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Mobilização do setor produtivo garante aprovação do PLN 4, com recomposição de recursos para o crédito rural
O valor recompõe despesas primárias do Orçamento 2021 que foram reduzidas pelo Congresso na votação do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021
O Congresso Nacional aprovou, nesta terça-feira (01/06) o Projeto de Lei (PLN) 4/2021, que abre crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões. O valor recompõe despesas primárias do Orçamento 2021 que foram reduzidas pelo Congresso na votação do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o PLN 4 foi aprovado com a devida suplementação para o crédito rural. A matéria segue para sanção do governo federal. “Apesar da Presidência da República contar com um prazo de até 15 dias úteis, a partir do recebimento, a sanção deve acontecer em prazo mais curto”, informa ainda a OCB.
Crédito rural
O PLN 4/2021 recompõe os recursos cortados no orçamento do crédito rural, de R$ 2,75 bilhões, e adiciona mais R$ 1 bilhão, totalizando R$ 3,75 bilhões. Serão recompostos R$ 1,35 bilhão para subvenção ao crédito do Pronaf, R$ 550 milhões para custeio agropecuário e R$ 1,66 bilhão para investimento rural e agroindustrial, além R$ 25 milhões para AGF, R$ 97 milhões para alongamento de dívidas para crédito rural e R$ 43 milhões para garantia e sustentação de preços na comercialização.
Mobilização
Preocupadas com a demora na votação do PLN 4/2021 e com o impacto negativo que a não recomposição dos valores destinados ao crédito rural poderia causar às cooperativas agropecuárias e aos produtores rurais, as lideranças do setor se mobilizaram para reverter a situação. “Nós estávamos apreensivos em relação à possibilidade de corte de recursos para investimentos, não apenas em relação ao plano safra 2020/2021, mas para o próximo também, que deve ser anunciado em julho deste ano”, disse o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Segundo ele, estes recursos são fundamentais para a cooperativas e, ainda, para os pequenos e médios produtores rurais que, na prática, sustentam a situação econômica do país. Hoje, são cerca de 1 milhão de produtores rurais associados a mais de 1,2 mil cooperativas agropecuárias em todo o país. Destes, 71,2% são do perfil da agricultura familiar.
Ações
Assim, para assegurar que os recursos do crédito rural fossem restabelecidos no orçamento da União, foram desencadeadas diversas ações. No dia 13 de maio, por exemplo, o Sistema Ocepar realizou uma reunião com a presença do subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Economia, Rogério Boueri, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, para tratar do assunto e sensibilizar os representantes do governo federal sobre como a redução do orçamento iria afetar os projetos de investimentos das cooperativas. Já no dia 17 de maio, representantes do cooperativismo e do agronegócio do Paraná promoveram um encontro com deputados paranaenses que fazem parte da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), solicitando que a votação do PLN 4/2021 fosse acelerada e contemplasse o pleito do setor. No dia 18 de maio, a OCB participou de reunião promovida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com a presença de parlamentares federais, quando também foi enfatizada a necessidade de rapidez na aprovação do PLN4 para viabilizar a recomposição de recursos.
Reuniões diárias
Além disso, entre os dias 20 e 26 de maio, representantes da Ocepar, Ocesc, Ocergs/Fecoagro e OCB realizaram reuniões diárias para monitorar e manter contato direto com os deputados paranaenses Sergio Souza, Aline Sleutjes e Pedro Lupion, além de parlamentares de outros Estados, incluindo o senador Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso Nacional e relator do projeto, reforçando a importância e a urgência da votação do PLN 4/2021. (Com informações da Agência Câmara de Notícias e da OCB)
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.