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“Não porque os clientes exigem, mas porque é o correto a se fazer”, crava presidente da C.Vale

Para Alfredo Lang, o movimento ESG reflete o quanto os consumidores estão atentos ao impacto que a produção de um determinado bem ou alimento tem sobre o meio ambiente e como as empresas se relacionam com a comunidade, no que tange as contribuições que oferecem para amenizar problemas sociais.

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Associados da C.Vale são estimulados a recuperar e conservar nascentes e plantar mata ciliar - Fotos: Divulgação/C.Vale

Nos últimos anos o impacto gerado pelos empreendimentos no meio ambiente e na comunidade ficaram ainda mais evidentes e as cobranças por ações de sustentabilidade se tornaram maiores, pois as pessoas estão cada vez mais preocupadas com questões relacionadas à responsabilidade social e com a postura das empresas frente a elas, fazendo com que as instituições ampliem suas perspectivas para além das métricas financeiras e passem a considerar seus impactos financeiros, sociais e ambientais.

Presidente da C.Vale, Alfredo Lang: “Atender as práticas de ESG está se transformando em um pré-requisito para se ter acesso a financiamentos”

Para o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, o movimento ESG reflete o quanto os consumidores estão atentos ao impacto que a produção de um determinado bem ou alimento tem sobre o meio ambiente e como as empresas se relacionam com a comunidade, no que tange as contribuições que oferecem para amenizar problemas sociais. “É uma exigência que veio para ficar”, sentencia, acrescentando: “Os nossos clientes e associados querem saber, principalmente, sobre a sustentabilidade dos nossos negócios. Se damos o destino correto às embalagens de agroquímicos, como tratamos os dejetos das indústrias, se tratamos bem dos animais, se damos oportunidades a portadores de deficiência, se temos políticas de inclusão social. São questões que precisamos observar e dar atenção cada vez maior”, expõe.

De acordo com Lang, o conceito ESG não influencia apenas os consumidores como também o mercado financeiro. Os pilares do ESG passaram a ser fundamentais nas análises dos riscos e nas tomadas de decisões de investidores e de instituições bancárias que, como consequência, estão aumentando as exigências que envolvem ESG. “Atender as práticas de ESG está se transformando em um pré-requisito para se ter acesso a financiamentos. O cliente externo exige informações sobre como tratamos o frango, se a soja que produzimos vem de áreas de desmatamento ou não. Partimos do princípio que essas questões precisam ser observadas não porque os clientes exigem, mas porque é o correto a se fazer se quisermos produzir de forma sustentável. Você não pode produzir a qualquer custo, sem cuidar do solo, da água, dos animais, das pessoas e das comunidades. Desconsiderar esses aspectos tem um custo alto no longo prazo, o que acaba inviabilizando os negócios”, pontua o presidente da C.Vale.

ESG dentro da estrutura organizacional

De acordo com Lang, o planejamento estratégico da C.Vale prevê a criação de uma área de ESG que vai definir e monitorar os indicadores com base nas práticas prioritárias que impactam os negócios da cooperativa, como água e energia. “Isso vai ser estruturado com a participação de todos os segmentos produtivos da C.Vale porque entendemos que ESG não é uma prática de um setor, é uma conduta de toda a empresa e, por isso mesmo, todos os negócios devem estar alinhados a ela”, afirma o presidente da cooperativa.

Funcionários participam do Programa de Utilização Racional da Água nas unidades da C.Vale

Paralelamente, a C.Vale vai participar de um grupo de trabalho coordenado pelo Sistema Ocepar para definir um conjunto de indicadores prioritários das cooperativas do ramo agropecuário, com o objetivo de implementar uma certificação em ESG, em parceria com uma empresa de consultoria. “Queremos nos antecipar a uma tendência que vem com força e é irreversível”, ressalta Lang.

Interesse na comunidade

No braço social da cooperativa, inúmeras ações são realizadas visando o bem comum das comunidades em que está inserida, beneficiando, somente em 2021, mais de 60 mil pessoas. Entre as destacadas pelo presidente estão campanhas de agasalho, apoio a entidades assistenciais, doação de alimentos, de sangue e de leite materno, auxílio a creches e doação de kits didáticos para escolas de educação infantil.

