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Mitigação de riscos e a salvação da terra

Principal motor da economia brasileira, o agronegócio é notoriamente fundamental para enfrentar as mudanças no clima, que é o centro das narrativas na COP26. Com desafios e aplicação de técnicas para baixo carbono, com transferência de tecnologia no campo e atualização dos compromissos é importante que entidades, governo e sociedade se unam no cumprimento de metas com os cuidados globais e a saúde do planeta.

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Por Shandrus Hohne de Carvalho, diretor executivo da Cooperativa Agro Industrial Holambra

A maior e mais importante conferência mundial para apresentar, discutir e monitorar alternativas e compromissos para um futuro mais sustentável, a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP) traz à tona a importância do agrobusiness na mitigação de riscos com as mudanças climáticas e a adaptação da cadeia produtiva com melhores práticas ambientais, sociais e de governança.

Manter a produtividade crescente diante das alterações no clima e com o compromisso urgente de recuperar e salvar a terra nos leva à seguinte questão: como podemos somar, cada vez mais, a agricultura e a ciência, união fundamental, para a preservação do Meio Ambiente e dos recursos hídricos, e mantermos a produção para garantir o abastecimento global de alimentos?

Primeiro, vamos reforçar que as técnicas de cultivo na terra têm se transformado com novas tecnologias destinadas à cultura de cada tipo de vegetal, respeitando suas particularidades, buscando equilíbrio do plantar ao colher o alimento, com processos acompanhados e monitorados para estudos.

A cada safra, se observa os efeitos e cuidados com o solo, levando em consideração o clima. Nisso, o Brasil é destaque graças à preocupação e profissionalização da maioria dos agricultores, o espírito de cooperação, e também pelo privilégio do nosso clima tropical, o que nos torna reconhecidos como celeiro do mundo devido ao potencial na produção.

De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção agrícola está em cerca de 8% da extensão territorial do Brasil, porém, com esses novos estudos e avanços, em algumas culturas são possíveis adotar produção e colheita de até quatro safras anuais.

Por estarmos em destaque mundialmente, e com a responsabilidade de crescermos ambientalmente sustentáveis, buscamos constantemente o aprimoramento dos nossos processos, com investimentos para o cumprimento de regras legais, que aqui, no nosso país, apresentam grau de exigência elevado pelos órgãos reguladores.

Na Cooperativa Agro Industrial Holambra, as nossas análises incluem ações e metas, e também a busca por melhorias contínuas não só com base em estudos, mas também na participação ativa de quem produz e compartilha o resultado, é o compromisso e o sentimento de cooperação que move as nossas operações.

Estímulo e reconhecimento, temos a honra de ressaltar que a Cooperativa foi a responsável por ter lançado no Brasil o primeiro Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Verde Tech, que é muito procurado por investidores internacionais, e voltado para projetos de sustentabilidade.

Temos projetos em energia solar, adequação de instalações seguras e melhorias em resíduos, e monitoramento da lavoura por meio de imagens de satélites e uso de algoritmos de Inteligência Artificial, medida que traz maior segurança aos resultados da produção. O selo ambiental foi certificado pela CBI – Climate Bonds Initiative de Londres, e tem prazo de três anos.

A troca de informações e cases é outro ponto forte que norteia a nossa governança. Sabemos que o mercado consumidor tem se mostrado cada vez mais exigente com o uso de produtos feitos a partir de iniciativas sustentáveis. Por isso, produtos com foco neste viés estão ganhando cada vez mais espaço entre os produtores, e quando uma tecnologia gera resultados positivos, com incremento de produtividade e rentabilidade, surge à possibilidade de ganho mútuo entre agricultores e produtores de insumos naturais que utilizam técnicas tradicionais.

