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Mostra quer pesquisas científicas mudando a vida do produtor de leite

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O Simpósio do Leite de Erechim começou nesta terça-feira, 23, com a apresentação dos trabalhos e pesquisas que englobam a quarta edição da Mostra de Trabalhos Científicos. O evento destaca estudos feitos por estudantes, professores e profissionais ligados a área leiteira.

Este ano, a Mostra, que acontece junto ao Simpósio, no Polo de Cultura, Parque da Accie, em Erechim, reuniu um total de 67 trabalhos. São pesquisas feitas por estudantes de diversas intuições educacionais do RS, SC, PR e até mesmo do Maranhão.

De acordo com a coordenadora da Mostra, Daniela de Oliveira, cerca de 200 estudantes e pesquisadores estiveram envolvidos na elaboração dos trabalhos apresentados na Mostra. Após a apresentação em painéis, cada estudo passou pelo crivo analítico de especialistas que avaliaram, entre outros pontos, a inovação apresentada pelos pesquisadores. Segundo Daniela, a inovação, o fato de trazer novas soluções para a cadeia leiteira, está entre os principais pontos na avaliação que vai apontar os três melhores trabalhos apresentados e que serão divulgados e premiados nesta quarta-feira.

3,5 mil quilômetros por uma boa causa

A estudante do curso de Técnico em Alimentos, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Jéssica Ramos, viajou mais de 3,5 mil quilômetros, de São Luiz (MA), à Erechim (RS), para apresentar seu estudo na Mostra de Trabalhos Científicos, dentro do Simpósio do Leite. E tudo por uma boa causa, o fim das fraudes ligadas a produção de leite.

Jessica explica que a intenção do estudo “O combate às fraudes na cadeia produtiva do leite no Brasil”, é que haja mais rigor na fiscalização, nas análises do leite, que se dê mais segurança ao consumidor. “A intenção é provocar a prevenção para que no futuro não tenhamos mais este tipo de problema na cadeia leiteira”, aponta a estudante.

Trabalharam com ela no estudo também os pesquisadores Elionio Frota, Cassandra Almeida, Janaína Monroe e Janaína Gomes, além da professora Daniela Costa.

Estudo confronta produção no RS e na Espanha

Outro importante estudo apresentado durante a Mostra de Trabalhos Científicos, foi do pesquisador, Carlos Cyrne, da Univates, de Lajeado, RS. Ele foi até à Espanha, na Galícia, para entender melhor a maneira como se produz leite naquela região e posteriormente confrontar com o que existe em termos de trabalho na região do Vale do Taquari, no RS.

De acordo com Carlos, não há muita diferença na forma de produção nas duas regiões, mas algumas ponderações foram anotadas. A região da Galícia produz cerca de 40% de todo leite consumido na Espanha. “Conseguimos notar, e este é o principal objetivo do estudo, que a questão da gestão nas propriedades ainda requer avanços. Nas duas regiões ainda se pensa muito na produção e sobra o que sobrar de resultado. Nós precisamos entender, buscar uma mudança na gestão, para melhorar a produção e a qualidade do nosso leite. Precisamos qualificar mais nossos produtores. O que se nora é que a formação educacional ainda é baixa nas propriedades e precisamos mudar isso”, salienta Carlos.

Um dado importante que chamou a atenção do pesquisador, que esteve por quatro meses na região da Galícia, foi a produção, que lá chega a cerca de 12 mil quilos por vaca/ano enquanto na região do Vale do Taquari, no RS, esta passa pouco de 3 mil quilos por vaca/ano.

Pesquisa analisa problema raro em ruminantes

Vários trabalhos apresentados na Mostra Científica junto ao Simpósio do Leite, são da região norte do RS. Entre eles está a pesquisa “Fenda Palatina de Terneiro: relato de caso”, apresentado pelos estudantes do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Ideau, de Getúlio Vargas, Evandro Pozzebom, Graciella Herek e Giorjana Carlesso.

O estudo analisou um terneiro recém nascido com desvio da fenda, uma anomalia que pode ser fatal, senão tiver o devido cuidado. “Nós fizemos uma intervenção cirúrgica no animal, junto ao Hospital Veterinário da Ideau. A cirurgia foi bem sucedida, mas o terneiro teve ainda complicações respiratórias que acabaram o levando a morte. No estudo que hoje estamos apresentando, queremos trazer uma forma de prevenção, pois apesar de tratar-se de uma anomalia rara, ainda não há muito estudo em cima disso e sabemos que podemos evitar a perda do animal, com uma intervenção cirúrgica bem sucedida”, explica Evandro.

A anomalia é causada por intoxicação, podendo ser pela aplicação de inseticida, ou até mesmo pela ingestão de plantas tóxicas. Gracilla e Giorjana explicam que a prevenção passa pela atenção que o produtor deve ter ao aplicar inseticidas em vacas prenhas e também evitar o acesso dos animais à plantas que podem ser tóxicas.
Fizeram parte da pesquisa ainda os estudantes Andriara Panizzon, Carina Basso, Wagner Beal, Rosane Pistore, Daniel Rossi e Joice Roveda, coordenados pela professora Daniela de Oliveira.

Fonte: Ass. Imprensa

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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