Avicultura Alerta a avicultores
Mudança de paradigma: Ameaça da Influenza aviária agora alcança aves locais
Se antes o foco de combate à doença estava principalmente nas aves migratórias, a palestra do pesquisador Oliveiro Caetano durante o Dia do Avicultor O Presente Rural, em 24 de agosto, trouxe uma nova perspectiva.

Se antes o foco de combate à Influenza Aviária estava principalmente nas aves migratórias, a palestra do pesquisador Oliveiro Caetano durante o Dia do Avicultor O Presente Rural, em 24 de agosto, trouxe uma nova perspectiva. Para cerca de 200 avicultores do Oeste do Paraná, Caetano alertou para uma mudança de paradigma. Os cuidados agora se expandem para as aves da fauna brasileira, que já hospedam o vírus. A chegada do subtipo H5N1 ao Brasil trouxe consigo a versatilidade de transmissão entre diferentes hospedeiros, causando apreensão tanto nas aves domésticas quanto nas aves e mamíferos silvestres. Essa disseminação, antes restrita a aves migratórias, agora afeta também espécies locais, como corujas e gaviões.

Oliveiro Caetano, professor doutor em Medicina Veterinária na área de Patologia Animal – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural
Oliveiro Caetano é professor doutor em Medicina Veterinária na área de Patologia Animal e responsável pelo setor de Doença das Aves, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É também membro do Comitê de Sanidade Avícola de Minas Gerais (Coesa). Oliveiro Caetano é pesquisador integrado em uma rede internacional que inclui especialistas do Brasil, Reino Unido, Dinamarca e Estados Unidos dedicados a estudar diferentes aspectos da epidemiologia, patogenia e controle das salmoneloses aviárias.
O pesquisador alertou sobre o subtipo H5N1, responsável por afetar cerca de 60 milhões de aves nos Estados Unidos. Para ele, esse vírus especificamente apresenta versatilidade na transmissão entre diferentes hospedeiros, o que gera grandes preocupações entre autoridades sanitárias. “Nos Estados Unidos causou doenças não só em aves domésticas, mas em várias espécies de aves e mamíferos silvestres. O vírus tem versatilidade de transmissão entre hospedeiros um pouco diferente do que a gente conhecia, é um vírus que brinca, que pula de animal, e isso causou bastante medo nas autoridades. A gente tinha medo que essas aves que saem da América do Norte pudessem trazer esse vírus para o Brasil e o vírus chegou”, menciono o pesquisador.
Com a mudança no cenário epidemiológico do Brasil, o avicultor precisa estar atento também às aves silvestres. O pesquisador entende que a transmissão por contato direto é mais difícil, mas que formas indiretas de transmissão podem atingir os planteis brasileiros com o vírus circulando em aves típicas do país. “Entre os focos registrados no Brasil, alguns são em aves de fauna local. Não é mais a ave migratória, é coruja, é gavião, que faz parte do Brasil e não faz migração. Essa questão de ave migratória a gente pode esquecer, o vírus está circulando em aves locais também. A maioria dos aviários tem proteção, o contato direto com outros animais é menos provável, mas de forma indireta pode acontecer, como água ou ração contaminados, fômites, pessoas, equipamentos usados no interior dos galpões, pragas, como insetos, moscas e roedores, que podem visitar um local com um animal infectado com IA e levar o vírus para o aviário”, alertou Caetano.
O pesquisador também destacou a viabilidade do vírus no Brasil. De acordo com ele, nas condições brasileiras o vírus vive de quatro a cinco dias no esterco (em temperaturas baixas, como na América do Norte, pode resistir até 60 dias no esterco), 24 horas em superfícies de metal ou plástico e em torno de 8 horas em roupas.
Até árvore frutífera é problema

