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Movimento Todos a Uma Só Voz anuncia realização da pesquisa “Percepções do Brasileiro Sobre o Agro”
Pesquisa, que terá seus resultados apresentados publicamente, faz parte do projeto de construção da marca “Agro do Brasil” para fortalecer a imagem do setor

Um raio-x abrangente para entender, de forma realista e embasada por uma metodologia robusta, o que os brasileiros pensam sobre o agronegócio. Esse é o principal objetivo da pesquisa “Percepções do Brasileiro Sobre o Agro”, uma iniciativa do Movimento Todos a Uma Só Voz, que nasceu com a premissa de conectar toda a cadeia produtiva do Agro ao envolver associações, entidades e profissionais dos mais diversos elos da economia para fortalecer a imagem do setor, por meio de informações acessíveis a todos. A pesquisa está sendo formatada e deverá ter seu relatório divulgado em junho de 2022.
O estudo faz parte do projeto de construção da marca “Agro do Brasil” que pretende estimular a empatia dos brasileiros pelo Agro para ajudar a fortalecer o setor e gerar novas oportunidades, conforme explica o idealizador do Movimento Todos a Uma Só Voz, Ricardo Nicodemos. Ele ressalta que tudo indica que, em 2022, o Agro representará 30% do Produto Interno Bruto (PIB). A fatia é reflexo da evolução em produtividade, práticas sustentáveis e em tecnologia do Agro brasileiro, o posicionando em uma colocação de destaque mundial na produção e exportação de commodities. “No entanto, o País não construiu a marca ‘Agro do Brasil’ e tampouco investiu em comunicação para agregar valor à sua imagem e mostrar seus grandes feitos e conquistas”, ressalta Nicodemos. Desta forma, a ideia do Movimento é construir um projeto de branding que contemplará o posicionamento e a criação do conceito da marca. Para este trabalho, o projeto prevê quatro fases: diagnóstico, planejamento, implantação e manutenção.
A pesquisa é a base da primeira fase do projeto, que avaliará as percepções dos brasileiros sobre o Agro ao diagnosticar os índices de conhecimento sobre o setor e o de reputação da imagem, além de investigar o que atrai, o que encanta ou detrata a marca e, ainda, como o Agro agrega valor aos produtos industrializados.
Justificativa da pesquisa: para admirar é preciso conhecer
Segundo o diretor da Paulo Rovai Marketing e Negócios, mentor do Movimento Todos a Uma Só Voz e coordenador geral da pesquisa, Paulo Rovai, atualmente, não há dados públicos sobre a percepção dos brasileiros sobre o setor, já que só existem pesquisas privadas sobre o tema, de acesso limitado aos contratantes e não abertas ao mercado. “Além desse pioneirismo, os dados pretendem mensurar, de forma estratégica e com representatividade estatística de abrangência nacional, o que pensa o brasileiro sobre o setor”, justifica Rovai.
Para ele, o que existe disponível hoje são apenas generalizações ou levantamentos desatualizados, em que se toma a parte pelo todo, baseadas em manifestações pontuais ou de grupos. “Não há uma pesquisa abrangente sobre o tema, que faça parte de um projeto estruturado, com estratégia para que seja uma ferramenta para o próprio setor e para o público em geral”, avalia o coordenador.
Aspectos da execução da pesquisa
A execução do estudo seguirá passos importantes, conforme explica Claudio Vasques, que conduzirá a pesquisa quantitativa do Movimento Todos a Uma Só Voz e um dos sócios da consultoria Brazil Panels, considerado o maior painel digital do País, com mais de 2 milhões de pessoas cadastradas e ativas.
