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Mulheres conquistam espaço na pecuária brasileira

Empresas como o laboratório de saúde animal Biogénesis Bagó investem na mão de obra feminina e já começa 2018 com mais de 30% da equipe formada por mulheres

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As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, mais recentemente, no agronegócio, em especial no setor de saúde animal de ruminantes. Prova disso é o investimento que a Biogénesis Bagó, uma das empresas de saúde animal líderes no mercado latinoamericano, vem realizando na contratação de médicas veterinárias e zootecnistas para atuar a campo, seja diretamente com clientes pecuaristas como também nas revendas agropecuárias.

A empresa, que anunciou investimentos de R$ 30 milhões para estar entre as 10 maiores em saúde animal no Brasil até 2020, iniciou 2018 duplicando sua equipe de colaboradores, tendo mais de 30% do seu corpo de funcionários formado por mulheres. “Reforçar o nosso time com mulheres faz parte da estratégia para crescermos de forma bastante significativa no mercado brasileiro. Acreditamos na força e no potencial da mulher e oferecemos a todas que foram contratadas um sólido plano de carreiras para que possam se desenvolver e crescer com a Biogénesis Bagó. A atuação delas a campo é impressionante, realmente representam um diferencial no atendimento aos clientes. Temos a convicção de que contratá-las foi uma decisão bastante estratégica e acertada e que faz parte dessa nova fase da empresa no País”, afirma o Diretor Geral da Biogénesis Bagó no Brasil, Marcelo Bulman.

A médica veterinária Alessandra Issaka, que atua como Coordenadora de Território Pecuarista em São Paulo, sempre foi uma das únicas mulheres nas empresas em que trabalhou, inclusive na Biogénesis, onde entrou alguns anos atrás. “Fico muito feliz em ganhar novas colegas no campo. Sempre fui uma das poucas mulheres nas empresas em que trabalhei e procurei conquistar o meu lugar e a minha credibilidade com trabalho árduo e seriedade. É muito motivador ver que estamos tendo muitas oportunidades de demonstrar o nosso valor e o comprometimento com os clientes e com o crescimento da pecuária no Brasil”, destaca Alessandra.

Os clientes, especialmente as mulheres pecuaristas, apoiam essa maior presença feminina no campo, como Erika Maria Bannwart, proprietária da Fazenda do Engenho, em Pirajuí (SP), e presidente do Grupo Pecuária Brasil (GPB) Rosa, que é cliente de Alessandra Issaka. “Acho super interessante o trabalho técnico da mulher no campo porque percebemos que as mulheres estão cada vez mais assumindo a gestão das fazendas. Acredito que uma veterinária mulher atendendo uma pecuarista mulher é um facilitador da negociação e da troca de informações, pois nos sentimos mais à vontade para compartilhar nossos problemas e dificuldades. Vejo que a mulher tem uma maior facilidade para absorver e assimilar novas tecnologias, então acredito que vamos ter avanços na parte sanitária, fazer novos protocolos de forma correta e tratar da questão preventiva, que muitas vezes acaba passando batida”, acredita a pecuarista.

“Nos últimos tempos a mulher tem quebrado bastante esse tabu e estamos mostrando que viemos para ficar e que nosso trabalho pode ser tão bom quanto os de muitos homens”, salienta a veterinária Antoniara Caminote Carreiro de Oliveira, que atua como coordenadora de território pecuarista da Biogénesis Bagó, em Rondônia. “Hoje até que não sofremos tanto preconceito no campo. Estamos sendo bem aceitas, porém ainda existem aqueles que acham que as mulheres não são capazes e são frágeis. Mas conseguimos reverter isso mostrando competência, e levando soluções aos seus problemas de produção. Temos que mostrar que nessa profissão não precisamos de força física e, sim, de conhecimento, educação e profissionalismo. Por outro lado, já existem pecuaristas que até preferem ser atendidos por mulheres por entenderem que são mais organizadas e atenciosas”, ressalta a veterinária. “Quando a Biogénesis Bagó me chamou para trabalhar na empresa, fiquei muito feliz, pois além da honra de poder fazer parte desse grande grupo, o reconhecimento profissional e a credibilidade que a empresa dá às mulheres ao campo são essenciais”, complementa Antoniara.