Dia do Avicultor O Presente Rural reuniu cerca de 200 avicultores do Oeste do Paraná – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural
Para evitar a entrada nas granjas brasileiras, o pesquisador elencou medidas de biosseguridade fundamentais, incluindo a restrição de entrada de pessoas e veículos, arcos de desinfecção efetivos, a necessidade de higienização frequente das mãos, desinfecção de equipamentos e fômites que entram nos aviários, manutenção do entorno limpo e até mesmo evitar o plantio de árvores frutíferas próximas aos aviários. “Tem que botar em prática aquilo que vem sendo falado há muito tempo. É um vírus nada demais em termos de resistência ao meio ambiente, é fácil de inativar ele, a gente tem isso a nosso favor. Precisamos restringir entrada de pessoas e veículos, colocar arco de desinfecção que realmente funcione e que seja efetivo, exigir banho e fornecer roupa para quem for receber visitante. Aquela granja que tem trabalhadores que não moram na granja ou que eventualmente vão visitar o vizinho ou um parente no fim de semana, exigir, quando voltar, que tome banho e faça a troca da roupa, pois ele pode sem querer levar o vírus para o aviário. Lavar a mão toda vez que entrar no aviário é um hábito importante para prevenção desses vírus e de outras doenças. Em frango, quase nenhuma granja se preocupa com a vestimenta, mas é importante. Colocar um pedilúvio que realmente funcione. É muito comum a gente fazer visitas. Quando a gente chega no aviário, ganha um propé, um saquinho. Quando chega no fim da visita ele tá todo rasgado. Se tiver alguma coisa na botina ele vai entrar e transmitir a doença para o lote. Manter o entorno limpo, sem entulhos, manter a água clorada com no mínimo 3 ppm e não usar águas superficiais, como de lagoas ou rios, manter os silos íntegros, sem vazamento de ração para atrair aves para o entorno do aviário e até não plantar árvores frutíferas, porque muitas aves silvestres vêm se alimentar dessas frutas e podem transmitir doenças”, apontou o palestrante. “O ideal é ter barracões sem atrativos, como silos bem fechados, isolados por cerca, com pedrisco no chão”, sustenta.
Produção de ovos gera mais preocupação
Em regiões onde há uma grande concentração de animais os riscos são ainda maiores, alertou o pesquisador. “Temos um medo muito grande com as regiões produtoras de ovos. As regiões de postura condensam muitas granjas em uma área muito pequena. Você tem um manejo sanitário excelente, com alto nível de tecnificação, e o vizinho de cerca tem um barracão de postura caindo aos pedaços sem nenhum controle sanitário. Na região de Bastos (SP), por exemplo, são mais de 20 milhões de galinhas em um raio pequeno. Se der um surto, uma quantidade muito grande de aves terá que ser abatida”, aponta o pesquisador. “O produtor de frango tem mais distanciamento, apesar de algumas regiões mais adensadas, o que garante uma situação muito melhor que a postura”, mencionou.
Perigos
A mudança no cenário epidemiológico também foi destacada pelo especialista. Ele ressaltou que aves migratórias ou silvestres, globalização e mercados com diferentes espécies de animais podem contribuir para a disseminação desse vírus. Além disso, ele alertou para a mutação frequente do vírus, que pode ocorrer de forma espontânea e até mesmo misturar o material genético de animais doentes com outros vírus. No Brasil temos poucos mercados de animais vivos, mas na Ásia é muito comum. Lá tem porco, coelho, mamífero silvestre, galinha, pato, tudo misturado, em uma quantidade muito grande. Esses lugares são caldeirões para o surgimento de vírus de alta patogenicidade”, apontou. “Esse vírus muta muito fácil. Pode sofrer mutações espontâneas e ainda tem propriedade de infectar animais que estão doentes com outros vírus e misturar o material genético dos dois”, ampliou, destacando que “alguns hospedeiros trazem mais medo, pois têm mais capacidade de desenvolver infecção e podem ajudar a gerar esses vírus mais agressivos. “Um deles é o suíno e o outro é o peru”.
Sinais clínicos e impactos
Entre os sinais clínicos, Oliveiro Caetano destacou que “o que realmente chama atenção é a alta mortalidade”, mas há outros sinais clínicos, como perda de apetite, prostração, mudança na coloração das barbelas e cristas, entre outros. Alertou para doenças que podem causar sinais parecidos, como botulismo, doença de Newcastle, salmonela e intoxicações de modo geral. “Não é só Influenza que causa morte aguda, mas na situação em que estamos, qualquer caso suspeito tem que ser notificado para, caso haja confirmação, o serviço oficial fazer uma operação de abafa e não deixar esse vírus se espalhar por outras granjas”, frisou o palestrante.
Os impactos de uma possível entrada nos planteis comerciais incluem, de acordo com o pesquisador, “abate de número elevado de aves, impacto ambiental, interdição da propriedade, restrição ao comércio nacional e internacional de produtos de origem animal, perda de status sanitário, redução do preço da carne do frango e desajuste de toda cadeia produtiva”. “Não dá nem pra prever, mas os impactos econômicos são imensuráveis. O momento é de não baixar a guarda, colocar em prática as medidas de biosseguridade e manter o otimismo. Pode ser que daqui há pouco a gente pare de se preocupar com esse agente, mas no momento é algo que a gente tem que tomar muito cuidado”
Pandemia em humanos
Esse vírus desperta muita preocupação das autoridades pois tem o potencial para se tornar ser responsável por uma nova pandemia entre seres humanos. “Esse vírus desperta preocupação porque muitas das pandemias de influenzas na espécie humana foram causadas por influenza tipo A, como a gripe russa, em 1889, e a gripe espanhola (1918), que matou quase um quarto da população. Desde 1997 tiveram casos de pessoas que ficaram doentes, contraíram o vírus da IA. Se contar com todas as influenzas que infectaram pessoas, são em torno de duas mil mortes, são poucas mortes (em relação a uma pandemia ou mortes por gripe, por exemplo – só a gripe sazonal mata meio milhão de pessoas por ano), mas se esse vírus ficar circulando em várias espécies, e ele vírus tem essa propriedade, pode ser que a gente tenha o surgimento de uma estirpe pandêmica, que cause um surto parecido com as outras pandemias por IA”, destacou.
Por isso, reforçou, “esse vírus é um dos mais vigiados tanto pelas autoridades de saúde humana quanto de saúde animal, pois ele pode dar origem a um vírus pandêmico”.
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Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias
Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




