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Mudanças climáticas devem se acentuar no Brasil até 2050

Estudo inédito mostra como secas, ondas de calor e tempestades podem impactar o abastecimento de água no país.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os efeitos negativos das mudanças climáticas são e serão cada vez mais frequentes. Fenômenos como ondas de calor, secas e tempestades têm impactos diretos nos mais diversos setores da sociedade. Buscando estudar como o tema afeta a população e o seu saneamento básico, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Way Carbon, lança o estudo inédito “As Mudanças Climáticas no Setor de Saneamento: Como tempestades, secas e ondas de calor impactam o consumo de água?”.

As mudanças climáticas representam uma crescente ameaça para o setor de saneamento no Brasil, intensificando desafios já existentes e criando riscos para a operação de sistemas de água e esgoto. Essas variações climáticas não apenas afetam a infraestrutura física das companhias de abastecimento, mas também evidenciam a necessidade de planejamento estratégico baseado em cenários climáticos futuros.

Para a população, estes riscos climáticos intensificam a desigualdade no acesso a serviços de saneamento básico de qualidade, especialmente em áreas urbanas periféricas e rurais, já que enfrentam dificuldades de infraestrutura. Este contexto reforça a necessidade de políticas de adaptação que assegurem o acesso à água e saneamento em cenários climáticos extremos, promovendo a resiliência das comunidades mais afetadas.

Quais são os riscos?

O estudo baseia-se nos principais conceitos associados a riscos climáticos, de acordo com o IPCC. Foram analisados três riscos que estão ligados à oferta de água e tratamento de esgoto para a população: tempestades, ondas de calor e secas.

E como cada um pode afetar o sistema de saneamento básico?

  • Tempestades podem colaborar para o aumento de sedimentos nos mananciais e sobrecarregar os sistemas de drenagem e de tratamento de esgoto, provocando alagamentos, rompimento de tubulações e contaminação de fontes de água potável;
  • Ondas de calor podem impactar o volume dos corpos d’água, aumentar a contaminação e a demanda por energia, o que pode prejudicar a população. Também aumentam a demanda por água, pressionando os sistemas que, muitas vezes operam no limite de sua capacidade.;
  • As secas meteorológicas afetam o abastecimento dos mananciais, reduzindo a disponibilidade de água e levando à necessidade de racionamento, ou ao uso de fontes alternativas, muitas vezes de menor qualidade. Afetam diretamente a população, pois a falta de água limita o acesso aos serviços de saneamento básico e aumenta o risco de transmissão de doenças.

O que as projeções apontam para o Brasil até 2050?

Para a elaboração deste estudo foram escolhidos alguns modelos climáticos. Foi definido para a análise o período de referência (1895-1994), que tem o propósito de entender as condições históricas consideradas normais na região e, a partir desse comportamento climático, descrever como se comporta o cenário histórico recente (1995-2014), já com os efeitos da mudança do clima, e as projeções climáticas para o período de 2030 (2021-2040) e 2050 (2041-2060).

Tempestades

Os resultados destacam áreas do Brasil com maior probabilidade de agravamento, em termos de frequência e intensidade, de eventos de precipitação intensa. Os valores mais altos são encontrados na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e oeste do Paraná.

Considerando o acumulado de chuva em cinco dias consecutivos, mostra padrões de precipitação prolongada especialmente na região Sudeste, com maiores valores no sul de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em contraste, o Nordeste do Brasil apresenta os menores valores para ambas as variáveis, refletindo o clima mais seco da região.

Ondas de calor

Os resultados revelam padrões de temperatura e umidade que refletem as características climáticas distintas do Brasil. O número de ondas de calor apresenta os maiores valores projetados para o Acre, oeste do Amazonas e parte do Nordeste, principalmente nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Estas regiões, além de já estarem sujeitas a altas temperaturas, também devem ter aumento na quantidade de ocorrências de ondas de calor.

Outras regiões como o sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, e certas regiões de São Paulo e Minas Gerais apresentam valores intermediários a altos, indicando alta frequência de ocorrência das ondas de calor. A variável que reflete a evapotranspiração (processo de perda de água da superfície do solo) apresenta os maiores valores na região Norte, especialmente nos estados do Amazonas e Roraima, norte do Pará e sul do Amapá. No Nordeste, o fenômeno é mais acentuado nos estados de Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

Secas meteorológicas

Os resultados refletem características climáticas do Brasil, com destaque para o sertão e o agreste nordestino, onde os maiores valores projetados são identificados, especialmente nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Regiões de Tocantins, Goiás e Minas Gerais também apresentam valores elevados. O efeito é reduzido na região da Zona da Mata, próxima ao litoral, devido à influência da umidade oceânica.

A vulnerabilidade brasileira olhada de perto

Para avaliar os riscos climáticos, considera-se a exposição e a vulnerabilidade das regiões afetadas e sistemas envolvidos. Estes indicadores são utilizados para compreender o grau de susceptibilidade dos municípios aos eventos climáticos extremos e a capacidade de adaptação da infraestrutura de saneamento.

