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Mobilização em prol da conexão transfronteiriça é intensificada

Rota do Milho tem sido debatida desde 2016, porém ainda não foi concretizada mesmo com os esforços de inúmeras lideranças e entidades

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Arquivo/OP Rural

“A insuficiência de milho para a cadeia produtiva da proteína animal em Santa Catarina e o elevado custo de transporte desse grão para o abastecimento interno do Estado preocupam o ramo agropecuário cooperativista catarinense pelo risco de inviabilizar a manutenção desse segmento” alerta o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Luiz Vicente Suzin. Uma alternativa para a continuidade das atividades e ampliação da competitividade é a Rota do Milho. Para debater esse assunto acontece na próxima quinta-feira (13), às 13h30, a quarta edição do Fórum Mais Milho, no auditório do Sicoob em Mafra.

Conforme Suzin, a Rota do Milho tem sido debatida desde 2016, porém ainda não foi concretizada mesmo com os esforços de inúmeras lideranças e entidades. “Esse assunto é extremamente importante para Santa Catarina, por isso o trabalho para viabilizar a rota tem sido incansável tanto de lideranças políticas quanto de representantes das entidades de classe. Somamos forças nos três países: Brasil, Argentina e Paraguai para que o projeto efetivamente aconteça”, observa o presidente da OCESC.

O projeto consiste em buscar no Paraguai o milho para abastecer a imensa cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura industrial catarinense. Atualmente, Santa Catarina produz 3,5 milhões de toneladas de milho/ano e utiliza aproximadamente 7 milhões, sendo o maior importador do grão do País. Ao suprir esse déficit com o transporte do Centro Oeste brasileiro (Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul) há um encarecimento da produção e uma redução da competitividade das empresas do setor.

“A mudança no Governo Federal da Argentina pode resultar em uma parada nas tratativas. Para evitar isso a mobilização em prol da Rota do Milho está sendo intensificada, pois as indústrias catarinenses do agronegócio precisam ter várias fontes de fornecimento desse insumo”, destaca Suzin.

Segundo o presidente do Bloco Regional de Intendentes, Prefeitos, Alcaldes e Empresários do Mercosul (BRIPAEM), prefeito de Chapecó Luciano Buligon, em função da mudança do Governo Federal da Argentina a entidade solicitou uma audiência com representantes dos portos para apresentar os avanços do projeto da Rota do Milho e também para conhecer as opiniões e a postura dos novos líderes sobre a proposta. “Ainda não há previsão para essa audiência, possivelmente será confirmada neste mês, pois aguardamos as nomeações das autarquias no país vizinho. Sabemos que o processo de internacionalização é burocrático e moroso, por isso contamos com a pressão dos deputados, das entidades do setor agropecuário e das autoridades locais que integrarão a rota para auxiliar no avanço desse anseio”, enfatiza Buligon.

A Receita Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de acordo com o prefeito, confirmaram apoio à Rota do Milho. Aliado a isso, a proposta conta com o know-how da fronteira de São Borja para fazer o desembaraço dos caminhões. “Estamos fomentando a conexão transfronteiriça, contudo o avanço da conversa está com a Argentina”, analisa Buligon.

O coordenador da Frente Parlamentar da Nova Rota do Milho, deputado estadual Marcos Vieira, visitará no fim deste mês (em data a ser confirmada na próxima segunda-feira, dia 10) a Câmara Legislativa de Posadas (capital da Província de Misiones, na Argentina) para estreitar o relacionamento e consolidar a parceria com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). “O intuito é propor a criação da Frente Parlamentar Transfronteiriça composta por representantes dos três países e articular uma agenda estratégica para garantir investimentos para potencializar a indústria periférica, o comércio e o turismo dos municípios da rota” argumenta.

Conforme o parlamentar, seis deputados estaduais da região de Misiones participaram do Fórum Internacional Agro Sem Fronteiras, realizado em novembro do ano passado em Chapecó. “Isso comprova o interesse dessas lideranças políticas em consolidar a parceria”, enaltece Vieira. O próximo passo é elaborar o plano de desenvolvimento da rota e o planejamento de trabalho para atender demandas futuras.

Trajeto

Com a implantação da Rota do Milho, o produto seguirá o seguinte roteiro: será adquirido nos Departamentos de Itapua e Alto Paraná (Paraguai), passará pelo porto paraguaio de Carlos Antonio López, atravessará o rio Paraná em balsas, entrará em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e percorrerá até a divisa com o Brasil, sendo internalizado pelo porto seco de Dionísio Cerqueira.

Promoção   

O Fórum Mais Milho é promovido pelo Canal Rural, pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), pela Associação dos Produtores de Sementes do Mato Grosso (Aprosmat) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja). Conta com o apoio da Dekalg e da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina. A realização local é do Sistema Faesc/Senar-SC, da Ocesc, do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro). O patrocínio é da Indutar e da Ilhara.

Fonte: Assessoria

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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