Pensando nisso, adotamos como teste, um fertilizante foliar orgânico que traz em seu conceito a recuperação da natureza, com a devolução da produtividade. As exigências e regulamentações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), faz com que poucos produtos desta categoria estejam adequados às normas de produção desses insumos. E este é um dos diferenciais do produto que testamos, e que concilia o uso de ingredientes 100% naturais atendendo a todas as conformidades do MAPA.

O fertilizante foliar natural é extraído de compostagem de serragem de eucalipto verde e esterco suíno, produzido com matérias-primas virgens em ambientes controlados que o torna equilibrado e sustentável, ou seja, ao mesmo tempo em que proporciona o fornecimento dos nutrientes necessários para as plantas, ainda deixa benefícios de longo prazo no solo.

Os testes da aplicação do fertilizante foram realizados em duas áreas comerciais de soja. Em ambas foi observado um aumento no rendimento de sacos de soja por hectare. No Sítio Rincão foi observado um incremento de 3,21 sacos de soja por hectare na média, e na Fazenda Paslar II, o ganho foi de 1,6 sacos por hectare. Nos dois casos, a tecnologia gerou retorno financeiro para o produtor. É mais uma ferramenta que o produtor passa a ter disponibilidade pela Cooperativa Holambra para produzir de forma sustentável.

O incentivo e a cooperação na utilização de novos métodos fazem parte da política da Cooperativa Holambra, e nos deixam mais esperançosos com os resultados conquistados.

As leis são importantes, mas, imaginem quando aliadas às boas práticas? São fórmulas para um Futuro Sustentável!

Há várias leis federais, estaduais e municipais que regram aspectos ambientais e que são relevantes ao agrobusiness, assim como instrumentos normativos de diversos órgãos. Nas atividades do agronegócio – produtores rurais, trading e cooperativas -, seguem as métricas ambientais, destacando os Fatores ESG (ambiental, social e governança) dentro de organizações, mas que precisam se fortalecer no campo.

A necessidade ainda de envolver a sociedade torna as parcerias eficientes e com ótimos insights.

A Cooperativa Holambra mantém um trabalho de conscientização e de suma importância, por exemplo, com a atuação voltada para o futuro que está nas mãos das nossas crianças. É necessário mitigar os efeitos das mudanças climáticas com estímulos por meio de exemplos práticos que envolvem todos nós.

Com um trabalho em conjunto com a Escola Cooperativa Educacional de Pais Responsáveis Campos de Holambra, anualmente, no Dia da Árvore, realizamos o plantio de mudas de árvores nativas. O objetivo é mostrar, com a colaboração participativa, a importância do nosso potencial como produtor de alimentos, de modo sustentável, preservando a natureza.

Os benefícios com plantio de árvores são inúmeros. Entre eles, a preservação do meio ambiente, a promoção de uma produção agrícola equilibrada com a proteção de geadas e ondas de calor, e ainda a compensação de emissão de gás carbônico, já que muitas espécies neutralizam o gás, um dos causadores do efeito estuda, da atmosfera.

COP 26

Com aspecto global, e esperança de unir os laços além das fronteiras, líderes de 196 países, em Glasgow na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro, se reúnem para discutir avanços no enfrentamento e para barrar os efeitos e aceleração do aquecimento global.

A expectativa é que entre os principais pontos das narrativas estejam:

Mitigação: Em foco, as metas de redução de emissões de Gás de Efeito Estufa (GEE) dos países para 2030, com a busca de um alinhamento para alcançar emissões líquidas zero até a metade do século.

Adaptação: Ações que podem ser adotadas para adaptar e proteger, com urgência, as comunidades e os ecossistemas que já estão sendo afetados pelas mudanças do clima.

Finanças: Como viabilizar o financiamento necessário para garantir emissões globais zero, com o desenvolvimento de tecnologia, inovação e uma economia mais verde.

Colaboração: A cooperação entre governos, empresas e a sociedade civil para enfrentar a crise climática e finalizar as regras do Acordo de Paris (feito na COP21, em 2015, na França), com o objetivo de evitar a mudança climática catastrófica do planeta.