Por exemplo, em relação a exposição, pode-se considerar fatores como a densidade demográfica, pois locais com alta densidade populacional têm maior quantidade de pessoas dependentes de serviços de saneamento e, portanto, mais expostos à interrupções ou falhas do sistema devido à eventos climáticos. Ainda, a quantidade e distribuição das ETAs e ETEs nos municípios permitem identificar aquelas mais expostas aos eventos de secas e tempestades. Diante das projeções até 2050 e dos indicadores de exposição e vulnerabilidade do país, quais serão os impactos e os locais mais afetados?.

1.Tempestades

Considerando o sistema de abastecimento de água, os locais que apresentaram maiores índices de risco com tempestades são aqueles que possuem abastecimento por manancial exclusivamente superficial, expostos ao efeito de acúmulo de sedimentos, e que se localizam em regiões onde há um grande volume de precipitação máxima em cinco dias nos cenários climáticos futuros. Após um evento de precipitação constante, o manancial superficial estará com maior concentração de sedimentos, representando uma perda na qualidade de água bruta. É possível observar os maiores índices de risco no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás. Além desses estados, a região sul e sudeste de Minas Gerais, sudoeste da Bahia e a região litorânea de Santa Catarina também apresentam valores de risco elevados.

Dentre as capitais, as cinco com mais risco de terem seus sistemas de água afetados por tempestades são Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Brasília (DF) e as cinco com menos risco são Recife (PE), João Pessoa (PB), Aracajú (SE), Maceió (AL) e Natal (RN).

Além do acúmulo de sedimentos, um outro risco associado as tempestades e abastecimento de água é o de danos físicos relevantes nas infraestruturas das ETAs, além de efeitos sobre a operação, como redução da eficiência no tratamento de água, especialmente por danos nas instalações ou interrupção no fornecimento de energia elétrica.

Os municípios que apresentaram maiores índices de risco são os que se localizam em regiões com projeções de grande volume de precipitação máxima em um dia, e com menor quantidade de ETAs para garantir a distribuição e o tratamento adequado da água. Com isto, a população estaria mais exposta a riscos de desabastecimento e perda da qualidade da água fornecida. É notável uma predominância de risco muito alto em todo o estado do Rio Grande do Sul, onde em maio de 2024, as chuvas intensas danificaram duas das seis ETAs de Porto Alegre, forçando-as a paralisação. Ainda, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Pará também apresentaram regiões com índice de risco elevado.

Considerando as capitais do Brasil, as cinco com mais riscos desta modalidade são Florianópolis (SC), Vitória (ES), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). As com menos risco são Rio Branco (AC), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Recife (PE) e Maceió (AL).

As tempestades intensas também apresentam um desafio para os sistemas de esgotamento sanitário do país. Estas chuvas concentradas em um único dia intensificam o risco de sobrecarga dos sistemas de esgoto, principalmente em áreas com índice de coleta é insuficiente. O acúmulo repentino de água nas redes pode resultar no transbordamento de efluentes brutos, contaminando cursos d’água e impactando negativamente ecossistemas locais e qualidade de vida da população.

Os municípios que apresentaram maiores índices de risco são aqueles que possuem elevada densidade demográfica, menores índices de atendimento de coleta de esgoto e que se localizam em regiões com tendência de agravamento de precipitação máxima em um único dia. É possível observar uma mancha de risco médio que se estende em grande parte do país, porém os maiores índices se concentram nos estados da região Sul, principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de parte do estado do Rio de Janeiro e Pará.

Considerando as capitais, as que mais apresentam risco neste sentido são Florianópolis (SC), Belém (PA), Boa Vista (RR), Teresina (PI) e Vitória (ES). As com menos risco mapeado são Salvador (BA), Rio Branco (AC), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Maceió (AL).

1. ONDAS DE CALOR

Considerando o sistema de abastecimento de água, os municípios que apresentaram maiores índices de risco são aqueles que possuem menores quantidades de Estações de Tratamento de Água (ETAs) e que se localizam em regiões onde há uma grande incidência de ondas de calor. Com o aumento de frequência e intensidade de eventos deste tipo, é possível que haja aumento na deterioração das infraestruturas e sobrecarga de equipamentos, além do aumento de demanda por água e energia elétrica nas ETAs. Os maiores valores de índice de risco ocorrem em regiões como Amazonas, sul do Mato Grosso do Sul, noroeste do Paraná e oeste de São Paulo, no Rio Grande do Norte e Ceará. Em todos os casos, sobrepõe-se a incidência de eventos de ondas de calor, que podem atingir 17 eventos no ano nestas regiões, com a baixa quantidade (ou ausência) de estações de tratamento de água por município.

As cinco capitais com maior risco no abastecimento de água neste quesito são Rio Branco (AC), Natal (RN), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Vitória (ES). As com um menor índice de risco são Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Teresina (PI).

