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Notícias Saúde Animal

Mitos e verdades sobre o uso de antibióticos e hormônios na produção animal

Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações e o professor João Palermo, da USP, listam 10 mitos e verdades mais comuns sobre o tema

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Arquivo/OP Rural

Não é raro deparar com pessoas aflitas sobre quais informações buscar antes de incluir um alimento no próprio cardápio ou da família. Em geral, as dúvidas giram em torno das palavras hormônios, estimulantes, ultra processado, orgânico, diet, light, agrotóxico ou zero gordura e açúcar, entre outras que surgem a todo momento. Falando especificamente sobre alimentação animal, o caso agrava-se por conta da propagação de informações errôneas ou com interpretações equivocadas relacionadas ao uso de antibióticos e hormônios. Por essa razão, Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, e o professor João Palermo, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, listam 10 mitos e verdades mais comuns sobre o tema:

O uso de antibióticos em animais é diferente do utilizado em medicina humana.

VERDADE Na medicina humana, o antibiótico é prescrito pelo médico para cura, diante de uma infecção. Já na veterinária ele pode ser administrado como promotor de crescimento ou para tratamentos Terapêutico, Metafilático, Preventivo e como aditivo melhorador do desempenho.

O uso de antibióticos na ração animal é maléfico para a qualidade do alimento humano.

MITO Pensando no uso de antibióticos na cadeia de produção animal, dados estatísticos mostram que deixar de usar a substância é mais prejudicial para a saúde humana do que fazer uso dela, principalmente no tratamento a suínos e aves. É claro que é preciso manter atenção ao uso racional do antibiótico e nós, particularmente, temos acompanhado o esforço dos órgãos competentes para que se utilize o mínimo possível, porém o máximo necessário.

É mínima a chance de uma pessoa morrer por infecção hospitalar causada por microrganismo resistente a um antibiótico usado na pecuária de corte.

VERDADE Atualmente pode-se afirmar que há mais chances de um ser humano ser atingido por um raio ou atacado por uma tubarão do que ser vítima de uma infecção hospitalar causada por um microrganismo resistente a um antibiótico que tenha sido  utilizado na produção animal. Mas, para que informações como essa se propaguem e notícias equivocadas parem de circular, é preciso um esforço conjunto de esclarecimentos feito pelos profissionais ligados ao agronegócio, órgãos competentes, setor acadêmico e a grande mídia.

Antibióticos são usados de forma indiscriminada no tratamento de animais.

MITO Na medicina veterinária, o antimicrobiano é administrado em momentos necessários e específicos. Primeiro, nos tratamentos terapêuticos de um único animal, como realizado em medicina humana. Segundo, para tratamento metafilático, pois quando um animal de produção fica doente é praticamente certo que todos os que estão alojados com ele também fiquem, pois tem a mesma imunidade, idade, alimentação, etc.; assim, como existe o risco de que vários fiquem enfermos, com chances de elevada mortalidade no grupo faz-se um tratamento grupal. Terceiro, de forma preventiva, quando os animais não estão doentes, mas podem ficar em decorrência de algum acontecimento que estão por vir. Por exemplo, quando desmamamos suínos, eles tendem a sofrer com problemas gastrointestinais e/ou pulmonares. Isso ocorre pelo estresse gerado pela separação da mãe, pela substituição da ingestão de um alimento líquido (leite) por outro sólido (ração) ou, ainda pelo convívio com outros animais. Portanto, antes do desmame é recomendado o uso do antimicrobiano para prevenir infecções que sabidamente ocorrerão. E a quarta possibilidade é usar o antibiótico como aditivo zootécnico melhorador da eficiência alimentar, prática que é quase nula no Brasil e está em vias de ser proibida pelo MAPA.

Os antibióticos foram autorizados em rações, em doses subterapêuticas inferiores às utilizadas em tratamento de animais doentes.

MITO Com relação ao tratamento massal (em grupo) dos animais de produção, a forma mais utilizada é por meio da ingestão de água ou ração. Isso porque, dependendo do tamanho do grupo, fica impossível fazer a administração individual do antimicrobiano por via subcutânea ou intramuscular, seja por falta de tempo ou equipe ou ainda e principalmente pelo elevado número de animais a serem tratados. Por outro lado, ainda que o tratamento seja massal, o antimicrobiano é administrado miligrama por quilo de peso e não em doses padrão e pré-estabelecidas. Não há qualquer possibilidade de doses subterapêuticas; ainda que sejam administrados pela ração, a dose se faz por miligrama ou grama de antibiótico por quilo de peso vivo, como em medicina humana.

A utilização de antibióticos na produção animal é necessária para o desenvolvimento da cadeia produtiva.

VERDADE O uso consciente e responsável de antibióticos na produção animal é necessário como aditivo zootécnico melhorador da eficiência alimentar ou para tratamentos terapêuticos, metafiláticos ou preventivos. Por essa razão, o Sindirações, alinhado à iniciativa Tripartite OMS/ OIE/ FAO, tem buscado maneiras de gerar conexão com os consumidores e a mídia para convencê-los de uma maneira didática como estes tratamentos são feitos e quais são os embasamentos científicos que os legitimam. Nossas ações incluem, ainda, inventário do uso de antibióticos no Brasil e conversas com os poderes público e privado para buscar meios de racionalizar o uso destas substâncias.

A remoção dos antimicrobianos do animal teria apenas impactos econômicos, sem nenhum problema de saúde para os animais ou humanos e, ainda, melhoraria muito a qualidade dos alimentos.

