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Avicultura

Missão no México gera expectativa positiva para vendas de aves e suínos do Brasil

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Após uma intensa agenda de encontros realizados no início da semana com o governo mexicano e com a iniciativa privada local, a missão composta por representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – volta da Cidade do México com boas expectativas sobre a abertura do mercado para a suinocultura e expansão de negócios com a avicultura do Brasil. 
Liderando a equipe brasileira, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, e o Secretário de Relações Internacionais do MAPA, Marcelo Junqueira, reuniram-se nesta segunda-feira (28) com representantes da Secretaria da Economia (equivalente ao Ministério da Fazenda brasileiro) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pescas e Alimentação (o “Ministério da Agricultura” local) do governo mexicano.  Os vice-presidentes de aves, Ricardo Santin, e de Suínos, Rui Eduardo Saldanha Vargas, também participaram da missão, juntamente com membros do ministério brasileiro.
Em encontro com o Diretor Geral de Comércio Exterior mexicano, Juan Diaz Mazadiego, Turra destacou o potencial brasileiro para atuar em complementaridade à demanda do país norte-americano.
 “O governo mexicano demonstrou interesse em expandir os embarques de aves. Também há a oportunidade de abrir o mercado para as exportações de carne de peru, para até 100 mil toneladas. Destacaram, ainda, que há necessidade de intensificar a importação de material genético avícola, e que o Brasil pode se configurar em um grande provedor. Também nos passaram expectativas bastante positivas com relação à agilização de missões para a abertura à carne suína brasileira”, disse Turra.
Já na reunião com representantes da Secretaria de Agricultura local, o Secretário de Relações Internacionais brasileiro firmou uma agenda de trabalho com as autoridades mexicanas para a expansão dos embarques na avicultura e abertura para a carne suína do Brasil. Ele destaca que o momento é favorável, frente às necessidades e à demanda mexicana por produtos avícolas e suinícolas. 
“A ação foi exitosa, muito além de nossas melhores expectativas.  O evento foi uma prova dos bons resultados que a integração da iniciativa privada e do Governo, vista nesta ação em parceria com a ABPA, podem gerar”, destacou Junqueira.
Na manhã desta terça-feira (29), a ABPA e o MAPA, juntamente com o embaixador do Brasil no México, Marcos Raposo Lopes, organizaram um workshop para importadores mexicanos.  “Tínhamos a expectativa de adesão máxima de 60 participantes.  Entretanto, mais de 80 empresários estiveram conosco, demonstrando quão favorável é o cenário para os negócios com o Brasil”, enfatizou Turra.
Durante o evento realizado na Embaixada Brasileira, Turra, Santin e Vargas – da ABPA – ressaltaram a excelência sanitária brasileira – um dos pontos de maior preocupação para os empresários presentes.
“O fato de exportarmos para o Japão e para os Estados Unidos serviu como aval para validar nossas qualificações como fornecedor seguro, com status sanitário diferenciado.  Foi notável, também, o forte interesse do empresariado em genética avícola e carne de peru”, ressaltou o presidente da ABPA.

Fonte: Ass. Imprensa da ABPA

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Avicultura

Exportação de carne de frango gaúcha cai nos primeiros cinco meses deste ano

Queda é de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado e reflete impacto dos eventos climáticos no estado.

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Foto: Claudio Neves

O Rio Grande do Sul fechou o mês de maio com embarque de 56,4 mil toneladas de carne de frango in natura e processada, volume que indica queda de -11,4% na comparação com igual período do ano anterior. A redução também se fez sentir na receita acumulada do intervalo, totalizando US$ 99,2 milhões, equivalente a -23,2% sobre 12 meses atrás. O volume exportado de janeiro a maio deste ano somou 295,4 mil toneladas, baixa de -4,4% ocasionando também queda no faturamento deste período, que foi de US$ 526,6 milhões, recuo de -16,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, que finalizou em US$ 628,2 milhões.

Já o cenário das vendas internacionais de ovos gaúchos em volumes, mantém evolução. O Rio Grande do Sul enviou 621,3 toneladas no quinto mês do ano, -12,6% do volume total de 2023, que somou 711,1 toneladas. No entanto, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, apurou-se um crescimento de 23,1% nos embarques da proteína ovos, ou seja, foram exportadas 2,7 mil toneladas de ovos, quando no mesmo período do ano passado foram 2,2 mil toneladas de ovos

A receita apontou redução de -41,6%, caindo de US$ 2,4 milhões em maio de 2023 para US$ 1,4 milhão em maio do corrente. As receitas acumuladas nos cinco primeiros meses do ano, na faixa de US$ 6,6 milhões, apontaram queda de -22,6% em relação a 2023 quando as cifras chegaram a US$ 8,5 milhões.

Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos: “Algumas indústrias foram prejudicadas e diretamente afetadas pelas enchentes e também a obstrução de estradas e quedas de pontes, uma situação que retardou nossas exportações” – Foto: Divulgação/Asgav

O presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos, explica que os embarques no período apurado, tanto de carnes quanto ovos, acusam o impacto das cheias no estado que prejudicaram a logística de escoamento e a operacionalização de parte das exportações. “Algumas indústrias foram prejudicadas e diretamente afetadas pelas enchentes e também a obstrução de estradas e quedas de pontes, uma situação que retardou nossas exportações”, ressalta Santos.

Embarques nacionais de carne de frango alcançam 451,6 mil toneladas em maio
O contexto nacional assinala 451,6 mil toneladas de carne de frango in natura e processada exportadas em maio. Esse número de 2024, apontou crescimento de 4,2% sobre o total embarcado no mesmo mês de 2023, que fechou com 433,3 mil toneladas. As receitas totais obtidas com as exportações de maio chegaram a US$ 818,7 milhões, queda de -5,6% comparado ao mesmo mês do ano passado, com US$ 867,4 milhões.

Em relação ao fechamento dos cinco meses de 2024, as exportações computadas entre janeiro e maio deste ano alcançaram 2,152 milhões de toneladas, volume -1,4% abaixo do saldo acumulado do mesmo período de 2023, com 2,183 milhões de toneladas. No mesmo período, a receita acumulada alcançou US$ 3,8 bilhões, -10,2% abaixo do que o total registrado no período janeiro a maio de 2023, com US$ 4,2 bilhões.

Indústria e Produção de Ovos nacional exporta 6,9 mil toneladas no período

As exportações de maio atingiram 1,3 mil toneladas de ovos, gerando uma receita de US$ 3 milhões. Os dois indicadores demonstram queda em relação aos períodos do ano passado, com percentuais de -68,9% e -70,1% respectivamente. A movimentação dos cinco primeiros meses, com uma exportação de 6,9 mil de toneladas de ovos, acusou retração de -42,1% comparada com as 11,9 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2023.  No que se refere aos resultados de faturamento, no período apurado constata-se de janeiro a maio deste ano, US$ 14,2 milhões, diminuição de -52% comparado ao mesmo período do ano passado, quando a cifra atingiu o patamar de US$ 29,6 milhões.

Fonte: Assessoria Asgav/Sipargs
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Avicultura

Gripe aviária: Finlândia será primeiro país a ofertar vacina em humano

País adquiriu 20 mil doses da vacina para imunizar 10 mil pessoas com duas doses cada. A segunda dose deve ser administrada três semanas após a primeira.

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Foto: Divulgação/Freepik

O Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar informou que deve iniciar “o mais rápido possível” a vacinação, em humanos, contra a gripe aviária. O país será o primeiro no mundo a ofertar esse tipo de imunização.

Em nota, o país destacou ter adquirido 20 mil doses da vacina, montante suficiente para imunizar 10 mil pessoas com duas doses cada. A segunda dose deve ser administrada três semanas após a primeira.

A vacina será distribuída entre pessoas com mais de 18 anos e que, em razão do trabalho ou de outras circunstâncias, apresentam risco aumentado de contrair a doença. O governo finlandês estabeleceu como público-alvo:

– pessoas em contato com animais de fazendas voltadas para o processamento do couro;

– pessoas que trabalham com aves domesticadas, mantidas em criadouro;

– pessoas envolvidas no manuseio e no abate de aves e de outros animais doentes ou mortos, como funcionários de instalações de processamento de subprodutos animais;

– pessoas que trabalham com anilhagem de pássaros (marcação individual com um pequeno anel de metal na pata);

– pessoas que trabalham com aves selvagens;

– pessoas que trabalham em zoológicos e aviários;

– médicos veterinários;

– profissionais de laboratório que manuseiam o vírus da gripe aviária ou amostras que possam contê-lo;

– contatos próximos de um caso suspeito ou confirmado de gripe aviária.

O comunicado destaca que não há casos confirmados de gripe aviária em humanos na Finlândia e que a vacinação é preventiva.

O instituto reporta que, em 2023, o país registrou mortes em massa de aves selvagens causadas pela infecção por gripe aviária. “O vírus também se espalhou amplamente pelas fazendas de produção de peles, causando alta morbidade e mortalidade em animais.”