As ondas de calor no Brasil, agravadas pelos efeitos da mudança do clima, apresentam desafios diretos também sobre a operação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Nestes eventos de altas temperaturas, o maior consumo de água pela população gera maior volume de efluentes a serem processados, e as estações podem sofrer redução na eficiência de tratamento pela sobrecarga. O desgaste físico de equipamentos e infraestruturas pelas elevadas temperaturas também podem levar a necessidade de manutenções mais frequentes, e aumento de custos.

Os municípios que apresentaram maiores índices de risco são aqueles que possuem menores quantidade de estações de tratamento de efluentes e que se localizam em regiões onde há mais ondas de calor ao ano. É notável uma predominância de risco alto em boa parte do Brasil, mas há realce de riscos muito altos em parte do Amazonas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Ceará.

Nas capitais dos estados, as com maiores riscos são Rio Branco (AC), João Pessoa (PB), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). As com menos riscos são Belém (PA), Brasília (DF), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Teresina (PI).

3.SECAS METEOROLÓGICAS

As secas também apresentam um risco crescente para as infraestruturas de saneamento, como as ETAs. Se prolongadas podem afetar os volumes de captação e comprometer a qualidade da água que chega às estações, elevando custos operacionais. As regiões com menor quantidade de ETAs ou com sistemas de tratamento já sobrecarregados podem enfrentar riscos ainda maiores, pela falta de alternativas de redistribuição de carga ou fornecimento de água.

As áreas destacadas (Figura 8) com maior nível de risco são aquelas que apresentam tendência de agravamento dos períodos sem chuva, com balanço hídrico qualitativo ruim e que dispõem de um menor número de ETAs. É possível notar uma concentração de municípios com risco muito alto no agreste e sertão nordestino, com destaque para Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Bahia. O efeito é reduzido na região da Zona da Mata, próxima ao litoral. Também se destacam alguns municípios com risco alto em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, norte de Minas Gerais, Tocantins e Pará.

As cinco capitais possivelmente mais afetadas são Fortaleza (CE), Natal (RN), Teresina (PI), Belém (PA) e São Luís (MA). Já as menos são Curitiba (PR), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC).

As secas afetam a qualidade de vida da população. Nestes eventos, o fluxo dos rios e corpos d’água pode diminuir, prejudicando a capacidade de diluição e aumentando a concentração de poluentes nas águas superficiais. O risco de contaminação e degradação ambiental é ainda maior em áreas onde o balanço hídrico qualitativo já é desfavorável e onde a infraestrutura de tratamento é limitada, com quantidade insuficiente de ETEs.

Os municípios que apresentaram maiores índices de risco são aqueles que possuem pior balanço qualitativo, menor quantidade de ETE e que se localizam em regiões onde há mais dias consecutivos sem chuva. É notável uma predominância de risco alto na região central do país, especialmente na região do Pantanal, além de municípios em Goiás, norte de Minas Gerais, Maranhã e Piauí. Porém, a predominância de municípios com risco muito alto se dá nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

As cinco capitais mais propensas a esta modalidade de risco são Teresina (PI), São Luís (MA), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Brasília (DF). As menos propensas são Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Manaus (AM) e Florianópolis (SC).

Conclusão

O estudo revela uma situação que exige atenção e adaptação diante das mudanças climáticas, especialmente em regiões que já enfrentam vulnerabilidades sociais, ambientais e de infraestrutura de saneamento. Os cenários climáticos indicam que o país será cada vez mais impactado por eventos de ondas de calor, secas prolongadas e tempestades intensas, que colocam em risco a eficiência dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e, consequentemente, a saúde e a segurança hídrica da população. De acordo com os resultados apresentados, algumas ameaças climáticas se destacam por região do país, destacadas na ilustração da Figura 1.

Para enfrentamento dos riscos climáticos, torna-se necessário que tanto o poder público quanto as empresas de saneamento adotem estratégias de adaptação climática. Ações que contribuem para redução dos riscos incluem o fortalecimento da infraestrutura de captação e tratamento de água e esgoto, a modernização dos sistemas de monitoramento e controle de qualidade da água e investimentos em tecnologia, como o reuso, contribuindo para diversificação das fontes de água. Ainda, políticas públicas que promovem a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos e incentivo a práticas de conservação e reuso de água são indispensáveis para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir a segurança hídrica da população.

Para Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, governantes e operadores devem estar alertas. “Em 2024 vivemos os impactos das mudanças climáticas na pele. O objetivo deste estudo foi entender quais as principais ameaças e riscos climáticos para o acesso a água tratada e coleta e tratamento dos esgotos e, também, em quais estados a população está mais exposta a estes riscos. É imprescindível que haja investimento em adaptação a cenários climáticos extremos promovendo a resiliência das comunidades mais afetadas.”

Para consultar o estudo completo clique aqui.

Fonte: Assessoria Instituto Trata Brasil

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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