“O primeiro passo é a realização de uma pesquisa qualitativa que permitirá compreendermos a complexidade do tema, utilizando alguns roteiros para nos guiar ao questionário que será aplicado na pesquisa quantitativa”, explica Vasques. De acordo com ele, neste primeiro momento, o grupo de mentores vai colher subsídios com o levantamento dos temas na imprensa, mídias sociais, em papers acadêmicos do exterior e do País, envolvimento direto com as 40 entidades e associações que apoiam o Movimento Todos a Uma Só Voz, além de entrevistas com jornalistas tanto que acompanham o setor como de outras editorias.
Com estes dados em mãos, o segundo passo será a realização da pesquisa quantitativa. De acordo com Vasques, o questionário será aplicado em uma amostra nacional, estimada em 3 mil entrevistas, que representará todos os estratos e perfis da sociedade brasileira.
Para a professora da Fundação Dom Cabral (FDC), que participa do grupo de mentores e condutores da pesquisa e uma das mais respeitadas autoridades nacional e internacional em reputação, Ana Luisa Almeida, a expectativa com o trabalho é validar a mais próxima percepção que o brasileiro tem sobre o agronegócio. “A intenção é trazer à tona a visão desta percepção para contribuir para o posicionamento dos diversos setores que compõem o Agro”, avalia Ana Luisa.
Para a jornalista Mariele Previdi, diretora da Attuale Comunicação e mentora do Movimento Todos a Uma Só Voz, a iniciativa da pesquisa é de grande importância para oferecer informações inéditas e confiáveis aos profissionais de imprensa e também para nortear os próximos passos de um trabalho estruturado e focado na construção da marca “Agro do Brasil”. “Tudo está sendo cuidadosamente construído de forma colaborativa com pessoas de referência para que possa ser um marco nas estratégias de comunicação do setor. Será uma importante contribuição do Movimento Todos a Uma Só Voz para o Brasil”, ressalta Mariele.
Grupo de trabalho da pesquisa
Compõem o grupo de mentores e condutores do projeto: Ana Luisa Almeida, Presidente da ALL+ Consultoria em Excelência Corporativa, PhD em Reputação e Professora da FDC; Ana Vaz, Embaixadora do Capitalismo Consciente; Áurea Puga, PhD, Professora da FDC; Claudia Leite, Sócia-diretora da Hilo; Claudio Vasques, Diretor da Brazil Panels; Eduardo Eugênio Spers, Professor Titular USP/Esalq; Isabel Araujo, Coordenadora do Movimento Todos A Uma Só Voz; Luciana Florêncio, PhD em Economia de Empresas, Professora de Pós Graduação da ESPM; Mariele Previdi, Diretora da Attuale Comunicação; Paulo Rovai, Diretor da Paulo Rovai Marketing e Negócios; Ricardo Nicodemos, Diretor da RV Mondel e idealizador do Movimento Todos A Uma Só Voz.
Sobre o Todos a Uma Só Voz
Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, conta com a ajuda de diversas associações, empresas e profissionais que trabalham unidos em prol de gerar e disseminar conhecimentos de boa qualidade e estimular a empatia da população urbana pelo campo e pelos produtores e produtoras.
O Movimento tem o apoio institucional da ESALQ-USP, ABAG, ABAGRP, ABCC, ABIA, ABIARROZ, ABIEC, ABISOLO, ABITRIGO, ABMRA, ABPA, ABRAFRUTAS, ABRALEITE, ABRASEL, AGRITECH UFLA, AGROLIGADAS, AGRORESET, AIPC, AMA BRASIL, ANDA, ANDAV, APROSOJA-RO, ASBRAM, CAPITALISMO CONSCIENTE, CECAFÉ, CICARNE, CLIMATEMPO, CONGRESSO DAS MULHERES, DE OLHO NO MATERIAL ESCOLAR, FENEP, GRUPO MULHERES DO BRASIL (COMITÊ AGRONEGÓCIO), IBÁ, IBRAHORT, LIGA DO AGRO, PECEGE, SAE BRASIL, SINDAN, SINDIRAÇÕES, SISTEMA OCB, SNA, YAMI.