Desde então, a comunidade internacional espera uma atualização dos compromissos, além da construção de uma trajetória de recuperação econômica que leve em consideração os desafios ambientais.

Daqui, e por aqui, seguimos nos esforçando para fazermos a nossa parte, e torcendo para que todos se unam no cumprimento de metas com os cuidados globais e a saúde do planeta!

Fonte: Cooperativa Agro Industrial Holambra

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Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

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Foto: Claudio Pazetto

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.

O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock

Reposicionar para crescer

Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.

Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.

O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.

Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.

Digital: o novo campo do agro

As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels

compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.

Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.

Promoções e estratégias de varejo

Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.

Marketing como elo da cadeia produtiva

A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.

Fonte: O Presente Rural com Felipe Ceolin
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Expandir sem desmatar: a lógica econômica que vai muito além do discurso

Recuperar áreas degradadas e investir em produtividade sustentável é hoje o caminho mais rentável e estratégico para o agro brasileiro crescer sem comprometer o meio ambiente.

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Foto: Juliana Sussai

Dias atrás reli um artigo do pesquisador da Embrapa e membro do Conselho Científico Agro Sustentável, Décio Luiz Gazzoni, sobre a expansão agrícola sem desmatamento. O texto, publicado em 2023, ainda é muito atual e me fez refletir novamente sobre algo que sempre defendo: a sustentabilidade não é apenas uma exigência ambiental, é uma decisão econômica inteligente.

Como economista e alguém que acompanha o agro de perto, inclusive viajando para conhecer iniciativas em diferentes países, vejo com muita clareza o que Gazzoni já apontava: a grande fronteira do crescimento brasileiro está dentro das áreas já abertas, principalmente nas pastagens degradadas.

Artigo escrito por Fábio Torquato, economista, formado em Relações Internacionais e fundador da AgroTravel – Foto: Divulgação/AgroTravel

E os números mais recentes reforçam essa visão. Estudos da Embrapa, publicados na revista internacional Land, indicam que o Brasil possui cerca de 27,7 milhões de hectares de pastagens degradadas. Isso significa que temos uma área gigantesca pronta para ser recuperada e incorporada à produção, sem a necessidade de avançar sobre novos biomas.

Além disso, durante a COP29, que aconteceu ano passado em Baku, no Azerbaijão, o Brasil lançou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), que prevê US$ 120 bilhões em investimentos nos próximos dez anos para recuperar 40 milhões de hectares. O número do programa é maior do que o estimado pela Embrapa porque considera áreas em diferentes graus de degradação, aptas para conversão produtiva ao longo dos anos.

Do ponto de vista econômico, é um movimento que faz todo o sentido. Segundo o Broto Notícias, o custo de recuperação de uma pastagem varia de R$ 6 mil a R$ 30 mil por hectare, dependendo do nível de degradação, tipo de solo e métodos adotados. Parece caro? Talvez à primeira vista. Mas quando olhamos para o retorno — aumento de produtividade por hectare, redução de custos operacionais e acesso a mercados premium que pagam mais por produtos rastreáveis e sustentáveis — a conta fecha rapidamente.

Vi isso acontecer em fazendas que visitei em viagens técnicas com a AgroTravel ao redor do mundo.

Como bem lembra Gazzoni, o produtor brasileiro já tem tecnologia e conhecimento para fazer essa virada. O que falta, muitas vezes, é entender que sustentabilidade é investimento, e não custo. E agora, com bilhões de dólares disponíveis em crédito via BNDES, Banco do Brasil e fundos internacionais, esse argumento fica ainda mais forte.

Estamos acompanhando os trabalhos da COP30, que este ano acontece no Brasil, e o mundo inteiro está olhando para nosso país. A oportunidade está escancarada: quem se antecipar, quem enxergar a recuperação de pastagens como um ativo estratégico, vai liderar o agro brasileiro do futuro.

