Notícias Análise StoneX
Na reta final da safra, soja 2021/2022 recupera pouco da quebra sofrida
Revisão de área no Mato Grosso, além de ajustes positivos no Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará compensam parte das perdas, mas resultado final ainda fica muito aquém do potencial
A StoneX elevou a sua estimativa de produção de soja 2021/2022 de 124,4 para praticamente 127 milhões de toneladas em sua revisão de julho.
O principal destaque foi a revisão da área do Mato Grosso, após a finalização da colheita, com a conversão de pastagens para agricultura, principalmente nas regiões norte e noroeste do estado. Com isso, a produção mato-grossense da oleaginosa subiu para 40,5 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, as lavouras colhidas no final do ciclo resultaram em mais uma revisão positiva da produtividade, levando a produção para 11,1 milhões de toneladas. De qualquer forma, o estado ainda registrou uma quebra de 50%.
Ajustes positivos no Maranhão e no Pará também contribuíram para a revisão, sem esquecer que a produção nacional ainda ficou muito aquém do potencial de mais de 140 milhões de toneladas.
A revisão da produção brasileira de soja resultou em uma elevação dos estoques finais estimados para o ciclo 2021/22, que ficaram em 4,9 milhões de toneladas. “Os estoques subiram, mesmo com a revisão do consumo doméstico para 49 milhões de toneladas”, ressalta a Especialista de Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.
A estimativa de exportações foi mantida em 77 milhões de toneladas.
Notícias
Exportações de carne de frango crescem 22,1% em setembro e registram segundo melhor desempenho da história
Preços médios aumentam e receita cresce acima dos índices de volumes, embarques do ano revertem queda e registram alta de 0,6%.
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 485 mil toneladas em setembro informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 22,1% o volume embarcado em setembro de 2023, com 397,1 mil toneladas. É o segundo melhor desempenho mensal da história do setor – o maior da série ocorreu em março de 2023, com 514,6 mil toneladas.
O mês de setembro também registrou a segunda maior receita mensal já obtida pelas exportações de carne de frango do Brasil, com US$ 953,8 milhões, saldo 32,6% superior ao nono mês de 2023, com US$ 719,3 milhões. O maior saldo mensal da história também ocorreu em março de 2023, com US$ 980,5 milhões.
No ano (janeiro a setembro), as exportações de carne de frango acumulam alta de 0,6%, com 3,917 milhões de toneladas nos nove primeiros meses deste ano, contra 3,892 milhões no mesmo período de 2023. A receita acumulada entre janeiro e setembro de deste ano chegou US$ 7,273 bilhões, número 4% menor em relação ao obtido no ano anterior, com US$ 7,578 bilhões.
“A forte alta registrada em setembro reverteu o desempenho registrado ao longo do ano, que agora é positivo e sinaliza seguir assim até dezembro. Com a elevação dos preços médios das exportações, também tivemos uma elevação nas receitas de setembro em patamares significativamente maiores que os registrados em volumes”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Principal destino das exportações de carne de frango, a China importou em setembro 55,1 mil toneladas, volume 3,4% menor em relação ao ano anterior. Em movimento diferente, os Emirados Árabes Unidos importaram 41,4 mil toneladas (+17,6%), seguido por Japão, com 36,5 mil toneladas (+48,6%), Arábia Saudita, com 29,9 mil toneladas (+5,9%), África do Sul, com 28,4 mil toneladas (+38,2%), México, com 23,8 mil toneladas (+57%), União Europeia, com 23,7 mil toneladas (+58%) e Gana, 16,1 mil toneladas (+198,4%). Filipinas, com 15,9 mil toneladas (-4,3%) e Kuwait, com 13,1 mil toneladas (+66,2%) completam o top 10.
Maior exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná exportou 195,6 mil toneladas em setembro, volume 20% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão Santa Catarina, com 105,6 mil toneladas (+23,1%), Rio Grande do Sul, com 63,2 mil toneladas (+12,4%), São Paulo, com 28,1 mil toneladas (+30,5%) e Goiás, com 19,5 mil toneladas (+3,4%).
