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“Mudamos algumas metas, mas vamos continuar expandindo”, afirma diretor-presidente da Lar

Diretor-presidente Lar diz que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor avícola devido aos altos preços das commodities, cooperativa vai expandir um pouco menos, mas seguir com o planejamento e os investimentos previstos

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Se de um lado a exportação da carne de frango paranaense em 2020 foi maior quando comparada com 2019, por outro, o consumo interno teve redução em consequência da pandemia por impactar fortemente o setor de food services, com o fechamento de bares, restaurantes e hotéis, por exemplo, grandes consumidores desse produto e seus derivados no país e no mundo. Os resultados foram números estáveis, com ligeiro aumento no alojamento e abate de frangos de corte no Paraná.

E 2021 começou com muitos desafios para o setor, uma vez que os insumos para a alimentação animal, como grãos e outros compostos da ração, atingiram valores nunca antes alcançados. Com isso, tem muita indústria “trabalhando no vermelho”.

Com 21 anos de expertise na atividade e consolidada no mercado, a Lar tem driblado as dificuldades impostas pelos altos preços das commodities. Mudou algumas metas, mas vai continuar expandindo. De acordo com o diretor-presidente da cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, a mudança nos planos prevê uma expansão 10% menor. “Estávamos em uma expansão muito grande. Essa expansão muito grande não vai acontecer, mas seguiremos expandindo”, destaca.

Ao O Presente, ele, que também é presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), faz uma avaliação do momento vivido pela avicultura, fala dos desafios enfrentados devido à pandemia, da expectativa para a safrinha de milho e garante que não houve mudanças de planos para o frigorífico rondonense. “Temos previsto para Marechal Cândido Rondon o aumento de 400 funcionários para os meses de maio, junho e julho, porque queremos, a partir de agosto, abater aos sábados”, enalteceu. Confira.

O Presente (OP): Enquanto presidente do Sindiavipar, o senhor declarou, na semana passada, que o setor “está trabalhando no vermelho”. Qual é a situação atual da avicultura paranaense?

 Irineo da Costa Rodrigues (ICR): Estamos vivendo um momento em que os preços das commodities agrícolas, soja e milho, estão muito altos. Está o dobro do que estava um ano atrás. O farelo de soja chega a estar mais que o dobro do que estava há um ano. Os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina já fizeram um comunicado que não estão suportando o prejuízo, que vão alojar menos, até porque há uma insegurança se vai ou não ter milho este ano. Pode faltar milho. No Paraná foi feita uma reunião do Sindiavipar, que coordenei e coloquei o assunto em discussão. O Estado ainda não manifestou que vai haver uma redução de alojamento. Temos empresas mais bem posicionadas e outras com alguma dificuldade. Quem está melhor posicionado é quem origina matéria-prima, é quem recebe o milho, recebe grãos, que é o caso das cooperativas. A Lar, por exemplo, tem milho da região Oeste do Paraná, tem milho que vem do Mato Grosso do Sul e milho que vem do Paraguai. Então, nós temos um custo de frango menor do que a maioria das empresas do Paraná e, sobretudo, menor do que as empresas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De fato, todo mundo está realizando um prejuízo. A Lar realiza nesse momento um prejuízo também. Eu fiz na semana passada oito reuniões com clientes externos. Leia-se China, Japão, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Espanha. Falamos que nós precisamos recuperar US$ 250 por tonelada. Recuperar é aumentar o preço. Isso está caminhando, está acontecendo. Então, está havendo um aumento do preço do frango no mercado externo. No mercado interno o valor também precisa melhorar um pouco. Não como forma do setor ganhar dinheiro, mas de minimizar o prejuízo. A Lar não deve reduzir o alojamento, porque nós estamos em uma expansão na atividade de frango. Vamos expandir um pouquinho menos, mas vamos continuar expandindo. Mais do que isso, a Lar está aumentando a remuneração dos integrados de frango em R$ 0,10 nas próximas semanas. Isso significa que em plena hora de dificuldade a Lar está empregando mais gente na atividade e está melhorando a remuneração do seu integrado, o associado da Lar e o associado da intercooperação.

OP: Foi divulgado na imprensa, na semana passada, que a Lar anunciou a redução imediata de 10% no alojamento de pintinhos e a redução no peso de abate. Agora, o senhor enalteceu o aumento na remuneração dos avicultores. Como fica essa questão: dificuldades x melhorias aos integrados?

ICR: Nós estávamos em uma expansão muito grande. Essa expansão muito grande não vai acontecer. Seguiremos expandindo, mas será 10% menos daquilo que pretendíamos expandir. Na verdade, a Lar não está realizando redução no alojamento, apenas mudou a meta. Iríamos aumentar em uma velocidade maior, mas colocamos em uma velocidade menor, e continuamos aumentando.