Fonte: Agência Brasil
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Avicultura Glicerídeos de ácido butírico

Os benefícios da tributirina e da monobutirina

O uso de fontes de ácido butírico como aditivo alimentar na produção de aves e suínos, e mais ainda, na forma dos glicerídeos tributirina e monobutirina, são estratégias inovadoras que contribuem na produção de animais saudáveis e sistemas de produção mais eficientes.

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Foto: Shutterstock

Entre os aditivos utilizados na produção animal, a tecnologia do ácido butírico já é consenso entre os principais produtores de aves e suínos, visto as inúmeras vantagens que este promove sobre o desempenho dos animais, principalmente os relacionados à saúde intestinal.

O ácido butírico possui uma ação específica de estimular o crescimento e desenvolvimento das células epiteliais, responsáveis pela absorção dos nutrientes, pois é utilizada como fonte de energia rápida e prontamente disponível para os enterócitos, favorecendo sua multiplicação e/ou recuperação. Assim, disponibilizar quantidades maiores de ácido butírico a partir do intestino tem efeito direto sobre melhora na digestibilidade e aumento na absorção dos nutrientes, com reflexos positivos sobre o aumento no ganho de peso e melhora na conversão alimentar.

Entre as diferentes fontes de ácido butírico existentes no mercado, a tecnologia dos glicerídeos, como os mono, di e triglicerídeos de ácido butírico, se destacam pela eficiência, estabilidade e resultados que proporcionam na produção animal. Sendo estes ácidos ligados ao glicerol através de uma ligação covalente que não sofrem influência do pH, e portanto, não são solubilizadas no pH ácido estomacal, são liberadas somente a partir do intestino, de forma lenta e gradual, ao longo de todo o trato gastrointestinal.

Além disso, atributos como a ausência de odor característico do ácido butírico, e resistência as altas temperaturas, possibilitando o uso em rações peletizadas e extrusadas, reforçam as vantagens no uso desta tecnologia.

A tributirina, um triglicerídeo de com três moléculas de ácido butírico, ganha vantagem em comparação com produtos revestidos convencionais, pois permite que mais moléculas desse ácido sejam entregues diretamente no intestino delgado, já que a técnica de esterificação aumenta as concentrações deste ácido em até duas a três vezes. Esse ácido butírico auxilia na reparação das vilosidades intestinais, aumenta a integridade das membranas e inibe o crescimento de bactérias prejudiciais, promovendo a saúde intestinal dos animais.

Artigo escrito pelo zootecnista, doutor em Nutrição de Aves e Suínos e gerente técnico da Feedis, Silvano Bünzen – Foto: Divulgação/Feedis

Estudos

Vários autores têm apontado o efeito positivo da suplementação de tributirina sobre o desempenho e saúde intestinal em aves e suínos. A tributirina promove o aumento da taxa de sobrevivência e o ganho de peso diário, principalmente em animais jovens, por atuar diretamente sobre o crescimento das células intestinais, melhorando a digestibilidade e absorção de nutrientes.

Já os α-monoglicerídeos como a α-monobutirina tem sido considerada pela sua alta atividade antimicrobiana, principalmente sobre as bactérias gram-negativas, e por isso mesmo pode ser utilizada como uma estratégia importante para as fases de crescimento e final, fases estas com maior pressão sanitária e contaminação. Vários trabalhos descritos na literatura mostram efeito positivo da monobutirina sobre o desempenho e na recuperação de animais criados em condições com alto desafio para infecções intestinais.

O efeito promissor dos monoglicerídeos se destaca como estratégia de melhorar a saúde e a produtividade através da redução de patógenos em humanos e animais, buscando-se alternativas para redução no uso de antibióticos. Sua ação imonomuduladora e capacidade de modulação da microbiota tem sido relatada por diferentes pesquisadores.

Eficiência

Assim, o uso de fontes de ácido butírico como aditivo alimentar na produção de aves e suínos, e mais ainda, na forma dos glicerídeos tributirina e monobutirina, são estratégias inovadoras que contribuem na produção de animais saudáveis e sistemas de produção mais eficientes. Sua capacidade de fornecer ácido butírico diretamente ao intestino delgado faz dela uma escolha valiosa para produtores preocupados com a saúde e o crescimento de seus animais.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: silvano.bunzen@feedis.com.br.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura

Fonte: Por Silvano Bünzen, zootecnista, doutor em Nutrição de Aves e Suínos e gerente técnico da Feedis
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AJINOMOTO SUÍNOS – 2024

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