“Oito dos 10 principais importadores de carne de frango do Brasil registraram fortes altas em suas importações. Mesmo entre aqueles com desempenho inferior no comparativo mensal há boas notícias. É o caso da China, que retomou importações em níveis acima das 50 mil toneladas. Outro aspecto relevante é a alta das importações de mercados com alto valor agregado, como o Japão, o que teve impacto positivo no desempenho das receitas registradas em setembro. O movimento também é positivo entre as nações islâmicas, e assim deve seguir nos próximos meses, já que o fluxo logístico para estes destinos foi ajustado diante da situação de conflito na região”, completa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Notícias
Exportações de carne suína crescem 7,3% e superam 120 mil toneladas em setembro
Resultado é o segundo melhor da série mensal histórica; receita cresce em ritmo maior que volumes.
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 120,4 mil toneladas em setembro, número que supera em 7,3% o total embarcado no mesmo período de 2023, com 112,2 mil toneladas. É o segundo melhor desempenho histórico do setor, superado apenas por julho deste ano, com 138,3 mil toneladas.
Em receita, a alta é de 15,9%, com US$ 283,7 milhões em setembro deste ano, contra US$ 244,7 milhões no mesmo período do ano passado. O saldo é o segundo melhor da série histórica, superado apenas por julho deste ano, com US$ 309,4 milhões.
No acumulado do ano (janeiro a setembro), as exportações de carne suína totalizaram 990,7 mil toneladas, volume 7,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 920,1 mil toneladas. Em receita, a alta é de 0,4%, com US$ 2,169 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, contra US$ 2,160 bilhões no mesmo período do ano passado.
“O preço médio das exportações de carne suína tem registrado altas consecutivas que acumulam mais de US$ 350 ao longo deste ano, com impacto positivo nas receitas dos embarques. O fluxo deve seguir positivo ao longo de 2024, com perspectiva de crescimento nas exportações totais do ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Novamente ocupando o primeiro posto entre os importadores, Filipinas foi destino de 28,2 mil toneladas em setembro, volume 120,4% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 16,7 mil toneladas (-40,7%), Chile, com 9,7 mil toneladas (+50,4%), Hong Kong, com 8,7 mil toneladas (-34,1%) e Japão, com 8,6 mil toneladas (+84,9%).
Santa Catarina segue como principal exportador brasileiro de carne suína, com 62 mil toneladas exportadas em setembro, volume 8,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 25,6 mil toneladas (-7,1%), Paraná, com 18,6 mil toneladas (+8,1%), Mato Grosso, com 3,2 mil toneladas (+12,6%) e Mato Grosso do Sul, com 2,6 mil toneladas (+11,9¨%).
“Há uma reconfiguração no mapa dos embarques de carne suína do Brasil, o que se comprova pelas fortes oscilações nos movimentos de importações por destino. Além da consolidação de Filipinas como principal importador, países da América Latina, como Chile, México e Argentina estão incrementando as suas demandas por produtos brasileiros. O mesmo se pode verificar sobre o Japão, país que demanda produtos com alto valor agregado”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Notícias
Exportações de genética avícola crescem 7,2% em setembro
Setor acumula alta de 5,9% nos volumes embarcados em 2024.
As exportações brasileiras de genética avícola (incluindo pintos de 01 dia e ovos férteis) totalizaram 1.960 toneladas em setembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 7,2% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 1.829 toneladas.
A receita gerada pelas exportações chegou a US$ 18,7 milhões, superando em 5,4% o total obtido com as exportações do segmento em setembro de 2023, com US$ 17,8 milhões.
Ao longo dos nove meses de 2024, as exportações de genética avícola totalizaram volume de 20.243 toneladas, volume 5,9% maior em relação ao embarcado entre janeiro e setembro de 2023, com 19.124 toneladas.
A receita gerada pelos embarques realizados nos nove primeiros meses de 2024 chegou a US$ 170 milhões, saldo 5,5% menor em relação ao ano anterior, com US$ 179,9 milhões.
Pelo segundo mês consecutivo a Venezuela foi o principal destino das exportações do setor. Ao todo, foram exportadas 678 toneladas de genética avícola para o país em setembro, saldo 1395% maior em relação ao ano anterior. Em seguida estão México, com 504 toneladas (-50,9%), Senegal, com 251 toneladas (-22,1%), Paraguai, com 167 toneladas (-5,3%) e Arábia Saudita, com 124 toneladas (+141,6%).
“Há um redirecionamento do fluxo de exportações de genética entre os países latinoamericanos, com forte demanda pela Venezuela, que tem investido na reconstrução da produção avícola local”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.