Edição de 2022 da Campanha do Agasalho Aqueça Corações arrecadou mais de 22 mil peças entre roupas, cobertores e calçados

Somente na edição de 2022, através da união de associados, funcionários e da comunidade, a Campanha do Agasalho Aqueça Corações, promovida há 15 anos pela cooperativa, arrecadou mais de 22 mil peças entre roupas, cobertores e calçados. O volume recorde de donativos recebidos pelas indústrias e unidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi repassado recentemente a entidades assistenciais da área de atuação da C.Vale.

“Somos uma cooperativa que tem uma grande inserção nas comunidades. Uma cooperativa na essência, mas com uma gestão que busca resultados para todos os envolvidos, sejam associados, funcionários e comunidades, sempre de acordo com as práticas de ESG. Esses resultados são a geração de renda, empregos e oportunidades, são eles que nos permitem alcançar nosso propósito de despertar nas pessoas um mundo mais próspero”, salienta Lang.

E ainda, a C.Vale oferece vários programas de formação e capacitação pessoal e profissional, entre eles Cooperjovem, Cooperjúnior, Liderança Jovem, Núcleo Jovem e Núcleo Feminino.

Governança

Para permitir seu desenvolvimento sustentável, a C.Vale realiza auditorias internas e externas, a fim de preservar sua perenidade e sua longevidade. Na área de governança também são criados comitês educativos para formar lideranças que possam integrar o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração da cooperativa, além de possuir um Código de Conduta para orientar os funcionários sobre os princípios que norteiam a atuação da cooperativa, o qual contempla um Comitê de Ética para avaliar casos específicos envolvendo funcionários. “Esse conjunto de instâncias forma o sistema de compliance da cooperativa”, relata Lang.

A fim de tornar a administração da cooperativa mais assertiva e reduzir ao mínimo as chances de erros contábeis ou de desvios de conduta, Lang diz que é necessário atuar em duas frentes: precisa ter instâncias formais, com auditorias interna/externa, e uma conduta transparente e honesta a partir do comando da empresa. “Quem está no comando precisa dar o exemplo, não compactuar com condutas inadequadas e desonestas. Quando você pune alguém que errou por má fé, você acaba sinalizando aos demais a linha de atuação da empresa, que não vai compactuar com o mal-intencionado. Eu parto do pressuposto de que o exemplo vem de cima e que ele se irradia para os demais níveis da organização”, ressalta o presidente da C.Vale.

Ambiental

Com vistas a produção de alimento com qualidade e de maneira sustentável, a C.Vale investe em ações ambientais constantemente, com a realização de uma série de programas, entre os quais plantio direto, recolhimento de embalagens de agroquímicos, 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar), programa de recolhimento e destinação correta de resíduos de produtos para saúde animal, além da recuperação de nascentes e de matas ciliares.

Estação de tratamento de efluentes do Complexo Industrial da C.Vale, em Palotina (PR)

Utilizar racionalmente os recursos naturais é fundamental para garantir a continuidade das atividades econômicas. Assegurar o bom uso da água é um presente para o futuro e uma garantia de que as novas gerações consigam seguir produzindo de maneira sustentável. Seguindo essa premissa, a C.Vale mantém um conjunto de ações para uso responsável da água em suas unidades industriais, entre elas o Programa de Utilização Racional da Água (Pura), que exerce um papel importante de conscientização sobre a necessidade de economia de água nas atividades de processamento industrial de 615 mil frangos e 130 mil peixes/dia.

Também envolve o tratamento de efluentes para assegurar a devolução da água à natureza de acordo com os padrões exigidos pela legislação ambiental, bem como os associados são estimulados a recuperar e a conservar nascentes para garantir água de boa qualidade para as futuras gerações.

Para reforçar essas ações, a C.Vale vai intensificar nos próximos anos as iniciativas já realizadas com ênfase em energias alternativas e no uso da água, áreas que mais impactam suas atividades. “E vamos, gradualmente, criar indicadores para medir os índices de sustentabilidade das nossas atividades”, adianta Lang.

Para saber um pouco mais de como a agenda ESG está movimentando o cooperativismo brasileiro acesse a versão digital da edição Especial de Cooperativismo clicando aqui.

Fonte: O Presente Rural

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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