OP: Somente para a planta em Marechal Rondon havia previsão de geração de 400 novos empregos em curto prazo, com a ampliação do abate em 20%, com a abertura de turno de trabalho até mesmo aos sábados. Diante dessa postura momentânea da Lar, muda algo nesses planos? Qual o impacto específico para a cooperativa rondonense?

ICR: Não muda nada (para Marechal Rondon). Nós temos previsto o aumento de 400 funcionários para os meses de maio, junho e julho, porque queremos, a partir de agosto, abater aos sábados. Precisamos de 400 funcionários treinados até o mês de julho para começar a operação a partir de agosto. Precisaremos de mais frango, já que vamos abater no sábado, então é visto que não vamos reduzir em 10%, não tem como.

OP: Então a Lar segue interessada em novas integrações de produtores de aves na região de Marechal Rondon?

ICR: Sim, seguimos com a integração. Em outubro e dezembro, teremos mais 150 funcionários. São 400 agora e em outubro mais 150. Estamos falando em 550 funcionários e tem mais para ano que vem. Para o primeiro semestre de 2022, teremos mais 600 funcionários, porque queremos abater aos domingos também. Já abatemos aos domingos em Matelândia e Cascavel, em Rolândia só até sexta-feira. Primeiro vamos iniciar em Marechal Rondon para também abater aos sábados e no primeiro semestre do ano que vem, pode ser março ou pode ser junho, vamos também abater aos domingos, precisando para isso de mais 600 funcionários. Em 2023, há previsão de mais 670 funcionários, quando atingiremos o abate de 220 mil aves.

OP: Se os preços das commodities agrícolas continuarem subindo é possível dizer que vão inviabilizar a avicultura?

ICR: Penso que para algumas empresas que não são do Oeste do Paraná, talvez de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pode ser, porque regiões que não têm uma boa oferta de matéria-prima, de grãos, vão sofrer. Para eles, é preciso pagar mais caro. Por exemplo, se vão comprar de uma cerealista como a Agrícola Horizonte, tem o frete para levar para Santa Catarina e Rio Grande do Sul e vão pagar ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao passar de um Estado para o outro. Então, em regiões que não são competitivas é provável que essas atividades se tornem inviáveis.

OP: Essa alta das commodities pode causar, a longo prazo, uma menor remuneração ao produtor?

ICR: Não, porque pelo sistema de integração a cooperativa blinda isso. A gente procura blindar o integrado para ele não sofrer. Nós pagamos por conversão alimentar e por eficiência. Isso não leva em conta o mercado; leva em conta a produtividade. Por isso, ele apenas precisa fazer o trabalho dele bem feito. Criação e engorda precisam ser bem feitas. No fundo, quem cria frango não é o cooperado, é a cooperativa, porque o pintinho é dela, a ração é dela. Quem é que tem o custo é a cooperativa. O integrado entra com as instalações e a mão de obra, energia elétrica. Ele está blindado no custo; o custo é o pintinho e a ração. Agora, se houver o estouro do custo de energia elétrica afeta ele.

OP: As altas nos preços de aço, ferro e materiais de construção, além da atual pressão dos preços dos combustíveis, que afetam todas as etapas da cadeia de produção, acabam respingando no setor e em novos investimentos, que por vezes são adiados. Que análise o senhor faz deste cenário?

ICR: Esse cenário afeta muito o setor. Por exemplo, aquele produtor que gostaria de colocar mais um galpão hoje vai ter um custo muito maior. Antes, fazia um galpão por R$ 800 mil a R$ 900 mil, atualmente custa R$ 1,1 milhão ou R$ 1,2 milhão. Em relação à energia elétrica, o Paraná tem o programa Tarifa Rural Noturna, que foi postergado por mais dois anos. A partir de janeiro de 2023 não vai mais ter esse subsídio e vai afetar o produtor. Nesse período, ele tem que buscar caminhos para ter uma energia alternativa, biodigestores ou solar.

OP: Pode haver algum tipo de incentivo por parte da Lar nesse processo de implantação de energias alternativas?

ICR: Não. O que vamos fazer é incentivar o produtor a colocar energias alternativas. O Governo do Estado ainda não lançou, mas nos prometeu um programa que vai auxiliar o produtor a fazer esse investimento.

OP: Esse cenário de incertezas e preços altistas trarão impactos ainda mais negativos à avicultura e outros setores, como a suinocultura, por exemplo, a longo prazo? Há quem fale em quebradeira generalizada… podemos imaginar isso?

