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Mudanças no regulamento da ExpoZebu são aprovadas e passam a valer a partir de 2023

Entre as propostas, destacam-se algumas específicas no que se refere ao formato dos julgamentos da feira, que será definido de acordo com o número de animais inscritos. A mudança passa a valer para todas as raças zebuínas.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Conselho Deliberativo Técnico (CDT), colegiado máximo integrante do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ), se reuniu na última quinta-feira (26) no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Em pauta, as mudanças no regulamento da ExpoZebu 2023, sugeridas durante a primeira reunião de trabalho entre membros da diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e representantes de todas as associações promocionais das raças zebuínas.

Entre as propostas, destacam-se algumas específicas no que se refere ao formato dos julgamentos da feira, que será definido de acordo com o número de animais inscritos. A mudança, que passa a valer para todas as raças zebuínas, foi discutida e aprovada por unanimidade.

Outra novidade diz respeito à criação de uma nova classe de julgamento: o Nelore Pelagens, que será avaliado separadamente do Nelore e Nelore Mocho. O concurso é destinado para os animais inscritos no SRGRZ com as pelagens vermelha, malhada ou pintada de vermelho, malhada ou pintada de preto, amarela, malhada ou pintada de amarelo e preta totale baeta (cinza).

É importante destacar que as demais regras para o concurso Nelore Pelagens seguem as mesmas normas previstas para as raças Nelore e Nelore Mocho, com exceção dos itens 5, 13 e 14 da letra B do artigo 15 do regulamento da ExpoZebu. Para mais informações clique em Categoria Raça Nelore Pelagens e Tabela Nelore Pelagens 2023.

O vice-presidente da ABCZ, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, que é diretor técnico e científico, destaca que as alterações foram discutidas com todos os segmentos envolvidos com a ExpoZebu 2023. “Com certeza, esta presença do Nelore Pelagens será muito importante, atendendo as reivindicações dos criadores e valorizando o excelente trabalho que tem sido feito por eles! Aproveito para convocar todos os conselheiros e o corpo técnico da ABCZ para que incentivem a participação dos criadores na ExpoZebu, pois a sua presença é que engrandece o nosso evento! Aproveito também para convidar todos os agropecuaristas, do Norte ao Sul do Brasil, a estarem conosco na ExpoZebu 2023”, declara.

A ExpoZebu 2023 será realizada de 29 de abril a 07 de maio.  Os criadores interessados poderão realizar o processo de inscrição dos animais no site da ABCZ.

Confira as novidades técnicas da ExpoZebu 2023

Para as raças com até 100 animais inscritos, a modalidade de julgamento será de jurado único. Para as raças com mais de 100 animais inscritos, a modalidade de julgamento será de Comissão Tríplice. Será considerado o número de animais inscritos até o dia 03 de abril para definição da modalidade de julgamento. Para a escolha dos jurados serão utilizadas as indicações dos expositores, sendo que cada expositor indicará, individualmente, no mínimo três e no máximo cinco jurados.

A definição dos jurados, seja jurado único ou comissão tríplice e sempre considerando os mais votados, será realizada seguindo o ordenamento das raças de forma decrescente em função do número de animais inscritos. Para as raças a serem avaliadas por jurado único, será realizado sorteio entre os três mais indicados pelos expositores.

Para as raças a serem avaliadas por comissão tríplice, será realizado sorteio entre os cinco mais indicados pelos expositores. Se necessário, em função de não haver mais opções disponíveis nas indicações dos expositores, os jurados serão indicados para sorteio pelo Colégio de Jurados das Raças Zebuínas (CJRZ). O jurado suplente e os jurados auxiliares serão definidos pelo CJRZ e submetidos à apreciação da diretoria.

Criação da Classe Nelore Pelagens para julgamento, separadamente do Nelore e Nelore Mocho, destinada somente para os animais inscritos no SRGRZ com as pelagens vermelha, malhada ou pintada de vermelho, malhada ou pintada de preto, amarela, malhada ou pintada de amarelo, preta totale baeta (cinza).

Será adotada a tabela de pesos mínimos do Nelore Mocho com redução de 15%. Para que possa haver julgamento da referida classe será necessária a inscrição mínima de 40 animais de quatro expositores diferentes.

A idade máxima será de 42 meses para as fêmeas e de 36 meses para os machos, com a criação do Campeonato Touro Sênior para os animais machos de 30 a 36 meses. Também haverá a fusão dos campeonatos Bezerra (o) Jovem e Bezerra (o). Todas as alterações foram aprovadas por unanimidade.

Fonte: Ascom ABCZ

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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