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Negócios fluem melhor e suíno volta a subir no Centro-Sul do Brasil
Grande motivador para o movimento de alta continua sendo o escoamento da produção doméstica para a exportação
O ritmo de negócios entre o atacado e o varejo mostrou sinais de melhor fluidez ao longo da semana, de acordo com os frigoríficos, o que contribuiu para um novo avanço dos preços do suíno no Brasil.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os agentes ainda aguardam uma retomada mais contundente da demanda para atuarem com maior intensidade nas negociações, o que tende acontecer nos próximos dias com a entrada da massa salarial na economia.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil ficou em R$ 4,26 na quinta-feira (06), subindo 1,20% frente aos R$ 3,82 praticados na semana passada. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 7,64, alta de 1,04% frente aos R$ 7,56 praticados no fechamento da semana anterior. A carcaça registrou um valor médio de R$ 7,03, avançando 2,46% frente ao preço praticado na semana anterior, de R$ 6,86.
Para Maia, o grande motivador para o movimento de alta continua sendo o escoamento da produção doméstica para a exportação, fator que mantém a disponibilidade ajustada. ”O mercado continua otimista aguardado importante adicional da demanda da China, avaliando o surto de peste suína africana, que dizimou o rebanho suíno local”, afirma.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 131,6 milhões em maio (22 dias úteis), com média diária de US$ 6 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 58,1 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.265,30.
Em relação a abril, houve alta de 13,8% na receita média diária, ganho de 8,6% no volume diário e avanço de 4,8% no preço. Na comparação com maio de 2018, houve aumento de 51,3% no valor médio diário exportado, incremento de 35,3% na quantidade média diária e ganho de 11,9% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 94, avanço frente aos R$ 92 registrados na semana anterior. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 3,50. No interior a cotação no estado subiu de R$ 4,45 para R$ 4,50. Em Santa Catarina o preço do quilo na integração continuou em R$ 3,50. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 4,50 para R$ 4,60. No Paraná o quilo vivo avançou de R$ 4,40 para R$ 4,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 3,55.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 3,50, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75. Em Goiânia, o preço seguiu em R$ 4,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno continuou em R$ 5. No mercado independente mineiro, o preço permaneceu em R$ 5. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 3,75 para R$ 4. Já na integração do estado a cotação continuou em R$ 3,45.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.