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Mirando uso racional da água, Embrapa e Itaipu desenvolvem projeto para produzir peixes em sistema de bioflocos

Projeto de cooperação científica entre as instituições será de quatro anos e receberá investimentos de R$ 2 milhões, com o objetivo de aprimorar a produção de peixes

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Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e a Itaipu Binacional assinaram um acordo para desenvolver um projeto de cooperação científica que irá validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistema bioflocos (BFT – Biofloc Technology). A Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) também integra o acordo e vai participar no gerenciamento dos recursos.

O projeto terá duração de quatro anos e um aporte de mais de R$ 2 milhões, com atividades de campo prioritariamente desenvolvidas na área de abrangência do reservatório da Itaipu, no estado do Paraná. O objetivo fundamental da Itaipu, principal financiadora das pesquisas, é agregar tecnologias sustentáveis à atividade aquícola na região para melhorar os índices de qualidade da água do sistema produtivo de peixes e garantir a produtividade em longo prazo.

O Oeste do Paraná, onde a Itaipu está inserida, possui uma destacada vocação para a piscicultura. Segundo dados do anuário 2020 da Peixe BR, o Paraná é o estado líder na produção nacional de peixes de cultivo. O estado produziu, em 2020, mais de 166 mil toneladas, uma produção 135% maior que a de São Paulo, o segundo colocado no ranking nacional.

“A Itaipu tem como missão promover a sustentabilidade do território e a atividade aquícola é uma das grandes vocações econômicas da região. Com o sistema de bioflocos, a empresa contribui com a diminuição dos impactos ambientais dessa atividade, assegurando a qualidade e a quantidade da água no longo prazo. E isso tem reflexos positivos para os usos múltiplos do reservatório, que vão além da geração de energia”, afirmou Ariel Scheffer da Silva, superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu.

O projeto é um desdobramento de um acordo técnico anterior, celebrado entre a Itaipu e a Embrapa no ano de 2019, que, por meio de ensaios com a tecnologia de bioflocos, apresentou resultados importantes e gerou um grande intercâmbio de informações técnicas e econômicas acerca do sistema BFT.

Conforme explica Hamilton Hisano, pesquisador da Embrapa responsável técnico pelo projeto, uma parte das atividades da proposta atual é complementar aos experimentos executados e coordenados pela Embrapa, e será validada em escala comercial. O projeto como um todo foi pensado para atender o setor produtivo de acordo com alguns objetivos da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU e gerar tecnologias e protocolos viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental, e prontamente aplicáveis pelos piscicultores.

Outro eixo importante são as atividades de transferência de tecnologia com ações diretas para a cadeia produtiva da piscicultura, principalmente nos estados do Paraná e de São Paulo. “A expectativa do projeto é gerar informações com um nível de maturidade tecnológica maior para a tilápia e um pouco menor para o pacu, uma vez que, para essa espécie nativa, estudos no sistema BFT ainda estão em fase inicial,” disse.

A proposta tem forte viés de transferência de tecnologia. Há previsão da realização de workshops, dias de campo, além de capacitações técnicas na modalidade de ensino a distância (EAD), visando disseminar novos conhecimentos para os produtores.

Sobre isso, Paula Packer, pesquisadora e chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, destaca que o futuro está no investimento em estratégias de inovação, novos conhecimentos e agregação de valor às tecnologias desenvolvidas, viabilizando a entrega efetiva para o setor produtivo. Packer explica que “parcerias como a estabelecida entre Embrapa e Itaipu fomentam a inovação, por meio do conhecimento científico gerado, que será entregue e difundido em diferentes eventos, preconizando novos modelos, oriundos dos desafios da era digital”.

Bioflocos: o que é e como funciona

A produção de peixes em Bioflocos é um sistema intensivo baseado no conceito de sustentabilidade, pois nele quase não é necessário fazer a renovação da água. No caso, pequenas partículas orgânicas colonizadas por bactérias heterotróficas e outros microrganismos se desenvolvem naturalmente no sistema de produção.

Esses microrganismos possuem a aptidão de assimilar os compostos nitrogenados, que permitem a ciclagem de nutrientes e a reutilização da água do sistema por diversos ciclos. Também reduz os custos com alimentação, uma vez que a biomassa microbiana resultante é riquíssima em nutrientes e os peixes se servem dela como complemento alimentar.

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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