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Mudanças na tributação da cadeia de soja exigem atenção

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As recentes notícias sobre a intenção do Governo Federal de implementar mudanças na tributação da cadeia produtiva de soja, para estimular a exportação de produtos derivados, como farelos e óleos, causaram preocupação no setor agroindustrial e de alimentos.
 
O governo estaria preparando uma medida provisória (MP) para acabar com o acúmulo de créditos do PIS/Cofins na cadeia de soja, de modo a garantir a redução de preços dos produtos da cesta básica. Mas, ao mesmo tempo, concederia um crédito tributário presumido atrelado à exportação de óleos e farelos.
 
A preocupação do setor agroindustrial e de alimentos, que já vem enfrentando um cenário de alta de custos de grãos desde o ano passado, é que essa nova medida acarrete custos ainda maiores desses insumos e, consequentemente, aumento de preços ao consumidor, anulando os efeitos da desoneração da cesta básica e aumentando a inflação de alimentos.
 
Medidas de desoneração em geral são bem-vindas e necessárias. Mas a produção de alimentos envolve uma cadeia bastante longa e complexa. Portanto, eventuais incentivos devem ser analisados dentro de um contexto mais amplo, considerando-se seus impactos em todos os elos dessa cadeia.
 
Atualmente, parcela relevante da produção nacional de soja, farelo e óleo é absorvida pelo próprio mercado interno. Ao tornar a exportação desses insumos mais vantajosa para os produtores, pode existir a tendência de elevação de preços no mercado brasileiro. Para a agroindústria, 32% do custo de produção de rações são decorrentes do farelo de soja, sendo que 65% do custo de produção de frango e 50% de carne suína devem-se à ração.
 
No ano passado, o governo editou a MP 556, incentivando apenas a exportação dos grãos, o que resultou em imediato incremento de 10% nos custos dos insumos das empresas produtoras de alimentos no mercado interno. Por causa disso, esses efeitos precisaram ser revertidos com a edição de outra medida provisória.
 
Agora, com a questão do farelo de soja em pauta, o setor agroindustrial e de alimentos entende que deveria ser envolvido o quanto antes nesse debate. Dessa forma, teria a oportunidade de contribuir com sugestões para minimizar eventuais impactos negativos que a nova medida possa trazer.
 

Fonte: Ass. Imprensa da Ubabef

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Avicultura

Avicultura gaúcha divulga dados preliminares com aves natalinas e reafirma força do setor em 2025

Mesmo diante de adversidades climáticas e sanitárias, Rio Grande do Sul mantém produção robusta, estabilidade de mercado e posição estratégica no cenário nacional.

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Foto: Asgav

A avicultura gaúcha volta a demonstrar sua capacidade de superação, organização e protagonismo econômico. Em 2025, o comércio de aves natalinas no Rio Grande do Sul deve movimentar R$ 1,438 bilhão, resultado que representa um crescimento de 2% em relação a 2024, mesmo em um cenário marcado por desafios climáticos e sanitários que exigiram cautela e planejamento do setor.

Levantamento preliminar da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) aponta uma produção estimada de 56,4 mil toneladas de perus e aves natalinas, volume que, embora apresente uma leve retração de 2,4% frente ao ano anterior, confirma a robustez da cadeia produtiva, que adequou estrategicamente sua oferta sem comprometer o desempenho econômico.

Os dados refletem um mercado equilibrado e maduro. O preço do quilo do peru registrou reajuste médio de 4%, oscilando entre R$ 29,00 e R$ 31,00, enquanto as demais aves natalinas apresentaram estabilidade, com variação média de apenas 0,5%. As aves mais tradicionais seguem com preços entre R$ 13 e R$ 14,5 por quilo, mantendo competitividade e acesso ao consumidor.

Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, os números evidenciam a capacidade de resposta do setor frente às adversidades. “A avicultura gaúcha mostrou, mais uma vez, maturidade e responsabilidade produtiva. Adequamos volumes, preservamos mercado e mantivemos estabilidade comercial. Isso demonstra eficiência, planejamento e uma cadeia altamente profissionalizada, capaz de enfrentar crises e lutar por competitividade”, afirma.

Rio Grande do Sul é o segundo exportador nacional de carne de peru

A força do Rio Grande do Sul também se destaca no cenário nacional e internacional. O Estado é o segundo maior exportador de carne de peru do Brasil, com embarques anuais de aproximadamente 22,8 mil toneladas, reforçando sua relevância estratégica para a balança comercial e para o abastecimento global.

