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Negociações aquecidas e desvalorização do dólar impulsionam liquidez da soja no mercado brasileiro

De acordo com a Secex, embora as exportações da soja tenham recuado 11% frente a maio, os embarques somaram 13,8 milhões de tonelada de soja em junho, um recorde para o mês.

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Foto: Arquivo/OP Rural

As negociações de soja continuaram aquecidas em junho. Isso porque, com a entrada da segunda safra de milho, cooperativas e cerealistas influenciaram produtores a liquidarem parte do remanescente da safra verão, no intuito de liberar espaço nos armazéns. Esse cenário elevou a liquidez da oleaginosa no mercado brasileiro, mesmo a preços menores. A desvalorização do dólar frente ao Real reforçou a pressão sobre os valores no Brasil. A moeda norte-americana registrou quedas de 2,7% entre as médias de maio e junho e de 9,7% na comparação com jun/22, a R$ 4,844 no último mês.

De acordo com a Secex, embora as exportações da soja tenham recuado 11% frente a maio, os embarques somaram 13,8 milhões de tonelada de soja em junho, um recorde para o mês. No primeiro semestre deste ano, o Brasil embarcou quantidade recorde de 62,89 milhões de toneladas da oleaginosa, 18,6% superior ao verificado no mesmo período do ano passado. Importadores, por sua vez, foram atraídos pela queda no prêmio de  exportação no Brasil. Com base no porto de Paranaguá (PR), o prêmio de exportação da soja para embarque em julho/23 passou de -45 centavos de dólar/bushel no início de junho para -130 centavos de dólar/bushel no final do mês. Vale ressaltar que, devido à maior atratividade da soja
brasileira, as cotas para embarque em julho são poucas. Com isso, os agentes intensificaram as comercializações para embarques em ago/23.

Para este contrato, os prêmios passaram de + 40 centavos de dólar/bushel no início do mês para -65 centavos de dólar/bushel no final do período. Em junho, a média mensal do Indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) foi de R$ 136,45/sc de 60 kg, a menor desde fev/20, em termos reais (as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI de maio/23), com baixas de 1,2% na comparação com maio/23 e de 25,5% em relação  a jun/22.

O Indicador Cepea/Esalq– Paraná caiu 2,1% na comparação mensal e expressivos 28% na anual, com a média de junho a R$ 128,43/sc de 60 kg – a mais baixa desde mar/20, em termos reais. Entre maio e junho, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores cederam 2,4% nos mercados de balcão (pago ao produtor) e de lotes (negociações entre empresas). Na comparação anual, as quedas foram de 32,8% e de 32,2%, respectivamente.

Derivados

Grande parte dos consumidores domésticos esteve afastada das aquisições, apostando em novas baixas, devido à desvalorização da matéria-prima. Na média das regiões acompanhadas
pelo Cepea, os preços do farelo de soja recuaram 3,7% de maio para junho e 0,3% entre jun/22 e jun/23, em termos reais. O preço do óleo de soja bruto degomado (com 12% de ICMS incluso), negociado na região de São Paulo (SP), foi de R$ 4.998,25/tonelada em junho, a menor média desde abr/20, em termos reais, com quedas de 3,4% na comparação mensal e de expressivos 42% na anual. Na última semana de junho, entretanto, os preços do óleo de soja voltaram a subir no mercado brasileiro, impulsionados por expectativas de firme
demanda por parte do setor de biodiesel e pela valorização externa.

Front externo

Os futuros do óleo de soja subiram na Bolsa de Chicago (CME Group). A Indonésia, maior exportadora global de óleo de palma, sinalizou possível aumento na mistura obrigatória do biodiesel ao óleo diesel, que pode passar de 35% para 40%. Vale lembrar que o governo da Indonésia já havia feito alterações em fevereiro deste ano, quando a mistura obrigatória passou de 30% para 35%.

Caso esse cenário seja confirmado, a disponibilidade do óleo de palma da Indonésia para exportação deve se reduzir (o país é o principal exportador mundial deste subproduto). Como consequência, a demanda global por óleo de soja deve aumentar – esses derivados são concorrentes diretos. Do lado da oferta, a Argentina (maior exportadora mundial de derivados
de soja) deve disponibilizar ao mercado global apenas 3,75 milhões de toneladas do coproduto nesta temporada, de acordo com o USDA, a quantidade mais baixa em 22 anos. A menor oferta, por sua vez, se deve à quebra na produção de soja no país, em decorrência do clima desfavorável no período de cultivo da oleaginosa.

Assim, agentes de mercado esperam maior procura global pelo derivado nos Estados Unidos e no Brasil. Isso pode aumentar a disputa entre consumidores domésticos e externos, visto que o USDA projeta que as demandas internas de ambos países sejam recordes na safra 2022/23. Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato Jul/23 do óleo de soja teve média de US$ 0,5586/lp (US$ 1.231,51/t) em junho, significativa alta de 12,5% em relação a maio. Já entre junho/22 e junho/23, observa-se queda de 26,8%, em termos nominais.

Influenciados pela alta do óleo e pelas chuvas irregulares no Hemisfério Norte, o contrato de primeiro vencimento da soja avançou 3,3% entre os dois últimos meses. Na comparação anual, entretanto, observa-se recuo de 15,3%. Já o primeiro vencimento do farelo de soja registrou queda de 2,6% em relação ao mês anterior e de 5,2% em um ano.

Fonte: Assessoria Cepea

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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