ICR: Acho que uma quebradeira generalizada não. O que nós estamos preocupados é com a outra ponta. Como vai ficar o consumidor, que está perdendo o emprego, não está tendo melhoria de emprego e vê a cesta básica subindo muito. Nós teríamos que fazer um pacto com São Pedro para que mande chuva para termos boas safras, para que tenhamos fartura de soja e milho, para reduzir o custo de produção e ter um produto mais acessível. Essa é a preocupação, porque o produtor está ganhando dinheiro. Quem planta soja e milho, cria boi, com o preço da arroba a R$ 230, está ganhando dinheiro, o produtor de suínos está ganhando dinheiro, porque a China está exportando. O de frango que está mais sofrido agora, mas o produtor está ganhando dinheiro. O consumidor, por outro lado, está perdendo o emprego. Estão fechando lojas, hotéis, não tem eventos, não tem escolas e aí não tem renda. Como é que vai pagar mais pelo alimento?

OP: A safra verão está praticamente colhida. Qual é a expectativa para a safrinha?

ICR: Há muita preocupação. Precisa chover. O plantio atrasou. Eu tive a oportunidade de falar com a ministra Tereza Cristina. Queríamos que o Ministério da Agricultura ampliasse o prazo de plantio com cobertura de seguro, mas o pedido não foi atendido. O produtor plantou o milho, mesmo fora da melhor época de plantio e sem seguro, porque o preço estimulou. Mesmo que ele colha um pouquinho menos, com o preço que está aí vai ter lucro, mas precisa chover e não está chovendo. Vemos tanta lavoura de milho plantada, mas o milho não nasceu. Não há grandes previsões de chuva e nós precisamos de chuva generalizada. Se não tivermos safra de milho vai ser dramático. Se não tiver uma safrinha de milho, vamos importar milho com dólar cotado, em média, a R$ 5,60. Inviabiliza muita coisa. Dependemos demais dessa safrinha. A de soja foi boa, o farelo de soja vamos ter, mas precisamos de milho.

OP: Completamos um ano de pandemia, que afetou a economia e trouxe, de alguma maneira, impactos para todos os setores. Como a Lar driblou as dificuldades neste período pandêmico? Qual é o maior desafio enfrentado neste cenário que se instalou em razão da crise do coronavírus?

ICR: As medidas de prevenção foram muito rigorosas. Em um frigorífico já se trabalha essa questão de higiene. Nós dispensamos o trabalho de muitas pessoas, mais de idade, com comorbidades, mulheres gestantes. Foi uma loucura. Os ônibus transportando a metade das pessoas. Tivemos um momento que assustou, mas foi diminuindo. Hoje temos dois, três, quatro ou cinco casos em cada planta. Casos positivos são poucos, o que mais se destaca são os afastamentos por síndrome gripal. Foram muitas adaptações que tivemos. Não estamos fazendo reuniões presenciais, mudou tudo. Eventos que fazíamos, cursos, treinamentos e reuniões agora são tudo no meio digital. O mais desafiante foi convencer algumas autoridades de alguns segmentos que o nosso setor não podia parar. Como é que eu vou parar de abater se a cada dia tem 900 mil frangos para abater; no segundo dia é 1,8 milhão de frangos. Então, sensibilizar autoridades para acreditar no que informávamos foi o mais difícil, porque houve em todos os níveis de governo quem quisesse fechar os frigoríficos. Acho que o mais difícil foi dizer que se a área de saúde é essencial, comida também é essencial. Você vai se tratar, mas não vai se alimentar? Não tem como. O que você faz com 900 mil frangos todo dia, vai enterrar? É um problema ambiental, o custo é impossível. Isso foi o mais difícil.

OP: O ano de 2020 foi de mudanças e investimentos na Lar, especialmente com o anúncio da intercooperação com a Copagril. Passados alguns meses do processo, qual é o reflexo dessa parceria?

ICR: Eu não vou dizer que é surpreendente, mas é extremamente positivo. A Copagril fez um trabalho muito importante. Ela se aplainou nos caminhos, trabalhou de forma proativa. A transição foi muito boa. Somos cooperativas vizinhas e irmãs, nos damos bem entre as pessoas. Eles nos ajudaram muito, mantiveram tudo organizado. A Lar, com a expertise de 21 anos na atividade e com uma equipe capacitada, coloca muita energia em tudo. O processo foi redondinho. A Copagril desligou a chave, nós ligamos e foi impressionante.

OP: Apesar de todos os percalços, 2021 promete coisas boas. O que os cooperados podem esperar da Lar neste ano?

ICR: Podem esperar mais. A gente veio para ser mais, empregar mais, ter mais associados produzindo frango, ter mais remuneração, mais frango, mais caminhão, mais emprego. A Lar veio para ser mais.

Fonte: O Presente

Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Avicultura

Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Avicultura

Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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