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Governo define cronograma para destravar mercado de carbono e prevê normas até 2026
Nova secretaria do Ministério da Fazenda inicia estruturação do sistema que deve operar em 2030 e promete elevar competitividade, atrair investimentos e apoiar a transição para economia de baixo carbono.

Até dezembro de 2026, o governo pretende publicar todas as normas infralegais necessárias para a adoção do mercado regulado de carbono no país, disse na quinta-feira (27) a secretária extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda, Cristina Reis.

Criada em outubro, a secretaria será responsável por estruturar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), previsto para entrar em operação em 2030.
A secretária disse que o mercado de carbono tem potencial para gerar oportunidades econômicas, renda e redução de desigualdades, mas lembrou que não se trata de uma “bala de prata” para enfrentar a crise climática.“Essa jornada é de quase três anos no governo atual, mas é também de muitos anos de espera pela aprovação da lei do mercado regulado”, afirmou.

Foto: Juliana Sussai/Embrapa
Segundo ela, o trabalho envolve todo um ecossistema, incluindo setor público, empresas, setor financeiro, comunidades tradicionais e povos indígenas.
Cristina Reis disse que a nova estrutura tem caráter extraordinário, com começo, meio e fim, até que o governo institua um órgão gestor permanente. De acordo com projeções citadas por ela, o mercado de carbono pode elevar o crescimento adicional da economia em quase 6% até 2040 e 8,5% até 2050.
Segundo estimativas do Banco Mundial, as emissões de gás carbônico dos setores regulados poderiam cair 21% até 2040 e 27% até 2050. O preço da tonelada de carbono pode chegar a US$ 30 por tonelada, avançando para US$ 60 numa segunda fase.
Estudos
A subsecretária de Regulação e Metodologias da nova secretaria, Ana Paula Machado, informou que o governo conduz estudos e uma análise de impacto regulatório com foco em ampliar o escopo do mercado e aumentar sua eficiência. Segundo ela, o Ministério da Fazenda pretende preparar a economia brasileira para um cenário internacional em que a precificação de carbono seja considerada irreversível. “Um país como o Brasil precisa estar equipado para monitorar emissões, precificar o carbono no processo produtivo e se inserir de forma competitiva no cenário internacional”, disse.
Para ela, o Estado deve estar preparado para apoiar os agentes econômicos na transição para uma economia de baixo carbono.
Janela de oportunidade

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a criação da Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono aproveita uma “janela de oportunidade” aberta com a reforma tributária. Ele explicou que o órgão integrará a estratégia do governo para fortalecer o Plano de Transformação Ecológica e modernizar instrumentos de financiamento, como o Fundo Clima.
Durigan destacou que o governo segue uma programação contínua desde 2023 para avançar na agenda de descarbonização. “A nova secretaria é um passo concreto e fundamental para que a gente estruture o mercado de carbono regulado no Brasil. Este é o primeiro passo de anos de trabalho”, afirmou.
A Fazenda avalia que a regulamentação do mercado de carbono deve estimular investimentos em atividades de baixo carbono, contribuir para a competitividade da indústria e apoiar a transição ecológica do país.
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Paraná é reconhecido nacionalmente por projeto que leva internet ao campo
Conectividade Rural conquista o Prêmio Espírito Público ao transformar a realidade de comunidades rurais com expansão de torres, inclusão digital e inovação produtiva.