MITO Do ponto de vista médico veterinário, a eventual remoção do uso de antimicrobianos do cuidado com o animal é antiética, pois vai contra todos os princípios que regulam a necessidade de se manter o bem-estar dos animais. É responsabilidade do veterinário tratar o animal para que ele não sofra com processos infecciosos, desconfortos ou até mesmo morte. Como os animais de produção compartilham das mesmas características imunológicas, tem a mesma idade e o mesmo peso e habitam um mesmo local deixar de tratá-los, significa arriscar a vida de todos eles.

Os animais de produção têm crescimento rápido e muita massa muscular devido ao uso de anabolizantes.

MITO Naturalmente, todo animal tem estrógeno, testosterona e progesterona. Além disso, pesquisas mostram que os animais tratados têm a mesma quantidade hormonal em massa muscular quando comparados àqueles que não passaram por tratamento. Estudos  também mostram que a quantidade de resíduos de hormônios encontrados nos tecidos provenientes de animais tratados é pelo menos 50 vezes menores que os níveis hormonais presentes no organismo humano. Mais que isso, os hormônios naturais são destruídos no trato digestório dos consumidores, não havendo qualquer possibilidade de absorção. Vale ressaltar, ainda, que não existem anabolizantes produzidos para frangos de corte; o crescimento e/oi a massa muscular destes animais é grande em função de modificações genéticas. Mais que isso, entre nascer e morrer existe um período de cerca de mais ou menos 40 dias. Como um anabolizante demoraria dois meses para fazer efeito, seria improvável que seu uso interferisse na qualidade e tamanho da carne do animal. Finalmente, é bom lembrar que o uso de anabolizantes está autorizado em alguns países como nos Estados Unidos e Canadá.

No caso da utilização de antibióticos e hormônios na produção animal, é provável que os interesses de ordem econômica se sobrepõem àqueles relacionados ao bem-estar da população.

MITO O uso de antimicrobianos em animais no Brasil é regulamentado pelo MAPA, conforme os decretos vigentes no País. A entidade ainda é reconhecida por seguir as determinações da Organização Mundial de Saúde e da FAO, em especial as normas do Codex Alimentarius, que tem o Brasil como signatário. Além disso, o MAPA tem sempre a preocupação de embasar suas declarações em fatos cientificamente comprovados. Vale ressaltar que, desde 1998, graças a essa atuação do MAPA, muitos antimicrobianos já foram proibidos no Brasil. Na lista das próximas restrições estão as últimas moléculas que eram utilizadas como aditivos antimicrobianos: tirosina; lincomicina e virginiamicina. Faz parte, ainda, das atribuições que têm sido desenvolvidas pelo MAPA apoiar todas as ações de esclarecimento à população, aos produtores rurais, às universidades e aos estudantes sobre o uso correto de antimicrobianos.

A desinformação aumenta a propagação de informações equivocadas sobre a utilização de antibióticos e hormônios na produção animal.

VERDADE No momento, o grande desafio das companhias e dos principais órgãos que conduzem o setor de produção animal é se comunicar melhor com o consumidor, que tem recebido e compartilhado informações que, na grande maioria das vezes, são falsas, emitidas sem qualquer embasamento científico ou critério de checagem. Isso faz com que, apesar do grande volume de dados científicos existentes  sobre estes temas, vivemos quase sempre mal informados.

Fonte: Assessoria

Notícias Dia do Churrasco

ABPA inicia campanha por mais carnes de aves e de suínos na grelha

Em parceria com a Asgav e o SIPS, entidade realizou uma ação durante a ExpoChurrasco, em que foram servidos mais de 200 quilos de cortes assados, incluindo pratos especiais preparados pelo chef Marcelo Bortolon. A iniciativa continuará com a divulgação de vídeos nas redes sociais da ABPA, destacando a variedade e o potencial dessas carnes para grelha.

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Foto: Shutterstock

Às vésperas do Dia Nacional do Churrasco, comemorado em 24 de abril, a ABPA deu início a uma mobilização para estimular a adoção de mais cortes de carne de frango e de carne suína no cardápio das confraternizações que envolvam preparos na churrasqueira.

No último fim de semana, a ABPA promoveu, em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) uma grande ação em meio à ExpoChurrasco, em Porto Alegre (RS).

Foram mais de 200 quilos de cortes de aves e de suínos assados e servidos ao longo das seis horas de evento, incluindo o preparo de pratos especiais sob a batuta do chef Marcelo Bortolon – um verdadeiro convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

E a promoção dos cortes para churrasco não terminou no evento gaúcho. A partir das imagens capturadas na ação, uma série de vídeos ilustrativos e informativos sobre cortes diferenciados para o churrasco será difundida nas redes sociais institucionais e de consumo da ABPA.  O primeiro deles chegou às redes da ABPA hoje, e pode ser conferido no link https://www.instagram.com/reel/C6Hdy_wxgw-/?igsh=MWg1aDQwbTh4Z3E5dw%3D%3D.

“Queremos despertar a criatividade do público para mais cortes de carnes suínas e de aves nos churrascos. Além da praticidade e do sabor que casam muito bem com as grelhas, são produtos acessíveis e que tem todo o potencial para ganhar ainda mais protagonismo. Vamos focar nossa campanha nessas características, que são diferenciais nestas proteínas”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
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Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

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Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
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SIAVS 2024 E

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