano da Ciência do Solo, realizado em Florianópolis. O evento foi realizado na Estação Experimental de São Joaquim (Epagri – EESJ) e promovido pelas sociedades brasileira e latino-americana de Ciência do Solo (SLCS), organizado pela UFSC e UFSM.
A equipe paranaense mostrou seu talento e competência, conquistando o segundo lugar entre os participantes. Foram 16 alunos no total, divididos em quatro equipes – três nacionais e uma internacional. Além da equipe do NEPAR-PR, estavam presentes duas equipes do Centro Regional Sul da SBCS e uma equipe da Espanha.
Integraram a equipe paranaense os professores Taciara Zborowski Horst e Alessandro Samuel Rosa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos e Câmpus Santa Helena, respectivamente, e os alunos Ana Caroline Pretto e Fernanda Jutkoski do curso de Agronomia da UTFPR-Dois Vizinhos, além de Vitor Peruzzi e Débora Kempner do curso de Agronomia da UTFPR-Santa Helena. Os alunos fazem parte do Laboratório de Pedometria, conduzido pelos dois professores.
Com um desempenho incrível, a equipe paranaense conquistou o 2º lugar geral da competição e o 3º lugar por equipe; a estudante Fernanda Jutkoski (UTFPR-Dois Vizinhos) se destacou, alcançando o 2º lugar individual. O 5º lugar individual ficou com Débora Kerber (UTFPR-Santa Helena). A equipe espanhola levou o primeiro lugar no geral.
O professor Alessandro Samuel Rosa (UTFPR-Santa Helena) explica que a competição teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma experiência de conhecer solos e paisagens de locais diferentes dos que eles, normalmente, estudam. Tanto é que pessoas que são do local não podiam participar. “Assim, eles puderam aplicar todo o conhecimento adquirido na graduação e na pós-graduação e ver a aptidão agrícola e a capacidade de uso das terras em um cenário novo. Foi uma atividade intensa e desafiadora para os estudantes, que demonstraram grande competência e interesse pela ciência do solo”, acrescenta.
A competição consistia em coletar, descrever, classificar e interpretar diferentes tipos de solos em um contexto desconhecido para os participantes. Além disso, eles tinham que fazer recomendações de uso do solo com base nas potencialidades regionais, como fruticultura, silvicultura e hortaliças. Para isso, os estudantes usaram os sistemas de classificação internacional Soil Taxonomy e WRB, da FAO. Toda prova tinha que ser realizada em 60 minutos.
No primeiro dia, os estudantes tiverem treinamento teórico, com palestras sobre os critérios utilizados para classificar os solos no WRB, ministrado pela professora Rosa Poch, da Universidade de Lleida, na Espanha; e no Soil Taxonomy, ministrado pela professora Lúcia Anjos (UFRRJ), que é também presidente da SBCS. As duas professoras atuaram como juízes na competição. No segundo dia da competição, as equipes tiveram treinamento de campo, em duas vinícolas de São Joaquim, onde puderam observar as características da paisagem e dos solos predominantes da região. No terceiro dia, as quatro equipes foram para o campo na EESJ identificar, classificar e interpretar os solos.
Samuel Rosa observa que as equipes eram formadas por estudantes de pós-graduação, exceto a do Paraná, que era de graduação. “Isso mostra o alto nível de conhecimento e habilidade dos alunos paranaenses na área de solos”, comemora o professor.
Para a professora Taciara Zborowski Horst, que participou como técnica da equipe, a competição é uma oportunidade valiosa para os alunos, pois eles podem vivenciar muitas situações diferentes do que estão acostumados. “Neste evento, nós oferecemos a eles uma experiência incrível para aprender a observar diferentes tipos de solos, identificar, descrever, classificar e, mais importante, inferir sobre o comportamento ambiental dos solos. Esse conhecimento é fundamental para qualquer profissional das áreas agrícolas ou das ciências ambientais que queira aperfeiçoar suas habilidades nessa área”, argumenta Taciara.
Resultados positivos inspiram outros alunos
A diretora do NEPAR-PR, Nilvania de Mello, acredita que os excelentes resultados da equipe paranaense podem inspirar outros alunos a participarem dessas competições, ressaltando a importância do evento para o crescimento acadêmico e profissional dos alunos. O reconhecimento por parte da Diretoria quanto a importância da participação em eventos como este permitiu que o NEPAR apoiasse a equipe, aportando aos estudantes um valor que auxiliou a cobrir custos da equipe.
“O resultado da equipe foi fantástico, extremamente positivo. Ao participar de uma competição como esta, o estudante não só aumenta a chance de conhecimento, mas a paixão pela ciência do solo. Certamente participar desta competição internacional, foi uma experiência inigualável”, afirma a diretora do Nepar.
Nilvania destaca que, durante a prova, os alunos receberam instrução especializada tanto dos professores da comissão organizadora quanto dos técnicos. “O tempo todo os estudantes estavam imersos num ambiente de aprendizado, mais do que de competição. E isso amplia o conhecimento de uma forma muito prazerosa e positiva. Quem participa de uma competição como esta dificilmente esquece essa experiência, dificilmente deixa de se tornar um cientista do solo. Por isso afirmo, mais do que ampliar o conhecimento, amplia a paixão”, enfatiza Nilvania.