O projeto Conectividade Rural, do Governo do Paraná, foi um dos vencedores da 7ª edição do Prêmio Espírito Público, do Instituto República.org, que reconhece projetos e servidores da administração pública brasileira. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27), durante a cerimônia da premiação, em Brasília.
Ao todo, a iniciativa contou contou 858 inscritos de todo o País, concorrendo em sete categorias. O Conectividade Rural ficou entre os 14 finalistas gerais e foi campeã na categoria Gestão e Transformação Digital, em que concorreu na final contra a iniciativa App Servidor, do Rio Grande do Sul.
Coordenada pela Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), o projeto visa melhorar a qualidade de vida de moradores de zonas rurais, impactar na produção e produtividade na atividade agropecuária e promover a democratização do acesso à internet através da ampliação da cobertura de conexão móvel em diversas regiões do Paraná.
O projeto é executado pela SEIA, em conjunto com a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, Secretaria da Fazenda e 17 órgãos estaduais e instituições do Paraná. Também envolve 15 players do setor privado, como operadoras e empresas de tecnologia, e mais seis entidades representantes da sociedade civil.
O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani comemorou o prêmio e destacou a importância do programa para melhorar a vida dos cidadãos de áreas rurais, e impulsionar o desenvolvimento no campo. “Conquistar uma premiação nacional como essa é motivo de orgulho, e também mostra que estamos no caminho certo para ampliar o acesso à conectividade em todas as regiões do Paraná. Esse projeto serve não só para melhorar a vida dos produtores, mas criar condições para que o agro paranaense continue crescendo com inovação”, afirmou.
Para o coordenador do projeto, Julio César Oliveira, o Conectividade Rural é uma ação que está mudando a realidade do campo. “Não é só no aspecto social, como no econômico também. Aumenta a geração de empregos, aumenta a arrecadação, e assim o PIB cresce e o Paraná prospera. Receber esse prêmio mostra que dá para fazer política pública de verdade, que transforme a vida das pessoas.”
Recentemente o projeto de ampliação móvel do Governo do Estado recebeu um aumento nos investimentos por meio do Programa de Melhorias do Sistema de Telecomunicação e Conectividade Rural do Paraná – ParanáConectado, sancionado pela lei nº 22.788/2025.
Com a nova lei, o projeto de Conectividade Rural passa a fazer parte das ações do ParanáConectado, que além de trabalhar para ampliação internet banda larga e telefonia móvel, vai possibilitar que agricultores usem de ferramentas digitais para consultar dados meteorológicos, acompanhar cotações de produtos, adquirir insumos e vender mercadorias pela internet, além de ampliar o acesso à educação e à segurança rural.
Mais conexão
O projeto de Conectividade Rural já realizou o mapeamento técnico de 980 localidades desconectadas, o que permitiu a contratação de 541 torres de internet e telefonia desde 2023, quando os trabalhos foram iniciados. Dessas, 350 torres já foram instaladas.
Com as instalações, 88 municípios de diversas regiões do Estado, receberam cobertura, desde o Litoral, com Guaraqueçaba, até o Oeste e Sudoeste, em municípios como Cascavel, Toledo, Palotina e Francisco Beltrão. Também foram contempladas cidades dos Campos Gerais (Ponta Grossa e Castro), Norte e Noroeste (Londrina, Maringá e Paranavaí), Centro-Oeste (Campo Mourão) e Centro-Sul (Guarapuava).
As estruturas beneficiaram uma série de comunidades como populações ribeirinhas, escolas rurais, comunidades indígenas, além de produtores agrícolas, áreas de cooperativas e até a região da fronteira com o Paraguai.
Para isso, o programa contou com a governança dos órgãos envolvidos e fomento via compensação de ICMS (sem uso direto de recursos públicos).
Colunistas
Produção On Farm avança com marco legal e puxa nova onda de inovação no agro
Biofábricas nas propriedades, gestão digital e conectividade aceleram o uso de biológicos, reduzindo gastos e fortalecendo a agricultura regenerativa.

O agronegócio brasileiro vive um momento de forte crescimento, conforme apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor registrou alta de 6,49% no primeiro trimestre de 2025. O investimento no segmento também segue em expansão, alcançando R$ 608 bilhões, segundo o Boletim de Finanças do Agro, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Nesse cenário positivo, o modelo On Farm vem ganhando protagonismo por sua capacidade de gerar impacto econômico, ambiental e tecnológico. Com a aprovação do Projeto de Lei PL 658/2021 na Câmara dos Deputados, o chamado Marco Civil do Setor de Bioinsumos, a produção On Farm, passa a contar com regras claras e estruturadas. Essa regulamentação define parâmetros para a multiplicação de microrganismos diretamente nas propriedades rurais, garantindo aos agricultores o acesso a produtos de qualidade, fiscalizados e seguros para o consumidor.
Vantagens do modelo On Farm

Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.
Além da segurança jurídica, que protege o produtor e exige um cadastro simples dos biológicos multiplicados On Farm (quando para uso próprio), o modelo traz impactos diretos na agilidade do manejo. Com as biofábricas instaladas nas propriedades, o próprio produtor, com apoio de um time técnico, ganha autonomia para produzir seus biodefensivos e bioestimulantes, reduzindo custos logísticos, por exemplo.
Outro ponto importante é o avanço na qualidade dos prestadores de serviço e das empresas do segmento. A nova legislação permite que os bioinsumos sejam tratados conforme suas características, sem passar pelos mesmos trâmites burocráticos dos produtos químicos. Isso oferece ganhos significativos em registro e disponibilização de novas ferramentas biológicas no mercado.
Com a segurança jurídica estabelecida, o setor tende a atrair ainda mais investidores, impulsionando a inovação em biotecnologia e acelerando o desenvolvimento do modelo. Além disso, com a agricultura de precisão cada vez mais presente e a busca constante por produtividade, o On Farm se consolida como um grande aliado do produtor rural.
Tecnologia apoia avanço do On Farm
Nos últimos anos, a evolução tecnológica das empresas que atuam com o modelo On Farm aproximou essa produção, antes artesanal, de um padrão industrial. Produtos e processos avançam significativamente. Um exemplo são os meios de cultura para fungos, que hoje apresentam alto grau de eficiência e estabilidade.
A tecnologia está presente em todas as fases do processo, desde a biotecnologia aplicada aos meios de cultura e aos biorreatores, até a gestão completa da produção. Essa integração permite ao produtor ser mais preciso e ágil na proteção de suas lavouras contra pragas, doenças ou impactos climáticos, realizando a produção em larga escala dentro da própria fazenda.

Foto: Shutterstock
O avanço da conectividade rural também tem papel essencial nesse cenário, uma vez que a expansão das redes 4G e 5G e o uso de conexões via satélite possibilitam a coleta de dados em tempo real das biofábricas, favorecendo análises rápidas, maior controle de produção e agilidade nos processos de cadastro e fiscalização.
Além dos biorreatores cada vez mais tecnológicos, os softwares de gestão têm contribuído para otimizar a operação, tendo em vista que essas ferramentas permitem que fornecedores de meios de cultura, que são a matéria-prima para o On Farm, administrem contratos de comodato dos biorreatores, antecipem pedidos e renovem contratos com mais eficiência, integrando o campo à gestão digital.
Redução de custos
A redução de custos é um dos principais atrativos do modelo On Farm, pois o produtor precisa adquirir apenas uma pequena quantidade de inóculo para multiplicar os biológicos na própria fazenda, alcançando rendimentos até sete vezes maiores em volume. Isso reduz gastos em toda a cadeia, desde embalagens e fretes até revendas intermediárias.
Aumento da eficiência
A eficiência operacional também é ampliada, a multiplicação dos biológicos próxima à lavoura permite aplicações mais rápidas e eficazes no combate a pragas, doenças e na correção de deficiências do solo. Em algumas situações, a economia pode variar entre 45% e 60%, com respostas agronômicas altamente positivas. O uso de microrganismos benéficos tem se mostrado eficiente no manejo do solo, reduzindo a pressão de patógenos e pragas.
Impacto ambiental e desafios
O uso de insumos biológicos já é, por si só, uma prática sustentável, pois promove uma proteção natural e regenerativa das lavouras, além de contribuir para a saúde do solo. Com o Marco Legal dos Bioinsumos (Lei nº 15.070), o modelo On Farm facilita a expansão dessa prática, permitindo a produção em escala e o uso mais amplo dos biológicos.
Ao substituir manejos químicos, o produtor reduz custos e amplia o uso dos bioinsumos em frentes como o manejo do solo e controle de nematoides, além de melhorar o aproveitamento de nutrientes. Essas ações contribuem diretamente para o avanço da agricultura regenerativa no país.
No entanto, o principal desafio enfrentado pelo modelo é a formação e qualificação de equipes técnicas para operar as biofábricas com segurança e eficiência. Outro ponto crítico é a fiscalização sobre o uso e a eventual comercialização indevida dos biológicos multiplicados para uso próprio.
Por outro lado, com regulamentação sólida, suporte tecnológico e investimentos crescentes, o setor tem diante de si uma oportunidade única de unir produtividade, sustentabilidade e inovação, elementos essenciais para o futuro da agricultura nacional.