 

Mulheres contribuindo para melhorar a performance do varejo veterinário brasileiro

A Biogénesis Bagó anunciou no início deste ano o projeto “Na Estrada”, que vem sendo considerado o mais inovador programa voltado ao varejo veterinário do Brasil. Com uma frota de 20 veículos totalmente customizada e equipe de consultores especializados, o programa está percorrendo o Brasil de ponta a ponta levando informações e conhecimento aprimorado aos milhares de revendedores e balconistas do segmento, envolvendo também médicos veterinários, zootecnistas e pecuaristas. A equipe à frente desse projeto é composta majoritariamente por mulheres, como a veterinária Pollyana Tiraboschi de Oliveira Lopes, promotora de vendas no estado de Goiás.

“Eu me sinto com uma grande oportunidade na mão para o meu crescimento profissional. As revendas têm acolhido muito bem a nossa proposta, nos recebendo de braços abertos, o que tem ajudado muito nas vendas. O projeto proporciona aos clientes conhecer toda a linha de produtos e aumentar o mix nas lojas. Procuro sempre ser atenciosa e tentar solucionar as queixas dos produtores/lojista e balconistas e estamos atingindo clientes formadores de opinião que nos ajudam na divulgação das nossas soluções. Sem falar que a concorrência vai à loucura com as nossas inovações”, garante Pollyana, que reconhece que existem desafios que estão sendo superados. “Os principais desafios são os clientes acharem que não somos capazes do serviço por sermos mulheres e sermos frágeis. Mas acredito que temos determinação e força de vontade para mostrar resultados e provar a oportunidade da empresa para as mulheres”.

O reconhecimento pela oportunidade também é reforçado pela veterinária Andressa Silva Raddatz, promotora de vendas no Rio Grande do Sul. “Tenho muito orgulho por fazer parte de uma empresa que apoia as mulheres, pois certamente isto é um diferencial para o presente e o futuro. Historicamente este meio era muito masculino e hoje receber este apoio é muito importante. Eu me sinto muito fortalecida por representar uma empresa que contribui para a inserção das mulheres no agronegócio e valoriza  o potencial que temos”, afirma Andressa, que formou-se recentemente na universidade e está tendo na Biogénesis Bagó o seu primeiro emprego. “Às vezes as pessoas se surpreendem quando chego, mas depois que mostro o meu trabalho e o objetivo do projeto consigo demonstrar que existe igualdade no resultado desempenhado tanto pelo homem como pela mulher. Por ser um setor que sempre teve uma maior presença masculina, a mulher apresenta um olhar mais detalhista e diferenciado, que acrescenta características que não existiam, então vejo como benefício que soma para o setor como um todo”, assinala.

Para a zootecnista Maysa de Lima Siqueira, promotora de varejo no estado do Mato Grosso, organização, disciplina e persistência são as principais características que considera como diferenciais das mulheres na atuação profissional. “Mas não encaro ser mulher como o principal desafio. Meu grande desafio neste momento é trabalhar com algo que até então eu não conhecia e por isso estou estudando muito para me tornar melhor a cada dia e corresponder às expectativas por fazer parte de uma empresa que nos dá oportunidades”, destaca a zootecnista.

Para o gerente de Marketing da Biogenesis Bagó, Carlos Godoy, essa iniciativa estratégica da empresa reforça um novo momento no reconhecimento e valorização das mulheres no agronegócio do Brasil. “O que esperamos é que possamos ser os multiplicadores entre as várias empresas do agro que acreditam no potencial dessas profissionais e que isso possa servir de inspiração para o mercado como um todo”, aposta Godoy.
 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Discussões sanitárias

American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina

A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

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Arquivo OP Rural

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.

O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.

Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.

A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.

Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.

Fonte: Daiane Carvalho - Dra. Médica Veterinária - Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil Indústria e Comércio Ltda
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Empresas

Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura

Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

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Fotos: Alisson Siqueira

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.

Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.

A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.

“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.

“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.

Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.

Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.

Fonte: Assessoria MCassab Nutrição e Saúde Animal
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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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