Sempre digo nos grupos que acompanham as viagens da AgroTravel: o futuro do agro não está em abrir novas áreas, mas em transformar cada hectare já aberto em um ativo de alta performance. O artigo de Gazzoni só reforçou o que vejo na prática. E, como economista, reafirmo: essa é a equação mais inteligente que já tivemos nas mãos.

Fonte: Assessoria AgroTravel
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Meio ambiente e cooperativismo

Movimento econômico e social baseado em valores éticos e solidários, o cooperativismo reafirma, em tempos de COP 30, seu papel essencial na construção de um futuro sustentável, unindo produção, preservação e desenvolvimento coletivo.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

As cooperativas representam o mais elevado estágio da organização humana em torno de valores éticos, solidários e sustentáveis. Elas não existem apenas para gerar resultados econômicos, mas para promover o desenvolvimento coletivo em harmonia com o meio ambiente e com as comunidades em que atuam. Por essência e por princípios universais, o cooperativismo defende a preservação da natureza, a gestão responsável dos recursos e o equilíbrio entre produção e sustentabilidade. Esse compromisso ambiental não é um apêndice, mas uma convicção enraizada na própria identidade cooperativista.

Artigo escrito por Vanir Zanatta, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC).

Em tempos de COP 30 é essencial lembrar que, nas cooperativas, cada decisão administrativa, cada projeto de ampliação e cada investimento em unidades industriais, agrícolas, logísticas ou administrativas é precedido por uma análise criteriosa dos impactos ambientais. O crescimento não se mede apenas em números, mas também na capacidade de reduzir emissões, otimizar o uso da água, reciclar resíduos e proteger a biodiversidade. É essa consciência prática e constante que diferencia o cooperativismo das demais formas de organização econômica. Ele entende que não há prosperidade possível em um planeta degradado, nem futuro para a economia sem o equilíbrio ambiental.

As cooperativas são parceiras leais do Poder Público na implementação de políticas voltadas ao meio ambiente. Estão sempre presentes em programas de reflorestamento, saneamento básico, manejo de resíduos, recuperação de nascentes e educação ambiental. Mas sua contribuição vai além da sustentabilidade ecológica — elas também participam ativamente de ações que promovem segurança, educação, cultura e mobilidade urbana, compreendendo que a proteção ambiental é inseparável da qualidade de vida e do bem-estar social. Onde há uma cooperativa, há compromisso com o futuro coletivo.

Essas instituições agem com coerência e exemplo, estimulando a cidadania e o senso de responsabilidade em seus empregados, cooperados, clientes e comunidades. Elas ensinam, pelo exemplo, que o progresso verdadeiro não nasce da exploração desenfreada, mas da gestão equilibrada e consciente dos recursos. O cooperativismo forma cidadãos engajados, capazes de compreender que o planeta é uma herança comum e que sua preservação é um dever de todos.

A defesa do meio ambiente é, portanto, um desdobramento natural dos princípios cooperativistas — entre eles, o interesse pela comunidade, a responsabilidade social e a intercooperação. Cada árvore preservada, cada solo recuperado e cada nascente protegida são expressões concretas de uma filosofia que valoriza a vida. As cooperativas não esperam por imposições legais ou incentivos externos para agir: elas o fazem porque acreditam que sua missão é cuidar das pessoas e do mundo em que elas vivem.

O cooperativismo é, por natureza, o caminho da sustentabilidade. Ele demonstra, todos os dias, que é possível crescer produzindo, prosperar preservando e inovar sem destruir. Em tempos de mudanças climáticas e desafios globais, as cooperativas reafirmam sua vocação de construir um mundo melhor, mais justo e solidário. Elas provam, com ações e resultados, que a economia pode — e deve — caminhar de mãos dadas com o meio ambiente. Essa é a essência do cooperativismo: servir, preservar e transformar.

Fonte: Artigo escrito por Vanir Zanatta, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC).
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