Desta forma, a diretora do NEPAR reforça que todos que participaram do evento saem ganhando. “Os professores que treinaram os alunos se atualizaram sobre as novidades em termos de gênese, sua morfologia e classificação do solo e ao mesmo tempo compartilham o que sabem sobre o solo. Os alunos que participaram aprenderam mais sobre esse assunto, pois tiveram um treinamento antes da competição. E nós, do NEPAR, ficamos felizes em apoiar essa iniciativa e divulgar esse trabalho, para que outros estudantes também se interessem pela Ciência do Solo e venham fazer parte da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Então esse tipo de competição é bom para todo mundo, todos ganham”.
Equipe majoritariamente feminina
A diretora do NEPAR-PR destacou ainda o fato da equipe paranaense ter sido formada, majoritariamente, por alunas. A equipe tinha três garotas e um garoto, sendo que cada equipe deveria ter quatro integrantes. “O que me deixou orgulhosa foi ver que a nossa equipe do Paraná tinha uma maioria de garotas, mostrando que as mulheres também podem se destacar na Ciência, especialmente na Ciência do Solo, que ainda é um campo dominado pelos homens”, observa Nilvania.
“Nós sabemos que as mulheres são maioria nas salas de aula, mas nem sempre seguem carreiras científicas. Por isso, eu acho que esse é um ponto que merece ser valorizado e reconhecido, até porque esta equipe reflete a composição da diretoria do Núcleo Paranaense da SBCS, que também é formada por mulheres em sua maioria, apenas um professor faz parte”.
Perfis de solo e os desafios para classificação
De acordo com Nilvania de Mello, um aspecto interessante da competição é que ela inclui perfis de solos que apresentam desafios para a sua classificação, ou seja, que não se enquadram facilmente nas categorias existentes. “Esses perfis são discutidos na reunião de correlação, onde os especialistas em gênese e classificação de solos debatem as possíveis soluções para esses casos. Essa é uma forma de ampliar o conhecimento científico sobre os solos e de propor novas abordagens para a sua classificação”, salienta.
Outro ponto importante que a diretora ressalta é o fato de que os quatro alunos que ganharam o apoio financeiro são membros da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Eles fazem parte do núcleo do Paraná. “Nós esperamos que com a visibilidade que essa competição vai nos dar, mais alunos se interessem em participar. Eu espero que outros se inspirem neles e sigam o exemplo, e também se associam, também façam parte desse movimento”.
Nilvania considerou também o contexto em que essa competição aconteceu. Tanto a competição latino-americana como o congresso brasileiro de ciência do solo foram os primeiros eventos realizados depois da pandemia. “Deste modo, a gente vive um mundo diferente, uma situação de produzir conhecimento diferente, uma forma de se relacionar entre as pessoas diferente”, conclui.
“Vamos guardar para sempre essa experiência”, diz aluna.
Representando os alunos nesta reportagem, a aluna Ana Carolline Pretto, uma das integrantes da equipe paranaense, contou como foi a experiência na competição. “Foi maravilhosa. Nós estávamos muito ansiosos para participar. Além de todo o conhecimento adquirido, o contato com os professores e alunos de outras instituições e, principalmente, com a representante da FAO e da SBCS, nos fez sentir parte de um projeto importante”, disse ela.
“Não esperávamos a nossa colocação, ficamos em segundo lugar geral na competição, em terceiro lugar por equipe, e a Fernanda Jutkoski em segundo lugar individual). Nosso intuito era participar e aprender, e com certeza conseguimos isso, além de uma ótima colocação”, comemorou.
Durante a prova surgiram alguns desafios, segundo Ana Carolline. “O nosso principal desafio foi o sistema de classificação, porque nós não estávamos familiarizados com o sistema de classificação internacional, que é o Soil Taxonomy”.
“Toda equipe vai guardar para sempre essa experiência, que teve todo apoio do NEPAR. Aprender a classificar o solo com quem criou o sistema, foi demais. A nossa técnica, professora Taciara Horts já tinha nos alertado que seria uma experiência maravilhosa”.
Confira a classificação da competição:
Global
1º lugar
Espanha com o técnico Jorge Solera (Universidad Miguel Hernández)
2º lugar
Brasil com a técnica Taciara Horst (UTFPR)
3º lugar
Brasil com o técnico Pablo Miguel (Universidade Federal de Pelotas)
Equipes
1º lugar
Brasil
– Técnico Pablo Miguel
– Adão Pagani Junior (UFPel), Estefany Pawlowski e Alice Dambroz ((Universidade Federal de Santa Maria – UFSM) e Vanessa Dornelles (Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS)
2º lugar
Espanha
– Técnico Jorge Mataix Solera (Universidad Miguel Hernández)
– Andoni Lejano, José Carlos Alcubilla, Ana Paula Domínguez e Javier Fuentes.
3º lugar
Brasil
– Técnica Taciara Zborowski Horst (UTFPR)
– Fernanda Jutkoski, Ana Caroline Pretto, Vitor Peruzzi e Débora Kempner (UTFPR)
4º lugar
Brasil
– Técnico Pablo Miguel (UFPel)
– Gabriel Rosolem (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC), Larissa Werle e Agnes Fontana (UFSM) e José Vitor Peroba (UFPel)
Categoria individual
1º lugar
Espanha
Javier Nadal Fuentes (Universidad Miguel Hernández)
2º lugar
Brasil
Fernanda Jutkoski (UTFPR)
3º lugar
Brasil
José Vitor Peroba (UFPel)

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