No mercado interno, o consumo de carne de peru permanece estável, com 0,297 quilo por habitante ao ano, consolidando o caráter sazonal, porém estratégico, do produto no período natalino.

Segundo a Asgav, o desempenho positivo ocorre apesar do elevado nível de exigência produtiva das aves natalinas, que demandam manejo diferenciado, maior consumo de ração, embalagens especiais, ampliação da capacidade de armazenagem, resfriamento, congelamento, logística dedicada e processos adicionais, como tempero e padronização — fatores que elevam os custos e exigem alto grau de gestão.

Ainda assim, a cadeia avícola gaúcha segue avançando, gerando renda, emprego e desenvolvimento regional. Para José Eduardo dos Santos, o setor reafirma sua relevância estrutural para o Estado. “A avicultura é um pilar da economia gaúcha. Mesmo em anos difíceis, seguimos entregando resultados, garantindo segurança alimentar, empregos e competitividade. Isso é fruto de investimento, tecnologia e, sobretudo, da capacidade do produtor e da indústria gaúcha de se reinventar”, conclui.

Com números consistentes, planejamento e visão de longo prazo, a avicultura do Rio Grande do Sul reafirma em 2025 sua pujança econômica, seu papel estratégico no agronegócio brasileiro e sua capacidade de transformar desafios em resultados.

Fonte: Assessoria O.A.RS/Asgav/Sipargs
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Frango congelado apresenta oscilações ao longo da semana no mercado interno

Levantamento do Cepea/Esalq indica variações pontuais nas cotações nos últimos dias com leve recuo no fechamento da semana e estabilidade no acumulado mensal.

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Foto: Shutterstock

Os preços do frango congelado no estado de São Paulo apresentaram oscilações pontuais ao longo da última semana, com leve movimento de baixa no fechamento do período, segundo levantamento do Cepea/Esalq.

Na última sexta-feira (12), o produto foi negociado a R$ 8,11 por quilo, registrando queda diária de 0,25%. No acumulado do mês, entretanto, o preço permaneceu estável, sem variação percentual.

Nos dias anteriores, o mercado mostrou pouca movimentação. Em 11 e 10 de dezembro, a cotação ficou em R$ 8,13/kg, sem alterações diárias e com alta mensal de 0,25%. Já no dia 9, o preço também foi de R$ 8,13/kg, com avanço diário de 0,49%, sinalizando uma reação pontual das cotações.

No início da semana, em 08 de dezembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 8,09/kg, com recuo diário de 0,12% e queda mensal de 0,25%.

O comportamento dos preços indica um mercado relativamente equilibrado, com pequenas oscilações diárias e ausência de tendência definida no acumulado do mês, refletindo cautela nas negociações e ajustes pontuais entre oferta e demanda.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção brasileira de ovos para consumo desacelera no terceiro trimestre

Levantamento do IBGE e Cepea indica leve queda trimestral na oferta porém aponta recorde histórico no acumulado de 2025 com impacto direto nos preços pagos ao produtor.

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Foto: Shutterstock

Dados do IBGE analisados pelo Cepea mostram que, entre julho e setembro, foram produzidas 1,02 bilhão de dúzias de ovos para consumo, queda de 1,4% frente ao trimestre anterior, mas alta de 2,5% na comparação com igual intervalo de 2024.

No acumulado do ano, a produção nacional soma 3,04 bilhões de dúzias, volume recorde para o período de toda a série histórica do Instituto, iniciada em 2012. Assim, pesquisadores do Cepea explicam que, mesmo com a leve retração na quantidade produzida, os valores dos ovos seguiram enfraquecidos ao longo do terceiro trimestre.

De acordo com levantamentos do Centro de Pesquisas, entre julho e setembro, a média dos ovos brancos tipo extra, a retirar (FOB) em Bastos (SP), foi de R$ 149,15/caixa com 30 dúzias, queda de 14% em termos reais (dados deflacionados pelo IGP-DI de nov/25), em relação ao trimestre anterior.

Para os ovos vermelhos, houve desvalorização real de 16% em igual comparativo, à média de R$ 164,45/cx na região paulista.

Fonte: Assessoria Cepea
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